Talvez alguém possa se indagar sobre qual a importância de se saber qual ou quem era a ponta pequena de Dn. 8:9 que diz: “Ainda de um deles saiu um chifre pequeno, o qual cresceu muito para o meio dia, e para o oriente, e para a terra formosa” (ARC)? É claro que para qualquer cristão isso não é de tão crucial importância, mas para a Igreja Adventista sim, pois partindo do Capítulo 8 de Daniel eles desenrolam uma teoria na qual chegam ao ano de 1844, dia que, segundo eles, Jesus Cristo mudou de lugar no céu e hoje está terminando a obra de salvação realizando o que eles chamam de “Juízo Investigativo” para ver quem será salvo. Por isso esse pequeno detalhe é muito importante para os adventistas, sendo que se a ponta pequena de Daniel 8 tem que ser o Império Romano para que a teoria adventista se encaixe. É uma pena que essa teoria seja tão frágil a exegese e aos estudos históricos, pois caso queiram sustentar essa tese os adventistas terão que fazer uma afirmativa não histórica afirmando que do império Grego-Macedônio surgiu o império Romano e isso não é fato nem bíblico e nem histórico. Vejamos então o contexto de Dn. 8:
* O Carneiro com Dois Chifres (Daniel 8:3-4): É o império Medo-Persa. “Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da média e da Pérsia” (vers. 20). O Chifre mais alto (vers. 3) é a Pérsia que na pessoa de Ciro em 550 a.C. rebelou-se contra os medos e tornou-se o líder do Reino.
* O Reino da Grécia: “O bode peludo é o rei da Grécia” (vers. 21). O Chifre notável do bode (vers. 5) é Alexandre o Grande, um dos homens mais brilhantes dos tempos antigos: Rei da Macedônia, fundador do helenismo, gênio militar e propagador da cultura grega. Foi ele o grande imperador que realizou grandes conquistas, sendo que em doze anos tinha o mundo aos seus pés. Morreu em 323 a.C. Em Babilônia, aos 33 anos de idade.
* A Divisão do Império de Alexandre: O império de Alexandre foi dividido em 4 após a sua morte conforme profetizado por Daniel (vers. 8). Essas quatro divisões correspondem em parte a Grécia, Turquia, Síria e Egito (vers. 22).
O Chifre Pequeno: Diz-nos o texto: “Ainda de um deles saiu um chifre pequeno, o qual cresceu muito para o meio dia, e para o oriente, e para a terra formosa” (ARC). Isso significa que de uma das ramificações do reino grego-macedônio deveria se levantar uma ponta ou um rei que se voltaria contra a “TERRA FORMOSA” ou Jerusalém. Todos os teólogos e historiadores que estudam Daniel são praticamente unânimes nessa questão ao admitirem ser essa ponta pequena o rei Antíoco Epifânio, embora a maioria acredita que Antíoco é um tipo de anticristo que ainda virá.
Poderia Roma ter emergido da Grécia?
A problemática de que essa ponta possa ser Roma é muito grande, pois teríamos de admitir que Roma emergiu da Grécia, o que seria uma inverdade absoluta. Isso é tão complicado que, ainda que inconsciente, é admito até pelo teólogo adventista que diz: “… O Chifre pequeno saiu de um dos Chifres do bode (Grécia). Como se pode dizer isso de Roma?”. Realmente não se pode dizer isso de Roma, pois não há evidência alguma de tal fato. Veja o que nos diz certo professor de história: “Na realidade, há evidências de que o Império Romano não saiu do Império Grego; a origem dos imperadores romanos é totalmente independente da cultura grega” (Prof. Wilson A. Ribeiro). Ou seja, isso derruba qualquer tese que se possa querer fazer sobre essa questão. Isso é tão verdade que o historiador renomado Flávio Josefo, escritor do famoso livro “História dos Hebreus”, relata o seguinte dessa ponta pequena e da profanação do templo judaico pelas mãos de A. Epifânio: “… Como o profeta Daniel tinha predito, quatrocentos e oito anos antes, dizendo clara e distintamente que o templo seria profanado pelos macedônios” (Livro História dos Hebreus; Ed. CPAD; pg. 291, grifo meu). O autor achou tão precisa a evidência que disse ser clara e distintamente. É obvio que Josefo, que viveu na época dos apóstolos sabia bem melhor do que nós o que estava afirmando. Talvez ele tivesse em mãos evidências que hoje não existam mais com relação a Antíoco Epifânio, pois ele faz uma afirmação muito convicta. Além disso, há críticos do Livro de Daniel querendo ridicularizar a obra escrita pelo profeta de Deus. E sabe por que? Pelo fato de se encaixar tão perfeitamente na história secular e pelos seus acontecimentos previsto tantos séculos antes dos fatos. Muitos, por isso, acreditam que o autor do livro de Daniel seja um pseudo Daniel e não o profeta bíblico (veja livro: Daniel na Cova dos Críticos – Mcdowell).
