terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Qual a religião verdadeira? (Got Questions)



A religião pode ser definida como “crença em Deus ou deuses a serem cultuados, geralmente expressada em conduta e ritual” ou “qualquer sistema específico de crença, adoração, etc., geralmente envolvendo códigos éticos.” Bem mais de 90% da população mundial adere a alguma forma de religião. O problema é que há tantas formas diferentes de religião. Qual é a religião verdadeira? Qual é a religião verdadeira?

Os dois ingredientes mais comuns em religiões são regras e rituais. Algumas religiões são essencialmente nada mais do que uma lista de regras, de faça e não faça, que alguém tem que observar para ser considerado um seguidor fiel e, portanto, justificar-se com aquele deus. Dois exemplos de religiões que são baseadas em regras são o Islamismo e Judaísmo. O Islamismo tem os cinco pilares a serem seguidos. O Judaísmo tem centenas de comandos e tradições a serem observados. As duas religiões, até um certo ponto, clamam que através da obediência de suas regras alguém pode ser considerado justo diante de Deus.

Outras religiões se focalizam mais na sua lista de rituais ao invés de obedecer uma lista de regras. Por oferecer um sacrifício, executar uma tarefa, participar de uma cerimônia religiosa, comer certa refeição, etc., uma pessoa é justificada diante de Deus. O mais conhecido exemplo de uma religião que é baseada em rituais é o Catolicismo Romano. O Catolicismo Romano ensina que por ser batizado em água quando um bebê, por ir à missa, por confessar os pecados ao padre, por oferecer orações ao santos no céu, por ser untado por um padre antes de morrer,etc.,etc., Deus vai aceitar tal pessoa no céu depois da morte. O Budismo e Hinduísmo também são religiões primeiramente baseadas em rituais, mas também podem, até certo ponto, ser consideradas religiões que se baseiam em regras.

A religião verdadeira não se baseia nem em regras nem em rituais. A religião verdadeira é um relacionamento com Deus. Duas coisas que todas as religiões ensinam é que a humanidade é de alguma forma separada de Deus e precisa se reconciliar com Ele. A religião falsa procura resolver esse problema através de obediência a regras e rituais. A religião verdadeira resolve o problema ao reconhecer que só Deus pode corrigir essa separação, e que Ele já fez isso. A religião verdadeira reconhece o seguinte:

• Todos nós temos pecado e somos, portanto, separados de Deus (Romanos 3:23).

• Se não corrigida, a penalidade justa pelo pecado é a morte e separação eterna de Deus depois da morte (Romanos 6:23).

• Deus veio a nós na Pessoa de Jesus Cristo, morreu no nosso lugar, carregou sobre Si a punição que merecemos e ressuscitou dos mortos para demonstrar que a Sua morte foi um sacrifício suficiente (Romanos 5:8; 1 Coríntios 15:3-4; 2 Coríntios 5:21).

• Se recebermos Jesus como Salvador, confiando na Sua morte como pagamento completo por nossos pecados, somos perdoados, salvos, redimidos, reconciliados e justificados com Deus (João 3:16; Romanos 10:9-10; Efésios 2:8-9).

religião verdadeira tem regras e rituais, mas existe uma diferença crucial. Na religião verdadeira, as regras e rituais são observados por causa de gratidão pela salvação que Deus tem providenciado – NÃO como um esforço para obtê-la. A religião verdadeira, a qual é o Cristianismo Bíblico, tem regras a serem obedecidas (não mate, não cometa adultério, não minta, etc.) e rituais a serem observados (batismo na água por imersão e a Santa Ceia). Observar essas regras e rituais não é o que justifica a pessoa perante Deus. Ao invés, essas regras e rituais são o RESULTADO do relacionamento com Deus, pela graça através da fé em Cristo apenas como o Salvador. A religião falsa consiste de se fazer coisas (regras e rituais) para ganhar o favor de Deus. A religião verdadeira é receber Jesus Cristo como o Salvador e através disso ter um relacionamento correto com Deus – e então fazer coisas (regras e rituais) por amor a Deus e por ter um desejo de crescer nesse relacionamento e se aproximar dEle.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Qual é a religião certa para mim? (Got Questions)



Os restaurantes de fast food nos seduzem permitindo-nos pedir a nossa comida exatamente como nós a queremos. Algumas cafeterias exibem mais de cem sabores e variedades de café. Mesmo quando compramos casas e carros, nós podemos procurar por um com todas as opções e recursos que desejamos. Não vivemos mais num mundo de chocolate, baunilha e morango. A escolha reina! Você pode encontrar praticamente qualquer coisa de acordo com seus gostos e necessidades pessoais.

Então que tal uma religião que seja certa para você? Que tal uma religião sem culpa, que não exige nada e que não está cheia de faças e não-faças? Está bem aí, bem como eu descrevi, mas a religião é algo a ser escolhido como o seu sabor de sorvete favorito?

Há muitas vozes pedindo a nossa atenção, então por que alguém deveria considerar Jesus acima de, vamos dizer, Maomé ou Confúcio, Buda, ou Charles Taze Russell, ou Joseph Smith? Afinal, todas as estradas não o levam para o Céu? Todas as religiões não são basicamente a mesma coisa? A verdade é que todas as religiões não o levam para o Céu, da mesma forma que nem todas as estradas o levam para São Paulo.

Somente Jesus fala com a autoridade de Deus porque somente Jesus derrotou a morte. Maomé, Confúcio e os outros estão se decompondo em suas sepulturas até o dia de hoje, mas Jesus, pelo Seu próprio poder, saiu da tumba três dias depois de morrer numa cruel cruz romana. Qualquer um com poder sobre a morte merece ser ouvido.

