O adventismo afirma, pela “profetisa” Ellen e por Spicer, respectivamente, que: “Os que descem à sepultura estão em silêncio. Não mais sabem de coisa alguma que se faz debaixo do sol (Jó 14.21). Bendito descanso para o justo cansado! Seja longo ou breve o tempo, não é para eles senão um momento. Dormem, e são despertados pela trombeta de Deus para uma imortalidade gloriosa”(1). “O Estado a que somos reduzidos pela morte é de silêncio, de inatividade e de inteira inconsciência”(2).
Pressupostos biopsíquicos
A doutrina do “Sono da Alma”, dormente no corpo decomposto, física e quimicamente dissolvido e reintegrado aos elementos originais (pó da terra), é uma heresia antiga. Na Idade Média defendiam-na os psicopaniquianos. Pregavam-na alguns grupos anabatistas no tempo da Reforma. O irvingitas ingleses ensinavam-na (3). Alguns teólogos liberais defendem-na. Os adventistas tomaram-na, converteram-na em dogma e a popularizaram.
Filosoficamente, fundamenta-se tal conceito em dois princípios antropofísicos:
1) A alma é simples respiração vital do corpo, não podendo ter existência e expressão independentemente dele.
2) A consciência, o raciocínio e a compreensão são funções cerebrais. Morto o cérebro, ficam liquidadas a cognição e a volição, e a alma, na concepção adventista, entra em estado de inatividade completa.
Em oposição ao argumento materialista de que o espírito não se expressa sem cérebro, A Revelação nos ensina: Deus é Espírito incorpóreo dotado de inteligência e vontade (João 4:24). Os anjos são igualmente incorpóreos, porém, inteligentes, ativos e perceptivos. Também as almas ou espíritos humanos desencarnados levam para a existência, no estado intermediário entre a morte a ressurreição, a vitalidade consciente e a expressividade volitiva, isto é, conservam todos os elementos racionais de um ser inteligente e espiritualmente dinâmico. Sobre esta questão, falaremos depois.
Pressupostos bíblicos
Os adventistas citam muitos textos bíblicos, especialmente do Velho Testamento, para “provarem” a psicopaniquia. Os textos avocados, porém, não falam de “sono da alma”; descrevem, ou a inatividade do morto ou, analogicamente, comparam a morte ao sono do homem, ser uno e integral no conceito veterotestamentário, não separadamente de sua alma. Cristo, por exemplo, disse que seu amigo Lázaro havia “adormecido”. Ele não afirmou, como induzem os adventistas, que “a alma de Lázaro” dormia. Incompreendida, por seus discípulos, sua linguagem figurada (João 11.12-13), o Mestre falou claramente: “Lázaro morreu”(Jo 11.14). Aqui, incontestavelmente, é sinônimo de morte. E se “sono” é igual a “morte” neste caso, deduz-se que deve ser em todos os outros em que a palavra “sono” seja usada para significar “morte”. Lembremos que a morte de Lázaro aconteceu, segundo os planos divinos, para que o Filho de Deus revelasse seu poder sobre a morte e fosse glorificado (João 11.4), não sobre um suposto sono. Um caso semelhante de morte de quem se destina à ressurreição preordenada por Cristo é a da filha de Jairo. Sobre ela também Jesus afirma: Ela não está morta, mas dorme (Lucas 8.52; leia: 8.49-56). Mais uma vez, repetimos, o Salvador não disse: a alma da menina dorme, mas: “ela não está morta, mas dorme”. A tese de que “a morte dos que se destinam à ressurreição” pode ser comparada a um sono, pois seus corpos não permanecerão indefinidamente sob o seu poder, vale para entendermos Paulo, quando se refere à ressurreição dos justos: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem”(I Tessalonicenses 4.13-15). A morte dos justos, cujos corpos aguardam a ressurreição prometida e garantida por Cristo para a vida eterna glorificada, é comparada a um sono. Foi nessa convicção que Estevão “adormeceu”(Atos 7.60). A analogia com a morte e a ressurreição temporária de Lázaro e da Filha de Jairo é pertinente. Não se diz, no Novo Testamento, do ímpio morto que ele “dorme”. No Antigo Testamento, em que a doutrina da ressurreição não estava bem desenvolvida e, portanto, não fazia parte da confissão de fé de Israel, o verbo dormir usou-se para significar a morte de justos e injustos (Daniel 12.12). Há, porém, um problema exegético, que nos impede de firmar doutrina sobre este texto: Daniel fala da ressurreição de “muitos”, não de “todos” os mortos. Daniel não fala de “dormência da alma”, mas de “dormência do homem”. A esperança da ressurreição leva-nos a considerar a morte um estágio temporário de separação corpo-alma, um “sono” analógico. O mesmo não acontece com os réprobos, cujas almas aguardam a ressurreição para juízo final; e, portanto, não a desejam, não depositam nela qualquer esperança.