O Dr. Archer, professor de línguas antigas e judeu convertido ao cristianismo diz:
“… O leopardo de quatro asas dos capítulo 7 corresponde claramente ao bode de quatro chifres do capítulo 8; isto é, ambos representam o império grego que foi dividido em quatro depois da morte de Alexandre. A única dedução razoável a ser tirada é que existe dois pequenos chifres envolvidos nas visões simbólicas de Daniel. Um deles emerge do terceiro império e outro deverá emergir do quarto. Ao que parece, a relação é de tipo (Antíoco IV do terceiro reino)e antítipo (o anticristo que deverá surgir de forma moderna do quarto império). Esta é a única explicação que satisfaz todos os dados e que lança luz sobre Daniel 11:40ss, onde a figura do Antíoco histórico repentinamente se funde com a figura de um anticristo que virá no fim dos tempos”. Diz mais o Dr. Mcdowell: “O pequeno chifre do capítulo 7 derivou dos dez chifres do animal terrível representando o quarto império. Este pequeno chifre arranca três dos dez chifres. Em contraste, o pequeno chifre do bode foi quebrado e substituído por quatro outros. Essas são, evidentemente, representações diferentes, não pretendendo de maneira alguma reproduzir o primeiro reino, rei ou situação. Só as idéias preconcebidas mais obstinadas e praticamente ilógicas capacitam os críticos a equipararem esses dois pequenos chifres” (Daniel na Cova dos Críticos, pg. 34 – Ed. Candeia).
“… O leopardo de quatro asas dos capítulo 7 corresponde claramente ao bode de quatro chifres do capítulo 8; isto é, ambos representam o império grego que foi dividido em quatro depois da morte de Alexandre. A única dedução razoável a ser tirada é que existe dois pequenos chifres envolvidos nas visões simbólicas de Daniel. Um deles emerge do terceiro império e outro deverá emergir do quarto. Ao que parece, a relação é de tipo (Antíoco IV do terceiro reino)e antítipo (o anticristo que deverá surgir de forma moderna do quarto império). Esta é a única explicação que satisfaz todos os dados e que lança luz sobre Daniel 11:40ss, onde a figura do Antíoco histórico repentinamente se funde com a figura de um anticristo que virá no fim dos tempos”. Diz mais o Dr. Mcdowell: “O pequeno chifre do capítulo 7 derivou dos dez chifres do animal terrível representando o quarto império. Este pequeno chifre arranca três dos dez chifres. Em contraste, o pequeno chifre do bode foi quebrado e substituído por quatro outros. Essas são, evidentemente, representações diferentes, não pretendendo de maneira alguma reproduzir o primeiro reino, rei ou situação. Só as idéias preconcebidas mais obstinadas e praticamente ilógicas capacitam os críticos a equipararem esses dois pequenos chifres” (Daniel na Cova dos Críticos, pg. 34 – Ed. Candeia).
O QUE FEZ ANTÍOCO EPIFÂNIO?
