segunda-feira, 25 de julho de 2011

7 pontos que revelam o caráter exclusivista da seitária CCB




A revista DEFESA DA FÉ, edição de maio/junho de 2011, na página 52 apresenta “7 pontos que revelam o caráter exclusivista da CCB”. Relata a revista: “... apresentaremos alguns aspectos que reafirma mais detalhadamente o exclusivismo da CCB apresentado na edição anterior. Esclarecemos que não temos a pretensão de esgotamento desses aspectos... 

O que significa essa expressão citada na revista DEFESA DA FÉ “o exclusivismo da CCB”? 

O exclusivismo manifestado por parte de determinadas igrejas ou organizações religiosas revela a tendência de julgarem que elas são as únicas que estão dentro do padrão de uma religião cristã. E, assim sendo, apregoam que a salvação está condicionada a pertencerem ao seu meio, só entre os que se tornam associados ou membros dessas entidades religiosas. 

Quer dizer então que a CCB tem essa característica? Podia nos dizer o que a revista DEFESA DA FÉ aponta que justifique essa condição? 
Sim. Vamos citar um ensino dessa igreja esclarecendo que a CCB apresenta seus artigos de fé na última contracapa do seu hinário com o título Louvores e Súplicas a Deus número 4. Entretanto, há uma publicação chamada LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS, que é do conhecimento apenas dos anciãos líderes, e que são citadas nos cultos como sendo ‘revelações’ dadas por Deus. Ora, pregadas suas doutrinas secretas como sendo uma ‘revelação’ de Deus, a irmandade aceita sem questionamento. Vamos revelar um desses pontos de doutrina: “O Senhor nos guiou a somente considerar nossos irmãos aqueles que se batizam entre nós. Na obra de Deus não temos parentes nem amigos, todos somos iguais e quem não está na doutrina não é considerado como irmão, nem tem liberdade nos cultos.” Isso é característica de seita e podemos então declarar que a CCB é “seitária”. Estou usando uma palavra tal qual é usada pela irmandade, referindo-se a qualquer crente em Jesus fora da sua igreja. A palavra correta seria sectária. 

Que outro ponto de doutrina que também aparece nessas LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS?
“Os líderes da CCB ensinam aos membros a não se prenderem a um jugo desigual com os infiéis, apoiando sua exortação em 2 Coríntio 6.14: Mas, quem são os classificados como ‘infiéis” e estão em “trevas”, segundo eles? Naturalmente são os crentes evangélicos. Unir-se a um crente de outra igreja é considerado, pela CCB, jugo desigual. Isso constitui blasfêmia chamar um cristão de “infiel” e que está “em trevas”. Sem dúvida, é resultado do sectarismo reinante na CCB.

O que dizer da visitação a outras igrejas evangélicas por parte de alguém da irmandade? Como são vistos os que eventualmente fazem tais visitas?
Nem pensar. As LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS consideram que tal pessoa é cúmplice de pecado de morte. E citam I João 5:16 – “Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore.” Isso porque o ensino dos anciãos, mediante suas listas secretas, declara que as manifestações espirituais em igrejas diferentes da CCB são operadas por espíritos mundanos ou demoníacos. O que está atrás dessa proibição é o receio de que se inverta a situação e que a ‘irmandade’ observe que, nas igrejas evangélicas, se ensina a Bíblia e o medo de que os membros da CCB sejam expostos a ensinamentos bíblicos jamais pregados em seus cultos. Ademais, atribuir a manifestações demoníacas os cultos realizados nas igrejas evangélicas é algo parecido com o que fizeram os líderes judaicos nos dias de Jesus, atribuindo a Belzebu, príncipe dos demônios, os feitos milagrosos de Jesus ao expulsar demônios de pessoas possessas. 

É verdade que a CCB reivindica ter restaurado a igreja primitiva através de Louis Francescon, quando, em 1910, fundou a Congregação Cristã no Brasil?
Sim e dão o título de Restauracionismo a esse ensino que coloca Louis Francescon como o restaurador daquela igreja primitiva fundada por Jesus. É uma característica das seitas, da mesma forma que ocorreu com Joseph Smith Jr que conta sua história no livro “A Pérola de Grande Valor”, relatando que, sem saber a qual igreja a se filiar, foi orar num bosque, quando lhe apareceram duas pessoas identificadas como o Pai Celestial e seu Filho Jesus Cristo. Dirigiu-se a eles para saber a verdadeira igreja. Informado que não havia igreja verdadeira nos seus dias, fundou sua igreja hoje conhecida como Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Se Louis Francescon tivesse lido a Bíblia com mais freqüência e, mormente os anciãos que presidem por mais de 100 anos, já deveriam ter lido que a igreja fundada por Jesus nunca apostatou.

