sábado, 27 de maio de 2023

CUIDADO QUE NINGUÉM VOS ENGANE...



Desde tempos imemoráveis, Satanás, o Diabo, vem tentando destruir a obra de Deus e desviar o homem, obra prima da criação, fazendo-o dar mais primazia as coisas materiais em detrimento das espirituais, o invisível da fé pelo visível dos olhos. Infelizmente, o seu plano vem logrando êxito devido ao entorpecimento do pecado que cega o entendimento do ser humano impedindo-o de compreender a vontade de Deus revelada em sua Santa Palavra. Mesclar a verdade com a mentira, filosofia e raciocínios humanos com A Bendita Palavra de Deus, este é o astuto plano do Inimigo!

Já no começo do livro de Gênesis no capítulo 3 percebemos Satanás influenciando Eva com sua teologia do “ver para crer”, “vossos olhos se abrirão” disse o Diabo,(v.5).

No livro do Êxodo Deus se revelou a Moisés como o grande “Eu Sou” (3:14). É o Deus Invisível, transcendente que exigia fé e obediência do seu povo, pois: “... ouvistes o som de palavras, mas não vistes forma alguma; tão-somente ouvistes uma voz.” Deuteronômio 4:12 e no verso quinze a advertência é reforçada ainda mais:

“Guardai, pois, com diligência as vossas almas, porque não vistes forma alguma no dia em que o Senhor vosso Deus, em Horebe, falou convosco do meio do fogo; para que não vos corrompais, fazendo para vós alguma imagem esculpida, na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou de mulher”

Portanto, Israel não poderia representá-lo em hipótese alguma para que não se corrompessem fabricando: “alguma escultura, semelhança de imagem...” (v.16) a sentença segue até o verso 40.

Pois bem, quando Moisés subiu ao monte para receber as tábuas dos Dez Mandamentos das mãos de Javé, o povo se sentiu só, sem líder, sem seu Deus, esta foi a ocasião oportuna para Satanás agir, influenciando-os com sua falsa teologia. Outrora o povo tão acostumado a ver no Egito tantos deuses em forma material/visível, tentaram então fundir e conciliar as duas formas de religião: a do Deus único pessoal e invisível com as representações do paganismo egípcio. (Ver ainda Êxodo 32:1).

O povo precisava mais do que nunca de alguma segurança, fosse ela espiritual ou psicológica. Acostumados a ver para crer, sempre sendo guiados pelas vistas através de sinais, relâmpagos, colunas de fogo etc... Deparam-se agora com seu primeiro teste de confiança e fé.

Mas infelizmente não conseguiram agradar a Deus (Hebreus 11:6)!  Tão costumeiro era para eles andarem pelas vistas que resolveram suprir essa necessidade materializando o seu Deus em uma imagem. Note, porém, que eles não queriam outro Deus, mas o mesmo “Eu Sou” que se revelou a Moisés. Arão afirma isso quando diz: “São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito.” Uma melhor tradução seria “ Este é o teu deus ”(O Novo Comentário da Bíblia pág. 149. Edições Vida Nova).

Eles queriam Javé perto deles, à vista. Se todos os outros povos tinham seu deus para ver, por que só Israel não poderia também ver seu Deus? Pensamentos estes que possivelmente norteavam suas mentes o tempo todo enquanto Moisés esteve no monte.

Isso, quem sabe, daria segurança e ajudaria na adoração!

Quando Moisés desceu do Monte, com as tábuas da lei em suas mãos, contendo a proibição divina de não fazer, prostrar ou adorar imagens, o povo já havia há muito tempo sucumbido à quebra do segundo mandamento. Para eles mais importante do que crer nas palavras de Deus era ver a imagem desse Deus. “Na verdade, os israelitas queriam reconhecer que Deus, através de uma imagem, ia adiante deles, guiando-os pelo caminho.” (Institutas livro I capítulo 11)

A conseqüência desse culto profano foi a quase extinção do povo de Israel, não fosse a intercessão imediata de Moisés.

Através dos séculos Satanás usa a mesma estratégia, ou seja, levar o povo a prestar um falso culto ao Deus verdadeiro, ainda que na mente dos adoradores pareça ser um culto sincero, privando-lhes assim da experiência de crer no Deus invisível.

No Novo Testamento até mesmo um dos discípulos do Mestre foi influenciado pela teologia de Satanás. Tomé, governado pelos sentidos precisa ver antes de crer: “... Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos...de maneira nenhuma o crerei” (João 20:25), entretanto Jesus repreendeu-o dizendo: “...Não sejas incrédulo mas crente” (v.27) e a seguir deu uma instrução que serve para todos os seus seguidores que desejam servi-LO “...Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.”

O verdadeiro adorador de Deus tem que adorá-LO de acordo com suas normas e preceitos como Ele mesmo afirmou, “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24)

Portanto o fazer uma imagem de Deus como já vimos, pelos poucos exemplos citados acima, afronta diretamente o princípio divino de adoração.

Desmascarando a Idolatria - O que todo católico precisa saber; Paulo Cristiano, vice-presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas (CACP) 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

O valor da inerrância da Bíblia

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Por toda a história da igreja, tem ficado claríssimo e bem entendido que a Bíblia, como Deus no-la concedeu, está livre de erro. À exceção dos grupos heréticos que romperam com a igreja, presumia-se que as Escrituras eram dotadas de total autoridade e dignas de confiança em tudo quanto afirmavam ser factual, quer se tratasse de teologia, quer de história, quer de ciência. Nos dias da  Reforma protestante, assim afirmou Lutero: "Quando as Escrituras falam, Deus fala". Até mesmo seus oponentes católicos romanos tinham essa convicção, embora tendessem a colocar a tradição eclesiástica quase no mesmo nível de autoridade da Bíblia. Desde os dias dos primeiros gnósticos, com quem Paulo contendeu, até o advento do deísmo, no século XVIII, não se manifestavam dúvidas com respeito à inerrância das Escrituras. Até mesmo unitaristas como Socíno e Miguel de Serveto baseavam sua posição na infalibilidade das Escrituras.
O advento do racionalismo e do movimento deísta, no século XVIII, conduziu à modificação drástica da posição de inerrância atribuída à Bíblia. Logo se demarcaram as linhas de separação, com nitidez, entre os deístas e os defensores ortodoxos da fé cristã histórica. Crescente aversão ao sobrenatural dominou a liderança intelectual do mundo protestante durante o século XIX, e esse espírito cedeu lugar à "crítica histórica", tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Passou-se a supor que a Bíblia era uma coleção de sentimentos religiosos, compostos por autores humanos, completamente  separados e isentos da inspiração de Deus. Se havia um poder tal como o Ser supremo, deveria tratar-se de uma força impessoal que permeia o Universo (perspectiva panteísta) ou que então estaria tão longe do homem a ponto de ser considerado totalmente outro e, como tal, inteiramente incogniscível (a alternativa de Kierkegaard). No máximo, as Escrituras poderiam oferecer apenas um tipo de testemunho que não se poderia comprovar e apontariam para a Palavra viva de Deus. Mas essa realidade jamais poderia ser adequadamente captada ou formulada como verdade proposicional.
Na primeira metade do século XX, traçaram-se com clareza as linhas que separavam os evangélicos ortodoxos dos que se opunham à inerrância escriturística. Os teólogos da crise (cujas perspectivas a respeito da revelação encontravam raízes em Kierkegaard) e os liberais, ou modernistas (que subordinavam a autoridade das Escrituras à autoridade da razão humana e da ciência moderna), rejeitaram de modo completo a doutrina da inerrância bíblica. Todos quantos se considerassem evangélicos, quer se intitulassem a si mesmos "fundamentalistas", quer não, cerraram fileiras para insistir que o AT e o NT, como nos foram dados originariamente, estavam isentos de erro de qualquer tipo.

