sábado, 5 de dezembro de 2015

A heresia do movimento interfé (Espada ETI)



Uma pressão considerável está sendo exercida sobre os cristãos bíblicos para que aceitem os católicos romanos também como cristãos, em vez de pagãos perdidos imersos na idolatria e na apostasia. Isto está sendo feito de diversas formas, principalmente pela ênfase daquilo que os católicos e evangélicos alegadamente têm em comum. Por exemplo, muitos hinos evangélicos contemporâneos têm tão pouco conteúdo bíblico e doutrinário que os seguidores de virtualmente qualquer religião poderiam se reunir e cantar juntos. Isto também está sendo promovido por meio de incontáveis livros, vídeos, programas de televisão e eventos interfé. Algumas igrejas evangélicas estão até mesmo ensinando o Curso Alfa, aprovado por Roma. Coletivamente, essas várias iniciativas têm o objetivo de destacar a ressurgência global do Cristianismo, que certamente resultaria se os católicos e evangélicos colocassem de lado suas diferenças e trabalhassem juntos em harmonia.
A afirmação que os católicos são cristãos teria sido vista como blasfêmia pelos evangélicos dos tempos antigos. A Igreja Romana perseguiu, aprisionou, estuprou, torturou e assassinou milhões de cristãos bíblicos ao longo dos séculos. Ela ensina tantas heresias que seria impossível lidar adequadamente com todas elas neste ensaio. Os católicos são instruídos a rezarem para Maria, a invocarem os mortos, a se ajoelharem diante de um pedaço de pão, a confiaren nos atos santificadores de um homem santo com poderes especiais, a reencenarem repetidamente o sacrifício de Cristo, a ritualisticamente comerem a carne e beberem o sangue de Cristo, a aceitarem revelações extrabíblicas de um homem que chama a si mesmo de Vigário de Cristo, rejeitam a autoridade final das Escrituras, querem obter a salvação por meio das boas obras e pela participação em ritos sacramentais, rejeitam que a obra expiatória de Cristo tenha sido feita de uma vez para sempre na cruz, e esperam completar sua salvação após a morte em um lugar chamado de Purgatório.
A Igreja Romana jurou séculos atrás destruir o Cristianismo bíblico (que normalmente descreve como "Protestantismo"). Para liderar e coordenar essa campanha perversa, ela criou e financiou uma milícia mundial conhecida como Ordem dos Jesuítas (também conhecida como Sociedade de Jesus, ou Companhia de Jesus), cujos membros praticam a autoflagelação, o celibato involuntário, devoção à Virgem Maria e uma forma de auto-hipnose conhecida como Exercícios Espirituais de Inácio de Loyola. Trabalhando em segredo sob um voto de rígida obediência, esses indivíduos altamente treinados fazem um juramento de sangue de perpetrar qualquer enganação que seja necessária de modo a atrair os "irmãos separados" para o coração tenebroso da Igreja Romana.
Todos os cristãos bíblicos estão atualmente sob condenação formal por Roma, estando sujeitos a mais de cem anátemas formulados pelo Concílio de Trento (1545-1563), e reafirmados no Segundo Concílio do Vaticano (1963-1965). Dentro do Direito Canônico Romano, um anátema autoriza o papa a punir os infratores de qualquer forma que ele achar apropriado, incluindo prisão, tortura e execução.
Quando a Igreja Romana governa sem qualquer impedimento do governo civil, como fez na Croácia em 1941-1944, ela implementa seus anátemas com rigor implacável. O arcebispo romano Stepinac supervisionou um programa organizado de matança na Croácia durante esse período, em que mais de 700.000 sérvios ortodoxos — homens, mulheres e crianças — foram cercados e cruelmente assassinados pela milícia católica governante. As vítimas recebiam a promessa que seriam poupadas caso se convertessem ao catolicismo romano, porém muitas das que fizeram isso também foram mortas. Virtualmente toda a comunidade judaica e milhares de muçulmanos também foram assassinados. O campo de extermíno de Jasenovac, onde muitas dessas atrocidades ocorreram, foi um dos mais brutais na história e tem sido comparado com Auschwitz por sobreviventes judeus. Portanto, é inacreditável que o papa João Paulo II efetivamente tenha endossado o trabalho de Stepinac, ao beatificá-lo oficialmente em outubro de 1998.
Os demônios não morrem. As mesmas forças demoníacas que controlavam a Igreja de Roma durante os longos séculos de estupros, torturas e assassinatos da Inquisição, em sua campanha de matança durante a Guerra dos Trinta Anos e durante seu reinado de terror na Croácia — ainda a controlam hoje. Portanto, quando os evangélicos dão as boas-vindas à Igreja Católica Romana em seu meio, estão exibindo uma ignorância, uma ingenuidade e uma evidente desconsideração pela Palavra de Deus que são realmente inacreditáveis.

Existe outro aspecto trágico em tudo isto. Mais de um bilhão de católicos estão sendo mantidos em servidão espiritual por Roma e por seu antigo sistema de idolatria, porém milhares de igrejas evangélicas nas Américas e na Europa se recusam a testemunhar para eles. O evangelho romano é um falso evangelho, uma perversão paganizada da santa Palavra de Deus, e não pode salvar ninguém.
O Cristo do catolicismo romano não é o Cristo da Bíblia, mas é um ícone criado pelo homem, uma falsificação sentimental montada a partir de antecedentes pagãos e falsa teologia. O Jesus romano é, na verdade, uma figura frágil, que necessita de sua "mãe" para ajudá-lo a salvar a humanidade. Como a morte dele na cruz foi inadequada para nossa salvação (segundo a teologia romana), ele precisa ser sacrificado repetidamente no "santo sacrifício" da missa de modo a produzir a graça necessária para cobrir nossos pecados. Ele é um "deus" cuja carne pode ser comida por seus seguidores, ou mantida em um receptáculo de ouro. Inconstante e distante, ele nem sempre quer ouvir as orações de seus seguidores, mas delega a tarefa para sua "mãe", declarada por Roma como mediadora e co-redentora com o Jesus romano.
Contraste isto com o Cristo vivo e verdadeiro! O Cristo da Bíblia é o Rei dos reis e Senhor dos senhores! Ele não está mais pregado na cruz e sujeito a um sacrifício contínuo nas mãos de homens pecadores, mas ressuscitou, ascendeu aos céus e está triunfante! Ele fez tudo o que era necessário para nossa salvação quando morreu na cruz. Ele conquistou a morte em nosso lugar e nos libertou para sempre do poder do Maligno. Ele é nosso único mediador junto ao Pai Celestial, nosso único e exclusivo Redentor. Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Ele é a luz do mundo e o Senhor dos exércitos, Filho do Deus Altíssimo e Salvador de todos os que Nele creem. Além disso, Ele virá novamente com tremendo poder e glória para reinar sobre toda a Terra, pessoalmente, a partir de Seu santo templo em Jerusalém.
Este, caro leitor, é o Cristo em quem os cristãos genuínos acreditam. Se você pensa que uma figura feminina, ou a igreja, ou os sacramentos, ou as boas obras, ou o sofrimento pessoal podem acrescentar algo, por minúsculo que seja, àquilo que Cristo fez por nossa salvação, então você ainda não encontrou o verdadeiro Cristo. Se não encontrou o verdadeiro Cristo, então você ainda está na perdição.
A Bíblia ensina que, sem Cristo, todas as religiões estão em trevas e não têm qualquer verdade em si mesmas. Em flagrante contraste, o Movimento Interfé ensina que cada uma das grandes religiões do mundo tem alguma verdade de Deus e que compete aos cristãos de toda a parte identificarem essa verdade e a usarem como base para cooperação, comunhão e compreensão compartilhada. Alguns até mesmo aceitam a heresia do Universalismo, que diz que todas as pessoas "boas", independente de suas crenças religiosas, serão salvas no fim.
Os jesuítas fizeram um extenso trabalho ao longo dos últimos cem anos, ou mais, para preparar o caminho para a fusão de todas as denominações "cristãs" debaixo do guarda-chuva de Roma. Em seu Juramento Extremo de Investidura, eles prometem se infiltrar no pastorado de todas as igrejas evangélicas e reformadas e sutilmente insinuar sua versão paganizada de Cristianismo. Publicado pelo Registro do Congresso dos EUA em 1913, e disponível no sítio na Internet do Instituto Europeu de Estudos Protestantes (diretor Ian Paisley), o juramento contém uma descrição extensa do modus operandi dos jesuítas, com declarações perturbadoras, como as seguintes:
"É justo exterminar ou aniquilar Reis, Governos ou Governantes ímpios ou heréticos..."
"Entre os calvinistas, serei um calvinista, entre os outros protestantes, geralmente serei um protestante e, após obter a confiança deles, buscarei até mesmo ocupar e pregar em seus púlpitos..."
"Você foi instruído a plantar insidiosamente as sementes da inveja e do ódio entre as comunidades, províncias e Estados que estavam em paz, e a incitá-los às obras de sangue... a ficar ao lado dos combatentes e a agir secretamente com seu irmão jesuíta, que pode estar envolvido no outro lado... o fim justifica os meios. Você foi instruído em seu dever como um espião... ninguém pode comandar aqui que não tenha consagrado seus esforços com o sangue dos heréticos..."
"Eu (o candidato) estou autorizado a assumir qualquer religião herética para a propagação dos interesses da Igreja Mãe... "
"Também prometo e declaro que não terei opinião ou vontade própria, ou reservas mentais de qualquer tipo, sendo como um cadável, e que, sem hesitação, obedecerei a cada uma das instruções que receber de meus superiores na milícia do papa... Também prometo e declaro que, quando a oportunidade se apresentar, farei e travarei guerra implacável, secreta e abertamente, contra todos os heréticos... como sou instruído a fazer, para extirpá-los da face da Terra... e com o punhal que agora recebo assinarei meu nome, escrito com meu sangue, em testemunho disto."
[Nota: Os jesuítas negam a existência deste juramento, porém ele é considerado genuíno por muitos eruditos bíblicos, e foi confirmado pelo Dr. Alberto Rivera, que deixou a Ordem dos Jesuítas em 1967.].
Esta forma de infiltração secreta é muito mais comum do que as pessoas imaginam. Por exemplo, ela foi usada extensivamente durante décadas na Guerra Fria entre a União Soviética e as potências ocidentais. Espiões e agentes duplos recebiam durante anos treinamento profundo na arte do engano e depois eram colocados em cargos administrativos de baixo escalão no país-alvo. A partir daí, eles podiam avançar gradualmente para cargos de influência ou de importância estratégica. Portanto, não devemos nos surpreender que o mesmo tipo de enganação esteja sendo usado pelo Mestre do Engano em sua guerra contínua contra o Cristianismo verdadeiro. Afinal, seu sucesso futuro e sua própria sobrevivência dependem disso.
Dado que o Juramento Extremo de Investidura dos Jesuítas na verdade estipula o uso desse tipo de duplicidade, precisamos assumir que, não somente isto está acontecendo, mas que já está em uso há muito tempo. O Movimento de Oxford, na Grã-Bretanha nos anos 1840s é considerado por muitos como um excelente exemplo da subversão estratégica da Igreja Anglicana por agentes de Roma. Veja, por exemplo, Walsh (1898): "No tempo presente, a Igreja da Inglaterra está totalmente penetrada pelas sociedades secretas, todas trabalhando nos interesses do esquema para a reunião institucional da Igreja da Inglaterra com a Igreja de Roma."
Em tempos mais recentes, de acordo com as revistas Time e Newsweek, Chuck Colson, um indivíduo com conexões políticas nos níveis mais altos no governo americano, que foi condenado por um crime, fez-se passar por um cristão nascido de novo de modo a reduzir sua pena na prisão. Ele então passou a coordenar um programa que levou à aceitação e publicação do documento intitulado Evangélicos e Católicos Juntos, em 1994. Existem razões para acreditar que o Vaticano recrutou Colson para esse propósito, para trair a Igreja Evangélica nos EUA e colocá-la em um caminho para a desintegração ecumênica.

