Uma pressão considerável está sendo exercida sobre os cristãos bíblicos para que aceitem os católicos romanos também como cristãos, em vez de pagãos perdidos imersos na idolatria e na apostasia. Isto está sendo feito de diversas formas, principalmente pela ênfase daquilo que os católicos e evangélicos alegadamente têm em comum. Por exemplo, muitos hinos evangélicos contemporâneos têm tão pouco conteúdo bíblico e doutrinário que os seguidores de virtualmente qualquer religião poderiam se reunir e cantar juntos. Isto também está sendo promovido por meio de incontáveis livros, vídeos, programas de televisão e eventos interfé. Algumas igrejas evangélicas estão até mesmo ensinando o Curso Alfa, aprovado por Roma. Coletivamente, essas várias iniciativas têm o objetivo de destacar a ressurgência global do Cristianismo, que certamente resultaria se os católicos e evangélicos colocassem de lado suas diferenças e trabalhassem juntos em harmonia.
A afirmação que os católicos são cristãos teria sido vista como blasfêmia pelos evangélicos dos tempos antigos. A Igreja Romana perseguiu, aprisionou, estuprou, torturou e assassinou milhões de cristãos bíblicos ao longo dos séculos. Ela ensina tantas heresias que seria impossível lidar adequadamente com todas elas neste ensaio. Os católicos são instruídos a rezarem para Maria, a invocarem os mortos, a se ajoelharem diante de um pedaço de pão, a confiaren nos atos santificadores de um homem santo com poderes especiais, a reencenarem repetidamente o sacrifício de Cristo, a ritualisticamente comerem a carne e beberem o sangue de Cristo, a aceitarem revelações extrabíblicas de um homem que chama a si mesmo de Vigário de Cristo, rejeitam a autoridade final das Escrituras, querem obter a salvação por meio das boas obras e pela participação em ritos sacramentais, rejeitam que a obra expiatória de Cristo tenha sido feita de uma vez para sempre na cruz, e esperam completar sua salvação após a morte em um lugar chamado de Purgatório.
A Igreja Romana jurou séculos atrás destruir o Cristianismo bíblico (que normalmente descreve como "Protestantismo"). Para liderar e coordenar essa campanha perversa, ela criou e financiou uma milícia mundial conhecida como Ordem dos Jesuítas (também conhecida como Sociedade de Jesus, ou Companhia de Jesus), cujos membros praticam a autoflagelação, o celibato involuntário, devoção à Virgem Maria e uma forma de auto-hipnose conhecida como Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola. Trabalhando em segredo sob um voto de rígida obediência, esses indivíduos altamente treinados fazem um juramento de sangue de perpetrar qualquer enganação que seja necessária de modo a atrair os "irmãos separados" para o coração tenebroso da Igreja Romana.
Todos os cristãos bíblicos estão atualmente sob condenação formal por Roma, estando sujeitos a mais de cem anátemas formulados pelo Concílio de Trento (1545-1563), e reafirmados no Segundo Concílio do Vaticano (1963-1965). Dentro do Direito Canônico Romano, um anátema autoriza o papa a punir os infratores de qualquer forma que ele achar apropriado, incluindo prisão, tortura e execução.
Quando a Igreja Romana governa sem qualquer impedimento do governo civil, como fez na Croácia em 1941-1944, ela implementa seus anátemas com rigor implacável. O arcebispo romano Stepinac supervisionou um programa organizado de matança na Croácia durante esse período, em que mais de 700.000 sérvios ortodoxos — homens, mulheres e crianças — foram cercados e cruelmente assassinados pela milícia católica governante. As vítimas recebiam a promessa que seriam poupadas caso se convertessem ao catolicismo romano, porém muitas das que fizeram isso também foram mortas. Virtualmente toda a comunidade judaica e milhares de muçulmanos também foram assassinados. O campo de extermíno de Jasenovac, onde muitas dessas atrocidades ocorreram, foi um dos mais brutais na história e tem sido comparado com Auschwitz por sobreviventes judeus. Portanto, é inacreditável que o papa João Paulo II efetivamente tenha endossado o trabalho de Stepinac, ao beatificá-lo oficialmente em outubro de 1998.
Os demônios não morrem. As mesmas forças demoníacas que controlavam a Igreja de Roma durante os longos séculos de estupros, torturas e assassinatos da Inquisição, em sua campanha de matança durante a Guerra dos Trinta Anos e durante seu reinado de terror na Croácia — ainda a controlam hoje. Portanto, quando os evangélicos dão as boas-vindas à Igreja Católica Romana em seu meio, estão exibindo uma ignorância, uma ingenuidade e uma evidente desconsideração pela Palavra de Deus que são realmente inacreditáveis.
Existe outro aspecto trágico em tudo isto. Mais de um bilhão de católicos estão sendo mantidos em servidão espiritual por Roma e por seu antigo sistema de idolatria, porém milhares de igrejas evangélicas nas Américas e na Europa se recusam a testemunhar para eles. O evangelho romano é um falso evangelho, uma perversão paganizada da santa Palavra de Deus, e não pode salvar ninguém.