Será que Antíoco se encaixa nas profecias do capítulo oito de Daniel? Vejamos:
A) – É dito que essa ponta peque emergiria do império Grego ou de uma das divisões do império de Alexandre. Então, ela emergiu do império Grego?
Sim, Antíoco foi o oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C.
Sim, Antíoco foi o oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C.
B) – Ele se levantou contra o Egito, pois se diz que essa ponta também se levantaria para o sul (vers.9)?
Também esse fato foi registrado. Diz-nos Flávio Josefo:
“A profunda paz (Daniel 8:25) que Antíoco gozava e o desprezo que ele tinha pela pouca idade dos filhos de Ptolomeu, que os tornava incapazes de tomar conhecimento das coisas, fê-lo conceber a ideia de conquistar o Egito. Declarou guerra, e entrou no país com um poderoso exército; foi diretamente a Pelusa, enganou o rei Filopator, tomou Mênfiz e marchou para Alexandria, para se apoderar da cidade e da pessoa do rei. Mas os romanos declararam-lhe que lhe faria guerra… ele foi obrigado a abandonar essa empresa…” (História dos Hebreus, pág. 286 – CPAD – parênteses do autor). A profecia se encaixa em Antíoco apesar dele não ter mantido sua conquista por muito tempo. Alguns argumentam que ele teria de ter “…prosperado no que lhe aprouver…”(vers. 24). Entretanto, devemos notar que a ênfase não era o Egito, mas a “Terra Formosa”.
Também esse fato foi registrado. Diz-nos Flávio Josefo:
“A profunda paz (Daniel 8:25) que Antíoco gozava e o desprezo que ele tinha pela pouca idade dos filhos de Ptolomeu, que os tornava incapazes de tomar conhecimento das coisas, fê-lo conceber a ideia de conquistar o Egito. Declarou guerra, e entrou no país com um poderoso exército; foi diretamente a Pelusa, enganou o rei Filopator, tomou Mênfiz e marchou para Alexandria, para se apoderar da cidade e da pessoa do rei. Mas os romanos declararam-lhe que lhe faria guerra… ele foi obrigado a abandonar essa empresa…” (História dos Hebreus, pág. 286 – CPAD – parênteses do autor). A profecia se encaixa em Antíoco apesar dele não ter mantido sua conquista por muito tempo. Alguns argumentam que ele teria de ter “…prosperado no que lhe aprouver…”(vers. 24). Entretanto, devemos notar que a ênfase não era o Egito, mas a “Terra Formosa”.
C) Teria Antíoco prosperado no intento contra a Terra Formosa? Teria prosperado no engano? Teria ele profanado o Templo?
Infelizmente sim. Esse tipo do anticristo fez coisas terríveis contra os pobres Judeus. A história nos conta fatos terríveis, muito tristes e dolorosos. Flávio Josefo diz:
"Dois anos depois, no vigésimo quinto dia do mês que os hebreus chamam de Casleu e os macedônios, Apeleu, na centésima quinquagésima terceira Olimpíada, ele voltou a Jerusalém e não perdoou nem mesmo aos que o receberam na esperança de que ele não faria nenhum ato de hostilidade. Sua insaciável avareza fez com que ele não temesse violar também a sua fé, para despojar o templo de tantas riquezas de que ele sabia que estava cheio. Tomou os vasos consagrados a Deus, os candelabros de ouro, a mesa sobre a qual se punham os pães da proposição e os turíbulos. Levou mesmo as tapeçarias de escarlate e os linhos finos, pilhou os tesouros, que tinham ficado escondidos por muito tempo; afinal, nada lá deixou. E para cúmulo de maldade proibiu aos judeus de oferecer a Deus os sacrifícios ordinários, segundo sua lei a isso os obrigava. Depois de ter assim saqueado toda a cidade, mandou matar uma parte dos habitantes e fez levar dez mil escravos com suas mulheres e filhos, mandou queimar os mais belos edifícios, destruiu as muralhas, e construiu, na cidade baixa, uma fortaleza com grandes torres, que dominavam o templo e lá colocou uma guarnição de macedônios, entre os quais estavam vários judeus maus e tão ímpios, que não havia males que eles não infligissem aos habitantes. Mandou também construir um altar