A subversão produz resultados. É por isto que tantas igrejas e seminários evangélicos, aparentemente ortodoxos, podem súbita e inexplicavelmente lançar fora seus princípios e aceitar sérias contemporizações doutrinárias que se encaixam perfeitamente com aquilo que Roma deseja alcançar. Por exemplo, um teólogo ou autor evangélico respeitado pode começar a endossar o Mormonismo; outro pode afirmar que o Deus da Bíblia é o mesmo que o deus do Alcorão; outro começa a defender a espiritualidade contemplativa ou interfé; outro argumenta que a Bíblia nunca deve ser lida como um registro inerrante e literal do plano de Deus para a humanidade; outro lança dúvidas sobre a pecaminosidade da homossexualidade, e assim por diante.
Na busca de seus objetivos declarados, a Igreja Católica Romana também promove livros de autores cujos ensinos se alinham com a agenda interfé-ecumênica. Especialmente úteis nesta questão são os livros de autores não católicos que lançam a semente do romanismo entre os evangélicos. Estes incluem, por exemplo, os escritos de Richard Foster, um teólogo quacre. É impossível ler seu livro absurdamente ecumênico A Celebração da Disciplina, que já vendeu mais de um milhão de exemplares e influenciou grandemente os evangélicos nas Américas e na Europa, e não concluir que a única coisa que falta nele é o Imprimatur de um bispo católico.
A Igreja Católica Romana também está trabalhando caladamente de outras formas para atrair os evangélicos para sua rede. Essas iniciativas por trás dos bastidores incluem a negociação de acordos de reconhecimento mútuo com várias denominações protestantes em doutrinas-chaves da fé. Por exemplo, em 29 de janeiro de 2013, um dia de trevas para o Cristianismo bíblico — as principais denominações presbiterianas na América do Norte assinaram esse tipo de acordo com Roma com relação ao batismo — "Nós nos alegramos na fé comum que compartilhamos e afirmamos neste documento." A Palavra de Deus e o sangue dos mártires foram simplesmente esquecidos. Ao assinarem esse acordo, as igrejas presbiterianas demoliram um pilar central da Reforma. A doutrina fundamental da salvação pela fé somente foi colocada de lado. Em vez disso, eles concordaram — de um modo muito sorrateiro — que a Reforma foi um grande mal entendido e que os católicos romanos eram realmente presbiterianos em disfarce.
A propagação da heresia ecumênica-interfé não é um acidente, mas é resultado direto de uma campanha coordenada e bem financiada pelo Vaticano para subverter o Cristianismo verdadeiro e criar uma igreja mundial controlada pelo papado. A própria Bíblia nos adverte que esse tipo de igreja aparecerá no fim dos tempos para substituir o Cristianismo bíblico e abrir o caminho para o Anticristo.

domingo, 15 de novembro de 2015

O que é o Cristianismo e em que os cristãos acreditam? (Got Questions)



1 Coríntios 15:1-4 diz: “Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. Antes de tudo, vos entreguei também o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.”

De forma sucinta, esta é a crença do Cristianismo. O Cristianismo é único entre todas as outras fés, porque o Cristianismo é mais um relacionamento do que uma prática religiosa. Ao invés de aderir a uma lista de “faça isso e não faça aquilo”, o objetivo do Cristianismo é cultivar um andar próximo ao Deus Pai. Este relacionamento se torna possível por causa da obra de Jesus Cristo e do ministério na vida do cristão pelo Espírito Santo.

Os cristãos acreditam que a Bíblia é a Palavra inspirada e inerrante de Deus, e que seus ensinamentos são a autoridade final (2 Timóteo 3:16, 2 Pedro 1:20-21). Os cristãos acreditam em um Deus que existe em três pessoas: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo.

Os cristãos acreditam que a humanidade foi criada especificamente para ter um relacionamento com Deus, mas que o pecado separa todos os homens de Deus (Romanos 5:12; Romanos 3:23). O Cristianismo ensina que Jesus Cristo andou pela terra, sendo completamente Deus e mesmo assim completamente homem (Filipenses 2:6-11), e morreu na cruz. Os cristãos acreditam que após Sua morte na cruz, Cristo foi sepultado, ressuscitou e está agora assentado à direita do Pai, intercedendo para sempre pelos crentes (Hebreus 7:25). O Cristianismo proclama que a morte de Jesus na cruz foi suficiente para pagar completamente o débito do pecado devido por todos os homens, e que isto é o que restaura o relacionamento que havia sido rompido entre Deus e os homens (Hebreus 9:11-14, Hebreus 10:10, Romanos 6:23, Romanos 5:8).

Para alguém ser salvo, deve apenas depositar sua fé, inteiramente, na obra que foi completada por Cristo na cruz. Se alguém acredita que Cristo morreu em seu próprio lugar pagando o preço pelos seus pecados e ressuscitou, este alguém está salvo. Ninguém pode ser “bom o suficiente” para agradar a Deus por conta própria, porque todos nós somos pecadores (Isaías 64:6-7, Isaías 53:6). Além disso, não há nada mais a ser feito, porque Cristo já fez tudo o que havia para se fazer! Quando estava na cruz, Jesus disse: “Está consumado!” (João 19:30).

Assim como não há nada que alguém possa fazer para ganhar a salvação por conta própria, uma vez que este alguém deposita sua fé na obra de Cristo na cruz, também não há nada que possa fazer para perder a salvação. Lembre-se que o trabalho foi realizado e finalizado por Cristo! Nada relativo à salvação depende daquele que a recebeu! João 10:27-29 afirma: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.”

A salvação é tornar-se livre de ter que servir à velha natureza pecaminosa e também para buscar um relacionamento correto com Deus. Enquanto os crentes viverem neste mundo com seus corpos pecaminosos, haverá um conflito constante contra ceder ao pecado. Viver em pecado obstrui o relacionamento que Deus procura ter com a humanidade, e enquanto alguém viver em pecado, mesmo sendo um crente, não irá desfrutar do relacionamento que Deus gostaria de ter com ele. No entanto, os cristãos podem ter vitória sobre este conflito contra o pecado através do estudo e aplicação da Palavra de Deus (a Bíblia) nas suas vidas, e por serem controlados pelo Espírito Santo – isto é, por submeterem-se à influência e liderança do Espírito em todas as circunstâncias do dia a dia, e através do Espírito obedecer à Palavra de Deus.

