Para os Adventistas os livros e escritos da Sra. White são sagrados e por isso os adeptos desse movimento são incentivados à leitura desses sacros escritos. Ellen G. White é venerada pelos adventistas!
Parece-me que a maioria dos membros da Igreja Adventista não conhece certas citações um tanto desconcertantes ensinadas pela Sra. White e pretendemos explicitar nesse pequeno escopo.
Vejamos:
“Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer à sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida”. (Veja o Livro – “Mensagens Escolhidas – vol.2″ CPB, Sto. André, SP – 1985 nas páginas 343 e 344).
E ainda:
“Todas as espécies de animais que Deus havia criado foram preservadas na arca de Noé. As espécies mescladas que Deus não criou, e que foram o resultado de amalgamas (mistura de raças), foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgama (mistura de raças) entre seres humanos e bestas , como pode-se ver … em certas raças de homens” (Ellen G White em Spiritual Gifts, Edição de 1864 e tornou a ser publicado em Spirit of Prophecy na Edição de 1870).
“Todas as espécies de animais que Deus havia criado foram preservadas na arca de Noé. As espécies mescladas que Deus não criou, e que foram o resultado de amalgamas (mistura de raças), foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgama (mistura de raças) entre seres humanos e bestas , como pode-se ver … em certas raças de homens” (Ellen G White em Spiritual Gifts, Edição de 1864 e tornou a ser publicado em Spirit of Prophecy na Edição de 1870).
Neste segundo texto, Ellen G White diz que há mistura de raças entre seres humanos e BESTAS.
Eu pergunto:
O QUE SERIAM ESTAS “BESTAS” que ‘cruzam’ com SERES HUMANOS? Será que ao declarar BESTAS Ellen G. White se referia a animais irracionais?
Se for este o caso, a Sra. White fez uma grave confusão, pois até hoje nunca se viu cruzamento de seres humanos com aves, répteis, felinos, equinos… Ou seja, animais. PELO MENOS A CIÊNCIA AINDA NÃO IDENTIFICOU TAL CRUZAMENTO!
Quem ou o quê seriam estas bestas com quem os seres humanos cruzaram? Será que seriam os negros? Ou haveria alguma “raça” nova entre seres humanos e os animais? Isso é muito estranho e sério! Essas afirmativas deveriam ser revistas, pois são descontextualizadas e cheias de ranço e preconceito!
Quem ou o quê seriam estas bestas com quem os seres humanos cruzaram? Será que seriam os negros? Ou haveria alguma “raça” nova entre seres humanos e os animais? Isso é muito estranho e sério! Essas afirmativas deveriam ser revistas, pois são descontextualizadas e cheias de ranço e preconceito!
A Igreja Adventista precisaria se posicionar diante desse quadro e assumir, se esse for o caso, que foi racista ou que a sua profetisa falhou e foi infeliz em seus comentários. O fato que uma coisa ou outra aconteceu e não dá pra negar as evidências.
É preciso lembrar que pela Constituição Brasileira – Artigo 3 – IV, racismo é um grave crime. Entendo que ao sustentar esse tipo de postura medieval a referida igreja fere os direitos humanos e a constituição brasileira.
Será que não seria o caso dos adventistas virem em público para se desculparem junto à comunidade negra? Afinal de contas, se o Papa João Paulo II pode se humilhar e pedir desculpas pelos erros dos Papas do passado, os adventistas deveriam ter a mesma humildade e reconhecer os erros da sua papisa. Ou será que os Adventistas concordam com E. G. White e acham que os negros são inferiores?
A grande incógnita nisso tudo é: A Sra. White conhecia o teor bíblico de amor, tolerância e misericórdia pregado por Jesus Cristo? Pois na Bíblia está escrito que: “Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34). Como encarar essas declarações arrepiantes e desprovidas de verdade como sendo inspiradas pelo Espírito de Deus? Como encarar isso como ensinamentos teológicos?
A grande incógnita nisso tudo é: A Sra. White conhecia o teor bíblico de amor, tolerância e misericórdia pregado por Jesus Cristo? Pois na Bíblia está escrito que: “Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34). Como encarar essas declarações arrepiantes e desprovidas de verdade como sendo inspiradas pelo Espírito de Deus? Como encarar isso como ensinamentos teológicos?
Será que já não basta o que a história nos registra de preconceitos e crimes contra os negros? Como pode a Igreja Adventista do Sétimo Dia, sendo uma igreja moderna, trazer em seu bojo doutrinário esse conceito estranho e tacanho?
Para mim o preconceito racial é inaceitável! Como arrazoar que o branco, ao casar-se com o negro, traria uma carga hereditária desfavorável aos seus filhos? Isso é um impropério sem fundamento científico e muito menos teológico.
Fico feliz que na Bíblia o negro sempre foi respeitado e amado por Deus. Até na hora da crucificação o escolhido para ajudar o Senhor com a sua cruz foi um negro (Marcos 15:21); quando o profeta Jeremias agonizava em um poço (Jeremias 38), Deus usou um negro para ajudá-lo; Salomão recebeu a Rainha de Sabá, que era negra, e Jesus Cristo elogiou a sua sabedoria (1 Reis 10; Mateus12:42)… Assim vemos como o negro é importante para o nosso Cristo. Sem contar que o Salvador da humanidade tinha em sua genealogia pessoas negras (Mateus 1).
O Senhor ama a todos, pois assim nos diz a palavra: Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres (quer negros); e a todos nós foi dado beber de um só Espírito (1 Coríntios 12.13 – parêntese do autor).
Não importa a cor da pele, somos um em Cristo Jesus, mas jamais poderíamos ser um em concordância com os Adventistas do Sétimo Dia.
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