E. G. White, profetisa e baluarte da Igreja Adventista têm nos seus escritos grande credibilidade e admiração por todos os membros desse movimento. Diz, em êxtase, o autor do livro “Sutilezas do Erro” (pág.35) – “… Os testemunhos orais ou escritos da Sra. White preenchem plenamente este requisito, no fundo e na forma. Tudo quanto disse e escreve foi puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato”.
A Palavra de Deus diz que de uma mesma fonte não pode proceder a benção e maldição ao mesmo tempo (Tiago 3:10-12) – ou é de Deus ou não é.
Como nos informou certo adventista, “se um elo da corrente está podre, toda corrente está comprometida”. Este raciocínio é correto e vamos aplicá-lo em nosso caso, pois entendendo que a inerrância só pertence a Deus e a Sua Palavra e não a um líder religioso. Se provarmos que a Sra. White errou em um ponto, isso comprometerá toda a teologia estribada nessa profetisa. Além do que ela pode ter errado em pontos de grande relevância e até comprometido a vida eterna de alguém.
Em seu livro “O Futuro Decifrado” Ed. 32, p. 36, Editora Verdade Presente, White narra o seguinte: Em 1833… apareceu o último dos sinais prometidos pelo Salvador como indícios do seu segundo advento. Disse Jesus: “estrelas cairão do céu” (Mateus 24:29). E João, no Apocalipse declarou, ao contemplar em visão as cenas que deveriam anunciar o dia de Deus: “E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte” (Apocalipse 6:13). Esta profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833, conclui Ellen White.
Aqui percebemos como a profetisa adventista se preocupa em fazer uma cronologia de eventos e acontecimentos que se encaixe na “profecia” de 22 de outubro de 1844 – dia marcado pelos adventistas para a volta de Cristo. Ela citou uma profecia escatológica isolada e a usou para florear a doutrina do suposto advento, fazendo uso de um acontecimento astronômico corriqueiro. Esse advento foi chamado mais tarde de “Juízo Investigativo”, onde Jesus teria saído do “Santo Lugar” e entrado no “Santíssimo” (referindo-se ao Templo judaico). Até hoje esse ensino é amplamente difundido em seus livros tentando mostrar que aquele engodo teve fundamento. Não só a doutrina da volta de Cristo e o “Juízo Investigativo” estavam errados, mas também os fatos astronômicos citados pela Sra. White e admitido pelos atuais adventistas como “cientificamente corretos”.
Tivemos a alegria de escrever para o “Planetário e Escola Municipal de Astrofísica” de São Paulo sobre o fato descrito pela Sra. White e ficamos surpresos com o que obtivemos. É claro que através da Palavra de Deus já sabíamos que o fato era enganoso, mas depois da carta recebida, percebemos que usar esse argumento até hoje é abusar da ingenuidade cultural do povo brasileiro. Apresentamos abaixo alguns motivos conclusivos para não aceitar a ideia de E.G. White de que tal chuva de meteoros foi o último sinal antes da vinda de Cristo:
1) Ela associa a chuva de meteoros ao texto de Apocalipse 6:13, mas se esquece que o v. 14 está dentro de um contexto e se um fato ocorreu o outro também teria que ter ocorrido. Vejamos então o que nos diz o v.13 e 14: ” E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares”. É fato que o verso 14 não ocorreu, pois todas as ilhas e montes ainda estão intactos, mostrando que esta teoria adventista está equivocada. Sabemos que o verso 14 não ocorreu e por conseqüência o verso 13 também não. Isso deveria ser de breve compreensão entre os adventistas, mas o problema é a afirmação da inerrante profetisa E.G. White que diz: “Esta profecia teve notável e impressionante cumprimento na grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1833″. Se E.G. White disse que teve cumprimento a referida profecia, como dizer o contrário? Como desmentir ou corrigir a edificadora e codificadora das doutrinas da Igreja Adventista? Esse é o dilema!
2) De acordo com o “Planetário e Escola Municipal de Astrofísica” de São Paulo esse evento ocorre com essa intensidade de 33 em 33 anos. Leiamos a carta que nos foi enviada: “… Apesar de a "Leonídea" (chuva de meteoro) ocorrer anualmente, em intervalos de 33 anos, aproximadamente, as chuvas são mais intensas, fato vinculado ao cometa com a qual os Leonídeos estão associados: O Tempel (1866), cujo período orbital é de 32,2 anos.” Ou seja, assim como o cometa de Halley não é um evento apocalíptico, também não o é a chuva de meteoros. Esse evento não pode ser considerado como sinal antes da volta de Cristo!
3) Há registros desse acontecimento desde o ano 902 d.C. e sendo assim desqualifica esse evento como “sinais iminentes da volta de Cristo”. O que percebemos é que os adventistas querem mistificar o dia 22/10/1844, sendo que o evento de 1833 se encaixou na ideia da volta de Jesus Cristo. A Sra. White só não imaginava que num futuro próximo a sua teoria a colocaria como uma falsa profetiza. Vejamos: “Há registros de sua ocorrência desde o ano de 902 de nossa era. Entretanto, somente a partir do final do século XVIII é que os registros são mais freqüentes, provavelmente pelo fato dos astrônomos profissionais e amadores terem sido despertados…”.
A Sra. White errou no fato descrito acima e se qualquer estudante da Bíblia observar as doutrinas adventistas perceberá que em muitas doutrinas eles andam equivocados. Só pelo fato descrito acima, podemos qualificar E.G. White como falsa profetisa, pois assim diz a Palavra de Deus: “Mas o profeta que tiver a presunção de falar em meu nome alguma palavra que eu não tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. E, se disseres no teu coração: Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás” (Deuteronômio 18:20-22).
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