Portanto, enquanto tantos sistemas religiosos exigem que se faça ou não certas coisas, o Cristianismo se trata de ter um relacionamento com Deus, e de acreditar que Cristo morreu na cruz como pagamento pelo nosso próprio pecado e ressuscitou. O seu débito do pecado é pago e você pode ter comunhão com Deus. Você pode ter vitória sobre a sua natureza pecaminosa e andar com Deus em comunhão e obediência. Isto é o verdadeiro Cristianismo bíblico.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

É a Bíblia verdadeiramente A Palavra de Deus? (Got Questions)





Nossa resposta a esta pergunta não irá apenas determinar como vemos a Bíblia e sua importância para nossas vidas, mas também, ao final, provocar em nós um impacto eterno. Se a Bíblia é de fato a palavra de Deus, devemos então estimá-la, estudá-la, obedecer-lhe e nela confiar. Se a Bíblia é a Palavra de Deus, dispensá-la, então, é dispensar o próprio Deus.

O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidência e exemplo de Seu amor por nós. O termo “revelação” significa simplesmente que Deus comunicou à humanidade como Ele é e como nós podemos ter um correto relacionamento com Ele. São coisas que não poderíamos saber se Deus, na Bíblia, não as tivesse revelado divinamente a nós. Embora a revelação de Deus sobre Si mesmo tenha sido dada progressivamente, ao longo de aproximadamente 1500 anos, ela sempre conteve tudo que o homem precisava saber sobre Deus para com Ele ter um bom relacionamento. Se a Bíblia é realmente a Palavra de Deus, é portanto a autoridade final sobre todas as questões de fé, prática religiosa e moral.

A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: como podemos saber que a Bíblia é a Palavra de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único sobre a Bíblia que a separa de todos os outros livros religiosos já escritos? Existe alguma evidência de que a Bíblia é realmente a Palavra de Deus? Estes são os tipos de perguntas que merecem análise se formos seriamente examinar a afirmação bíblica de que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática.

Não pode haver dúvida sobre o fato de que a própria Bíblia afirma ser a verdadeira Palavra de Deus. Tal pode ser claramente observado em versículos como 2 Timóteo 3:15-17, que diz: “... desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

A fim de responder a estas perguntas, devemos observar tanto as evidências internas quanto as evidências externas de que a Bíblia é mesmo a Palavra de Deus. Evidências internas são aquelas coisas do interior da Bíblia que testificam sua origem divina. Uma das primeiras evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus é a sua unidade. Apesar de, na verdade, ser composta de sessenta e seis livros individuais, escritos em três continentes, em três diferentes línguas, durante um período de aproximadamente 1500 anos, por mais de 40 autores (que tinham profissões diferentes), a Bíblia permanece como um livro unificado desde o início até o fim, sem contradições. Esta unidade é singular em comparação a todos os outros livros e é evidência da origem divina das palavras, enquanto Deus moveu homens de tal forma que registraram as Suas palavras.

Outra evidência interna que indica que a Bíblia é a Palavra de Deus é observada nas profecias detalhadas contidas em suas páginas. A Bíblia contém centenas de detalhadas profecias relacionadas ao futuro de nações individuais, incluindo Israel, ao futuro de certas cidades, ao futuro da humanidade, e à vinda de um que seria o Messias, o Salvador, não só de Israel, mas de todos que Nele cressem. Ao contrário de profecias encontradas em outros livros religiosos, ou das profecias feitas por Nostradamus, as profecias bíblicas são extremamente detalhadas e nunca falharam em se tornar realidade. Há mais de trezentas profecias relacionadas a Jesus Cristo apenas no Antigo Testamento. Não apenas foi predito onde Ele nasceria e de qual família viria, mas também como Ele morreria e que ressuscitaria ao terceiro dia. Simplesmente não há maneira lógica de explicar as profecias cumpridas da Bíblia a não ser por origem divina. Não existe outro livro religioso com a extensão ou o tipo de previsão das profecias que a Bíblia contém.

Uma terceira evidência interna da origem divina da Bíblia é notada na sua autoridade e poder únicos. Enquanto esta evidência é mais subjetiva do que as duas evidências anteriores, ela não é nada menos do que testemunho poderoso da origem divina da Bíblia. A Bíblia tem autoridade única, que não se parece com a de qualquer outro livro já escrito. Esta autoridade e poder podem ser vistos com mais clareza pela forma como inúmeras vidas já foram transformadas pela leitura da Bíblia. Curou viciados em drogas, libertou homossexuais, transformou a vida de pessoas sem rumo, modificou criminosos de coração duro, repreende pecadores, e sua leitura transforma o ódio em amor. A Bíblia possui um poder dinâmico e transformador que só é possível por ser a verdadeira Palavra de Deus.

Além das evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus, existem também evidências externas que indicam isto. Uma destas evidências é o caráter histórico da Bíblia. Como a Bíblia relata eventos históricos, a sua veracidade e precisão estão sujeitas à verificação, como qualquer outro documento histórico. Através tanto de evidências arqueológicas quanto de outros documentos escritos, os relatos históricos da Bíblia foram várias vezes comprovados como verdadeiros e precisos. Na verdade, todas as evidências arqueológicas e encontradas em manuscritos que validam a Bíblia a tornam o melhor livro documentado do mundo antigo. O fato de que a Bíblia registra precisa e verdadeiramente eventos historicamente verificáveis é uma grande indicação da sua veracidade ao lidar com assuntos religiosos e doutrinas, ajudando a substanciar sua afirmação em ser a Palavra Deus.

Outra evidência externa de que a Bíblia é a Palavra de Deus é a integridade de seus autores humanos. Como mencionado anteriormente, Deus usou homens vindos de diversas profissões e ofícios para registrar as Suas palavras para nós. Estudando as vidas destes homens, não há boa razão para acreditar que não tenham sido homens honestos e sinceros. Examinando suas vidas e o fato de que estavam dispostos a morrer (quase sempre mortes terríveis) pelo que acreditavam, logo se torna claro que estes homens comuns, porém honestos, realmente criam que Deus com eles havia falado. Os homens que escreveram o Novo Testamento e centenas de outros crentes (1 Coríntios 15:6) sabiam a verdade da sua mensagem porque haviam visto e passado tempo com Jesus Cristo depois que Ele ressuscitou dentre os mortos. A transformação ao ter visto o Cristo Ressuscitado causou tremendo impacto nestes homens. Eles passaram do “esconder-se com medo” ao estado de “disposição a morrer pela mensagem que Deus lhes havia revelado”. Suas vidas e mortes testificam o fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.

Uma última evidência externa de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus é seu “caráter indestrutível”. Por causa de sua importância e de sua afirmação em ser a Palavra de Deus, a Bíblia sofreu mais ataques e tentativas de destruição do que qualquer outro livro na história. Dos primeiros imperadores romanos como Diocleciano, passando por ditadores comunistas e até chegar aos ateus e agnósticos modernos, a Bíblia resistiu e permaneceu a todos os seus ataques e continua sendo o livro mais publicado no mundo hoje.

Através dos tempos, céticos tiveram a Bíblia como mitológica, mas a arqueologia a estabeleceu como histórica. Seus oponentes atacaram seus ensinamentos como sendo primitivos e desatualizados, porém estes, somados a seus conceitos morais e legais, tiveram uma influência positiva em sociedades e culturas do mundo todo. Ela continua a ser atacada pela ciência, psicologia e por movimentos políticos, mas mesmo assim permanece tão verdadeira e relevante como quando foi escrita. Ela é um livro que transformou inúmeras vidas e culturas através dos últimos 2000 anos. Não importa o quanto seus oponentes tentem atacá-la, destruí-la ou fazer com que perca sua reputação, a Bíblia permanece tão forte, verdadeira e relevante após os ataques quanto antes. A precisão com que foi preservada, apesar de todas as tentativas de corrompê-la, atacá-la ou destruí-la é o testemunho claro do fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus. Não deveria ser surpresa para nós que, não importa o quanto seja atacada, ela sempre volta igual e ilesa. Afinal, Jesus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31). Após observar as evidências, qualquer um pode dizer sem dúvida nenhuma que “Sim, a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.”

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Jesus é Deus? Alguma vez Jesus afirmou ser Deus? (Got Questions)



Na Bíblia não há registros de Jesus dizendo, palavra por palavra: “Eu sou Deus”. Entretanto, isto não significa que Ele não tenha afirmado ser Deus. Como exemplo, tome as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro olhar, isto pode não parecer uma afirmação de Jesus em ser Deus. Entretanto, perceba a reação dos judeus a Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam a afirmação de Jesus como uma declaração em ser Deus. Nos versículos seguintes Jesus não corrige os judeus dizendo: “Eu não afirmei ser Deus.” Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: “Eu e o Pai somos um” (João 10:30). João 8:58 nos dá outro exemplo: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras em uma tentativa de apedrejar Jesus (João 8:59). Por que os judeus iriam querer apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que criam ser uma blasfêmia, ou seja, uma afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus.” João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne.” Isto claramente indica que Jesus é Deus em carne. Atos 20:28 nos diz: “...Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” Quem comprou a igreja com Seu próprio sangue? Jesus Cristo. Atos 20:28 declara que Deus comprou a igreja com Seu próprio sangue. Portanto, Jesus é Deus!