no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma das coisas mais contrárias à nossa religião. Obrigou então os judeus a renunciarem ao culto do verdadeiro Deus, para adorar seus ídolos, ordenaram que se lhes a construíssem templos em todas as cidades e determinou que não se passasse um dia, que lá não se imolassem porcos. Proibiu também aos judeus, sob penas graves, que circuncidassem seus filhos e nomeou fiscais para vigiarem se eles observavam suas determinações, as leis que ele impunha, e obrigá-los a isso, se recusassem. A maior parte do povo obedeceu-lhe, fê-lo voluntariamente ou de medo; mas essas ameaças não puderam impedir aos que tinham virtude e generosidade, de observar as leis de seus pais; o cruel príncipe os fazia morrer, por vários tormentos. Depois de os ter feito retalhar a golpes de chicote, sua horrível desumanidade não se contentava de faze-los crucificar, mas enquanto respiravam, ainda fazia enforcar e estrangular, perto deles, suas mulheres e os filhos que tinham sido circuncidados. Mandava queimar todos os livros das Sagradas Escrituras e não perdoava a um só de todos aqueles em cujas casas os encontrava." (História dos Hebreus, pág. 287 – CPAD).
Infelizmente sim. Esse tipo do anticristo fez coisas terríveis contra os pobres Judeus. A história nos conta fatos terríveis, muito tristes e dolorosos. Flávio Josefo diz:
"Dois anos depois, no vigésimo quinto dia do mês que os hebreus chamam de Casleu e os macedônios, Apeleu, na centésima quinquagésima terceira Olimpíada, ele voltou a Jerusalém e não perdoou nem mesmo aos que o receberam na esperança de que ele não faria nenhum ato de hostilidade. Sua insaciável avareza fez com que ele não temesse violar também a sua fé, para despojar o templo de tantas riquezas de que ele sabia que estava cheio. Tomou os vasos consagrados a Deus, os candelabros de ouro, a mesa sobre a qual se punham os pães da proposição e os turíbulos. Levou mesmo as tapeçarias de escarlate e os linhos finos, pilhou os tesouros, que tinham ficado escondidos por muito tempo; afinal, nada lá deixou. E para cúmulo de maldade proibiu aos judeus de oferecer a Deus os sacrifícios ordinários, segundo sua lei a isso os obrigava. Depois de ter assim saqueado toda a cidade, mandou matar uma parte dos habitantes e fez levar dez mil escravos com suas mulheres e filhos, mandou queimar os mais belos edifícios, destruiu as muralhas, e construiu, na cidade baixa, uma fortaleza com grandes torres, que dominavam o templo e lá colocou uma guarnição de macedônios, entre os quais estavam vários judeus maus e tão ímpios, que não havia males que eles não infligissem aos habitantes. Mandou também construir um altar no templo e lá fez sacrificar porcos, o que era uma das coisas mais contrárias à nossa religião. Obrigou então os judeus a renunciarem ao culto do verdadeiro Deus, para adorar seus ídolos, ordenaram que se lhes a construíssem templos em todas as cidades e determinou que não se passasse um dia, que lá não se imolassem porcos. Proibiu também aos judeus, sob penas graves, que circuncidassem seus filhos e nomeou fiscais para vigiarem se eles observavam suas determinações, as leis que ele impunha, e obrigá-los a isso, se recusassem. A maior parte do povo obedeceu-lhe, fê-lo voluntariamente ou de medo; mas essas ameaças não puderam impedir aos que tinham virtude e generosidade, de observar as leis de seus pais; o cruel príncipe os fazia morrer, por vários tormentos. Depois de os ter feito retalhar a golpes de chicote, sua horrível desumanidade não se contentava de faze-los crucificar, mas enquanto respiravam, ainda fazia enforcar e estrangular, perto deles, suas mulheres e os filhos que tinham sido circuncidados. Mandava queimar todos os livros das Sagradas Escrituras e não perdoava a um só de todos aqueles em cujas casas os encontrava." (História dos Hebreus, pág. 287 – CPAD).