Os textos do Saltério servem mais as Testemunhas de Jeová, para os quais a alma não passa de “respiração” de homens e de animais, que para os adventistas, que defendem sua existência e permanência, mesmo em condição de sonolência durante o período intermediário, pois falam do morto como inexistente. Ei-los:
"Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?" (Salmo 6.5)
"Poupa-me, até que tome alento, antes que me vá, e não seja mais." (39.13)
"Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura. Estou contado com aqueles que descem ao abismo; estou como homem sem forças,livre entre os mortos, como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais te não lembras mais, e estão cortados da tua mão. Puseste-me no abismo mais profundo, em trevas e nas profundezas. Sobre mim pesa o teu furor; tu me afligiste com todas as tuas ondas. (Selá.) Alongaste de mim os meus conhecidos, puseste-me em extrema abominação para com eles. Estou fechado, e não posso sair. A minha vista desmaia por causa da aflição. SENHOR, tenho clamado a ti todo o dia, tenho estendido para ti as minhas mãos. Mostrarás, tu, maravilhas aos mortos, ou os mortos se levantarão e te louvarão? (Selá.) Será anunciada a tua benignidade na sepultura, ou a tua fidelidade na perdição? Saber-se-ão as tuas maravilhas nas trevas, e a tua justiça na terra do esquecimento? Eu, porém, SENHOR, tenho clamado a ti, e de madrugada te esperará a minha oração." (88.3-13)
"Se o SENHOR não tivera ido em meu auxílio, a minha alma quase que teria ficado no silêncio." (94.17)
"Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio." (115.17)
"Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos." (146.4).
Há adventistas que sustentam a mesma doutrina russelita: a alma é um “fôlego de vida”, extinguindo-se, portanto, com a morte. Neste caso, não podem falar de ressurreição, mas recriação. Os salmos 94.17 e 115.17, chamam o sepulcro ou sheol de “região do silêncio”: silêncio do “morto” não de sua “alma” separadamente. Veremos, a seguir, a “Consciência da Alma” depois da morte.
A Alma no estado intermediário
1. Estado de Consciência.
A morte, conseqüência do pecado, estabelece a temporária separação da unidade original “corpo-espírito” ou “corpo-alma”( pneumossoma ou psicossoma). Deus, por sua infinita misericórdia e inefável graça, não permitirá que os efeitos da Queda permaneçam danificando seus eleitos. Ele os reunificará, incorruptíveis, pela ressurreição do último dia. Enquanto, porém, perdurar a separação, o espírito, dado pelo Criador, ficará sob sua proteção, aguardando o dia da reunificação, quando se restabelecerá a condição ideal, conforme a criação. O espírito, provisoriamente separado de seu corpo pelo qual veio à existência e se expressou vitalmente como ser humano, tendo voltado para Deus (Ec 12.7), encontra-se, no “Seio de Abraão”, em pleno gozo de suas faculdades cognitivas e volitivas, esperando a promessa de sua idealidade, a plenitude de sua realidade final: humanamente perfeito no ser ressurreto.
Provas bíblicas da consciência do espírito ou alma
Do Velho Testamento:
“Tu me farás ver a vida; na tua presença há plenitude de alegria; na tua destra, delícias perpetuamente.” Não pode haver plenitude de alegria e delícias perpetuamente para uma alma dormente ou liquidada." (Salmo 16.11)
“Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória.” Deus recebe na glória quem “fica dormindo no túmulo?" (Salmo 73.24)
“Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos.” (Salmo 116.15). Seria preciosa ao Senhor um morto no sepulcro com sua alma dormindo nele, inexplicavelmente presa à matéria, somente saindo com ela na ressurreição?
“E o pó volte à terra, como era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Eclesiastes 12.7). Se volta a Deus, não fica dormindo ” no leito” do corpo dissolvido.