Tomé, o discípulo, declarou a respeito de Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Jesus não o corrige. Tito 2:13 nos encoraja a esperar pela volta de nosso Deus e Salvador, Jesus Cristo (veja também II Pedro 1:1). Em Hebreus 1:8, o Pai declara a respeito de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.”

Em Apocalipse, um anjo instruiu o Apóstolo João para que adorasse a Deus (Apocalipse 19:10). Nas Escrituras, várias vezes Jesus recebe adoração (Mateus 2:11; 14:33; 28:9,17; Lucas 24:52; João 9:38). Ele nunca reprova as pessoas quando recebe adoração. Se Jesus não é Deus, Ele teria dito às pessoas para não ser adorado, assim como fez o anjo em Apocalipse. Há muitos outros versículos e passagens das Escrituras que atestam a favor da divindade de Jesus.

A razão mais importante para Jesus ser Deus é que se Ele não o fosse, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar preço tão infinito. Somente Deus poderia carregar os pecados do mundo (II Coríntios 5:21), morrer e ressuscitar, provando Sua vitória sobre o pecado e a morte.

Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-e-Deus.html#ixzz3dmDniN2W

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Deus existe? Existem evidências da existência de Deus? (Got Questions)



Não se pode provar ou deixar de provar a existência de Deus. A Bíblia até mesmo diz que nós devemos aceitar por fé o fato de que Deus existe: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Se Deus assim o desejasse, Ele poderia simplesmente aparecer e provar para o mundo inteiro que Ele existe. Mas se Ele fizesse isso, não haveria mais necessidade de existir fé. “Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram” (João 20:29).

Isso não significa, no entanto, que não existam evidências da existência de Deus. A Bíblia declara: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo” (Salmos 19:1-4). Olhando para as estrelas, compreendendo a vastidão do universo, observando as maravilhas da natureza, vendo a beleza de um pôr-do-sol – todas estas coisas apontam para um Deus Criador. Se estas coisas não fossem suficientes, também há evidência de Deus em nossos próprios corações. Eclesiastes 3:11 nos diz: “...[Ele] pôs a eternidade no coração do homem...”. Há alguma coisa no fundo do nosso ser que reconhece que há algo além desta vida e alguém além deste mundo. Nós podemos negar este conhecimento intelectualmente, mas a presença de Deus em nós e através de nós ainda estará lá. Apesar disso tudo, a Bíblia nos adverte que alguns, mesmo assim, irão negar a existência de Deus: “Diz o insensato no seu coração: Não há Deus.” (Salmos 14:1). Visto que 98% das pessoas através da história, em todas as culturas, em todas as civilizações, em todos os continentes acreditam na existência de algum tipo de Deus – deve haver algo (ou alguém) causando esta crença.

Além dos argumentos Bíblicos para a existência de Deus, existem argumentos lógicos. Em primeiro lugar, existe o argumento ontológico. A forma mais popular do argumento ontológico basicamente usa o conceito de Deus para provar a existência de Deus. Ele começa com a definição de Deus como “do que este não pode ser concebido alguém maior”. Argumenta-se então que existir é maior do que não existir, logo o maior ser que pode ser concebido tem que existir. Se Deus não existisse então Deus não seria o maior ser que pode ser concebido – mas isso iria contradizer a própria definição de Deus. Em segundo lugar está o argumento teleológico. O argumento teleológico é aquele que diz que como o universo apresenta um projeto tão incrível, deve ter havido um projetista Divino. Por exemplo, se a terra estivesse apenas algumas centenas de quilômetros mais afastada ou mais próxima do sol, ela não seria capaz de sustentar grande parte da vida que sustenta no momento. Se os elementos na nossa atmosfera tivessem apenas alguns pontos percentuais de diferença, tudo o que vive na terra morreria. A chance de uma única molécula de proteína se formar ao acaso é de 1 em 10243 (isto é, 10 seguido de 243 zeros). Uma única célula possui milhões de moléculas de proteínas.

Um terceiro argumento lógico para a existência de Deus é chamado de argumento cosmológico. Todo efeito deve ter uma causa. Este universo e tudo o que há nele é um efeito. Tem que existir algo que causou a existência de tudo. Finalmente, deve existir alguma coisa “não-causada” que fez com que tudo viesse à existência. Este “não-causado” é Deus. Um quarto argumento é conhecido como o argumento moral. Todas as culturas através da história têm alguma forma de lei. Todo mundo tem um senso de certo e errado. Assassinar, mentir, roubar e agir de forma imoral são coisas quase universalmente rejeitadas. De onde veio este senso de certo e errado se não de um Deus santo?

Apesar de todas estas coisas, a Bíblia nos diz que as pessoas irão rejeitar o conhecimento claro e inegável de Deus e irão acreditar em uma mentira. Romanos 1:25 declara: “...eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém”. A Bíblia também proclama que as pessoas não têm desculpa para não acreditar em Deus: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Romanos 1:20).

As pessoas afirmam não acreditar em Deus porque “não é científico” ou “porque não há prova”. A verdadeira razão é que, uma vez que as pessoas admitam que há um Deus, elas também precisarão se dar conta de que devem ter responsabilidade para com Deus e que precisam do Seu perdão (Romanos 3:23; Romanos 6:23). Se Deus existe, então nós devemos prestar contas das nossas ações a Ele. Se Deus não existe, então nós podemos fazer o que quisermos sem termos de nos preocupar com o Seu julgamento sobre nós. Eu acredito que esta é a razão pela qual a evolução é tão fortemente aceita por muitos na nossa sociedade – para que as pessoas tenham uma alternativa a acreditar em um Deus Criador. Deus existe e todo mundo sabe que Ele existe. O fato de que alguns tentam tão agressivamente provar que Ele não existe é de fato um argumento para a Sua existência.

domingo, 12 de abril de 2015

O que é a religião rastafári? (Mundo Estranho)




É uma crença nascida na Jamaica na década de 30, popularizada pelas músicas do cantor de reggae Bob Marley e atualmente seguida por cerca de 1 milhão de pessoas no mundo. Com alguns elementos emprestados do judaísmo e do cristianismo, ela prega a adoração do deus Jah, que teria reencarnado no século 20 como o imperador etíope Haile Selassie I. Seus seguidores, os rastas, seguem um modo de vida longe do capitalismo ocidental: se vestem à sua maneira, não cortam o cabelo e evitam aparar a barba, seguem uma dieta quase vegetariana, preferem tratamentos com ervas medicinais e abdicam de qualquer droga - a não ser a maconha, usada em rituais de meditação.
"Jah, man!"Religião prega o vegetarianismo e o orgulho da raça negra
Gente como a gente
O deus único dos rastas, Jah (ou Yah na grafia latina), é uma abreviação de Jeová, nome que já aparecia nas escrituras hebraicas, gregas e na Bíblia. Diferentemente do Deus cristão, "Jah é um homem comum, que vai ao banheiro, tem filhos com sua mulher...", afirma o padre rastafári Jermaine, de St. Andrews, na Jamaica, no documentário Rastamentary
O deus imperador
O nome da religião vem de Ras Tafari Makonnen (1892-1975), que, entre 1916 e 1930, foi rei da Etiópia - na época, a única nação independente da África. Em 1930, ele foi proclamado imperador pela Igreja Etíope Ortodoxa Cristã e renomeado Haile Selassie.. Até hoje, Selassie é adorado como uma encarnação de Jah, destinado a levar o mundo a uma era de ouro
Força na peruca
Os rastas mantêm fortes objeções às alterações da figura do ser humano. Ou seja, seus adeptos não podem fazer tatuagens ou cortar e escovar o cabelo. É por isso que o rastafarianismo é tão associado às tranças em forma de dreadlocks. Esse visual é encarado como uma espécie de voto feito pelo recém-convertido, mas não é obrigatório
O messias rasta
Outra figura importante foi Marcus Garvey, adorado como um profeta da religião. Nascido na Jamaica em 1887, ele trabalhou duro até se tornar um símbolo político de resistência cultural. Fundou o rastafarianismo quando proclamou, em 1927: "Olhem para a África, para a coroação de um Rei Negro" - evento que se concretizou três anos depois, com Selassie I
Ganja sagrada
Apesar de reprovarem drogas, álcool e cigarro, seguidores dessa fé usam comumente a maconha (chamada de "ganja") como uma forma de iluminação. O consumo segue um ritual: um grupo se reúne, reza em agradecimento a Jah e só então fuma a planta, que é considerada sagrada. O uso da maconha só para fins recreativos é considerado desrespeitoso
Dieta de purificação
Um dos nove princípios da religião prega o vegetarianismo, abrindo rara exceção para o uso de certas peles animais. É proibido o consumo de carnes suínas, peixes de concha, peixes sem escamas e caracóis. Dessa forma, os adeptos comem apenas "I-tal" (termo que significa puro, natural e/ou limpo), como Jah haveria ordenado. Para beber, preferência aos chás herbais
Tricolor
As cores verde, vermelha e amarela, da antiga bandeira da Etiópia, são um forte símbolo do movimento rastafári. Representam lealdade a Selassie e à África acima de qualquer outra nação. O verde remete à vegetação africana, o vermelho se refere ao sangue dos mártires e o amarelo à riqueza e prosperidade do continente (antes da exploração colonialista)