Vejam o que nos diz certo comentarista sobre este assunto:
“O vers. 9 identifica um agressor, um “chifre pequeno” ou uma “pequena ponta”. Os vers. 10-12 nos mostram que este inimigo e agressor atacará o Templo ou Santuário. O vers. 13, como já vimos, pergunta: “Até quando durará esse levante e profanação do santuário? Até quando vamos ficar sem o sacrifício costumado? E o vers. 14 responde: Até 2300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado (ou como diz a Bíblia de Jerusalém – “Será feita justiça, justificado ou feito justo”, o que ocorreu através de Judas Macabeus). É lógico que o vers. 13 faz uma pergunta que é elucidada no vers. 14. Desvincular Daniel 8:14 deste clamor “Até quando?”(do vers. 13) significa estar exegeticamente falando um grande impropério. Não podemos ter ao mesmo tempo o contexto e a interpretação adventista. Portanto, alusivo ao “Juízo Investigativo” e a “doutrina do Santuário”, a Igreja Adventista teve de fazer uma escolha – Aceitar o contexto de Daniel 8:14 de acordo com a Bíblia ou as doutrinas de E.G. White, e infelizmente eles escolheram a “pior parte” dessa teologia”. Por isso é muito mais seguro entender esta profecia como um fato ocorrido, mas que de alguma maneira se repetirá na pessoa do anticristo que virá sobre o mundo.
“O vers. 9 identifica um agressor, um “chifre pequeno” ou uma “pequena ponta”. Os vers. 10-12 nos mostram que este inimigo e agressor atacará o Templo ou Santuário. O vers. 13, como já vimos, pergunta: “Até quando durará esse levante e profanação do santuário? Até quando vamos ficar sem o sacrifício costumado? E o vers. 14 responde: Até 2300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado (ou como diz a Bíblia de Jerusalém – “Será feita justiça, justificado ou feito justo”, o que ocorreu através de Judas Macabeus). É lógico que o vers. 13 faz uma pergunta que é elucidada no vers. 14. Desvincular Daniel 8:14 deste clamor “Até quando?”(do vers. 13) significa estar exegeticamente falando um grande impropério. Não podemos ter ao mesmo tempo o contexto e a interpretação adventista. Portanto, alusivo ao “Juízo Investigativo” e a “doutrina do Santuário”, a Igreja Adventista teve de fazer uma escolha – Aceitar o contexto de Daniel 8:14 de acordo com a Bíblia ou as doutrinas de E.G. White, e infelizmente eles escolheram a “pior parte” dessa teologia”. Por isso é muito mais seguro entender esta profecia como um fato ocorrido, mas que de alguma maneira se repetirá na pessoa do anticristo que virá sobre o mundo.
D) Ele se engrandeceu até o exército dos céus (vers. 10)?
Sim, pois como já dissemos acima ele invadiu Jerusalém e atacou os judeus e seus exércitos. Diz nos o seguinte sobre isso o Dr. Antônio Gilberto:
“Essa passagem parece ser uma referência aos sacerdotes e levitas, se compararmos o conteúdo dos vers. 10 a 13.
Sobre as estrelas, comenta a Bíblia de Jerusalém:
“As estrelas são o povo de Deus – (Daniel 12:3; Mateus 13:43; 1 Coríntios 15:41).
Sim, pois como já dissemos acima ele invadiu Jerusalém e atacou os judeus e seus exércitos. Diz nos o seguinte sobre isso o Dr. Antônio Gilberto:
“Essa passagem parece ser uma referência aos sacerdotes e levitas, se compararmos o conteúdo dos vers. 10 a 13.
Sobre as estrelas, comenta a Bíblia de Jerusalém:
“As estrelas são o povo de Deus – (Daniel 12:3; Mateus 13:43; 1 Coríntios 15:41).