As provas a favor da ressurreição de Jesus são irrefutáveis. Primeiro, houve mais de quinhentas testemunhas oculares do Cristo ressuscitado! São muitas testemunhas. Quinhentas vozes não podem ser ignoradas. Há também a questão da tumba vazia; os inimigos de Jesus poderiam simplesmente ter acabado com toda a conversa sobre a ressurreição exibindo o Seu corpo morto e decadente, mas não havia corpo morto para eles exibirem! A tumba estava vazia! Poderiam os discípulos ter roubado o Seu corpo? Dificilmente. Para impedir que isso acontecesse, a tumba de Jesus havia sido fortemente guardada por soldados armados. Considerando que Seus seguidores mais próximos haviam fugido com medo durante a prisão e crucificação de Jesus, é pouco provável que este bando de pescadores assustados teriam ido corpo-a-corpo contra soldados treinados e profissionais. O simples fato é que a ressurreição de Jesus não pode ser explicada!

Mais uma vez, qualquer um com poder sobre a morte merece ser ouvido. Jesus provou o Seu poder sobre a morte, portanto nós devemos ouvir o que Ele diz. Jesus diz ser o único caminho para a salvação (João 14:6). Ele não é um caminho; Jesus não é um de vários caminhos, mas é o caminho.

E este mesmo Jesus diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Este é um mundo duro e a vida é difícil. Muitos de nós estão ensangüentados, arranhados e feridos pelas batalhas. Concorda? Então o que você quer? Restauração ou mera religião? Um Salvador vivo ou um de vários “profetas” mortos? Uma relação com significado ou rituais vazios? Jesus não é uma escolha – Ele é a escolha!

Jesus é a “religião” certa se você está procurando por perdão (Atos 10:43). Jesus é a “religião” certa se você está procurando por uma relação significativa com Deus (João 10:10). Jesus é a “religião” certa se você está procurando por uma morada eterna no Céu (João 3:16). Deposite a sua fé em Jesus Cristo como seu Salvador – você não vai se arrepender! Confie nele para o perdão dos seus pecados – você não vai se desapontar.

sábado, 1 de novembro de 2014

Jesus é O ÚNICO CAMINHO para o céu? (Got Questions)




“Sou basicamente uma boa pessoa, então vou para o Céu.” “OK, então eu faço algumas coisas ruins, mas faço mais coisas boas, então vou para o Céu.” “Deus não vai me enviar para o inferno só porque não vivo de acordo com a Bíblia. Os tempos mudaram!” “Apenas pessoas realmente más como molestadores de crianças e assassinos vão para o inferno.” “Acredito em Deus, apenas o sigo do meu próprio jeito. Todos os caminhos levam a Deus.”

Todas estas são conclusões comuns entre a maioria das pessoas, mas a verdade é que são todas mentiras. Satanás, o qual tem poder sobre o mundo, planta estes pensamentos nas nossas mentes. Ele, e qualquer um que siga os seus caminhos, é um inimigo de Deus (1 Pedro 5:8). Satanás sempre se disfarça como bom (2 Coríntios 11:14), mas tem controle sobre todas as mentes que não pertencem a Deus. “...[Satanás, ] o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4:4).

É uma mentira acreditar que Deus não se importa com pecados menores e que o inferno é destinado às “pessoas más”. Todo pecado nos separa de Deus, mesmo uma “pequena mentirinha”. Todos pecaram e ninguém é bom o suficiente para ir ao Céu por sua própria conta (Romanos 3:23). Entrar no Céu não se baseia no nosso bem superar o nosso mal; todos perderíamos se este fosse o caso. “E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça” (Romanos 11:6). Não há nada bom que possamos fazer para ganhar a nossa entrada no Céu (Tito 3:5).

“Entrai pela porta estreita: porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela” (Mateus 7:13). Mesmo que todo mundo esteja vivendo uma vida de pecado, e crer em Deus não seja popular, Deus não vai perdoar isto. “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, o espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2).

Quando Deus criou o mundo, este era perfeito. Tudo era bom. Então ele fez Adão e Eva, e deu-lhes o seu próprio livre-arbítrio, de forma que teriam a escolha de seguir e obedecer a Deus ou não. No entanto, Adão e Eva, as primeiras pessoas que Deus fez, foram tentados por Satanás a desobedecer a Deus, e eles pecaram. Isto os impediu (e a todos os que vieram depois deles, incluindo a nós) de ter uma relação íntima com Deus. Ele é perfeito e não pode estar no meio do pecado. Como pecadores, nós não poderíamos chegar lá pela nossa própria vontade. Então, Deus criou uma forma pela qual poderíamos estar unidos com Ele no Céu. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16). “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Jesus nasceu para que pudesse nos ensinar o caminho e morreu por nossos pecados para que não o tivéssemos de fazer. Três dias após a Sua morte, Ele ressuscitou do sepulcro (Romanos 4:25), provando ser vitorioso sobre a morte. Ele completou o caminho entre Deus e o homem para que este pudesse ter uma relação pessoal com Ele, precisando apenas acreditar.

“E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). A maioria das pessoas acredita em Deus, até Satanás acredita. Entretanto, para receber a salvação, é preciso se voltar para Deus, formar uma relação pessoal com Ele, voltar-se contra os nossos pecados e seguir a Ele. Devemos acreditar em Jesus com tudo o que temos e em tudo o que fazemos. “Justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os que creem; porque não há distinção” (Romanos 3:22). A Bíblia nos ensina que não há outro caminho para salvação a não ser através de Cristo. Jesus diz em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”

Jesus é o único caminho para a salvação porque Ele é o Único que pode pagar o preço pelos nossos pecados (Romanos 6:23). Nenhuma outra religião ensina a profundidade ou seriedade do pecado e das suas consequências. Nenhuma outra religião oferece o pagamento infinito que só Jesus poderia dar pelo pecado. Nenhum outro “fundador religioso” foi Deus vindo como homem (João 1:1,14) – a única forma pela qual um débito infinito poderia ser pago. Jesus tinha que ser Deus para que pudesse pagar nosso débito. Jesus tinha que ser homem para que pudesse morrer. A salvação está disponível apenas pela fé em Jesus Cristo! “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Apologética (Wycliffe)




O termo é derivado do verbo grego apologeomai, significando “dar uma resposta”, '"responder”, “defender a posição de alguém”, e do substantivo grego apologia. Em seu sentido mais estrito, significa a defesa da fé do cristão individual. Em um sentido mais amplo, é a resposta do cristão a ataques sobre si, sua doutrina e sua fé, e toda a revelação dada nas Escrituras. Em seu sentido total, a apologética é a defesa e a justificação da fé cristã e da revelação dada nas Santas Escrituras contra o ataque dos duvidosos e incrédulos, mais o desenvolvimento de uma apresentação evangélica positiva dos fatos mostrados na Bíblia, a racionalidade da revelação de Deus ao homem nas Escrituras, e a sua ampla suficiência para atender as necessidades espirituais completas do homem. A apologética é, então, não apenas um exercício negativo e defensivo, mas também positivo e ofensivo. Não é apenas para ser usada na defesa do Evangelho, mas também em sua propagação, O estudo da apologética. Este pode ser dividido em três períodos como encontrado em três eras da história da igreja.