Entretanto, na segunda metade do século passado, surgiu uma nova escola, a dos "revisionistas", que ficou em preeminência, a qual assume uma postura de desafio frente à inerrância bíblica e, ao mesmo tempo, proclama ser verdadeira e integralmente evangélica. A crescente popularidade dessa posição resultou no abandono, por parte de grande número de seminários, antes evangélicos tradicionais, da posição histórica a respeito da inerrância da Bíblia, a qual até então mantinham — e isso até mesmo nos EUA. Harold Lindsell documentou essa tendência em sua obra Battle for the Bible [Batalha pela Bíblia] (Grand Rapids, Zondervan, 1976), dizendo que praticamente todos os centros de treinamento teológico que aceitaram (ou pelo menos toleraram, julgando permissível) esse conceito modificado sobre a autoridade bíblica apresentam o padrão característico de erosão doutrinária. Parecem-se com navios que se soltaram dos ancoradouros e vagarosamente passaram a boiar sem direção no mar. Sempre há, todavia, o período de transição, durante o qual esses seminários que se apartam da ortodoxia afirmam categoricamente — de modo especial à junta diretora da denominação e perante a igreja toda, da qual dependem quanto ao apoio financeiro — que ainda são completamente evangélicos na teologia e abraçam as doutrinas cardeais do cristianismo histórico. Eles apenas mudaram-se para o terreno mais firme, no qual poderão defender a verdade das Escrituras. Assim se expressou um dos defensores dessa posição: "Acredito que a Bíblia não contém erros, mas recuso-me a permitir que alguém de fora defina o que isso significa, obrigando-me a
recorrer a extremos ridículos para defender minha fé".1 Os adeptos dessa posição invariavelmente argumentam que só eles, e mais ninguém, são advogados honestos, dignos de confiança, defensores da autoridade escriturística, visto que os "fenômenos das Escrituras" incluem erros demonstráveis (em questões de história e ciência, pelo menos), de modo que não se pode sustentar a inerrância integral e ainda manter a integridade intelectual. Os dados da evidência simplesmente não permitem a defesa bem-sucedida da posição cristã histórica das Escrituras. Até mesmo os originais em
hebraico, aramaico e grego, disso podemos ter certeza, contêm erros factuais (exceto, talvez, em questões de doutrina). Ao dar resposta a essa declaração, cabe aos evangélicos coerentes mostrar duas
coisas:

1) a autoridade infalível das Escrituras seria objetivo logicamente inatingível 
se os manuscritos originais contivessem quaisquer tipos de erro;

2) nenhuma 
acusação específica de falsidade ou erro pode ser acolhida e comprovada com sucesso, à luz de todos os dados pertinentes. Por essa razão, o recurso aos fenômenos das Escrituras não nos leva à demonstração de sua falibilidade, mas, ao contrário, confirma ainda mais a inspiração divina e a origem sobrenatural da Bíblia. Por outras palavras, devemos demonstrar primeiro que qualquer alternativa que negue a
infalibilidade, a ausência de erro na Bíblia, de modo nenhum constitui opção viável, visto que não conseguiria ser comprovada sem cair em contradições lógicas. Em segundo lugar, devemos demonstrar que todas as acusações ou provas de erro nos manuscritos originais das Escrituras carecem de fundamento quando examinadas à luz das regras da evidência.

1 William S. LaSor, em Theology news and notes [Notícias e notas sobre teologia], p.26 da edição especial de 1976, intitulada Life under tension — Fuller Theological Seminary and The battle for the Bible [Vida sob tensão — o Fuller Theological Seminary e a obra The battle for the Bible].

Enciclopédia de Temas Bíblicos, Gleason Archer, Editora Mundo Cristão

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Seres humanos podem tornar-se deuses? (refutando as heresias dos mórmons)




SALMO 82.6 – ESTE VERSÍCULO INDICA QUE OS SERES HUMANOS PODEM TORNAR-SE DEUSES?
  • Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo.
Os mórmons e os adeptos do Movimento Nova Era acreditam que esse verso dá suporte à ideia de que os seres humanos podem se tornar deuses.
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Não existe qualquer evidência nesse verso que dê suporte à crença politeísta mórmon de que homens serão deuses, nem do MNE, que afirma que todos os seres humanos são deuses. Diferentemente do termo utilizado para Senhor (Yahweh) que sempre significa Deus, o termo utilizado para “deuses” (elohim) pode ser utilizado para Deus (Gn. 1.1), para anjos (SI. 8.4-6; Hb. 2.7), ou para seres humanos (como nesta passagem).
Esse salmo tem como foco um grupo de juízes israelitas, que pelo fato de tomarem decisões de vida ou morte sobre o povo, eram livremente chamados de “deuses”. Mas tais juízes se tornaram corruptos e eram injustos. Então Asafe, o autor deste salmo, disse que, mesmo sendo esses juízes popularmente chamados de deuses, morreriam como homens que realmente eram (v.7). Asafe provavelmente falava com ironia, quando chamou esses juízes malignos de “deuses”. Se assim foi, então não existe qualquer justificativa para chamá-los de “deuses” em qualquer sentido sério. Seja qual for o caso, a reivindicação politeísta não se justifica, uma vez que tal verso é expresso no contexto do judaísmo monoteísta, no qual é uma blasfêmia qualquer ser humano comum ser chamado de Deus no sentido divino.
Além disso, em Isaías 44.8 o próprio Deus pergunta: “Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que eu conheça”. Do mesmo modo, Isaías 43.10 retrata Deus dizendo: “Antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”. Está claro que seres humanos não podem se tornar deuses.
Em Jo. 10.35, Jesus repetiu o versículo 6 deste Salmo diante de seus acusadores com dois objetivos: 1) Demonstrar-lhes que não entendiam suas próprias escrituras, por isso não estavam em condições de condená-Lo ao afirmar que era Deus; 2) Demonstrar-lhes as profundezas e o horror de sua rebelião. Ser chamadado de deuses é algo terrível. É ser identificado com os demônios, que se rebelaram contra Deus e se esforçam para reinar em seu lugar.
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Fonte: Resposta Às Seitas, Norman L. Geisler e Ron Rhodes, CPAD, 2000 – Texto compilado e adaptado pelo Pr. Edison Miranda da Silva. Bíblia Apologética, ICP, 2000.

Fonte: http://www.cacp.org.br/seres-humanos-podem-tornar-se-deuses/

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Cristãos vêem mórmon como um mal menor (Natanael - CACP)



O Jornal O ESTADO DE S.PAULO*  traz um artigo sobre os dois candidatos à presidência dos Estados Unidos com os seguintes comentários: “O destino da candidatura de Mitt Romney depende da disposição dos eleitores conservadores – em sua maioria protestantes – de sair de casa para votar em um mórmon… “ “Os evangélicos têm restrições aos mórmons, que consideram uma seita, mas uma parte deles detestam tanto Obama que passa por cima do mormonismo do mormonismo de Romney, descreve Geoffrey Skelleym, cientista político da Univesidade da Virgínia. “Gostaria que Romney tivesse uma religião mais com base no cristianismo, mas é ele ou Obama, e não concordo com Obama.” “Não sei muito sobre a religião mórmon. Acho que o que eles acreditam em uma deusa mãe e um deus pai, e então tiverem Jesus”, especulou Elisabeth. “Não somos a favor deles, mas não os odiamos. Se eles viessem aqui não tentaríamos doutriná-los, mas ensinaríamos no que acreditamos e rezaríamos para que eles também seguissem a Cristo.” “ O que mais me distancia de Obama é que ele quer uma só religião, a muçulmana, e como seguidora de Cristo e como mãe isso é muito importante para mim,” afirmou Ranell Ferrin, de 19 anos, que tem uma filha de 6 anos e um filho de 6 meses.”
PR. NATANAEL: Como o irmão vê essa disputa eleitoral nos Estados Unidos, país que tempos atrás era tido como país protestante, e que agora, dois candidatos de religiões diferentes disputam a presidência da República?
Vejo tal situação com muita tristeza e isto é resultado do esfriamento espiritual da maioria do povo americano. Jesus declarou profeticamente em Mateus 24:11-13 11 – “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. 12 – E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. 13 – Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”
Poderia indicar as diferenças doutrinárias entre o que ensinam os mórmons e os cristãos?
Sim. Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que a Igreja verdadeira foi divinamente estabelecida por Jesus e por isso nunca pôde, nem jamais poderá desaparecer da terra. Mateus 16:18 – “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” 19 – E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.” Ainda afirma a Bíblia que, desde a sua fundação no dia de Pentecostes, jamais a igreja deixaria de existir na faça da terra. É o que nós lemos em Efésios 3:21 – “A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” Vemos que há uma promessa de que em todas as gerações e para todo o sempre a igreja deveria existir para que Deus fosse glorificado.” É verdade que Paulo falou da apostasia de alguns, não de todos. I Timóteo 4:1 “MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé…
Ao contrárioa Igreja Mórmon ensina que houve uma grande e total apostasia na igreja estabelecida por Jesus Cristo; este estado de apostasia “ainda prevalece, exceto para aqueles que se voltarem para um conhecimento do ‘evangelho restaurado’ pela Igreja Mórmon” (Mormon Doctrine, p. 44; Princípios do Evangelho, pp. 100-101; Doutrinas de Salvação, Vol. 3, pp. 269-275). São taxativos ao afirmar que não há mais do que duas igrejas e assim declaram no Livro de Mórmon (1 Néfi 14.10): “Eis que não há mais do que duas igrejas: uma é a igreja do Cordeiro de Deus e a outra a igreja do demônio; e, portanto, quem não pertencer a igreja do Cordeiro de Deus fará parte da grande igreja que é a mãe das abominações e é a prostituta de toda a terra.” Aí está dito de modo inequívoco: quem não pertence à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, pertence a igreja do demônio. São cristãos os mórmons?
Pode indicar outra, entre tantas, diferenças de ensinos entre nós cristãos e os mómons?
Sim. A Bíblia ensina, e os cristãos evangélicos têm crido através dos tempos, que Deus é espírito. João 4:24 “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”, e que não é um homem. Números 23:19 “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?”, e que sempre (eternamente) existiu como Deus — onipotente,onipresente e onisciente. Salmos 90:2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.
Ao contrário, a Igreja Mórmon ensina que Deus Pai foi um homem como nós, que progrediu até tornar-se um Deus e, mesmo nessa condição, continua a possuir um corpo de carne e osso. Escrevem, “O próprio Deus já foi como nós somos agora — ele é um homem exaltado, entronizado em céus distantes!” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, compilado por Joseph Fielding Smith, pp. 336). Em Doutrina e Convênios (D&C) 130:22 é dito que “o Pai tem um corpo de carne e ossos, tangível, como o do homem”; também a citação famosa de Lorenzo Snow, “Como o homem é, Deus foi; como Deus é, o homem poderá vir a ser” (Regras de Fé de James Talmage, p. 389). Para completar, o mormonismo ensina que Deus tem um pai, um avô, e assim sucessivamente…” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, p. 365).
* O Jornal O ESTADO DE S.PAULO  edição de 21 de outubro de 2012