Marque no calendário
Os rastas também têm seus dias santos
7 de janeiro
Natal ortodoxo (como era celebrado por Selassie)
23 de junho
Aniversário de Selassie
17 de agosto
Aniversário de Garvey
11 de setembro
Ano novo etíope
2 de novembro
Coroação de Selassie
FONTES Sites Folha de S.Paulo, Trip, Religion Facts, Alternative Religion A-Z, Jamaica Observer e Rastafari Brasil; artigo "Marcus Garvey¿s Words Come to Pass: A Black Revolutionary¿s Teachings Live on Through Rastafarianism and Reggae Music", de Christopher Jeans (1998); e documentário Rastamentary: A Dialogue on Rastafarian Belief (2012)

Site: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-a-religiao-rastafari

Nota do GF: Dessa forma, diante dessa análise, o rastafarianismo é sentenciado pela Palavra de Deus como uma falsa religião (Mateus 7:13,14). A Bíblia apresenta Deus como sendo imanente (termo que significa que Deus interage com o ser humano, intervindo na sua vida terrena), e transcendente (significa que Deus está além e acima de toda criação) no Salmo 139. Apresentar um deus que seja como o homem é "antropolatria" ou seja, idolatria ao homem. Tal deus é satanás mascarado (2 Coríntios 11:13-15)

sábado, 4 de abril de 2015

Quem é Jesus Cristo? (Got Questions)



Quem é Jesus Cristo? Diferentemente da pergunta “Deus existe?”, bem poucas pessoas perguntam se Jesus Cristo existiu ou não. Geralmente se aceita que Jesus foi de fato um homem que andou na terra, em Israel, há quase 2000 anos. O debate começa quando se analisa o assunto da completa identidade de Jesus. Quase todas as grandes religiões ensinam que Jesus foi um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso. O problema é que a Bíblia nos diz que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, bom mestre ou homem piedoso.

C.S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples, escreve o seguinte: “Tento aqui impedir que alguém diga a grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito sua afirmação em ser Deus.’ Isto é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisa que Jesus disse, não seria um grande mestre em moral. Poderia ser um lunático, no mesmo nível de um que afirma ser um ovo pochê, ou mais, poderia ser o próprio Demônio dos Infernos. Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou é então um louco, ou coisa pior... Você pode achar que ele é tolo, pode cuspir nele ou matá-lo como um demônio; ou você pode cair a seus pés e chamá-lo Senhor e Deus. Mas não vamos vir com aquela bobagem de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele não nos deixou esta opção em aberto. Ele não teve esta intenção.”

Então, quem Jesus afirmou ser? Segundo a Bíblia, quem foi? Primeiramente, vamos examinar as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Em um primeiro momento, pode não parecer uma afirmação em ser Deus. Entretanto, veja a reação dos judeus perante Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam o que Jesus havia dito como uma afirmação em ser Deus. Nos versículos seguintes, Jesus jamais corrige os judeus dizendo: “Não afirmei ser Deus”. Isto indica que Jesus realmente estava dizendo que era Deus ao declarar: "Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Outro exemplo é João 8:58, onde Jesus declarou: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus tomaram pedras para atirar em Jesus (João 8:59). Ao anunciar Sua identidade como “Eu sou”, Jesus fez uma aplicação direta do nome de Deus no Velho Testamento (Êxodo 3:14). Por que os judeus, mais uma vez, se levantariam para apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que creram ser uma blasfêmia, ou seja, uma auto-afirmação em ser Deus?

João 1:1 diz que “o Verbo era Deus”. João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne”. Isto mostra claramente que Jesus é Deus em carne. Tomé, o discípulo, declarou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu! (João 20:28). Jesus não o corrige. O Apóstolo Paulo O descreve como: “...grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). O Apóstolo Pedro diz o mesmo: “...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1). Deus o Pai também é testemunha da completa identidade de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8). No Velho Testamento, as profecias a respeito de Cristo anunciam sua divindade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).

Então, como argumentou C.S. Lewis, crer que Jesus foi um bom mestre não é opção. Jesus claramente e inegavelmente se auto-afirma Deus. Se Ele não é Deus, então mente, conseqüentemente não sendo também profeta, bom mestre ou homem piedoso. Tentando explicar as palavras de Jesus, “estudiosos” modernos afirmam que o “Jesus verdadeiramente histórico” não disse muitas das coisas a Ele atribuídas pela Bíblia. Quem somos nós para mergulharmos em discussões com a Palavra de Deus no tocante ao que Jesus disse ou não disse? Como pode um “estudioso” que está 2000 anos afastado de Jesus ter a percepção do que Jesus disse ou não, melhor do que aqueles que com o próprio Jesus viveram, serviram e aprenderam (João 14:26)?

Por que se faz tão importante a questão sobre a identidade verdadeira de Jesus? Por que importa se Jesus é ou não Deus? O motivo mais importante para que Jesus seja Deus é que se Ele não é Deus, Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21). Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nossa dívida. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo! A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual Ele é o único caminho para salvação. A divindade de Jesus é o porquê de ter proclamado: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).

Leia mais:http://www.gotquestions.org/Portugues/Quem-Jesus-Cristo.html#ixzz3WLrgFt3g

sábado, 21 de março de 2015

Redescobrindo o Jesus histórico: As evidências à favor de Jesus (Reasonable Faith)



Cinco razões são apresentados para se pensar que críticos que aceitam a credibilidade histórica dos relatos sobre Jesus, no Evangelho, não possuem um especial ônus da prova relativo aos críticos mais céticos. Em seguida, a historicidade de alguns aspectos específicos da vida de Jesus é abordada, incluindo Seu próprio conceito radical de ser o divino Filho de Deus, Seu papel como realizador de milagres e Sua ressurreição dentre os mortos.