1. Apologética do Novo Testamento.

O verbo grego apologeomai é usado para expressar a idéia de autojustificação e autodesculpa (Rm 2.15; 2 Co 12,19) e também o substantivo apologia (2 Co 7.11); mas particularmente no sentido de responder aos ataques sobre a fé e a convicção de alguém, e de oferecer uma defesa. Atos 7 é frequentemente chamado de apologia de Estêvão quando ele respondeu ao Sinédrio judeu às acusações de falso testemunho (At 6.11-15). Paulo fala em ser colocado para “a defesa do evangelho” (Fp 1.6,17), Ele fez duas “apologias” para a sua posição, a primeira diante de Festo (At 24.10; 25.8; cf. v. 16), e a segunda diante de Agripa (At 26.2). Quando apelou para o privilégio de fazer o mesmo diante de César (At 25.8-16), seu pedido foi finalmente concedido. Cada uma destas apologias contém tanto uma defesa negativa como um elemento evangelístico positivo. Por exemplo, Paulo usou sua defesa como uma introdução ao Evangelho de uma maneira tão eficaz, que Félix ficou amedrontado (At 24.25), enquanto Agripa exclamou: “Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!” (At 26.28). Mesmo considerando uma outra interpretação deste último versículo. “Você tão facilmente me persuadiria a ser um cristão?”, o Evangelho positivo na apologia de Paulo ainda pode ser claramente visto no efeito produzido em Agripa.

2. Apologética na igreja primitiva e medieval.

Justino Mártir escreveu sua obra Dialogue With Trypho (em aprox. 150 d.C.), Orígenes respondeu a muitos argumentos anti-cristãos em sua obra Kata Kelsou (Contra Celsus) (em aprox. 235), e Atanásio publicou sua obra Contra Gentes (em aprox. 315), Mas a apologia mais importante de todas foi City of God de Agostinho (426 d.C.). Até a igreja ser reconhecida por Constantino o Grande, ela era acusada de canibalismo e promiscuidade sexual por ter de se reunir em segredo em lugares como as catacumbas. Porém, após ser reconhecida imperialmente, ela teve que enfrentar acusações de mundanismo. Foi para explicar este último que Agostinho escreveu e tomou como sua tese a “Cidade de Deus” em contraste com a cidade do mundo. Na Idade Média a apologética lutou com as questões da fé - com relação a fatos tais como a Trindade e a encarnação, conhecíveis apenas pela fé - versus a razão, e os fatos da ciência e do mundo material que é receptivo á razão. Aquinas fez uma síntese parcial que se tornou a posição oficial do romanismo. Pela razão o homem pode argumentar quanto à existência de Deus e até conhecer a Deus; mas a Trindade e a encarnação são inacessíveis à razão, dadas pela revelação e recebidas somente pela fé.

3. Apologética moderna.

Para o propósito de estudo e de uma análise útil, é valioso considerar a apologética católica romana e a protestante.

(a) A apologética católica romana é caracterizada pelo fato de atribuir tanto a origem quanto a (infalível) interpretação das Escrituras à igreja; e pelo fato de ensinar que a teologia racional é possível e existe tanto
quanto a teologia revelada, pelo uso da razão humana o homem pode chegar ao conhecimento da pessoa e da existência de Deus e até à salvação. A razão pela qual o homem falha em chegar à verdade pela teologia racional não é a sua condição decaída, mas sim a indolência daqueles qne sâo mentalmente capacitados a atingi-la por este meio, e a inabilidade racional dos demais. Por causa desta preguiça por parte de alguns e da inabilidade dos outros, Deus escolheu, em sua graça, dar a revelação. A igreja católica romana desenvolveu uma apologética própria muito completa. Começando em 1908, o papa indicou comissões contínuas para investigar completamente e emitir relatórios sobre o problema Deutero- Isaías, a teoria J.E.D.P., form-Geschiehte etc. Habilidosos escritores da igreja produziram livros eficazes sobre a apologética como The Faith of Our Fathers (do cardeal James Gibbons), uma defesa da igreja católica romana; e Katkolieke Geloofsverdediging (do cardeal Brocardus Meijer), uma obra muito completa e habilidosa sobre a apologética em geral, em holandês. Como resultado das comissões eruditas de Roma e de uma obra tão completa em apologética como a de Meijer, os católicos romanos estão apresentando uma defesa convincente de sua fé, que está ganhando muitos da ala modernista, onde não foi expressa nenhuma defesa semelhante da fé cristã.

(b) Apologética protestante.

Há um forte elemento de apologética presente na obra Institutes, de Calvino, onde ela é apresentada em combinação com a teologia. As obras mais famosas e eficientes de apologética propriamente dita, no entanto, antes da nossa época, são Analogy of Religion, de Joseph Butler (1736) e Apologetics or Christianity Defensively Stated - de A, B. Bruee (1892). Esta última foi a obra ortodoxa padrão em inglês durante muitos anos. Grande parte de seu lugar foi tomado, ultimamente, pelos escritos de Edward John Carnell. An Intro Introduction to Chrístian Apologetics e A Phílosophy ofthe Chrístian Religion, e de Bemard Ramm, Protestant Chrístian Evidences, Types of Apologetic Systems, e The Chrístian View of Science and Scripture. Enquanto Carnell e Ramm lideraram a causa evangélica em apologética com um trabalho admirável em muitas áreas deste campo, ambos tiveram dificuldades em certos pontos, particularmente no que diz respeito à absoluta infalibilidade da Bíblia na escrita original, a ponto de outros terem que vir em seu auxílio neste ponto.