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Pastor se declara médium (Natanael Rinaldi - CACP)






Em sua edição de novembro de 2000, a revista Visão Espírita estampa a seguinte matéria de capa: Pastor espírita Nehemias Marien, um pastor autenticamente cristão, um homem verdadeiramente evangélico. O objetivo, com isso, é elogiar Nehemias Marien, ressaltando sua autenticidade e chamando-o de verdadeiro pastor. Simplesmente pelo fato de ele concordar e defender a doutrina espírita.
Na entrevista concedida a esse periódico, Nehemias Marien alterou a verdade bíblica, a teologia cristã e os conceitos evangélicos, tão sagrados para a fé cristã. Tudo isso para tentar legitimar aquilo que é explicitamente contrário à Palavra de Deus. Declarações como: Considero a Bíblia o mais antigo e completo manual de psicografia e mediunidade e Jesus, o mais perfeito dos médiuns do mundo (p. 47). O Credo dos Apóstolos afirma que Jesus desceu ao hades e voltou de lá reencarnado (p. 48). Eu acho que o verdadeiro servo de Deus é um médium (p. 49). São declarações explicitamente contrárias à Palavra de Deus e à fé evangélica.
Sobre a questão da comunicabilidade com os espíritos, Nehemias Marien declara: Literalmente, de Gênesis a Apocalipse, a Bíblia assegura essa comunicabilidade. É vasta a galeria dos médiuns que, na Bíblia, entram em transe no cumprimento de sua missão. Cito alguns: Abraão, José, Moisés, Samuel, Elias, Eliseu, Daniel, Isaías e Jeremias. Os profetas eram médiuns e todos os seus oráculos eram feitos em transes mediúnicos no ápice de seus êxtases espirituais. É isso que eu estava tentando passar. Eu tenho (…) até não entendo bem e me perturbo com este espírito meu (…) mas tenho a impressão de que se trata de uma índia nhambiquara, muito querida, mãe de minha mãe, minha avó Joana. Eu sinto, assim, uma certa posse mediúnica, uma forte energia dela para mim. Chego mesmo a percebê-la envolta em névoa. É um instante mágico, quântico, místico. Todas as vezes que abro o texto sagrado, para as homilias dominicais, sinto que estou fora de mim (p. 50).
Declarações absurdas Embora respeitamos todas as pessoas, e também suas idéias, não podemos, no entanto, nos calar quando a Bíblia Sagrada, o livro mais importante da religião cristã, é citado para legitimar algo que ela mesma condena com veemência.
Um líder religioso cristão que defende doutrinas especificamente espíritas e a prática do comportamento homossexual certamente não pode ser um cristão autêntico. No livro Jesus, a luz da nova era (pp. 142 e 143) Nehemias declara: Esta é uma confidência pastoral. É um depoimento sobre a ação pastoral que mais me embaraçou desde o primeiro instante, mas que contou com minha simpatia e meu acolhimento. Dois altos funcionários do governo federal estavam se amando e desejavam receber a bênção do Senhor (…) Pus-me de joelhos em oração pedindo que a luz do divino Espírito Santo me iluminasse. Pensei no que faria Jesus, o sumo e bom Pastor das ovelhas, se estivesse em meu lugar (….) O casamento é mais que rito e cerimônia. É mais que um sacramento da Igreja e muito mais que um contrato civil. O casamento é uma união de almas, e não um ato biológico.
Assim como o poema de amor do rei Davi ao chorar a morte do guerreiro Jônatas: ‘O meu amor por ti é superior ao de muitas mulheres. Quem me dera ter morrido em teu lugar’, é semelhante ao amor da moabita Rute para com a judia Noemi: ‘Aonde tu fores irei eu (…) Só a morte separar-me-á de ti’, há também sensíveis paralelos entre o apóstolo Paulo em relação a Lucas e a Timóteo, bem como entre João e o próprio Jesus (…)
O fato é que, embora tenha oferecido o altar da minha Igreja para essa amorável relação, o casal preferiu a discrição de um lar no Posto Seis de Copacabana (RJ). A liturgia, bastante doméstica, constou de uma oração pastoral e a leitura da primeira epístola de Paulo aos coríntios, capítulo treze, sobre a qual fiz a minha homilia e aspergi em ambos água que eu mesmo colhi no rio Jordão, no mesmo pressuposto lugar de batismo de Jesus. Encerrei-a impetrando a bênção aarônica e a bênção apostólica. Não usei o ritual da tradição religiosa e nem houve o detalhe do sim das alianças. Houve, sim, um transparente sinal de amor inundando os corações. Foi uma inédita experiência em minha vida pastoral e não digo que será a última.
Uma blasfêmia inominável 
Será que a doutrina cristã e evangélica endossa esse rito de unir dois homens como marido e mulher (ou marido e marido)? Endossa as suspeitas sobre o caráter de Davi e Jônatas, Rute e Noemi, Paulo, Lucas e Timóteo? E também àquilo que só pode ser considerado de blasfêmia inominável: a suspeita de prática homossexual entre João e Jesus?
Como admitir que o nosso sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus (Hb 7.26), pudesse se envolver com tais práticas? Como admitir a união homossexual entre Paulo e Lucas, ou Timóteo, quando ele mesmo, o apóstolo Paulo, condena essa prática como conseqüência do pecado, do afastamento de Deus por parte do homem? Vejamos o que o apóstolo Paulo diz em Romanos 1.27: E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro(destaque em negrito do autor).
E não foi só isso que ele escreveu. Disse mais: Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas… herdarão o reino de Deus. E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mais haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (1Co 6.9-11; destaque em negrito do autor).
Diferenças entre cristianismo e espiritismo
Embora Allan Kardec alegasse que O cristianismo e o espiritismo ensinam a mesma coisa (O Evangelho Segundo o Espiritismo, p.546, Opus Editora, edição especial, 1985), não há dúvida de que essa declaração não corresponde à realidade. O espiritismo nega fundamentalmente as doutrinas básicas do cristianismo ao desprezar a obra da redenção mediante a morte de Jesus Cristo na cruz e sua deidade absoluta.
Quanto à obra redentora de Jesus, efetuada na cruz do Calvário, Leon Denis, um dos grandes escritores espíritas, se pronuncia da seguinte maneira: Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo (Cristianismo e espiritismo, p. 88, 5a edição).
Um cristão se pronunciaria desse modo blasfemo? Obviamente que não. Tal declaração só poderia partir de um pseudocristão. O cristão autêntico naturalmente se valeria do ensino de Cristo sobre sua missão redentora. Diz a Bíblia: Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia (Mt 16.21). E mais: Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28).
Ora, como um pastor pode dizer que crê na reencarnação como o único meio de redenção para saldar seus débitos e alcançar a purificação, tornando-se um espírito puro? Só um pseudocristão poderia afirmar que No estudo da Bíblia, as evidências da reencarnação são clamorosas e eu admito ser o espiritismo, como eu disse anteriormente, a mais caudalosa vertente do cristianismo. Você encontra, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, evidências claras da reencarnação, isto é, do prosseguir da vida (p. 47).
Não precisamos ir muito longe para contestar tal declaração. Devemos apenas lançar mão do Novo Testamento, onde encontramos, de página a página, o ensino de Jesus confrontando a reencarnação pregada pelo espiritismo. Vejamos as diferenças entre uma e outra doutrina.