No último texto, vimos que os documentos do Novo Testamento são as fontes históricas mais importantes para Jesus de Nazaré. Os chamados evangelhos apócrifos são falsificações que surgiram muito depois e são, na maior parte, elaborações a partir dos Quatro Evangelhos do Novo Testamento.
Isso não significa que não existem fontes além da Bíblia que se referem a Jesus. Existem. Faz-se referência a Ele em escritos pagãos, judaicos e cristãos, todos fora do Novo Testamento. O historiador judeu Josefo é especialmente interessante. Nas páginas de suas obras, pode-se ler sobre personagens neotestamentárias como os sumos sacerdotes Anás e Caifás, o governador romano Pôncio Pilatos, o rei Herodes, João Batista, e até mesmo o próprio Jesus e seu irmão Tiago. Tem havido, também, interessantes descobertas arqueológicas igualmente reportando-se aos Evangelhos. Por exemplo, em 1961, a primeira evidência arqueológica concernente a Pilatos foi desenterrada na cidade de Cesaréia; era uma inscrição de uma dedicação contendo o nome e o título de Pilatos. Ainda mais recentemente, em 1990, o verdadeiro túmulo de Caifás, o sumo sacerdote que presidiu ao julgamento de Jesus, foi descoberto ao sul de Jerusalém. Realmente, o túmulo sob a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém é, com toda probabilidade, o túmulo em que o próprio Jesus foi colocado por José de Arimatéia, após a crucificação. De acordo com Luke Johnson, estudioso neotestamentário da Universidade Emory,
Até mesmo o historiador mais crítico pode confiantemente afirmar que um judeu chamado Jesus viveu como um mestre e operador de milagres na Palestina, durante o reinado de Tibério, foi executado por crucificação sob o prefeito Pôncio Pilatos e continuou a ter seguidores após sua morte.1
Ainda assim, se queremos quaisquer detalhes sobre a vida e os ensinamentos de Jesus, devemos nos voltar para o Novo Testamento. Fontes extrabíblicas confirmam o que lemos nos Evangelhos, mas não nos dizem realmente algo novo. A questão, portanto, deve ser: quão confiáveis historicamente são os documentos do Novo Testamento?
Ônus da prova
Aqui, confrontamos a questão crucial do ônus da prova. Deveríamos supor que os Evangelhos são confiáveis a menos que sejam provados como não confiáveis? Ou deveríamos supor que os Evangelhos não são confiáveis até que sejam provados como confiáveis? Eles são inocentes até que se prove serem culpados ou culpados até que se prove serem inocentes? Os estudiosos céticos quase sempre supõem que os Evangelhos são culpados até que se prove serem inocentes, isto é, consideram que os Evangelhos não são confiáveis a menos e até que se prove que estão corretos quanto a algum fato particular. Não estou exagerando: esse é realmente o procedimento dos críticos céticos.
Mas eu quero listar cinco razões de por que eu penso que deveríamos supor que os Evangelhos são confiáveis até que se prove estarem errados:
1. Não houve tempo suficiente para influências lendárias eliminarem os fatos históricos. O intervalo de tempo entre os próprios eventos e o registro deles nos Evangelhos é muito curto para ter permitido que a memória do que tinha ou não acontecido realmente fosse apagada.
2. Os Evangelhos não são análogos a contos de fada ou "lendas urbanas" contemporâneas. Contos como os de Paul Bunyan e Pecos Bill ou lendas urbanas contemporâneas como a do "caroneiro fantasma" raramente concernem a indivíduos históricos individuais e são, assim, não análogos às narrativas evangélicas.
3. A transmissão judaica de tradições sagradas era altamente desenvolvida e confiável. Em uma cultura oral como aquela da Palestina do século I, a habilidade de memorizar e reter longos tratados de tradição oral era altamente prezada e desenvolvida. Desde pequenas, as crianças no lar, no ensino primário, e na sinagoga eram ensinadas a memorizar fielmente a tradição sagrada. Os discípulos teriam exercitado cuidado semelhante com os ensinos de Jesus.
4. Havia significantes restrições ao embelezamento de tradições sobre Jesus, como, por exemplo, a presença de testemunhas oculares e a supervisão dos apóstolos. Uma vez que aqueles que tinham visto e ouvido Jesus continuaram a viver e a tradição sobre Jesus permaneceu sob a supervisão dos apóstolos, esses fatores atuariam como uma verificação natural às tendências a elaborar os fatos em uma direção contrária à preservada por aqueles que tinham conhecido Jesus.
5. Os escritores dos Evangelhos tinham um comprovado registro de confiabilidade histórica.
Não tenho tempo suficiente para falar sobre todos esses pontos. Então, deixe-me dizer algo sobre o primeiro e o último.
1. Não houve tempo suficiente para influências lendárias eliminarem os fatos históricos. Nenhum estudioso moderno pensa nos Evangelhos como mentiras descaradas, o resultado de uma conspiração em massa. O único lugar em que se pode encontrar tais teorias da conspiração é em literatura sensacionalista popular ou em antiga propaganda por detrás da Cortina de Ferro. Quando se lêem as páginas do Novo Testamento, não há dúvida de que aquelas pessoas sinceramente acreditavam na verdade do que proclamavam. Em vez disso, desde o tempo de D. F. Strauss, estudiosos céticos têm explicado os Evangelhos como lendas. Como a brincadeira do telefone sem-fio, enquanto as histórias sobre Jesus foram transmitidas ao longo das décadas, elas foram desordenadas e exageradas e mitologizadas, até que os fatos originais fossem todos perdidos. O sábio andarilho judeu foi transformado no divino Filho de Deus.
Um dos principais problemas com a hipótese da lenda, contudo, que quase nunca é endereçado por críticos céticos, é que o tempo entre a morte de Jesus e a redação dos Evangelhos é simplesmente muito curto para que isso acontecesse. Esse ponto foi bem explicado por A. N. Sherwin-White, em seu livroRoman Society and Roman Law in the New Testament2 [Sociedade Romana e Lei Romana no Novo Testamento]. O doutor Sherwin-White não é teólogo; ele é um historiador profissional sobre as épocas anteriores e contemporâneas a Jesus. De acordo com Sherwin-White, as fontes para a história romana e grega são freqüentemente tendenciosas e deslocadas uma ou duas gerações ou mesmo séculos em relação aos eventos que registram. Apesar disso, diz ele, os historiadores reconstroem com confiança o curso da história romana e grega. Por exemplo, as duas mais primitivas biografias de Alexandre Magno foram escritas por Ariano e Plutarco mais de quatrocentos anos depois da morte de Alexandre, e mesmo assim os historiadores clássicos ainda as consideram como fidedignas. As fabulosas lendas sobre Alexandre Magno não se desenvolveram até os séculos após esses dois escritores. De acordo com Sherwin-White, os escritos de Heródoto nos permitem determinar a velocidade com que a lenda se acumula, e os testes mostram que mesmo duas gerações é duração de tempo muito curta para permitir que tendências lendárias destruam o núcleo de fatos históricos. Quando o doutor Sherwin- White se volta para os Evangelhos, ele declara que, para que os Evangelhos sejam lendas, a velocidade de acúmulo lendário teria de ser "inacreditável". Mais gerações seriam necessárias.
De fato, adicionar-se um espaço de tempo de duas gerações à morte de Jesus leva ao século II, bem quando os Evangelhos apócrifos começam a aparecer. Eles contêm todos os tipos de histórias fabulosas sobre Jesus, tentando preencher os anos entre Sua infância e o começo de Seu ministério, por exemplo. Essas são as lendas óbvias procuradas pelos críticos, não os Evangelhos bíblicos.
Esse ponto se torna ainda mais devastador para o ceticismo quando recordamos que os próprios Evangelhos usam fontes que remontam a ainda mais perto aos eventos da vida de Jesus. Por exemplo, a história do sofrimento e morte de Jesus, comumente chamado de a História da Paixão, foi provavelmente não originalmente escrito por Marcos. Em vez disso, Marcos usou uma fonte para essa narrativa. Uma vez que Marcos é o Evangelho mais primitivo, sua fonte deve ser mais primitiva ainda. De fato, Rudolf Pesch, alemão especialista em Marcos, diz que a fonte da Paixão deve remontar a, pelo menos, 37 A.D., apenas sete anos após a morte de Jesus3.
Ou, novamente, Paulo, em suas cartas, transmite informações concernentes a Jesus sobre Seu ensino, Sua Última Ceia, Sua traição, crucificação, sepultamento e aparições da ressurreição. As cartas de Paulo foram escritas até mesmo antes dos Evangelhos, e algumas de suas informações, como, por exemplo, o que transmite em sua primeira carta à igreja de Corinto sobre as aparições da ressurreição [I Co 15:3-8], têm sido datadas dentro dos cinco anos após a morte de Jesus. Torna-se simplesmente irresponsável falar de lendas em tais casos.
5. Os escritores dos Evangelhos tinham um comprovado registro de confiabilidade histórica. Novamente, tenho tempo somente para observar um exemplo: Lucas. Lucas foi o autor de uma obra em duas partes: o Evangelho de Lucas e os Atos dos Apóstolos. Estes são, na verdade, uma só obra, e são separados em nossas Bíblias somente porque a igreja agrupou em conjunto os Evangelhos no Novo Testamento. Lucas é o escritor evangélico que escreve mais autoconscientemente como historiador. No prefácio a sua obra, ele escreve:
Tendo, pois, muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se cumpriram, segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros da palavra, pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado.
Este prefácio está escrito em terminologia do grego clássico como a que era usada por historiadores gregos; depois disso, Lucas muda para um grego mais comum. Mas ele colocou em alerta seu leitor de que ele pode escrever, se desejasse fazê-lo, como um erudito historiador. Ele fala de sua extensa investigação da história que está prestes a contar e assegura-nos de que é baseada em informações de testemunhas oculares e está de acordo com a verdade.
Ora, quem era esse escritor que chamamos de Lucas? Ele, claramente, não era testemunha ocular da vida de Jesus. Mas descobrimos sobre ele um fato importante, a partir do livro de Atos. Iniciando no capítulo dezesseis de Atos, quando Paulo chega a Trôade, na moderna Turquia, o autor repentinamente começa a usar a primeira pessoa do plural: "navegando de Trôade, fomos em linha reta para a Samotrácia", "de lá fomos para Filipos", "saímos da cidade para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração", etc. A explicação mais óbvia é que o autor se unira a Paulo em sua viagem evangelística pelas cidades mediterrâneas. No capítulo 21, ele acompanha Paulo de volta à Palestina e, finalmente, a Jerusalém. Isso significa que o escritor de Lucas-Atos estava, na realidade, em contato direto com as testemunhas oculares da vida e ministério de Jesus em Jerusalém. Críticos céticos têm feito acrobacias para evitar essa conclusão. Dizem que o uso de primeira pessoa do plural em Atos não deveria ser tomado literalmente; é apenas um dispositivo literário comum nas histórias antigas de viagens marítimas. Não tem importância muitas das passagens em Atos não serem sobre viagens marítimas de Paulo, mas ocorrerem em terra! O ponto mais importante é que essa teoria, quando verificada, transforma-se em pura fantasia.4 Simplesmente, não havia qualquer dispositivo literário de viagens marítimas em primeira pessoa do plural — tem-se mostrado que tudo isso não passa de ficção acadêmica! Não há como evitar a conclusão de que Lucas-Atos foi escrito por um viajante companheiro de Paulo que teve a oportunidade de entrevistar testemunhas oculares da vida de Jesus enquanto ele esteve em Jerusalém. Quem eram algumas dessas testemunhas? Talvez, podemos ter alguma sugestão ao subtrair do Evangelho de Lucas tudo que é encontrado nos outros evangelhos, e ver o que é peculiar a Lucas. O que se descobre é que muitas das narrativas peculiares a Lucas são conectadas a mulheres que seguiram Jesus: pessoas como Joana e Suzana e, significativamente, Maria, mãe de Jesus.
Seria o autor confiável, tendo obtido os fatos diretamente? O livro de Atos nos permite responder decisivamente a essa questão. O livro de Atos sobrepõe-se significativamente com a história secular do mundo antigo, e a exatidão histórica de Atos é indiscutível. Isso foi recentemente demonstrado, novamente, por Colin Hemer, estudioso clássico que se voltou para os estudos neotestamentários, em seu livro The Book of Acts in the Setting of Hellenistic History [O Livro de Atos no Contexto da História Helenística].5 Hemer vasculha o livro de Atos com um pente fino, tirando dele uma riqueza de conhecimento histórico, percorrendo desde o que seria conhecimento comum até detalhes que somente uma pessoa local saberia. Incessantemente, a precisão de Lucas é demonstrada: desde as navegações da frota alexandrina ao terreno costeiro das ilhas mediterrâneas até os peculiares títulos oficiais locais, Lucas está correto. De acordo com o professor Sherwin-White, "para Atos, a confirmação de historicidade é esmagadora. Qualquer tentativa de rejeitar sua historicidade básica, mesmo em questões de detalhe, agora parece absurda"6. O julgamento de Sir William Ramsay, o mundialmente famoso arqueólogo, ainda permanece: "Lucas é historiador de primeira categoria... Esse autor deveria ser colocado ao lado dos maiores dentre os historiadores"7. Dado o cuidado de Lucas e a demonstrada confiabilidade, bem como o contato dele com testemunhas oculares dentro da primeira geração após os eventos, esse escritor é fidedigno.
Com base nas cinco razões que listei, temos justificativas para aceitar a confiabilidade histórica do que os Evangelhos afirmam sobre Jesus, a menos que sejam provados como errados. No mínimo, não podemos pressupor que são errados até que sejam provados corretos. A pessoa que nega a confiabilidade dos Evangelhos deve levar o ônus da prova.