O valor e o lugar da apologética.

Considerando sua extensão, o AT faz relativamente pouco uso da apologética. Em Jó 32-37, no entanto, está uma repreensão de Eliú às falsas ou inadequadas opiniões de Jó e de seus três amigos a respeito de Deus e da teodicéia que é a doutrina da justiça divina). O próprio Senhor responde a Jó para convencê-lo  de sua soberania, e, ao mesmo tempo, da incapacidade de Jó (Jó 38-41). Vários Salmos recorrem à atividade de Deus, ao seu cuidado providencial (por exemplo, Salmos 104 e 107) e histórico (Salmos 105 e 106), para evocar o louvor e a confiança, e mostrar a loucura da idolatria (Salmo 115). Dentre os profetas, especialmente Isaías proclamou a apologia de Deus contra as divindades pagãs, desafiando os gentios adoradores de ídolos a provarem a realidade e o poder de seus deuses por meio do teste das profecias e seus respectivos cumprimentos (Is 41.21-29; 43.813; 44.6-20; 45.18-25; 46.1-11; 48.1-6), O NT dá à apologética um lugar muito mais importante. Os patriarcas da igreja primitiva eram constantemente chamados a defender a sua fé contra filósofos pagãos, agnósticos e hereges. Na apologética, somos chamados a mostrar a racionalidade da fé cristã e sua revelação como dada na Bíblia. Isto é realizado por meio de comparação da ciência com as Escrituras, uma consideração da arqueologia com a história e fatos bíblicos, um apelo ao cumprimento de profecias preditas, um estudo das provas da inspiração e infalibilidade da Bíblia, e uma aplicação da razão à questão da existência e da natureza de Deus. Os apologistas protestantes não ensinam que uma teologia completamente natural seja possível meramente pela aplicação da razão humana na formulação de cinco ou mais provas teísticas (provas da existência necessária e real de Deus). Antes, tão longe quanto possa ir a razão humana - e isto inclui a formulação de argumentos teísticos, ou seja, o cosmológico (a existência do mundo), ontológico (a existência de uma ideia de Deus), o teológico (a existência e a manifestação da criação e propósito no mundo e no homem) - é apenas racional concluir que uma Pessoa racional, intencional e moral exista e seja a causa tanto do universo quanto do homem. A Bíblia declara por revelação que tal é o caso e, em Romanos 1.18ss, aprendemos que Deus considera o homem como o responsável por chegar à conclusão de que Ele existe. Portanto, o apologista protestante nem se baseia completamente na razão - como os católicos romanos com a sua teologia natural, nem rejeita completamente o lugar da razão - como alguns aos protestantes extremamente ortodoxos (por exemplo, Abraham Kuyper em sua obra Principles of Sacred Theology e Cornelius Van Til em sua obra The Defense of the Faith, que enfatizam a impotência da mente humana em pecado e a necessidade do poder renovador do Espírito Santo), Ao invés disso, reconhecendo a fragilidade da razão humana desde a queda do homem, ele dá uma função comprobatória, subsidiária à revelação. Em outras palavras, as leis da lógica, os fatos da vida e do cosmos, e as revelações proposicionais encontradas na Bíblia devem receber seu lugar  próprio na obtenção da verdade final e na formulação do nosso sistema apologético.

Métodos apologéticos.

Torna-se muito importante desenvolver um método apologético completo e satisfatório. Isto é de tudo o mais necessário, uma vez que o cristão deve se defender não apenas contra as teorias passageiras da ciência, mas também contra os erros da filosofia mundana. Nenhuma defesa bem-sucedida é possível até que alguém seja capaz não apenas de enxergar o erro ou os erros contra os quais discute, mas também compreender seus fundamentos filosóficos. Portanto, a nossa causa é grandemente fortalecida quando insistimos no fato de que temos uma filosofia cristã de existência, ou seja, uma explicação para (a) a origem da realidade, consistindo do mundo e do homem; (b) a realidade em si, consistindo de objetos (res extensa), ideias ou pensamentos res cogitata) - duas das quais claramente definimos e distinguimos; (c) o destino do mundo e do homem. Todos os filósofos são chamados a dar suas próprias explicações sobre estas três questões. Uma defesa praticável e completa do ponto de vista cristão sobre qualquer opinião procurada, portanto, inclui o seguinte: (1 ) uma descrição justa e completa da opinião de um adversário; (2) uma apresentação do valor da opinião que alguém tenha; (3) uma consideração de sua base filosófica e uma apresentação clara de suas falácias, com bases tanto lógicas quanto filosóficas; (4) um exame da opinião à luz das confissões e credos da igreja; (5) um exame para ver que vantagens teológicas ela pode oferecer e que problemas teológicos ela pode levantar; (6) uma apresentação da opinião bíblica sobre o assunto em discussão e a prova de sua racionalidade, e uma descrição clara de como a opinião bíblica foge dos problemas filosóficos e teológicos levantados por uma visão errada. Além das obras principais em apologética já mencionadas, houve muitos livros muito valiosos  sobre aspectos específicos da fé, tais como o nascimento virginal, a ressurreição, milagres, a infalibilidade das Escrituras etc. Estes podem ser prontamente encontrados em extensas bibliografias anexadas por Carnell e Ramm aos livros mencionados acima.

O objetivo da apologética.

Este inclui: (1) fazer contato com aqueles que tenham uma opinião errada ou perigosa, ou que ataquem a revelação e fé cristãs; (2) encontrar uma área na qual o problema possa ser discutido imparcialmente, e provar a fraqueza da opinião em questão primeiro em alguma área neutra comum a todos, tais como a filosofia ou a lógica; (3) mostrar os problemas teológicos levantados; (4) expor as convicções da igreja em suas confissões e credos, e interpretar o que as Escrituras ensinam, enquanto se apresenta a racionalidade de tudo isso, A base comum buscada para o diálogo com o adversário, não tem de impor qualquer transigência,  tal como tentado por alguma apologética recente, nem forçar as Escrituras sobre o duvidoso ou o agnóstico. Considerar cada aspecto de um problema antes de entrar no mérito das próprias Escrituras, abre a mente do adversário para considerar a própria posição e respostas de Deus.