E) Ele se engrandeceu contra o príncipe dos exércitos (vers. 11)?
Também esse fato é ocorrido, pois isso é decorrente a invasão de Jerusalém. Veja o que nos diz o Dr. Baldwin em seu livro sobre Daniel:
Também esse fato é ocorrido, pois isso é decorrente a invasão de Jerusalém. Veja o que nos diz o Dr. Baldwin em seu livro sobre Daniel:
“Observe a expressão, ‘se engrandecia’ (vers. 4), ‘se engrandeceu sobremaneira’ (vers. 8), até que o orgulho mostrou o seu propósito último ao desafiar o príncipe tanto das estrelas como dos monarcas, o seu Criador e Deus. Este desafio tomou a forma de um ataque sacrílego ao Templo, tal como o que já uma vez havia tido lugar sob Nabudonosor. O sacrifício costumado (heb. Tãmîd): “o contínuo” é um termo técnico que se refere aos sacrifícios diários, da manhã e da tarde, prescritos em Êxodo 29:38-42. Por esta única palavra, todo sistema sacrificial é implicado. O "lugar do seu santuário foi deitado abaixo" representa uma boa tradução do estilo enigmático do escritor, com seus pronomes e preposições ambíguos. A palavra – lugar (mãkôm) – é reservada para habitação de Deus (1 Reis 8:30 – o céu, lugar da tua habitação – 2 Crônicas 6:2 – O TEMPLO). Um ataque ao local reservado para o culto a Deus equivale a um ataque ao próprio Deus. Ou seja, Epifânio afrontou o grande Jeová Sabaoth (Senhor dos Exércitos).
F) Epifânio foi especialista em intrigas?
Sobre isso comenta o seguinte o Dr. Walvoord em seu livro “Todas as Profecias da Bíblia” Ed. Vida:
“Daniel descreveu o governante nesta profecia como um rei feroz e especialista em intrigas (vers. 23). Ele afirmou: Grande é o seu poder, mas não por sua própria força (fato que não se pode dizer de Roma que era grande e poderosa por si mesma)… A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a Antíoco Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo, exerceu sua autoridade sobre o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de lá… Profanou Jerusalém e devastou o culto dos hebreus…”.
Diz ainda o Dr. Stamps:
“Usurpou o trono que por direito pertencia a Demétrio… Assassinou o sumo sacerdote Onias em 170 a.C… Seus tratados com outras nações eram eivados de intriga e engano. Apoiou Ptolomeu Filométor contra Ptolomeu Evérgetes por motivos egoístas. Atacava de improviso cidades ricas em tempo de paz. Seus ataques ao Egito foram bem sucedidos por que os que deviam ajudar o Egito não o fizeram, e Antíoco regressou à Síria com grandes riquezas”.
Sobre isso comenta o seguinte o Dr. Walvoord em seu livro “Todas as Profecias da Bíblia” Ed. Vida:
“Daniel descreveu o governante nesta profecia como um rei feroz e especialista em intrigas (vers. 23). Ele afirmou: Grande é o seu poder, mas não por sua própria força (fato que não se pode dizer de Roma que era grande e poderosa por si mesma)… A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a Antíoco Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo, exerceu sua autoridade sobre o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de lá… Profanou Jerusalém e devastou o culto dos hebreus…”.
Diz ainda o Dr. Stamps:
“Usurpou o trono que por direito pertencia a Demétrio… Assassinou o sumo sacerdote Onias em 170 a.C… Seus tratados com outras nações eram eivados de intriga e engano. Apoiou Ptolomeu Filométor contra Ptolomeu Evérgetes por motivos egoístas. Atacava de improviso cidades ricas em tempo de paz. Seus ataques ao Egito foram bem sucedidos por que os que deviam ajudar o Egito não o fizeram, e Antíoco regressou à Síria com grandes riquezas”.
G) Ele foi quebrado sem mão?