A doutrina da reencarnação pode ser definida por quatro proposições. A saber:
Pluralidade de existência.
Progresso contínuo até a perfeição.
Alcance da meta final por esforços próprios.
Espírito puro.
Em alguma parte dos evangelhos Jesus ensinou sobre essas quatro proposições? Absolutamente! Lendo o texto de Lucas 16.19-31, extraímos as seguintes lições:
O homem rico e Lázaro morrem. Lázaro foi levado para o seio de Abraão, onde era consolado.
O rico morreu e foi para o hades, lugar de tormento consciente.
Não havia a possibilidade de o rico sair do lugar de tormento em que se encontrava, e Lázaro do lugar de consolo consciente. Eram duas situações irreversíveis.
Na cruz estavam dois salteadores. Um se salva recebendo de Cristo a promessa, Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso (Lc 23.43). O outro se perde por recusar o socorro de Cristo. São duas situações definitivas e irreversíveis.
Prevalece, então, o ensino claro de Cristo:
Unicidade de vida terrestre.
Julgamento imediato após a morte.
Recompensa ou castigo posterior, sem liberdade de vaguear pela erraticidade e sem promessa de novas vidas.
Assim, vale, mais uma vez, a pergunta: Nehemias Marien é um cristão autêntico, conforme declarou a revista Visão Espírita? O cristão autêntico é aquele que segue os ensinos de Cristo, como aponta Mateus 28.19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. É isso que Nehemias Marien está fazendo?
De acordo com a afirmação da revista Visão Espírita, a reencarnação é uma espécie de calcanhar de Aquiles no relacionamento entre as igrejas ditas cristãs e o espiritismo (p. 47). Engana-se ela. Essa doutrina não é o calcanhar de Aquiles para as igrejas cristãs porque não existe nenhuma compatibilidade entre ser cristão e crer na reencarnação. Ou alguém é cristão e, como tal, rejeita a reencarnação, ou é reencarnacionista e, como tal, não pode ser considerado cristão.
Textos bíblicos citados por Nehemias Marien para apoiar a reencarnação
Para defender a doutrina da reencarnação, Nehemias Marien cita duas passagens da Bíblia: 1 Pedro 3.19 e Judas 6. Justamente Pedro, considerado o primeiro dos Papas e líder do Colegiado dos Doze, afirma que Jesus foi pregar aos espíritos em prisão, referindo-se à primeira citação.
Por que ele, Nehemias Marien, não citou o versículo 20 da passagem em pauta? Se inserirmos as palavras desse versículo ao anterior, que fala sobre prisão, veremos que somente aqueles que foram desobedientes nos dias de Noé são mencionados no texto. Isto significa que o Espírito de Cristo, que estava em Noé, falou aos desobedientes e perdidos nos tempos passados: Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir (1Pe 1.10-11).
Como vemos, não há nenhuma base para ensinar que a reencarnação pode oferecer uma segunda chance de salvação.
Em relação ao texto de Judas 6, a Bíblia não fala de mortos, mas de anjos desobedientes que acompanharam Satanás em sua rebelião contra Deus (Conferir Is 14.12-14 e Ez 28.14-16). O texto de Judas 6 é claro: E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até o juízo daquele grande dia. O versículo fala de prisões eternas, enquanto a reencarnação admite o progresso contínuo, depois da morte, até a perfeição.
Jesus, um médium?!
Não dá para acreditar que um pastor possa abrir a boca para declarar que Jesus é o mais perfeito dos médiuns do mundo (p. 47). Isso nada mais é do que absorver os ensinos de Allan Kardec. Diz o codificador do espiritismo: Segundo definição dada por um espírito, ele era um médium de Deus (A Gênese, p. 1034, Opus Editora, edição especial, 1985). Esse espírito que identificou Jesus como um médiun é aquele de quem fala Paulo em 2 Coríntios 11.14: E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz.
O apóstolo Pedro identificou o Senhor dizendo: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Identificar o Senhor Jesus como Filho do Deus vivo é reconhecer sua deidade absoluta: Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus (Jo 5.18).
Jesus não é um médium, intermediário entre os vivos e a alma dos mortos. Ele é o único caminho entre Deus e os homens, conforme sua própria declaração em João 14.6: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. E é também o único mediador entre Deus e os homens: Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem (1 Tm 2.5).
É impossível ser, ao mesmo tempo, pastor evangélico e espírita.
Não há nenhuma possibilidade de isso acontecer. É impossível! Pois os conceitos espíritas são terrivelmente contrários aos ensinos da Palavra de Deus. O espiritismo nega a inspiração divina da Bíblia, a doutrina da Trindade, a divindade de Jesus Cristo, a ressurreição corporal de Jesus, a redenção feita por Jesus na cruz do Calvário, a existência do céu como um lugar de felicidade e gozo, o inferno como um lugar de tormento eterno e consciente, a existência do diabo e dos demônios, a ressurreição do corpo, os milagres de Jesus, entre outras coisas.
Em contrapartida, contrariando a Bíblia, o espiritismo ensina a comunicação com os mortos, a reencarnação e a salvação pelas obras, entre outros ensinos. Por isso afirmarmos categoricamente essa impossibilidade. No entanto, Nehemias Marien agradece a revista Visão Espírita pela entrevista que concedeu e elogia esse periódico pela oportunidade de manifestar, espontaneamente, sua forma de crer. Agiu dessa maneira porque concorda plenamente com o que foi declarado a seu respeito. No término da entrevista, veja o que ele disse: Agradeço, emocionado, a presença de vocês da revista ‘Visão Espírita aqui na minha igreja e o privilégio desta entrevista, que abre espaço para uma conversa com o leitor. Rogo a Deus que os abençoe e faça germinar essas sementes evangélicas (p. 51).
Diante disso, temos um só parecer: Nehemias Marien é espírita, e não pastor evangélico. Há alguma dúvida?

quinta-feira, 30 de março de 2017

O que é agnosticismo? (Got Questions)



Agnosticismo é a crença de que a existência de Deus é impossível de ser conhecida ou provada. A palavra “agnóstico” significa essencialmente “sem conhecimento”. Agnosticismo é uma forma mais intelectualmente honesta do ateísmo. O ateísmo afirma que Deus não existe – uma posição que não pode ser provada. O agnosticismo argumenta que a existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada – que é impossível saber se Deus existe. Neste conceito, o agnosticismo está certo. A existência de Deus não pode ser provada ou deixar de ser provada empiricamente.

A Bíblia nos diz que nós devemos aceitar por fé que Deus existe. Hebreus 11:6 diz: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam”. Deus é espírito (João 4:24), então ele não pode ser visto ou tocado. A menos que Deus decida revelar a Si próprio, Ele é essencialmente invisível aos nossos sentidos (Romanos 1:20). A Bíblia ensina que a existência de Deus pode ser claramente vista no universo (Salmos 19:1-4), percebida na natureza (Romanos 1:18-22) e confirmada nos nossos próprios corações (Eclesiastes 3:11).

O agnosticimo é essencialmente a falta de vontade de tomar uma decisão a favor ou contra a existência de Deus. É a posição mais “em cima do muro” que existe. Teístas acreditam que Deus existe. Ateus acreditam que Deus não existe. Agnósticos acreditam que nós não deveríamos acreditar ou desacreditar na existência de Deus – porque é impossível conhecê-la.