Aspectos específicos da vida de Jesus
Ora, pela própria natureza do argumento, será impossível dizer muito mais além do que isso para provar que certas histórias nos Evangelhos são historicamente verdadeiras. Como se pode provar, por exemplo, a história da visita de Jesus a Maria e Marta? Tem-se aqui uma história contada por um autor confiável, em posição de saber e sem razões para duvidar da historicidade da narrativa. Não há muito mais a dizer.
Entretanto, para muitos dentre os eventos-chave nos Evangelhos, muito mais pode ser dito. O que eu gostaria de fazer no momento é empregar alguns importantes aspectos de Jesus nos Evangelhos e falar algo a respeito da credibilidade histórica deles.
1. O autoconceito radical de Jesus como Filho de Deus. Críticos radicais negam que o Jesus histórico pensou acerca de Si mesmo como o divino Filho de Deus. Dizem que, após a morte de Jesus, a igreja primitiva reivindicou que ele dissera tais coisas, conquanto não o tivesse.
O grande problema com essa hipótese é que é inexplicável como judeus monoteístas poderiam ter atribuído divindade a um homem que conheceram, se ele jamais tivesse, por si mesmo, reivindicado qualquer dessas coisas. O monoteísmo é a essência da religião judaica, e seria blasfemo dizer que um ser humano era Deus. Porém, é precisamente o que os cristãos mais primitivos proclamavam e acreditavam sobre Jesus. Tal afirmação deve estar enraizada no próprio ensinamento de Jesus.
E, na realidade, a maioria dos estudiosos acredita que, entre as palavras historicamente autênticas de Jesus — essas são as palavras que nos evangelhos que o Jesus Seminar imprimiria em vermelho —, há afirmações que revelam a autocompreensão divina que Ele tinha. Alguém pode fazer uma palestra inteira somente sobre esse ponto; mas permita-me focalizar no autoconceito de Jesus como sendo o divino e singular Filho de Deus.
A radical autocompreensão de Jesus é revelada, por exemplo, em Sua parábola dos ímpios lavradores da vinha. Mesmo estudiosos céticos admitem a autenticidade dessa parábola, já que também é encontrada no Evangelho de Tomé, uma das fontes favoritas deles. Nessa parábola, o proprietário da vinha envia servos aos lavradores da vinha para colherem o fruto dela. A vinha simboliza Israel, o proprietário é Deus, os lavradores são os líderes religiosos judeus, e os servos são profetas enviados por Deus. Os lavradores espancaram e rejeitaram os servos do proprietário. Finalmente, o proprietário diz: "Mandarei meu filho amado, unigênito. A ele ouvirão". Em vez disso, os lavradores mataram o filho, porque ele era o herdeiro da vinha. Ora, o que essa parábola nos diz sobre a autocompreensão de Jesus? Ele pensava de Si mesmo como o especial filho de Deus, distinto de todos os profetas, o mensageiro último de Deus, e mesmo o herdeiro de Israel. Esse não era um mero andarilho judeu!
A autoconcepção de Jesus como filho de Deus tem expressão explícita em Mateus 11.27: "Todas as coisas me foram entregues pelo Pai; e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar". Novamente, há bons motivos para se considerar este como um autêntico dito do Jesus histórico. É retirado de uma antiga fonte que era compartilhada por Mateus e Lucas, chamada por estudiosos de documento Q. Ademais, é improvável que a Igreja inventou esse dito, porque diz que o Filho é incognoscível — "ninguém conhece o Filho, senão o Pai" —, mas para a Igreja pós-Páscoa nós podemos conhecer o Filho. Então, esse dito não é o produto de teologia tardia da Igreja. O que ele nos diz sobre a autoconcepção de Jesus? Ele pensava de Si mesmo como o exclusivo e absoluto Filho de Deus e a única revelação de Deus à humanidade! Não se engane: se Jesus não era quem disse ser, era ela mais louco do que David Koresh e Jim Jones juntos8!
Por último, quero considerar mais um dito de Jesus, quando falou sobre a data de Sua segunda vinda em Marcos 13.32. "Quanto, porém, ao dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos no céu nem o Filho, senão o Pai". Esse é um autêntico dito do Jesus histórico, pois a igreja posterior, que considerava Jesus como divino, jamais teria inventado um dito atribuindo conhecimento limitado ou ignorância a Jesus. Mas aqui Jesus diz que não sabia do tempo de Seu retorno. Então, o que aprendemos dessa afirmação? Ela não somente revela a consciência de Jesus de ser o único Filho de Deus, mas apresenta-nos com uma escala ascendente, a partir dos homens até os anjos, passando pelo Filho até o Pai, uma escala em que Jesus transcende qualquer ser humano ou angelical. Isso é realmente incrível! Porém, é nisso que o Jesus histórico acreditava. E essa é apenas uma faceta da autocompreensão de Jesus. C. S. Lewis estava certo, quando disse:
Um homem que fosse somente um homem e dissesse as coisas que Jesus disse não seria um grande mestre da moral. Seria um lunático — no mesmo grau de alguém que pretendesse ser um ovo cozido — ou então o diabo em pessoa. Faça a sua escolha. Ou esse homem era, e é, o Filho de Deus, ou não passa de um louco ou coisa pior. Você pode querer calá-lo por ser um louco, pode cuspir nele e matá-lo como a um demônio; ou pode prosternar-se a seus pés e chamá-lo de Senhor e Deus. Mas que ninguém venha, com paternal condescendência, dizer que ele não passou de um grande mestre humano. Ele não nos deixou essa opção, e não quis deixá-la.9
2. Os milagres de Jesus. Mesmo os críticos mais céticos não podem negam que o Jesus histórico realizou ministério de operação de milagres e exorcismo. Rudolf Bultmann, um dos estudiosos mais céticos que este século pôde ver, escreveu em 1926:
A maioria das histórias de milagres contidos nos Evangelhos é lendária, ou ao menos vestida com lendas. Mas não pode haver dúvida de que Jesus fez tais obras, que eram, no entendimento dele e de seus contemporâneos, milagres, isto é, ações resultantes de causalidade divina, sobrenatural. Sem dúvida, ele curou os doentes e expulsou demônios.10
Na época de Bultmann, pensava-se que as histórias de milagres foram influenciadas por histórias de heróis mitológicos e, portanto, ao menos em parte eram lendárias. Mas, atualmente, reconhece-se que a hipótese de influência mitológica estava historicamente incorreta. Craig Evans, conhecido estudioso sobre Jesus, diz que a "noção antiga" de que as histórias de milagres foram produto de ideias de homens caracterizadas pelo mitológico "tem sido amplamente abandonada"11. Ele diz: "Não mais se contesta seriamente que os milagres tiveram um papel no ministério de Jesus". A única razão que resta para negar que Jesus realizou milagres literais é a pressuposição do antissobrenaturalismo, que é simplesmente injustificada.
3. O julgamento e crucificação de Jesus. De acordo com os Evangelhos, Jesus foi condenado pela suprema corte judaica, sob acusação de blasfêmia, e então entregue aos romanos para execução, por Seu ato de traição ao colocar-Se como Rei dos Judeus. Esses fatos não são confirmados somente por fontes bíblicas independentes como Paulo e os Atos dos Apóstolos, mas também por fontes extrabíblicas. De Josefo e Tácito, aprendemos que Jesus foi crucificado pelas autoridades romanas sob sentença de Pôncio Pilatos. De Josefo e Mara bar Serapião, aprendemos que os líderes judeus fizeram acusação formal contra Jesus e participaram dos eventos que O levaram à crucificação. E do Talmude Babilônico, Sinédrio 43a, aprendemos que o envolvimento judeu no julgamento era explicado como a atitude adequada contra um herege. Conforme Johnson, "o apoio para o modo de sua morte, seus agentes, e talvez coagentes, é esmagador: Jesus encarou julgamento antes de sua morte, foi condenado e executado por crucificação"12. A crucificação de Jesus é reconhecida até mesmo pelo Jesus Seminar como "fato indiscutível"13.
Mas isso levanta uma questão muito enigmática: por que Jesus foi crucificado? Como vimos, a evidência indica que Sua crucificação foi instigada por causa de Suas afirmações blasfemas, que para os romanos soariam como traidoras. É por isso que Ele foi crucificado, nas palavras da plaqueta que foi pregada à cruz, acima de Sua cabeça, como "O Rei dos Judeus". Mas se Jesus fosse apenas um andarilho, um filósofo cínico, apenas um liberal contestador social, como afirma o Jesus Seminar, então Sua crucificação se torna inexplicável. Como o doutor Leander Keck, da Universidade Yale, disse: "A ideia de que esse cínico judeu (e seus doze hippies), com seu comportamento e aforismos, era uma séria ameaça à sociedade soa mais como presunção de acadêmicos alienados do que sólido julgamento histórico"14. O estudioso de Novo Testamento John Meier é igualmente direto. Ele diz que um insosso Jesus que saía falando parábolas e dizendo às pessoas para olharem os lírios do campo — "tal Jesus", ele diz, "não ameaçaria ninguém, assim como professores universitários que o criam não ameaçam ninguém"15. O Jesus Seminar criou um Jesus que é incompatível com o fato indiscutível de Sua crucificação.
4. A ressurreição de Jesus. Parece-me que há quatro fatos estabelecidos que constituem evidência indutiva para a ressurreição de Jesus:
Fato 1: Após a crucificação, Jesus foi sepultado por José de Arimatéia no túmulo. Esse fato altamente considerável, pois significa que o local do túmulo de Jesus era conhecido por judeus e cristãos, indistintamente. Nesse caso, torna-se inexplicável como a crença em Sua ressurreição poderia surgir e florescer diante de um túmulo contendo Seu cadáver. De acordo com o falecido John A. T. Robinson, da Universidade de Cambridge, o honrável sepultamento de Jesus é um dos "mais primitivos e mais bem atestados fatos sobre Jesus"16.
Fato 2: Na manhã de domingo seguinte à crucificação, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio por um grupo de seguidoras. De acordo com Jakob Kremer, especialista austríaco na ressurreição, "de longe, a maioria dos exegetas sustentam firmemente a confiabilidade das afirmações bíblicas concernentes ao túmulo vazio"17. Como indica D. H. van Daalen, "é extremamente difícil objetar ao túmulo vazio com bases históricas; aqueles que o negam, fazem-no com base em suposições teológicas ou filosóficas"18.
Fato 3: Em múltiplas ocasiões e em variadas circunstâncias, diferentes indivíduos e grupos de pessoas tiveram experiências de aparições de Jesus vivo dentre os mortos. Esse é um fato quase universalmente reconhecido entre estudiosos de Novo Testamento, atualmente. Mesmo Gerd Lüdemann, talvez o mais proeminente crítico atual da ressurreição, admite: "Pode-se tomar como historicamente certo que Pedro e os discípulos tiveram experiências após a morte de Jesus nas quais Jesus apareceu a eles como o Cristo ressurreto"19.
Por último, o fato 4: os discípulos acreditavam que Jesus fora ressuscitado dentre os mortos, a despeito de terem todos os motivos para não crer. Apesar de terem toda a predisposição para o contrário, é fato histórico inegável que os discípulos originais criam em, proclamavam e estavam dispostos a morrerem por causa da ressurreição de Jesus. C. F. D. Moule, da Universidade de Cambridge, conclui que temos, nesse caso, uma crença a qual nada, em termos de influências históricas prévias, pode explicar — exceto a própria ressurreição20.
Portanto, qualquer historiador responsável que procura dar explicações ao assunto deve lidar com esses quatro fatos independentemente estabelecidos: o honrável sepultamento de Jesus, a descoberta de Seu túmulo vazio, Suas aparições como vivo, após a morte, e a própria origem da crença dos discípulos em Sua ressurreição e, portanto, do próprio Cristianismo. Quero enfatizar que esses quatro fatos representam não as conclusões de estudiosos conservadores — nem citei estudiosos conservadores —, mas representam, pelo contrário, a visão majoritária da erudição neotestamentária, atualmente. A questão é: como melhor se explicam esses fatos?
Ora, isso coloca o crítico cético em uma situação um tanto quanto desesperadora. Por exemplo, algum tempo atrás, tive um debate com certo professor da Universidade da Califórnia, Irvine, acerca da historicidade da ressurreição de Jesus. Ele havia escrito sua dissertação doutoral sobre o assunto e estava meticulosamente familiarizado com as evidências. Ele não poderia negar os fatos do honrável sepultamento de Jesus, Seu túmulo vazio, Suas aparições pós-morte, e a origem da crença dos discípulos em Sua ressurreição. Portanto, o único recurso dele era oferecer explicação alternativa para esses fatos. Assim, ele argumentou que Jesus tinha um desconhecido irmão gêmeo idêntico que foi separado dele no nascimento, voltou para Jerusalém exatamente no período da crucificação, roubou o corpo de Jesus da sepultura, e apresentou-se aos discípulos, que por engano inferiram que Jesus ressuscitara dentre os mortos! Ora, não mostrarei como refutei a teoria dele, mas acho que tal teoria é instrutiva, por mostrar até que distâncias desesperadas o ceticismo deve ir a fim de negar a historicidade da ressurreição de Jesus. De fato, as evidências são tão poderosas que um dos principais teólogos judeus da atualidade, Pinchas Lapide, declarou-se convencido, com base nas evidências, de que o Deus de Israel ressuscitou Jesus dentre os mortos!21