Do Novo Testamento:
Em Dt 31.16, Deus predisse que Moisés, em breve, estaria “dormindo” com seus pais. Na interpretação adventista, sua alma estaria dormente no sepulcro. No entanto, ele aparece, transfigurado, no Monte da Transfiguração:
“Apareceu-lhes Elias e Moisés, e estavam falando com Jesus.” (Marcos 9.4) Não consta que Moisés ressuscitou, maneira de se “despertar do sono”, conforme a tese adventista; e mais, falou com Jesus. Elias foi transladado (II Reis 2.11), mas Moisés “dormia”, com seus pais, isto é, estava morto. Como então apareceu “falando” com Jesus?
“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? (Mateus 22.32). E: Ele não é Deus de mortos, e sim, de vivos” (Mateus 8.11). Deus de vivos, não de almas letárgicas inconscientes ou totalmente liquidadas, presas aos elementos físicos de seus cadáveres.
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. (Lucas 23.34) No paraíso, isto é, no jardim do Rei, nos céus, não em sono sem sonhos na matéria putrefeita.
“Pai, na tua mão entrego o meu Espírito! E, dito isto, expirou”. (Lucas 23.46) Cristo, como verdadeiro homem e não uma fantasia humana, no conceito adventista, deveria entrar em profundo estado letárgico, entregar o seu espírito ao sono sepulcral. Pelo contrário, entregou-o ao Pai, levando com ele o companheiro de cruz para o Paraíso celeste: “Hoje estarás comigo no Paraíso.”
“Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.” (Filipenses 1.22-23) Partir e estar com Cristo, não ficar dormindo no leito tumular.
“Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (Leia II Coríntios 5.1-8). Deixar o corpo e habitar com o Senhor, certamente no seu Paraíso. A alma adventista, na verdade, não deixa o corpo: fica dormindo nele até a ressurreição.
"Foi e pregou aos espíritos em prisão.” (I Pedro 3.19). Espíritos que rejeitaram a mensagem de Noé para que conhecessem o Juiz de todos os seres humanos. Espírito vivos, conscientes, não almas dormentes.
“Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamavam em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgar, nem vingas o nosso sangue dos que habitam a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.” (Apocalipse 6.9-11). Almas conscientes e ativas sob a proteção de Deus, isto é, “debaixo do altar”, reclamavam a justiça divina sobre seus algozes. Cristo aconselha tais almas a aguardarem com paciência e tranqüilidade porque a solução final do julgamento somente aconteceria quando se completasse o número dos eleitos e mártires. Aqui se explicita claramente que as almas dos justos mortos vão para o altar celeste, onde ficam sob a proteção do Salvador. Lendo texto como este, ainda é possível acreditar na dormência ou inconsciência da alma?
“Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos”. (Apocalipse 20.4b) Almas dos que morreram por martírio, vivendo e reinando com Cristo durante mil anos.
Consciência no Céu e no Inferno
Jesus Cristo, o Verbo encarnado, Mestre incontestável, esclareceu-nos convincente e definitivamente sobre a situação consciente dos mortos, justos e injustos, no estado intermediário por esta extraordinária parábola, o Rico e Lázaro:
“Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele; e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico; e até os cães vinham lamber-lhe as úlceras. Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado. No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou em tormento nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos. E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós. Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de não virem também para este lugar de tormento. Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. Mas ele insistiu: Não, Pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. (Lucas 16.19-31)
Negar esta parábola com o objetivo de rejeitar a situação dos mortos no estado intermediário é menosprezar a revelação direta sobre a matéria, feita pelo próprio Deus encarnado em Jesus Cristo. Deturpar-lhe o significado, como fazem alguns, é corromper a Palavra de Deus. Aceita nos seus termos, como realmente deve ser, ficam estabelecidas as seguintes doutrinas, rejeitadas pelos adventistas:
Na morte, Corpo e Alma separam-se: “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado” (v. 22). Cristo, pois, não defende a tese adventista de que a alma fica dormindo com o corpo: separa-se dele. Tal separação, porém, dura somente enquanto durar o “Estado Intermediário”, que será interrompido pela ressurreição tanto de justos como de injustos, e num único dia. Os justos ressuscitarão para o gozo eterno; os ímpios para o juízo eterno.
As Almas ativas e Conscientes: Vejam as atitudes volitivas e cognitivas da alma do rico:
1) Ver: “Levantou os olhos e viu”(v. 23)
2) Clamar: “Pai Abraão…” (v. 24)
3) Requerer: “Manda a Lázaro…” (v. 24)
4) Sentir: “Estou atormentado” (v. 24)
5) Interceder: “Imploro que o mandes à minha casa paterna (v. 27)
6) Discutir com Deus (Abraão na parábola): “Não, Pai Abraão; se alguém dos mortos for ter com eles, arrepender-se-ão." (v. 30).