Por um instante, vamos deixar de lado as evidências claras e inegáveis da existência de Deus. Se colocamos as posições do teísmo e do ateísmo/agnosticismo no mesmo nível, em qual delas faz mais “sentido” acreditar – levando em conta a possibilidade de vida após a morte? Se não há Deus, teístas e ateus/agnósticos simplesmente cessarão de existir quando morrerem. Se há um Deus, ateus e agnósticos terão Alguém a quem prestar contas quando morrerem. Deste ponto de vista, definitivamente faz mais “sentido” ser um teísta do que um ateu/agnóstico. Se nenhuma das posições pode ser provada ou deixar de ser provada, não parece mais sábio fazer todo o esforço necessário para acreditar na posição que poderá ter um resultado final infinita e eternamente mais desejável?

É normal ter dúvidas. Existem tantas coisas neste mundo que nós não entendemos. Com freqüência, as pessoas duvidam da existência de Deus porque elas não entendem ou concordam com as coisas que Ele faz e permite. No entanto, nós, como seres humanos finitos, não devemos esperar entender um Deus infinito. Romanos 11:33-34 exclama: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?” Nós devemos acreditar em Deus pela fé e confiar nos seus caminhos pela fé. Deus está pronto e com vontade de revelar a Si próprio de formas incríveis para aqueles que acreditam nele. Deuteronômio diz: “De lá, buscarás ao SENHOR, teu Deus, e o acharás, quando o buscares de todo o teu coração e de toda a tua alma.”

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Jack Deere, Mauro Meister e Julio Severo

Obtive o livro "Surpreendido pelo poder do Espírito", publicado pela CPAD, do autor Jack Deere. Ao procurar na internet algo que comentasse o livro me deparei com dois artigos do site Monergismo e um do Mauro Meister sobre a segunda obra de Deere, chamada "Surpreendido pela voz de Deus", dessa vez de autoria da Editora Vida, ambas publicadas anos atrás. Consequentemente, li o artigo do Mauro Meister, e também achei um artigo do Julio Severo criticando o artigo do Mauro Meister por ter posição cessacionista (eu sou pentecostal, logo, discordo do cesacionismo). Porém, no artigo de refutação do Severo, vejam o que achei:
"A mensagem apostólica de Pedro deixou claro que também nos últimos dias o derramamento do Espírito Santo (com profecias, visões e sonhos sobrenaturais) estaria disponível a todos os povos. Quem vê as várias igrejas pentecostais no Brasil, especialmente a Assembleia de Deus, não tem dúvida de que Deus está cumprindo sua Palavra. Quem vê o movimento carismático na Igreja Católica não tem dúvida da fidelidade de Deus."
Julio Severo acredita que a RCC (Renovação Católica Caristmática) é um movimento proveniente de Deus??? Que absurdo! Não consigo imaginar que isso seja desconhecimento da RCC, pois Julio Severo estuda e lê muito, logo, não se trata de um leigo. Portanto, só posso chegar à conclusão de que Severo é ecumênico ao concordar com o catolicismo em sua máscara deslumbrante de face horrenda que a RCC. A RCC nada mais é do que uma estratégia diabólica para atrais os pentecostais desavisados que, antes católicos, deixaram essa religião apóstata para virem ao cristianismo bíblico por encontrarem heresias de perdição no catolicismo antibíblico. Como contra-ataque, assim como o "deuterocânon" (existe isso mesmo? parece mais palavra alienígena), a ICAR em vista da perda dos seus zumbis que se tornaram autênticos cristãos, põe uma máscara no monstro: Retira as abominações em forma de imagens de escultura, começa a cantarolar hinos consagrados no meio pentecostal, muda a liturgia do culto ao inserirem dinamismo no culto por meio de palmas, profetadas em nome de Maria, etc. Com isso, os desavisados, simples, indoutos, acabam caindo no "canto da sereia" da ICAR que, por meio da RCC, atrai os que não queriam Deus, mas um culto semelhante ao visto no pentecostalismo. Porém, o que se sabe é que a RCC não rompe com a ICAR, apenas muda a forma de culto, só isso. Logo, concluo, que Severo ignora os pressupostos da RCC que são os mesmos da ICAR e de forma ecumênica, aceita-o como instrumento divino. Além disso, a análise que faz no seu artigo, ignora pontos importantes examinados por Meister ao analisar o livro do fanático do Deere que afirma ouvir a voz de Deus em todo o tempo, e ter experiências incomuns à maioria dos cristãos, mas completamente normais da vida de Jack Deere, inferiorizando os seus leitores como incrédulos por não atingirem o patamar proposto por ele sem base bíblica alguma.
Minha constatação é que ou Julio Severo arrepende-se do seu posicionamento, ou passa a ser visto como ecumênico, aliançado com falsa religião apóstata e necessitando conhecer o Cristo das Escrituras, pois ecumenismo é condenado sumariamente nas Escrituras ( 2 Coríntios 6:14-18; Gálatas 1:8,9) Fontes: (http://juliosevero.blogspot.com.br/2013/09/surpreendido-com-voz-de-deus.html) (http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_V__2000__1/Jack_Deere.pdf)

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Universalismo/salvação universal é bíblico? (Got Questions)





Universalismo é a crença no fato de que todos serão salvos. Há várias pessoas hoje em dia que defendem o ponto de vista da “Salvação Universal” - a idéia de que todos os homens eventualmente irão para o Céu com o Senhor. Talvez seja o pensamento de homens e mulheres vivendo uma vida de tormento no inferno que faz com que alguns rejeitem o ensinamento das Escrituras nesta questão. Para alguns é a sua ênfase exacerbada no amor e na compaixão de Cristo que os levam a acreditar que Deus terá misericórdia de toda alma vivente. Mas as Escrituras ensinam que alguns homens irão passar a eternidade no inferno, enquanto outros irão passar a eternidade no Paraíso com o Senhor.

Antes de tudo, há prova de que os homens não redimidos irão habitar no inferno para sempre. As palavras do próprio Jesus confirmam que o tempo que os redimidos irão passar no Céu durará tanto quanto o tempo que os não redimidos irão passar no inferno. Mateus 25:46 diz: “E irão estes [não-redimidos] para o castigo ETERNO, porém os justos, para a vida ETERNA” (minha ênfase). Alguns acreditam que aqueles no inferno irão eventualmente cessar de existir, mas o Senhor mesmo confirma que irá durar para sempre. Este “fogo eterno” é mencionado anteriormente em Mateus 25:41 também. Em Marcos 9:44 Jesus diz que o inferno é onde “nem o fogo se apaga”. Ele nunca irá se apagar porque irá durar para sempre.

Como alguém pode evitar este “fogo que não se apaga”? Muitas pessoas acreditam que todos os caminhos levam para o Céu, ou consideram que Deus é tão cheio de amor e misericórdia que irá permitir que todos entrem no Céu. Enquanto Deus é certamente cheio de amor e misericórdia, foram estas qualidades que o levaram a enviar o Seu Filho, Jesus Cristo, para a terra para morrer na cruz por nós. Jesus Cristo é a porta exclusiva que leva a uma eternidade no Céu. Atos 4:12 diz: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos”. 1 Timóteo 2:5: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos...”. Em João 14:6, Jesus diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. João 3:16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que TODO O QUE NELE CRÊ não pereça, mas tenha a vida eterna”. Se o homem escolhe por rejeitar o Filho de Deus, então ele não satisfaz os requisitos para a salvação (João 3:16,36).

Com versículos como estes, fica claro que o Universalismo e a Salvação Universal são crenças antibíblicas. O Universalismo não se alinha com o que as Escrituras ensinam. Enquanto muitas pessoas hoje em dia acusam os cristãos de serem intolerantes e “excludentes”, é importante lembrar que estas são as palavras do próprio Cristo. O cristianismo não desenvolveu essas idéias por conta própria, os cristãos simplesmente afirmam o que o Senhor já disse. As pessoas escolhem por rejeitar a mensagem porque não querem encarar o seu pecado e admitir que precisam do Senhor para que sejam salvas por Ele. Dizer que aqueles que rejeitam a provisão de Deus para a salvação através do Seu Filho serão salvos é diminuir a santidade e a justiça de Deus e negar a necessidade do sacrifício de Jesus em nosso favor.

quarta-feira, 23 de março de 2016

O rico e Lázaro: O contraste entre materialismo e espiritualidade (Espada ETI)