Sim, esse maligno monarca morreu de tanta infelicidade e tristeza. Diz Flavio Josefo:
“O rei Antíoco morre de tristeza por ter sido obrigado a levantar vergonhosamente o cerco da cidade de Elimaida, na Pérsia, onde ele queria saquear um templo consagrado a Diana e a derrota de seus generais, pelos Judeus”. (História dos Hebreus; Pág.292 – CPAD).
“O rei Antíoco morre de tristeza por ter sido obrigado a levantar vergonhosamente o cerco da cidade de Elimaida, na Pérsia, onde ele queria saquear um templo consagrado a Diana e a derrota de seus generais, pelos Judeus”. (História dos Hebreus; Pág.292 – CPAD).
H) Ele se envolveu com adivinhações (vers.. 23)?
Na verdade A. Epifânio nasceu no mais absoluto marasmo religioso pagão e não só em adivinhações, mas em todos os tipos de rituais pagãos de sua época. Ele foi um absoluto anticristo ou anti-Deus do Antigo Testamento. É por isso que sua figura é tão parecida com o do vindouro Anti-Cristo apocalíptico.
POR QUE ROMA NÃO PODERIA SER ESSA PONTA DE Daniel 8:9?
A) Como já dissemos o Império Grego nada tem haver com o Império Romano e não se pode dizer de forma alguma que o império Romano saiu do Grego. Quem argumenta isso o faz sem base histórica e, por conseguinte diz uma inverdade.
B) É dito que essa ponta “se fortalecerá, mas não pelo seu próprio poder”. Já Roma é conhecida pelo seu grandíssimo poder militar, e tudo que Roma conquistou foi com forças próprias.
C) A ponta de Daniel 8:9 se refere a uma pessoa e não a um império.
Apêndice
Veja o que nos diz o Pastor e Doutor Abraão de Almeida:
“Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio (ou Epífanes)… Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como ‘homem vil’ que não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Antíoco, o grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em toda a Palestina: ‘O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em nada. À proporção da sua glória, se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto… E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá, mandando-lhes que seguissem as leis das nações da terra. E proibissem que no Templo de Deus se fizessem holocaustos, sacrifícios, e ofertas em expiação pelo pecado. E proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem carne de porco. E reses imundas…’(1 Macabeus 1:41,46-50). Os registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus (levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes – Daniel 8:25) e sua morte por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi ‘quebrado sem esforço de mãos humanas’. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Daniel .8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião, intentou destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela, que profanassem o Sábado, as festividades e o santuário, construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que desobedecesse a palavra do rei, seria morto. A pressão de Antíoco sobre os Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu (dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo transformados em lugares de lúbricos bacanais (festas de orgias). Os que se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram, Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos Macabeus, repleta de atos heroicos. Os atos de bravura dos Macabeus acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem equipadas e esplendidamente treinadas tropas selêucidas. Antíoco, logo ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo (ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado, nascendo assim a ‘CHANUKAH’, festa da Dedicação – João 10:22”.
“Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio (ou Epífanes)… Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como ‘homem vil’ que não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Antíoco, o grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em toda a Palestina: ‘O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em nada. À proporção da sua glória, se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto… E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá, mandando-lhes que seguissem as leis das nações da terra. E proibissem que no Templo de Deus se fizessem holocaustos, sacrifícios, e ofertas em expiação pelo pecado. E proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem carne de porco. E reses imundas…’(1 Macabeus 1:41,46-50). Os registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus (levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes – Daniel 8:25) e sua morte por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi ‘quebrado sem esforço de mãos humanas’. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Daniel .8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião, intentou destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela, que profanassem o Sábado, as festividades e o santuário, construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que desobedecesse a palavra do rei, seria morto. A pressão de Antíoco sobre os Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu (dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo transformados em lugares de lúbricos bacanais (festas de orgias). Os que se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram, Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos Macabeus, repleta de atos heroicos. Os atos de bravura dos Macabeus acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem equipadas e esplendidamente treinadas tropas selêucidas. Antíoco, logo ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo (ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado, nascendo assim a ‘CHANUKAH’, festa da Dedicação – João 10:22”.
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