Quer uma alma mais consciente e ativa que essa? O rico, certamente, preferiria o “sono”, mas isto não lhe foi possível.
Céu e Inferno: Jesus ensinou a existência do Céu, onde Lázaro recebe o consolo divino, repousado no seio de Abraão, isto é, como convidado privilegiado do Pai (vs. 22 e 25), aguardando dias melhores ainda, quando a idealidade humana completar-se na ressurreição; e do Inferno (hades), onde o rico se encontra em tormento (vs. 22-23 e 25), aguardando dias piores.
Castigo Eterno: ” Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebestes os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; e tu, em tormentos” (vs. 25). O castigo imposto à alma pela justiça divina no Hades, continuará na Geena depois da ressurreição.
Os que pregam o “sono da alma” no tempo intermédio entre a morte e a ressurreição e, portanto, a sua inconsciência; os que proclamam a “inexistência” do inferno e das penalidades eternas, gostariam que a Parábola do Rico e Lázaro não constasse dos escritos sagrados, mas não são poucas as tentativas de negar-lhe a autoridade doutrinária com a alegação de que Jesus não a contou para falar da vida futura no Estado Intermediário. Impossível, porém, negar o inegável.
Conclusões sobre o estado intermediário e final da alma
As Almas dos Justos Estão no Céu:
A) O ex-ladrão convertido na cruz foi convidado por Cristo a estar com ele no Paraíso imediatamente após a morte (Lucas 23.43). E o Paraíso é o Céu: Conheço um homem em Cristo que, há quatorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe); e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe), foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir” (II Coríntios 12.2-4).
B) As almas dos redimidos, aperfeiçoadas, estão incluídas no rol da Igreja celeste: “À universal assembléia e Igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, Juiz de todos, aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hebreus 12.22b,23).
As Almas dos Ímpios estão no Inferno:
Veja a situação da alma do rico (Lucas 16.23,25). Compare o ensino do divino Mestre na parábola do Rico e Lázaro com o que nos revela a Bíblia. (I Pe 3.19-20; II Pe 2.9).
Punição eterna: A bênção do salvo é eterna, mas a maldição do réprobo também é eterna; começa no Estado Intermediário com o tormento do Hades, continua no fogo da Geena, depois de ressurreto. Sobre as penalidades eternas, ouçamos o Mestre dos mestres: “Se a tua mão te faz tropeçar, corta-a; pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno, para o fogo inextinguível [ onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E se teu pé te faz tropeçar, corta-o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres lançado no inferno [ onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga]. E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo os dois, seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme nem o fogo se apaga” (Marcos 9.43-48). O fogo e a imundícia do Vale de Hinom são tomados por Cristo para ilustrar o castigo eterno dos ímpios. Mais duas sentenças de Cristo: “Então, o Rei dirá também aos que estiverem à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos” (Mateus 25.41). “E irão estes para o castigo eterno, porém, os justos, para a vida eterna." (Mateus 25. 46; cf. Daniel 12.2; Mateus 5.22; 8.11-12; 18.8-9; Lucas 3.17; Hebreus 10.27; Judas 7; Apocalipse 19.20; 20.10,14-15; 21.8).
Nada, segura e indiscutivelmente, há no Novo Testamento sobre: dormência da alma, inexistência do inferno; extinção dos ímpios. Para nós, a Escritura é a única regra de fé; para os adventistas: a Bíblia, como documento de confirmação, e a Palavra canônica de Ellen White (terceiro testamento), como revelação fundamental, são “regras de fé”.
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(1)- White, Ellen, “O Conflito dos Séculos” 11ª Ed., C. P. Brasileira, SP, 1972, pág. 549).
(1)- White, Ellen, “O Conflito dos Séculos” 11ª Ed., C. P. Brasileira, SP, 1972, pág. 549).
(2)- Spicer, citado por J. K. Van Baalen em “O Caos das Seitas”, Imprensa Batista Regular, 2ª Ed, 1974, S.P., pág. 151.
(3)- Berkhof, Louis, Teologia Sistemática, Luz Para o Caminho, 4ª Ed., 1996, S.P, pág. 695.
Onezio Figueiredo
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