Bibliografia:
A. B. Bruce, Apologetics, Edinburgh. T. & T. Clark, 1892.
E. J.Carnell, An Introduction to Chrístian Apologetics, Grand Rapids. Eerdmans,1952;
A Philosophy of the Chrístian Religion, Grand Rapids. Eerdmans, 1952.
Robert Flint, Agnosticism, New York, Scribner’s, 1903;
Anti-Theistic Theories, Edinburgh. Blackwood. 1879.
BrocardusMeijer, Katholieke Geloofsverdediging, Roermond. Romen & Zonen, 1946.
Bernard Ramm, Protestant Chrístian Evidences, Chicago. Moody Press, 1953;
Types of Apologetic Systems, Wheaton, III.. VanKampen Press, 1953;
The Chrístian View of Science and Scripture, Grand Rapids. Eerdmans, 1954.

Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, págs. 158-160

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Evidência bíblica do inferno (Fiel)




Um Jesus amoroso realmente ensinaria sobre o inferno? Sim, e assim também o faz todo autor do Novo Testamento. Consideremos o que eles ensinam.
O inferno em Mateus
No Sermão do Monte, frequentemente conhecido por sua ênfase no amor e no reino, Jesus ensina a realidade e a natureza do inferno (5.50-30; 7.13-27). Em Mateus 5.20-30, Jesus contrasta o inferno com o reino de Deus e adverte que o inferno é um perigo real para pecadores impenitentes. O fogo do inferno, a justiça do inferno e o extremo sofrimento no inferno são especialmente enfatizados. Os impenitentes são advertidos a usarem medidas extremas para evitarem ser lançados lá por Deus.
Conforme Jesus conclui o Sermão do Monte, ele contrasta o reino do céu com os horrores do inferno (7.13-27). Jesus avisa que o inferno é um lugar de destruição, descrito como o fim de um caminho largo. O inferno aguarda a cada um que não entra no reino dos céus — mesmo aqueles que professam conhecer Cristo mas continuam no pecado. Jesus é o Juiz e Rei que pessoalmente exclui os perversos de sua presença e do reino dos céus (“Apartai-vos de mim”, 7.23). De fato, aqueles que falham em seguir a Jesus são como uma casa construída sobre a areia que, no fim, acaba desmoronando.
Mateus reconta também o surpreendente aviso de Jesus de que os judeus desprovidos de fé sofrem o perigo de ir para o inferno, que é retratado como as trevas exteriores e um lugar de intenso sofrimento (8.10-12). Jesus fala do inferno quando envia seus discípulos dizendo que eles não deveriam temer o homem, mas apenas Deus, “que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (10.28). Nas parábolas de Jesus sobre o joio do campo (13.36-43) e sobre a rede (vv. 47-50), o inferno é visto como uma exclusão ou separação do reino de Deus, descrito em termos de fogo e um lugar de sofrimento. Mais tarde, jesus descreve o inferno como um lugar de “fogo eterno” (18.8) e até mesmo adverte os escribas e fariseus a respeito do inferno, caracterizando-o como inescapável para o impenitente (23.33).
No Sermão Profético, Jesus fala do castigo futuro nas parábolas dos servos bom e mau (24.45-51), das virgens (25.1-13), dos talentos (25.14-30) e no trecho das ovelhas e dos cabritos (25.31-46). Várias verdades a respeito do inferno emergem. O inferno é castigo pela desobediência ao mestre. O inferno é expresso visualmente como um lugar onde as pessoas são cortadas em pedaços e colocadas junto aos hipócritas (24.51) e também como um lugar de sofrimento (24.51; 25.30). Jesus também aponta para a semelhança do inferno com um lugar exterior, ou um lugar de exclusão ou separação (25.10-12, 30), como as trevas exteriores (v. 30), como ele mesmo banindo pessoas de sua presença e do reino (“Apartai-vos de mim”, v. 41), e como simplesmente condenação ou castigo (vv. 41, 46). O inferno é, então, descrito como eterno. É um lugar de “fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (v. 41) e de “castigo eterno” (v. 46).
O inferno em Marcos
Marcos 9.42-48 é semelhante a Mateus 18.6-9 e registra o ensino de Jesus de que o inferno é um castigo pelo pecado que é pior que a morte e o sofrimento terreno. O inferno é a exclusão do reino de Deus, um resultado do ativo julgamento de Deus sobre o pecado e um lugar de eterno sofrimento.
O inferno em Lucas
Em Lucas 13.1-5, Jesus fala do inferno como um castigo para os impenitentes e aqueles que estão no inferno são retratados como perecendo. Em Lucas 16.19-31, Jesus conclama à generosidade aos pobres proclamando que a justiça prevalecerá através do julgamento vindouro sobre os perversos opressores. O castigo é marcado por sofrimento, tormento, fogo, agonia, exclusão do céu e em caráter definitivo.
O inferno em Paulo
Tomaria muito espaço fazer um panorama de tudo o que Paulo escreve a respeito do inferno, então ressaltaremos Romanos e 2 Tessalonicenses.
Em sua carta à igreja romana, Paulo enfatiza que tanto judeus quanto gentios estão debaixo do pecado, debaixo da ira e do julgamento de Deus. Aqueles que têm fé em Cristo escaparão. Nesse contexto, Paulo relata importantes verdades a respeito do inferno.
Primeiro, o castigo futuro é conectado à ira de Deus. Os perversos estão presentemente sob sua ira (1.18-32), são objetos de ira (9.22), continuamente acumulam para si ira para o dia da ira (2.5-8; 3.5), e podem ser salvos da ira apenas pela fé em Cristo (5.9-21).