No capítulo dezesseis do Evangelho Segundo Lucas, encontramos o Senhor Jesus Cristo encerrando uma série de seis parábolas - pequenas histórias que ensinam verdades espirituais. A última história que ele contou é similar às parábolas, mas um ponto principal de distinção alerta-nos para o fato que não é uma parábola. Nas parábolas, nenhum nome é citado, mas nesta história, há um mendigo chamado Lázaro. É perfeitamente concebível que esse pobre homem tenha sido alguém que encontrou-se com o Senhor durante suas andanças e cuja vida e morte ele usou para fazer uma ilustração às pessoas. Começando com o verso 19 do capítulo 16, temos:
"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá. E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."
Este é um comentário muito interessante feito pelos próprios lábios do Senhor e contém muitas coisas que devemos considerar com atenção. Suponho que a primeira coisa que devamos observar é que as vidas terreais de dois homens estão sendo comparadas. Por um lado, somos apresentados a um homem rico, um indivíduo não nomeado, mas que certamente é representativo dos homens ricos e influentes daqueles tempos. Ele pode ter sido um membro da realeza, pois o texto diz que vestia-se de púrpura, uma cor que tradicional e historicamente está associada com a realeza. Seus mantos e as outras vestes eram de linho finíssimo, um tecido muito caro e usado somente por pessoas importantes. Seu estilo de vida incluia tudo que um homem mundano poderia querer - festas, banquetes e diversões em lugares sofisticados - todos os dias.
A mansão onde morava o homem rico tinha um muro alto que oferecia proteção contra os visitantes indesejados - e o acesso à rua era por meio de um portão de ferro todo ornamentado e vigiado por seguranças. Era nesse portão que alguns amigos de Lázaro o deixavam, talvez com a idéia que ele pudesse conseguir alguns restos de comida da mesa ou receber algumas moedas. Lázaro era um homem doente, faminto, desempregado e tinha poucas chances de sobrevivência - e menos ainda de melhorar sua situação. Seu corpo estava coberto por feridas que possivelmente eram decorrentes da deficiência de vitaminas provocadas pela desnutrição. E, para piorar as coisas, os cães eram atraídos pelo cheiro das feridas abertas que Lázaro tinha em seu corpo. Esses cães não eram animais de estimação! Eram cães ferozes que perambulavam pelas ruas procurando comida. Provavelmente eles tentavam lamber o sangue das feridas abertas, de modo que Lázaro corria o risco de até ser devorado por eles. Pelo que sabemos, ele até pode ter sido morto e devorado pelos cães, pois o texto diz que ele morreu de repente. Nossa reação natural é de tristeza diante desse quadro lamentável, mas a tristeza rapidamente transforma-se em alegria quando lemos que os anjos o levaram para o "seio de Abraão" - uma expressão hebraica para o Paraiso. Lázaro era um dos filhos eleitos de Deus e, quando deixou as tribulações deste mundo, entrou imediatamente no reino glorioso dos redimidos.
Aqui, é adequado falarmos rapidamente sobre o conceito de "Seol" (hebraico), ou "Hades" (grego) - o "túmulo" ou morada dos mortos. Acredita-se que esteja localizado no centro da Terra e que todos os que morriam (justos ou não) iam para lá após a morte. Alguns teólogos conservadores concluiram que o Seol, ou Hades, era formado de dois compartimentos - um era o "Paraiso", a morada dos redimidos, e o outro o Seol ou o Hades propriamente - o raciocínio deles baseia-se grandemente nessa passagem bíblica.
Em seguida, vemos a curta afirmação que o rico também morreu e que foi sepultado. Não há dúvida que ele teve um funeral magnífico, condizente com seu nível social e meios financeiros. Provavelmente algumas carpideiras profissionais foram contratadas para chorarem durante o velório e um orador discursou, exaltando suas realizações mundanas. O corpo foi colocado em um túmulo caro e bem ornamentado. Nenhum gasto foi poupado e o funeral foi realmente magnífico. No entanto, o rico não era um filho de Deus e, após a morte, encontrou-se em circunstâncias totalmente diferentes das de Lázaro! Estando em tormentos entre as chamas, olhou para cima e viu Abraão e Lázaro ao longe - no Paraiso. Acho muito interessante que o rico conhecia a Lázaro - ele o reconheceu e o referenciou pelo nome! Podemos especular sobre a interação que eles tiveram em vida, mas acho que é seguro dizer que o rico não se preocupou nem ajudou Lázaro, como deveria ter feito. Esses dois homens eram irmãos na fé judaica - um deles era rico e o outro era pobre - e a Lei de Moisés mandava os ricos socorrerem os pobres em suas necessidades. Obviamente, o rico falhara completamente nessa sua responsabilidade (e podemos imaginar em quantas outras). Durante sua vida, ele sempre viveu na sombra e água fresca, mas agora a situação era totalmente diferente, ele não tinha mais seus cartões de crédito para comprar o que quisesse, nem tinha mais seus empregados para servi-lo. As chamas do fogo o queimavam e ele queria encontrar um pouco do vinho, da champanhe e da água mineral importada que ele sempre tinha na geladeira para se refrescar, mas também não encontrava isso. "Onde estão minhas moedas de ouro e de prata? Talvez eu possa subornar alguém para que me deixe sair daqui - todos gostam de dinheiro, não é mesmo?"
Mas as chamas são implacáveis. Em desespero, ele grita a Abraão que está ao longe. "Tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama."
Neste ponto, não posso deixar de fazer uma observação: Estas palavras que encontramos no evangelho de Lucas foram ditas pelo próprio Senhor Jesus Cristo e ele diz que o Hades (o inferno) é um lugar de tormentos para aqueles que passarão a eternidade ali!! O evangelista mais famoso do mundo declarou recentemente que não sabe exatamente se as chamas existem e que, portanto, não prega sobre o assunto. O conceito dele sobre o inferno é somente a separação de Deus. Será que ele não sabe ler? Confira em qualquer tradução ou versão da Bíblia que quiser e verá que elas falam claramente de chamas nesta passagem. Se ele está errado neste ponto sobre o inferno, no que mais pode estar se afastando das doutrinas fundamentais da fé cristã?
Abraão, então, é forçado a dar as más notícias para o ricaço: "Filho, lembre-se que você teve muitos bens na sua vida; mas Lázaro só teve males; agora, porém, aqui ele está consolado; e você, em tormentos. E além de tudo, há um grande abismo nos separando e Lázaro não pode ir até você, nem você pode vir até nós." Quando as palavras de Abraão fazem o homem rico reconhecer a realidade da sua situação, pela primeira vez ele pensa nas outras pessoas e diz: "Então envia Lázaro aos meus cinco irmãos, porque não quero que venham para este lugar de tormentos!" Entretanto, mesmo essa solicitação altruísta não pode ser atendida, pois Abraão diz que os irmãos têm os livros de Moisés e dos profetas - as Escrituras do Antigo Testamento - que os advertem. Mas o homem rico retruca, "Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam." Mas Abraão lhe diz a dura verdade: "Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."
Logicamente, sabemos que esse fato aconteceu, possivelmente pouco tempo antes de Jesus contar a história. Naquela cruz no Calvário, o Filho de Deus e o Filho do Homem morreu pelos seus pecados e pelos meus, para que não tenhamos de passar nossa eternidade no Inferno. Depois de três dias no túmulo, Jesus Cristo ressuscitou, e apareceu a mais de quinhentas pessoas diferentes durante um período de quarenta dias! No entanto, até mesmo o retorno de Jesus Cristo do túmulo não convenceu a maior parte do povo judeu, e virtualmente a nenhum dos fariseus e saduceus. Assim, não pense que uma pessoa hoje tenha mais dificuldade de crer, pois a crença é uma questão de fé, não de vista. O povo nos dias de Jesus pôde realmente ver seus milagres, e mesmo assim não creu. Não compreendo esse aspecto da natureza humana, mas ele é verdadeiro. As pessoas podem ver um milagre sobrenatural e não acreditar, nem mesmo se alguém voltar dentre os mortos.
Como mais uma ilustração desse fenômeno, chamo sua atenção ao capítulo 11 do Evangelho Segundo João. Neste capítulo, encontramos a ressurreição de outro Lázaro dentre os mortos! Este Lázaro, juntamente com suas irmãs, Marta e Maria, eram amigos pessoais do Senhor. Quando Lázaro morreu, o Senhor o trouxe de volta à vida de uma maneira calculada, para provar, sem margem para dúvidas, que era uma ressurreição sobrenatural. Lázaro já estava morto há quatro dias e o Senhor esperou intencionalmente esse tempo. Segundo alguns comentaristas, ele esperou esse tempo devido a uma superstição que havia entre os judeus, que dizia que o espírito pairava sobre o corpo por dois ou três dias após a morte. Após quatro dias, até essa esperança de o espírito voltar desaparecia. Portanto, quando o Senhor chamou Lázaro para fora do túmulo, o corpo dele já tinha entrado em processo de decomposição e começava a cheirar mal. No entanto, quando o Senhor chamou "Lázaro, vem para fora!", Lázaro veio caminhando para fora do túmulo, todo enfaixado, como se fosse uma múmia! O método judaico de sepultamento incluia o enfaixamento de todo o corpo com tiras de um lençol de algodão e a utilização de especiarias embalsamadoras. Quanto mais rico fosse o indivíduo, mais especiarias eram utilizadas. A regra de ouro era "nenhuma carne deve tocar outra carne", de modo que cada dedo, cada braço e cada perna eram enfaixados individualmente. O corpo era então enfaixado até o pescoço e o rosto e cabeça era cobertos por um lenço especial. Esse enfaixamento era tão grande que Lázaro certamente precisou de ajuda para se livrar de tudo aquilo!
Pouco tempo após esse maravilhoso acontecimento - que levou muitos judeus a crerem em Jesus, vemos no capítulo 12 de João que o Senhor participou de uma ceia oferecida por Maria, Marta e Lázaro. O verso 9 diz que muitas pessoas vieram sem serem convidadas e que não queriam ver o Senhor, mas queriam ver a Lázaro, que ressuscitara! A natureza humana não é interessante? Em vez de honrar o seu Messias, que realizara o milagre, eles estavam meramente curiosos a respeito do homem que ressuscitara! Depois, nos versos 10 e 11, encontramos ações que validam a afirmação de Abraão feita ao homem rico que mesmo se alguém voltasse dentre os mortos, ainda assim alguns não acreditariam:
"E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro; porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus." O verso 53 do capítulo 11 revela que eles já estavam planejando como matariam Jesus.
Esses homens ímpios sabiam que a ressurreição era sobrenatural e que somente Deus poderia realizar uma coisa dessas, mas o coração deles estava tão endurecido que eles desconsideravam totalmente o testemunho das Escrituras sobre o Messias, e não o aceitavam. Com diz o velho adágio, "O pior cego é aquele que não quer ver!"

