Quem nunca ouviu de alguém, em meio a uma conversa que flui para o lado religioso, a expressão "religião não se discute''?
Ou talvez um "Deus olha o coração'', normalmente dito por quem sequer tem afinco na obra e na fé em Deus?
Ou quem sabe o "não julgue para não ser julgado".
Não é raro ouvir isso, não é mesmo?
E o interessante é que, normalmente são expressões ditas por quem não é cristão, não vive uma vida para Deus, com Deus, e usam tais expressões para não permitir que um conceito ou ato errado seja corrigido ou criticado.
Analisando cada um dessas expressões, vemos que por trás da ''beleza'' de mencioná-las, há erros básicos:
1) Religião (bem como futebol e política) não se discute:
Primeiro que, isto deixou de ser verdade há tempos, pois política é discutível, senão sem informação e discussão sobre o que é viável, todos se tornam meros leigos, fantoches do sistema político. Atualmente só é fantoche quem quer neste meio.
Futebol então, é mais discutido que política ultimamente.
Mas e religião?
Me lembrei de um ocorrido estes dias em que um rapaz mencionou que ele pode fazer o que quiser da vida, pois Deus deu o livre arbítrio, e que ele sendo batizado em uma igreja (não me recordo o nome) já estaria desta forma, salvo. Porém quando lhe perguntei se ele leu o versículo todo do ''tudo é permitido, mas nem tudo convém'', ele simplesmente veio com este jargão "religião não se discute", embora eu seja da mesma religião que ele diz seguir.
Oras, " Ora, Paulo segundo o seu costume, foi ter com eles; e por três sábados discutiu com eles as Escrituras...Ele discutia todos os sábados na sinagoga, e persuadia a judeus e gregos." (Atos 17:2 - 18:4).
Claro que o "discutir as Escrituras'' que Paulo fazia, e que devemos fazer, não tem relação com discutir a ponto de ir contra sua inerrância, ou discutir para forçar a outra pessoa a acreditar.
Afinal, já sabemos que não por força, nem por violência, mas sim pelo Espírito Santo de Deus que a pessoa é convencida da verdade.
Mas a discussão de Paulo era com o intuito de ampliar o conhecimento a respeito das Escrituras e ensiná-las aos outros.
Então, religião, mais especificamente, as Escrituras, pode ser discutida, para poder ser ensinada sim!
Afinal, já sabemos que não por força, nem por violência, mas sim pelo Espírito Santo de Deus que a pessoa é convencida da verdade.
Mas a discussão de Paulo era com o intuito de ampliar o conhecimento a respeito das Escrituras e ensiná-las aos outros.
Então, religião, mais especificamente, as Escrituras, pode ser discutida, para poder ser ensinada sim!
2) Deus olha o coração
Não vou discordar desta afirmativa, pois Deus olha no seu coração para saber onde ele está, no que seu coração tem foco. (1 Samuel 16:7 , 1 Crônicas 28:9))
Se está em bens materiais, no namorado, na profissão.
Pois o coração, segundo a bíblia, deve estar em Deus.
Mas é interessante notar que, normalmente quem menciona isso é alguém que não tem uma vida cristã, então já lança esse jargão ao ar para parecer que é super culto com relação a vontade de Deus, e para parecer que tem o coração que agrada a Deus.
O problema que nem sempre é assim.
Para esta afirmativa, quando feita por alguém que anda fraco na fé e nas obras, há uma resposta simples: Sim, Deus olha o coração. Mas Ele quer que o coração esteja voltado para Ele, sem estar pecando propositalmente, e achar que Deus está contente com o que se encontra no seu coração.
Afinal só boas obras não salva ninguém. E a fé te obriga a fazer obras e andar conforme a vontade de Deus.
3) Não julgueis para que não sejas julgado
E antes que alguém mencione isto para mim ao ler o tópico 1 e 2, já vou explicar a má aplicação do versículo de Mateus 7:1.
Normalmente este versículo é mencionado como forma de coibir o outro de expressar sua opinião sobre uma atitude, palavra alheia. Mesmo que está pessoa esteja tentando mostrar um caminho, uma resposta mais plausível para a situação em questão.
Mas Jesus diz para não julgar conforme a aparência das coisas, mas julgar segundo a reta justiça (João 7:24), ou seja julgar conforme a Palavra de Deus.
O que estiver contra pode ser julgado, exposto o erro para assim ser corrigido.
Afinal como os cristãos poderiam então corrigir o que é mal, já que, em ''teoria leiga'', não se pode julgar nada nem ninguém.
Pode julgar, mas conforme as diretrizes bíblicas.
Não é pra sair ofendendo e discriminando a esmo, mas basear-se nas Escrituras e procurar falar a verdade contida nela é o correto.
O correto é ser humilde, usando a Palavra de Deus para abrir os olhos das pessoas quanto à verdade(1 Coríntios 4:6), para que elas venham a se arrepender dos pecados, buscar o caminho de Deus, mediante a Fé em Cristo.
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