Segundo, o castigo futuro é o julgamento de Deus. Os perversos são merecidamente condenados sob o julgamento de Deus, que é imparcial, verdadeiro, justo e certo (2.1-12; 3.7-8). Essa condenação é resultado do pecado e é o justo castigo pelo pecado (6.23).
Terceiro, o castigo futuro consistirá em tribulação e angústia. Esse sofrimento não mostra favoritismo entre judeus e gentios (2.8-11).
Quarto, o castigo futuro consiste em “morte” e “destruição”. Pecadores merecem a morte (1.32), o salário do pecado é a morte (6.16-23), como pecadores, nós produzimos o fruto que dá para a morte (7.5), aqueles que vivem de acordo com a morte devem esperar a morte (8.13), e os pecadores são vasos de ira “preparados para a destruição” (9.22). Quinto, tanto o pecado quanto o castigo futuro são separação de Cristo (“anátema, separado de Cristo”; vide 9.3).
Conforme ele encoraja os crentes sofrendo perseguição em 2 Tessalonicenses, Paulo salienta que a justiça de Deus prevalecerá (1.5-10). Em poucos versos, Paulo enfatiza várias verdades importantes sobre o inferno: o inferno é o resultado da justiça retributiva de Deus sobre pecadores; o inferno é um castigo para aqueles que não conhecem a Deus e não obedecem o evangelho; o inferno é destruição eterna; e o inferno é exclusão da presença e da majestade de Jesus.
O inferno em Hebreus
Duas passagens em Hebreus falam claramente a respeito do juízo futuro. Hebreus 6.1-3 se refere ao castigo futuro dos perversos como o “juízo eterno” (6.2), que é um “princípio fundamental” da fé. Hebreus 10.27-30 retrata esse juízo como horrível e severo, e como um fogo vingador que consumirá os inimigos de Deus. Também ensina que o inferno vem de Deus como castigo, juízo e retribuição.
O inferno em Tiago
A carta de Tiago retrata o castigo futuro primariamente em termos de destruição, morte, justiça e sofrimento. Em particular, os opressores murcham e são destruídos (1.11); o pecado produz a morte e seus descendentes (1.15; vide 5.20); e Deus é o Legislador e Juiz, capaz de salvar e destruir (4.12). Tiago ensina que os opressores do povo de Deus merecem ser punidos severamente. Esse justo sofrimento é certo e severo, visualmente retratado como misérias, carne sendo consumida pelo fogo, e o dia da matança.
O inferno em Pedro e Judas
A segunda carta de Pedro é cheia de referências ao inferno, e Judas faz um paralelo muito próximo a 2 Pedro 2. Tanto Pedro quanto Judas descrevem o inferno como destruição (2 Pedro 2.1, 3, 12; Judas 5, 10, 11), como condenação estando sobre os perversos (2 Pedro 2.3; Judas 4), e como abismos das trevas onde anjos rebeldes são reservados para juízo (2 Pedro 2.4; Judas 6 é semelhante). Pedro ilustra o castigo futuro com um relato de Sodoma e Gomorra sendo reduzidas a cinzas (2 Pedro 2.6) e adverte que Deus reserva os injustos para o Dia de Juízo, mantendo-os sob castigo (2.9). Pedro também escreve que o inferno é um lugar de retribuição, ou salário (v. 13) e como a negridão das trevas (v. 17; Judas 13). Judas adiciona que o inferno é um castigo de fogo eterno (Judas 7, 15, 23).
O inferno no Apocalipse
O Apocalipse ensina que o inferno é um lugar onde a fúria e a ira de Deus são sentidas em total força (14.10). O inferno é um lugar de intenso sofrimento, cheio de “fogo e enxofre” (14.10; veja o lago de fogo em 20.10, 14-15; 21.8), um lugar onde “a fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos” (14.11). O sofrimento é contínuo: “Não têm descanso algum, nem de dia nem de noite” (14.11), e “serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (20.10).
Em Apocalipse 20.10-15, o apóstolo João enfatiza que o inferno é o justo castigo para o perverso. Deus lança o diabo, a Besta e o Falso Profeta no inferno. Eles não governam ou possuem qualquer poder no inferno, mas são “lançados” lá (20.10). Lá também estão todos aqueles cujos nomes não são encontrados no livro da vida (v. 15). Esses serão separados de Deus no inferno (21.6-8) e banidos do céu (22.15).
Três retratos do inferno
Claramente o castigo futuro dos perversos é um tema significativo na Escritura. Jesus o ensina, assim como todo escritor do Novo Testamento. Embora este breve panorama tenha demostrado uma lista de verdades sobre o inferno, três descrições chave do inferno recorrerão no Novo Testamento:
1. Castigo
O retrato principal do inferno é o de um lugar de sofrimento pelo pecado. O castigo é merecido, consiste em sofrimento e é eterno.
2. Destruição
Tal destruição é descrita como morte, segunda morte, perda e ruína (veja o artigo deRobert Peterson para mais informações sobre isso).
3. Ostracismo
Enquanto o castigo salienta o lado ativo do inferno, o ostracismo mostra o horror do inferno ao ressaltar o que os incrédulos perdem — a própria razão de sua existência, a saber, glorificar e amar a Deus.
Inferno — é isso que merecemos. Esse é o tamanho da nossa pecaminosidade. Foi isso que Cristo suportou por amor de nós, e isso deveria nos estimular a compartilhar o evangelho.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Quem criou Deus?