O Cristo do catolicismo romano não é o Cristo da Bíblia, mas é um ícone criado pelo homem, uma falsificação sentimental montada a partir de antecedentes pagãos e falsa teologia. O Jesus romano é, na verdade, uma figura frágil, que necessita de sua "mãe" para ajudá-lo a salvar a humanidade. Como a morte dele na cruz foi inadequada para nossa salvação (segundo a teologia romana), ele precisa ser sacrificado repetidamente no "santo sacrifício" da missa de modo a produzir a graça necessária para cobrir nossos pecados. Ele é um "deus" cuja carne pode ser comida por seus seguidores, ou mantida em um receptáculo de ouro. Inconstante e distante, ele nem sempre quer ouvir as orações de seus seguidores, mas delega a tarefa para sua "mãe", declarada por Roma como mediadora e co-redentora com o Jesus romano.
Contraste isto com o Cristo vivo e verdadeiro! O Cristo da Bíblia é o Rei dos reis e Senhor dos senhores! Ele não está mais pregado na cruz e sujeito a um sacrifício contínuo nas mãos de homens pecadores, mas ressuscitou, ascendeu aos céus e está triunfante! Ele fez tudo o que era necessário para nossa salvação quando morreu na cruz. Ele conquistou a morte em nosso lugar e nos libertou para sempre do poder do Maligno. Ele é nosso único mediador junto ao Pai Celestial, nosso único e exclusivo Redentor. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é a luz do mundo e o Senhor dos exércitos, Filho do Deus Altíssimo e Salvador de todos os que Nele creem. Além disso, Ele virá novamente com tremendo poder e glória para reinar sobre toda a Terra, pessoalmente, a partir de Seu santo templo em Jerusalém.
Este, caro leitor, é o Cristo em quem os cristãos genuínos acreditam. Se você pensa que uma figura feminina, ou a igreja, ou os sacramentos, ou as boas obras, ou o sofrimento pessoal podem acrescentar algo, por minúsculo que seja, àquilo que Cristo fez por nossa salvação, então você ainda não encontrou o verdadeiro Cristo. Se não encontrou o verdadeiro Cristo, então você ainda está na perdição.
A Bíblia ensina que, sem Cristo, todas as religiões estão em trevas e não têm qualquer verdade em si mesmas. Em flagrante contraste, o Movimento Interfé ensina que cada uma das grandes religiões do mundo tem alguma verdade de Deus e que compete aos cristãos de toda a parte identificarem essa verdade e a usarem como base para cooperação, comunhão e compreensão compartilhada. Alguns até mesmo aceitam a heresia do Universalismo, que diz que todas as pessoas "boas", independente de suas crenças religiosas, serão salvas no fim.
Os jesuítas fizeram um extenso trabalho ao longo dos últimos cem anos, ou mais, para preparar o caminho para a fusão de todas as denominações "cristãs" debaixo do guarda-chuva de Roma. Em seu Juramento Extremo de Investidura, eles prometem se infiltrar no pastorado de todas as igrejas evangélicas e reformadas e sutilmente insinuar sua versão paganizada de Cristianismo. Publicado pelo Registro do Congresso dos EUA em 1913, e disponível no sítio na Internet do Instituto Europeu de Estudos Protestantes (diretor Ian Paisley), o juramento contém uma descrição extensa do modus operandi dos jesuítas, com declarações perturbadoras, como as seguintes:
"É justo exterminar ou aniquilar Reis, Governos ou Governantes ímpios ou heréticos..."
"Entre os calvinistas, serei um calvinista, entre os outros protestantes, geralmente serei um protestante e, após obter a confiança deles, buscarei até mesmo ocupar e pregar em seus púlpitos..."
"Você foi instruído a plantar insidiosamente as sementes da inveja e do ódio entre as comunidades, províncias e Estados que estavam em paz, e a incitá-los às obras de sangue... a ficar ao lado dos combatentes e a agir secretamente com seu irmão jesuíta, que pode estar envolvido no outro lado... o fim justifica os meios. Você foi instruído em seu dever como um espião... ninguém pode comandar aqui que não tenha consagrado seus esforços com o sangue dos heréticos..."
"Eu (o candidato) estou autorizado a assumir qualquer religião herética para a propagação dos interesses da Igreja Mãe... "
"Também prometo e declaro que não terei opinião ou vontade própria, ou reservas mentais de qualquer tipo, sendo como um cadável, e que, sem hesitação, obedecerei a cada uma das instruções que receber de meus superiores na milícia do papa... Também prometo e declaro que, quando a oportunidade se apresentar, farei e travarei guerra implacável, secreta e abertamente, contra todos os heréticos... como sou instruído a fazer, para extirpá-los da face da Terra... e com o punhal que agora recebo assinarei meu nome, escrito com meu sangue, em testemunho disto."