Fonte: 
http://web.archive.org/web/20071210064322/http://www.espada.eti.br/p122.asp

sábado, 5 de dezembro de 2015

A heresia do movimento interfé (Espada ETI)



Uma pressão considerável está sendo exercida sobre os cristãos bíblicos para que aceitem os católicos romanos também como cristãos, em vez de pagãos perdidos imersos na idolatria e na apostasia. Isto está sendo feito de diversas formas, principalmente pela ênfase daquilo que os católicos e evangélicos alegadamente têm em comum. Por exemplo, muitos hinos evangélicos contemporâneos têm tão pouco conteúdo bíblico e doutrinário que os seguidores de virtualmente qualquer religião poderiam se reunir e cantar juntos. Isto também está sendo promovido por meio de incontáveis livros, vídeos, programas de televisão e eventos interfé. Algumas igrejas evangélicas estão até mesmo ensinando o Curso Alfa, aprovado por Roma. Coletivamente, essas várias iniciativas têm o objetivo de destacar a ressurgência global do Cristianismo, que certamente resultaria se os católicos e evangélicos colocassem de lado suas diferenças e trabalhassem juntos em harmonia.
A afirmação que os católicos são cristãos teria sido vista como blasfêmia pelos evangélicos dos tempos antigos. A Igreja Romana perseguiu, aprisionou, estuprou, torturou e assassinou milhões de cristãos bíblicos ao longo dos séculos. Ela ensina tantas heresias que seria impossível lidar adequadamente com todas elas neste ensaio. Os católicos são instruídos a rezarem para Maria, a invocarem os mortos, a se ajoelharem diante de um pedaço de pão, a confiaren nos atos santificadores de um homem santo com poderes especiais, a reencenarem repetidamente o sacrifício de Cristo, a ritualisticamente comerem a carne e beberem o sangue de Cristo, a aceitarem revelações extrabíblicas de um homem que chama a si mesmo de Vigário de Cristo, rejeitam a autoridade final das Escrituras, querem obter a salvação por meio das boas obras e pela participação em ritos sacramentais, rejeitam que a obra expiatória de Cristo tenha sido feita de uma vez para sempre na cruz, e esperam completar sua salvação após a morte em um lugar chamado de Purgatório.
A Igreja Romana jurou séculos atrás destruir o Cristianismo bíblico (que normalmente descreve como "Protestantismo"). Para liderar e coordenar essa campanha perversa, ela criou e financiou uma milícia mundial conhecida como Ordem dos Jesuítas (também conhecida como Sociedade de Jesus, ou Companhia de Jesus), cujos membros praticam a autoflagelação, o celibato involuntário, devoção à Virgem Maria e uma forma de auto-hipnose conhecida como Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola. Trabalhando em segredo sob um voto de rígida obediência, esses indivíduos altamente treinados fazem um juramento de sangue de perpetrar qualquer enganação que seja necessária de modo a atrair os "irmãos separados" para o coração tenebroso da Igreja Romana.
Todos os cristãos bíblicos estão atualmente sob condenação formal por Roma, estando sujeitos a mais de cem anátemas formulados pelo Concílio de Trento (1545-1563), e reafirmados no Segundo Concílio do Vaticano (1963-1965). Dentro do Direito Canônico Romano, um anátema autoriza o papa a punir os infratores de qualquer forma que ele achar apropriado, incluindo prisão, tortura e execução.
Quando a Igreja Romana governa sem qualquer impedimento do governo civil, como fez na Croácia em 1941-1944, ela implementa seus anátemas com rigor implacável. O arcebispo romano Stepinac supervisionou um programa organizado de matança na Croácia durante esse período, em que mais de 700.000 sérvios ortodoxos — homens, mulheres e crianças — foram cercados e cruelmente assassinados pela milícia católica governante. As vítimas recebiam a promessa que seriam poupadas caso se convertessem ao catolicismo romano, porém muitas das que fizeram isso também foram mortas. Virtualmente toda a comunidade judaica e milhares de muçulmanos também foram assassinados. O campo de extermíno de Jasenovac, onde muitas dessas atrocidades ocorreram, foi um dos mais brutais na história e tem sido comparado com Auschwitz por sobreviventes judeus. Portanto, é inacreditável que o papa João Paulo II efetivamente tenha endossado o trabalho de Stepinac, ao beatificá-lo oficialmente em outubro de 1998.
Os demônios não morrem. As mesmas forças demoníacas que controlavam a Igreja de Roma durante os longos séculos de estupros, torturas e assassinatos da Inquisição, em sua campanha de matança durante a Guerra dos Trinta Anos e durante seu reinado de terror na Croácia — ainda a controlam hoje. Portanto, quando os evangélicos dão as boas-vindas à Igreja Católica Romana em seu meio, estão exibindo uma ignorância, uma ingenuidade e uma evidente desconsideração pela Palavra de Deus que são realmente inacreditáveis.