Conclusão
Em resumo, os Evangelhos não são documentos fidedignos somente de maneira geral, mas quando observamos alguns dos mais importantes aspectos de Jesus nos Evangelhos, como Suas radicais afirmações pessoais, Seus milagres, Seu julgamento e crucificação e Sua ressurreição, a veracidade histórica disso tudo irradia. Deus agiu na história, e podemos saber disso.
1 Luke Timothy Johnson, The Real Jesus (São Francisco: Harper San Francisco, 1996), p. 123.
2 A. N. Sherwin-White, Roman Society and Roman Law in the New Testament (Oxford: Clarendon Press, 1963), pp. 188-91.
3 Rudolf Pesch, Das Markusevangelium, 2 vols., Herders Theologischer Kommentar zum Neuen Testament 2 (Freiburg: Herder, 1976-77), 2: 519-20.
4 Veja a discusão em Colin J. Hemer, The Book of Acts in the Setting of Hellenistic History, ed. Conrad H. Gempf, Wissenschaftliche Untersuchungen zum Neuen Testament 49 (Tübingen: J. C. B. Mohr, 1989), cap. 8.
5 Ibid., capítulos 4 e 5.
6 Sherwin-White, Roman Society, p. 189.
7 William M. Ramsay, The Bearing of Recent Discovery on the Trustworthiness of the New Testament (Londres: Hodder & Stoughton, 1915), p. 222.
8 David Koresh e Jim Jones foram líderes religiosos que levaram suas seitas ao suicídio coletivo. (N. do T.)
9 C. S. Lewis, Cristianismo Puro e Simples, trad. Álvaro Oppermann e Marcelo Brandão Cipolla (São Paulo: Martins Fontes, 2005), pp. 69, 70.
10 Rudolf Bultmann, Jesus (Berlin: Deutsche Bibliothek, 1926), p. 159.
11 Craig Evans, "Life-of-Jesus Research and the Eclipse of Mythology", Theological Studies 54 (1993): 18, 34.
12 Johnson, Real Jesus, p. 125.
13 Robert Funk, fita de vídeo do Jesus Seminar.
14 Leander Keck, "The Second Coming of the Liberal Jesus?", Christian Century (Agosto, 1994), p. 786.
15 John P. Meier, A Marginal Jew, vol. 1: The Roots of the Problem and the Person, Anchor Bible Reference Library (New York: Doubleday, 1991), p. 177.
16 John A. T. Robinson, The Human Face of God (Filadélfia: Westminster, 1973), p. 131.
17 Jakob Kremer, Die Osterevangelien--Geschichten um Geschichte (Stuttgart: Katholisches Bibelwerk, 1977), pp. 49-50.
18 D. H. Van Daalen, The Real Resurrection (Londres: Collins, 1972), p. 41.
19 Gerd Lüdemann, What Really Happened to Jesus?, trad. John Bowden (Louisville, Kent.: Westminster John Knox Press, 1995), p. 80.
20 C. F. D. Moule and Don Cupitt, "The Resurrection: a Disagreement", Theology 75 (1972): 507-19.
21 Pinchas Lapide, The Resurrection of Jesus, trad. Wilhelm C. Linss (Londres: SPCK, 1983).

© William Lane Craig
Originalmente publicado como: "Rediscovering the Historical Jesus: The Evidence for Jesus", Faith and Mission 15 (1998): 16-26. Texto reproduzido na íntegra em: reasonablefaith.org/site/News2?page=NewsArticle&id=5207. Trad. Djair Dias Filho (abr.- maio/2009).
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