[Nota: Os jesuítas negam a existência deste juramento, porém ele é considerado genuíno por muitos eruditos bíblicos, e foi confirmado pelo Dr. Alberto Rivera, que deixou a Ordem dos Jesuítas em 1967.].
Esta forma de infiltração secreta é muito mais comum do que as pessoas imaginam. Por exemplo, ela foi usada extensivamente durante décadas na Guerra Fria entre a União Soviética e as potências ocidentais. Espiões e agentes duplos recebiam durante anos treinamento profundo na arte do engano e depois eram colocados em cargos administrativos de baixo escalão no país-alvo. A partir daí, eles podiam avançar gradualmente para cargos de influência ou de importância estratégica. Portanto, não devemos nos surpreender que o mesmo tipo de enganação esteja sendo usado pelo Mestre do Engano em sua guerra contínua contra o Cristianismo verdadeiro. Afinal, seu sucesso futuro e sua própria sobrevivência dependem disso.
Dado que o Juramento Extremo de Investidura dos Jesuítas na verdade estipula o uso desse tipo de duplicidade, precisamos assumir que, não somente isto está acontecendo, mas que já está em uso há muito tempo. O Movimento de Oxford, na Grã-Bretanha nos anos 1840s é considerado por muitos como um excelente exemplo da subversão estratégica da Igreja Anglicana por agentes de Roma. Veja, por exemplo, Walsh (1898): "No tempo presente, a Igreja da Inglaterra está totalmente penetrada pelas sociedades secretas, todas trabalhando nos interesses do esquema para a reunião institucional da Igreja da Inglaterra com a Igreja de Roma."
Em tempos mais recentes, de acordo com as revistas Time e Newsweek, Chuck Colson, um indivíduo com conexões políticas nos níveis mais altos no governo americano, que foi condenado por um crime, fez-se passar por um cristão nascido de novo de modo a reduzir sua pena na prisão. Ele então passou a coordenar um programa que levou à aceitação e publicação do documento intitulado Evangélicos e Católicos Juntos, em 1994. Existem razões para acreditar que o Vaticano recrutou Colson para esse propósito, para trair a Igreja Evangélica nos EUA e colocá-la em um caminho para a desintegração ecumênica.
A subversão produz resultados. É por isto que tantas igrejas e seminários evangélicos, aparentemente ortodoxos, podem súbita e inexplicavelmente lançar fora seus princípios e aceitar sérias contemporizações doutrinárias que se encaixam perfeitamente com aquilo que Roma deseja alcançar. Por exemplo, um teólogo ou autor evangélico respeitado pode começar a endossar o Mormonismo; outro pode afirmar que o Deus da Bíblia é o mesmo que o deus do Alcorão; outro começa a defender a espiritualidade contemplativa ou interfé; outro argumenta que a Bíblia nunca deve ser lida como um registro inerrante e literal do plano de Deus para a humanidade; outro lança dúvidas sobre a pecaminosidade da homossexualidade, e assim por diante.
Na busca de seus objetivos declarados, a Igreja Católica Romana também promove livros de autores cujos ensinos se alinham com a agenda interfé-ecumênica. Especialmente úteis nesta questão são os livros de autores não católicos que lançam a semente do romanismo entre os evangélicos. Estes incluem, por exemplo, os escritos de Richard Foster, um teólogo quacre. É impossível ler seu livro absurdamente ecumênico A Celebração da Disciplina, que já vendeu mais de um milhão de exemplares e influenciou grandemente os evangélicos nas Américas e na Europa, e não concluir que a única coisa que falta nele é o Imprimatur de um bispo católico.
A Igreja Católica Romana também está trabalhando caladamente de outras formas para atrair os evangélicos para sua rede. Essas iniciativas por trás dos bastidores incluem a negociação de acordos de reconhecimento mútuo com várias denominações protestantes em doutrinas-chaves da fé. Por exemplo, em 29 de janeiro de 2013, um dia de trevas para o Cristianismo bíblico — as principais denominações presbiterianas na América do Norte assinaram esse tipo de acordo com Roma com relação ao batismo — "Nós nos alegramos na fé comum que compartilhamos e afirmamos neste documento." A Palavra de Deus e o sangue dos mártires foram simplesmente esquecidos. Ao assinarem esse acordo, as igrejas presbiterianas demoliram um pilar central da Reforma. A doutrina fundamental da salvação pela fé somente foi colocada de lado. Em vez disso, eles concordaram — de um modo muito sorrateiro — que a Reforma foi um grande mal entendido e que os católicos romanos eram realmente presbiterianos em disfarce.
A propagação da heresia ecumênica-interfé não é um acidente, mas é resultado direto de uma campanha coordenada e bem financiada pelo Vaticano para subverter o Cristianismo verdadeiro e criar uma igreja mundial controlada pelo papado. A própria Bíblia nos adverte que esse tipo de igreja aparecerá no fim dos tempos para substituir o Cristianismo bíblico e abrir o caminho para o Anticristo.