À luz de todas as comprovações para o início do Universo espaço-tempo, o Iniciador deve estar fora do Universo espaço-tempo. Quando se sugere que Deus é o Iniciador, os ateus rapidamente fazem a antiga pergunta: "Então quem criou Deus? Se tudo precisa de uma causa, então Deus também precisa de uma causa!".
Como já vimos, a lei da causalidade é o fundamento da ciência. A ciência é a busca pelas causas, e essa busca é baseada em nossas observações coerentes e uniformes de que tudo o que tem um começo teve uma causa. O fato é que a pergunta "Quem criou Deus?" destaca com que seriedade levamos a lei da causalidade. Toma-se como certo que praticamente tudo precisa de uma causa.
Então por que Deus não precisa de uma causa? Porque a posição dos ateus não compreende a lei da causalidade. A lei da causalidade não diz que tudo precisa de uma causa. Ela diz que tudo o que venha a existir precisa de uma causa. Deus não veio a existir, ninguém fez Deus. Ele não é feito. Como ser eterno, Deus não tem um começo e, assim, ele não precisou de uma causa.
"Mas, espere um pouco", vão protestar os ateus. "Se você pode ter um Deus eterno, então eu posso ter um Universo eterno! Além do mais, se o Universo é eterno, então ele não teve uma causa." Sim, é logicamente possível que o Universo seja eterno e que, portanto, não tenha tido uma causa. De fato, só existem duas possibilidades: ou o Universo é eterno, ou alguma coisa fora do Universo é eterna (uma vez que algo inegável existe hoje, então alguma coisa deve ter existido sempre. Só temos duas opções: o Universo ou algo que tenha causado o Universo). O problema para o ateu é que, enquanto é logicamente possível que o Universo seja eterno, isso parece não ser realmente possível. Todas as evidências científicas e filosóficas (segunda lei da termodinâmica, princípio da relatividade de Einstein, radiação do Big-Bang, o universo em expansão, diminuição da radioatividade e o argumento cosmológico kalam) nos dizem que o Universo não pode ser eterno. Assim, descartando uma das duas opções, ficamos apenas com a outra: alguma coisa fora do Universo é eterna.
Ao chegar a esse ponto, existem apenas duas possibilidades para qualquer coisa que exista: 1) ou essa coisa sempre existiu e, portanto, não possui uma causa, ou 2) ela teve um início e foi causada por alguma outra coisa (ela não pode ser sua própria causa, porque teria de ter existido antes para poder causar alguma coisa). De acordo com essa comprovação decisiva, o Universo teve um início, e, portanto, isso deve ter sido causado por alguma outra coisa — algo fora de si mesmo. Note que essa conclusão é compatível com as religiões teístas, mas não está baseada nessas religiões: está baseada em razão e provas.
Então, qual é a Causa Primeira? Alguém pode pensar que você precisa confiar numa Bíblia ou em algum outro tipo de assim chamada revelação religiosa para responder a essa pergunta, mas, outra vez, não precisamos de nenhum livro sagrado para descobrir isso. Albert Einstein estava certo quando disse: "A ciência sem a religião é aleijada; a religião sem a ciência é cega". A religião pode tanto ser informada quanto confirmada pela ciência, como acontece no caso do argumento cosmológico, ou seja, podemos descobrir algumas características da Causa Primeira simplesmente com base na evidência que discutimos neste capítulo. Dessa evidência, sabemos que a Causa Primeira deve ser:
Auto-existente, atemporal, não espacial e imaterial (uma vez que a Causa Primeira criou o tempo, o espaço e a matéria, a Causa Primeira deve obrigatoriamente estar fora do tempo, do espaço e da matéria). Em outras palavras, não tem limites ou é infinita.
·Inimaginavelmente poderosa para criar todo o Universo do nada.
·Supremamente inteligente para planejar o Universo com precisão tão incrível.
·Pessoal, com o objetivo de optar por converter um estado de nulidade em um Universo tempo-espaço-matéria (uma força impessoal não tem capacidade de tomar decisões).
Essas características da Causa Primeira são exatamente as características teístas atribuídas a Deus. Mais uma vez, essas características não são baseadas na religião ou em experiências subjetivas de alguém. Foram tiradas da comprovação científica que acabamos de analisar e nos ajudam a ver uma seção importantíssima da tampa da caixa do quebra-cabeça que chamamos de vida.
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Extraído do Livro: “Não tenho fé suficiente para ser ateu”, de Norman Geisler e Frank Turek

sábado, 12 de julho de 2014

Divisões no Catolicismo Romano (Nivaldosalvo)




Constantemente temos ouvido de católicos fervorosos que as igrejas Evangélicas são tantas que nem dá pra contar, tão pouco saber qual delas é a certa. Você já ouviu isso? Dizem ainda que a Igreja Catolica é una (única); “A Igreja Católica é una... tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade. A única igreja de Cristo como sociedade constituída e organizada no mundo subsiste (subsistit in) na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro (o Papa) e pelos bispos em comunhão com ele”. (Compêndio do Catecismo da Igreja Católica p.61, grifo nosso). 

Não é o que sabemos de fato. Existem tantos ramos diferentes do Catolicismo, cada uma se julgando ser a verdadeira Igreja de Jesus Cristo, quando ministérios interdenominacionais. Sim, porque não existem uma infinidade de Igrejas evangélicas, existem sim inúmeros ministérios denominacionais como instituição religioso com fins de identificação ministerial e não igrejas brigando entre si pelo monopólio da salvação. Estamos falando das igrejas genuinamente cristãs que pregam a Bíblia como única regra de fé e conduta para os cristãos e a salvação unicamente por meio do sacrifício de Cristo na cruz.

CONHEÇAM AS DIVISÕES DAS IGREJAS CATÓLICAS
APOSTÓLICAS ROMANAS

Igreja Católica Apostólica Brasileira: A ICAB é uma Instituição religiosa, Cismática (discordância de opiniões) da Igreja Católica Apostólica Romana, fundada em 6 de julho de 1945, por Dom Carlos Duarte Costa.
Episcopado da Igreja Católica Apostólica Brasileira

Movimento Católico Independente: O movimento católico independente do Vaticano veio para a Grã-Bretanha em 1908, quando Arnold Harris Mathew, foi consagrado bispo na antiga Igreja Católica de Utrecht.

Velha Igreja Católica: Os termos Velha Igreja Católica, Antiga Igreja Católica ou Igreja Vétero-Católica referem-se a uma associação dos movimentos e Igrejas nacionais católicas independentes do Papa e surgidas após o Concílio Vaticano I (1869-1870). Atualmente, a Igreja Vétero-Católica não está em comunhão com a Santa Sé, está em plena comunhão com a Comunhão Anglicana e é um membro do Conselho Mundial das Igrejas.