Existe outro aspecto trágico em tudo isto. Mais de um bilhão de católicos estão sendo mantidos em servidão espiritual por Roma e por seu antigo sistema de idolatria, porém milhares de igrejas evangélicas nas Américas e na Europa se recusam a testemunhar para eles. O evangelho romano é um falso evangelho, uma perversão paganizada da santa Palavra de Deus, e não pode salvar ninguém.
O Cristo do catolicismo romano não é o Cristo da Bíblia, mas é um ícone criado pelo homem, uma falsificação sentimental montada a partir de antecedentes pagãos e falsa teologia. O Jesus romano é, na verdade, uma figura frágil, que necessita de sua "mãe" para ajudá-lo a salvar a humanidade. Como a morte dele na cruz foi inadequada para nossa salvação (segundo a teologia romana), ele precisa ser sacrificado repetidamente no "santo sacrifício" da missa de modo a produzir a graça necessária para cobrir nossos pecados. Ele é um "deus" cuja carne pode ser comida por seus seguidores, ou mantida em um receptáculo de ouro. Inconstante e distante, ele nem sempre quer ouvir as orações de seus seguidores, mas delega a tarefa para sua "mãe", declarada por Roma como mediadora e co-redentora com o Jesus romano.
Contraste isto com o Cristo vivo e verdadeiro! O Cristo da Bíblia é o Rei dos reis e Senhor dos senhores! Ele não está mais pregado na cruz e sujeito a um sacrifício contínuo nas mãos de homens pecadores, mas ressuscitou, ascendeu aos céus e está triunfante! Ele fez tudo o que era necessário para nossa salvação quando morreu na cruz. Ele conquistou a morte em nosso lugar e nos libertou para sempre do poder do Maligno. Ele é nosso único mediador junto ao Pai Celestial, nosso único e exclusivo Redentor. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é a luz do mundo e o Senhor dos exércitos, Filho do Deus Altíssimo e Salvador de todos os que Nele creem. Além disso, Ele virá novamente com tremendo poder e glória para reinar sobre toda a Terra, pessoalmente, a partir de Seu santo templo em Jerusalém.
Este, caro leitor, é o Cristo em quem os cristãos genuínos acreditam. Se você pensa que uma figura feminina, ou a igreja, ou os sacramentos, ou as boas obras, ou o sofrimento pessoal podem acrescentar algo, por minúsculo que seja, àquilo que Cristo fez por nossa salvação, então você ainda não encontrou o verdadeiro Cristo. Se não encontrou o verdadeiro Cristo, então você ainda está na perdição.
A Bíblia ensina que, sem Cristo, todas as religiões estão em trevas e não têm qualquer verdade em si mesmas. Em flagrante contraste, o Movimento Interfé ensina que cada uma das grandes religiões do mundo tem alguma verdade de Deus e que compete aos cristãos de toda a parte identificarem essa verdade e a usarem como base para cooperação, comunhão e compreensão compartilhada. Alguns até mesmo aceitam a heresia do Universalismo, que diz que todas as pessoas "boas", independente de suas crenças religiosas, serão salvas no fim.
Os jesuítas fizeram um extenso trabalho ao longo dos últimos cem anos, ou mais, para preparar o caminho para a fusão de todas as denominações "cristãs" debaixo do guarda-chuva de Roma. Em seu Juramento Extremo de Investidura, eles prometem se infiltrar no pastorado de todas as igrejas evangélicas e reformadas e sutilmente insinuar sua versão paganizada de Cristianismo. Publicado pelo Registro do Congresso dos EUA em 1913, e disponível no sítio na Internet do Instituto Europeu de Estudos Protestantes (diretor Ian Paisley), o juramento contém uma descrição extensa do modus operandi dos jesuítas, com declarações perturbadoras, como as seguintes:
"É justo exterminar ou aniquilar Reis, Governos ou Governantes ímpios ou heréticos..."
"Entre os calvinistas, serei um calvinista, entre os outros protestantes, geralmente serei um protestante e, após obter a confiança deles, buscarei até mesmo ocupar e pregar em seus púlpitos..."
"Você foi instruído a plantar insidiosamente as sementes da inveja e do ódio entre as comunidades, províncias e Estados que estavam em paz, e a incitá-los às obras de sangue... a ficar ao lado dos combatentes e a agir secretamente com seu irmão jesuíta, que pode estar envolvido no outro lado... o fim justifica os meios. Você foi instruído em seu dever como um espião... ninguém pode comandar aqui que não tenha consagrado seus esforços com o sangue dos heréticos..."
"Eu (o candidato) estou autorizado a assumir qualquer religião herética para a propagação dos interesses da Igreja Mãe... "
"Também prometo e declaro que não terei opinião ou vontade própria, ou reservas mentais de qualquer tipo, sendo como um cadável, e que, sem hesitação, obedecerei a cada uma das instruções que receber de meus superiores na milícia do papa... Também prometo e declaro que, quando a oportunidade se apresentar, farei e travarei guerra implacável, secreta e abertamente, contra todos os heréticos... como sou instruído a fazer, para extirpá-los da face da Terra... e com o punhal que agora recebo assinarei meu nome, escrito com meu sangue, em testemunho disto."
[Nota: Os jesuítas negam a existência deste juramento, porém ele é considerado genuíno por muitos eruditos bíblicos, e foi confirmado pelo Dr. Alberto Rivera, que deixou a Ordem dos Jesuítas em 1967.].
Esta forma de infiltração secreta é muito mais comum do que as pessoas imaginam. Por exemplo, ela foi usada extensivamente durante décadas na Guerra Fria entre a União Soviética e as potências ocidentais. Espiões e agentes duplos recebiam durante anos treinamento profundo na arte do engano e depois eram colocados em cargos administrativos de baixo escalão no país-alvo. A partir daí, eles podiam avançar gradualmente para cargos de influência ou de importância estratégica. Portanto, não devemos nos surpreender que o mesmo tipo de enganação esteja sendo usado pelo Mestre do Engano em sua guerra contínua contra o Cristianismo verdadeiro. Afinal, seu sucesso futuro e sua própria sobrevivência dependem disso.
Dado que o Juramento Extremo de Investidura dos Jesuítas na verdade estipula o uso desse tipo de duplicidade, precisamos assumir que, não somente isto está acontecendo, mas que já está em uso há muito tempo. O Movimento de Oxford, na Grã-Bretanha nos anos 1840s é considerado por muitos como um excelente exemplo da subversão estratégica da Igreja Anglicana por agentes de Roma. Veja, por exemplo, Walsh (1898): "No tempo presente, a Igreja da Inglaterra está totalmente penetrada pelas sociedades secretas, todas trabalhando nos interesses do esquema para a reunião institucional da Igreja da Inglaterra com a Igreja de Roma."
Em tempos mais recentes, de acordo com as revistas Time e Newsweek, Chuck Colson, um indivíduo com conexões políticas nos níveis mais altos no governo americano, que foi condenado por um crime, fez-se passar por um cristão nascido de novo de modo a reduzir sua pena na prisão. Ele então passou a coordenar um programa que levou à aceitação e publicação do documento intitulado Evangélicos e Católicos Juntos, em 1994. Existem razões para acreditar que o Vaticano recrutou Colson para esse propósito, para trair a Igreja Evangélica nos EUA e colocá-la em um caminho para a desintegração ecumênica.

A subversão produz resultados. É por isto que tantas igrejas e seminários evangélicos, aparentemente ortodoxos, podem súbita e inexplicavelmente lançar fora seus princípios e aceitar sérias contemporizações doutrinárias que se encaixam perfeitamente com aquilo que Roma deseja alcançar. Por exemplo, um teólogo ou autor evangélico respeitado pode começar a endossar o Mormonismo; outro pode afirmar que o Deus da Bíblia é o mesmo que o deus do Alcorão; outro começa a defender a espiritualidade contemplativa ou interfé; outro argumenta que a Bíblia nunca deve ser lida como um registro inerrante e literal do plano de Deus para a humanidade; outro lança dúvidas sobre a pecaminosidade da homossexualidade, e assim por diante.
Na busca de seus objetivos declarados, a Igreja Católica Romana também promove livros de autores cujos ensinos se alinham com a agenda interfé-ecumênica. Especialmente úteis nesta questão são os livros de autores não católicos que lançam a semente do romanismo entre os evangélicos. Estes incluem, por exemplo, os escritos de Richard Foster, um teólogo quacre. É impossível ler seu livro absurdamente ecumênico A Celebração da Disciplina, que já vendeu mais de um milhão de exemplares e influenciou grandemente os evangélicos nas Américas e na Europa, e não concluir que a única coisa que falta nele é o Imprimatur de um bispo católico.
A Igreja Católica Romana também está trabalhando caladamente de outras formas para atrair os evangélicos para sua rede. Essas iniciativas por trás dos bastidores incluem a negociação de acordos de reconhecimento mútuo com várias denominações protestantes em doutrinas-chaves da fé. Por exemplo, em 29 de janeiro de 2013, um dia de trevas para o Cristianismo bíblico — as principais denominações presbiterianas na América do Norte assinaram esse tipo de acordo com Roma com relação ao batismo — "Nós nos alegramos na fé comum que compartilhamos e afirmamos neste documento." A Palavra de Deus e o sangue dos mártires foram simplesmente esquecidos. Ao assinarem esse acordo, as igrejas presbiterianas demoliram um pilar central da Reforma. A doutrina fundamental da salvação pela fé somente foi colocada de lado. Em vez disso, eles concordaram — de um modo muito sorrateiro — que a Reforma foi um grande mal entendido e que os católicos romanos eram realmente presbiterianos em disfarce.
A propagação da heresia ecumênica-interfé não é um acidente, mas é resultado direto de uma campanha coordenada e bem financiada pelo Vaticano para subverter o Cristianismo verdadeiro e criar uma igreja mundial controlada pelo papado. A própria Bíblia nos adverte que esse tipo de igreja aparecerá no fim dos tempos para substituir o Cristianismo bíblico e abrir o caminho para o Anticristo.
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