Igreja Católica Oriental: As Igrejas Católicas Orientais são Igrejas particulares sui iuris em plena comunhão com o Papa. Elas conservam as seculares tradições litúrgicas e devocionais das várias igrejas orientais com as quais estão associadas historicamente. Enquanto divergências doutrinárias dividem as igrejas orientais não-católicas em grupos desprovidos de comunhão mútua, as Igrejas Católicas Orientais acham-se unidas umas com as outras bem como com a Igreja Católica de Rito Latino (sediada no Ocidente), conquanto se diversifiquem quanto à ênfase teológica, às formas da liturgia, à piedade popular, à disciplina canônica e à terminologia. Sobretudo, elas reconhecem a função central do Sumo Pontífice, sua suprema autoridade e
 sua infalibilidade magisterial. Apesar disso, as Igrejas orientais católicas têm uma autonomia considerável em relação ao Papa.

 Igreja Católica Copta: A Igreja Católica Copta é uma Igreja particular oriental sui juris em plena comunhão com a Igreja Católica. Isto quer dizer que ela, nunca abandonando as suas veneráveis tradições e ritos litúrgicos orientais, aceita a autoridade e primazia do Papa. Unida formal e oficialmente à Santa Sé em 1741, esta Igreja foi fruto de uma cisão ocorrida na Igreja Ortodoxa Copta, que não aceita a autoridade papal.
O seu rito litúrgico é de tradição alexandrina e a sua língua litúrgica é o copta. Desde 2005, esta Igreja oriental é governada pelo Patriarca copta Antonios Naguib, juntamente com o seu sínodo, mas sempre sob a supervisão do Papa.

Igreja Católica Carismática: A Igreja Católica Carismática não é dissidente da Renovação Carismática Católica (RCC), um movimento de caráter pentecostal pertencente à Igreja Católica Romana. Como denominação iniciou as atividades em 2004, em Belém/PA, quando foi sagrado o seu bispo. Na sua origem está o Instituto Santo Expedito, criado dento da Igreja Católica Apostólica Romana, na década de 1960, para incentivar as formação de capelães militares. Atualmente o Instituto está vinculado à Igreja Católica Carismática.

Não está sob a jurisdição da Igreja Católica. Possui sucessão apostólica Romana (Vétero-Católica) e Ortodoxa Grega. No Brasil é liderada por um Arcebispo Primaz e possui o apoio de Dom Milingo, ex-arcebispo católico romano de Luzaca (Zambia-África). Não se deve confundir a Igreja Católica Carismática com o movimento da RCC, movimento esse vinculado à Igreja Católica Romana, nem com a Igreja Católica Apostólica Carismática de Portugal, membro da Comunhão Internacional da Igreja Episcopal Carismática.Tanto os presbíteros como os bispos podem ser casados e as mulheres são admitidas no ministério eclesiástico.

Igreja Católica Conservadora do Brasil: A Igreja Católica Conservadora do Brasil é uma denominação católica de rito romano. Tem caráter independente e, por isso, não presta obediência ao bispo de Roma - em semelhança às Igrejas Vétero-Católicas. Foi fundada pelo Patriarca Dom Darcy Milani. Sua sede fica em Santa Catarina, na cidade de São Domingos, em uma localidade chamada Vila Milani, que se intitula a Capital Mundial da Fé.

Igrejas católicas dissidentes

• Igreja Anglicana Missionária do Redentor (Região Nordeste)
• Igreja Apostólica Episcopal
• Igreja Católica - Padres Clementinos (Região Santana de São Paulo)
• Igreja Católica Apostólica Carismática (Campinas -SP)
• Igreja Católica Apostólica Carismática (Santa Catarina)
• Igreja Católica Apostólica Carismática (Sorocaba – SP)
• Igreja Católica Apostólica Cristã
• Igreja Católica Apostólica de Jerusalém
• Igreja Católica Apostólica Ecumênica Contemporânea
• Igreja Católica Apostólica Livre do Brasil
• Igreja Católica Apostólica Missionária de Evangelização
• Igreja Católica Apostólica Nacional
• Igreja Católica Apostólica Nordestina
• Igreja Católica Apostólica Tributária
• Igreja Católica Carismática (Belém - PA)
• Igreja Católica da Primeira Ordem
• Igreja Católica Ecumênica
• Igreja Católica Ecumênica do Brasil
• Igreja Católica Ecumênica Renovada (Lorena - SP)
• Igreja Católica e Apostólica Reunida no Brasil - SP
• Igreja Episcopal Latina do Brasil
• Santa Igreja Velha Católica

Igrejas católicas ortodoxas

• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa - Patriarcado do Brasil
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Americana
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Brasil
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Ocidental
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Militante
• Igreja Católica Apostólica Ortodoxa Unida - Eparquia Mundial (Maranhão)
• Igreja Ortodoxa Católica Apostólica Militante (Bahia)

Congregações

• Congregação de São José
• Congregação dos Missionários de Cristo Sacerdote Eterno
• Congregação dos Missionários de Jesus
• Congregação dos Missionários de Jesus Peregrino
• Congregação dos Padres Clementinos (Osasco – SP)
• Congregação dos Padres da Divina Providência
• Congregação dos Sagrados Corações
• Congregação Missionária de São Marcos Evangelista ( Sociedade Missionária de São Marcos Evangelista)
• Sacra Congregação Ecumênica Jesus Divino Redentor

Ordens

• Ordem de Santo André
• Ordem dos Missionários Mensageiros do Verbo Divino
• Ordem dos Santos Padres Católicos Apostólicos Ortodoxos

Quer conhecer a verdadeira Igreja de Jesus Cristo? LEIA A BÍBLIA!

“Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus.” (Mateus 22:29)

“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR”. (Oséias 6:3a)

“Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança.” (Romanos 15:4)

“Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra de bom grado, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17:11)

“E que, desde a infância, sabes as Sagradas Letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. ” (2 Timóteo 3:15)

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17)

“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32).


Lista das diversas subdivisões católicas (um verdadeira colcha de retalhos):
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