Afinal, Jesus fez uma declaração nesse sentido: Mateus 16.18 – “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” E que essa promessa de Jesus se cumpriu é testemunhada pelo apóstolo Paulo ao escrever em Efésios 3:21 –“A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém.” Ora, o texto é muito claro: Deus deve ser glorificado na igreja em todas as gerações e para todo o sempre. Logo, a apostasia apontada pela CCB nunca existiu. Se nunca existiu não poderia ter ocorrido a ‘restauração’ da Igreja em 1910 quando a CCB foi fundada. 

Quanta falta faz às pessoas que se esquecem das qualificações indicadas por Paulo para alguém que pretende ser ancião: I Timóteo 3:1 – “ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2 - Convém, pois, que 3 – “Não seja dado ao vinho e seja apto para ensinar;” Como atender a qualificação de Paulo se os anciãos e ensinam que a letra mata, referindo a leitura da Bíblia? Certamente, as LISTAS DE DOUTRINAS SECRETAS continuarão exercendo mais autoridade para a irmandade do que a mesma Bíblia. Isso, sim, é apostasia.






O pastor Natanael Rinaldi, 80 anos, é sem dúvida um dos maiores apologistas cristãos brasileiros

sexta-feira, 22 de julho de 2011

"Patriarca" Renê Terra Nova ungirá mil novos "apóstolos" (CACP)



Pela internet e com data de 4 de junho de 20 tomamos conhecimento de uma notícia incrível nos meios evangélicos. Passamos a ler: “A ordenação acontecerá no dia 19 de junho no Congresso Internacional da Visão Celular no Modelo dos 12 ordenação acontecerá no dia 19 de junho no Congresso Internacional da Visão Celular no Modelo dos 12 - Patriarca Renê Terra Nova ungirá mil novos apóstolos. O patriarca Renê Terra ordenará mil novos apóstolos durante o 14º Congresso Internacional da Visão Celular no Modelo dos 12 que acontecerá na cidade de Manaus a partir do dia 12 de junho. Em seu site o líder do Ministério Internacional da Restauração (MIR) convoca a todos para participarem desse evento que terá o tema “Conhecendo a Inteligência da Visão”. A ordenação dos novos apóstolos acontecerá no dia 19 de junho. “O dia 19 de Junho ficará na história! 1000 Apóstolos serão ungidos! Fecharemos um ciclo para dar início a um novo tempo… E, para isso, estaremos capacitando os que serão ungidos para o tempo da maturidade que será estabelecido.”



PR. NATANAEL: Como o irmão analisa essa notícia espantosa sobre a unção de um mil apóstolos pelo patriarca Renê?

Vejo nessa atitude dele manifestação de grandeza. Ele chega a declarar, “O dia 19 de Junho ficará na história! 1000 Apóstolos serão ungidos!”. Fazendo uma comparação entre Renê e Jesus, temos que concluir que Renê teve mais sucesso na sua vida do que o próprio Jesus. Jesus depois de certo tempo de ministério escolhe apenas 12 discípulos e os nomeia como apóstolos é o que diz o texto de Mateus 10.1 - E, CHAMANDO os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. 2 - Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão 10:3 - Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu; 4 - Simão o Zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu.” Entretanto, o patriarca Renê anuncia uma unção coletiva de mil apóstolos. Não está Renê Terra Nova, repito, com mais êxito no seu ministério do que Jesus?

E esse título de “patriarca” é próprio para um líder religioso em nossos dias?
De novo me refiro à manifestação de grandeza desse líder, que, diferentemente de todos os líderes evangélicos, chega a se considerar patriarca. Não tenho conhecimento de algum outro que tivesse essa pretensão.

Mas, quando alguém podia ser chamado de patriarca na Bíblia?
O Dicionário Bíblico Universal, publicado pela Editora Vida, diz-nos que “Patriarcas são Príncipes, chefes de família ou de tribos. O termo foi aplicado com um sentido especial no Novo Testamento a Abraão, Isaque, Jacó, aos filhos de Jacó e a Davi. No Antigo Testamento a expressão equivalente é em geral “príncipe da tribo”. Mas o título é, ordinariamente, dado àqueles que viveram antes do tempo de Moisés. Sob o regime patriarcal o pai de família, ou chefe de tribo, tinha autoridade suprema sobre seus filhos e servos. Ele não tinha que dar contas dos seus atos a qualquer superior terrestre, e por isso podia recompensar ou castigar, segundo a sua maneira de ver. Encontra-se isto inteiramente exemplificado nas vidas de Abraão, Isaque e Jacó.” Será que Renê Terra Nova está pensando que, com esses apóstolos todos, tornar-se um tipo de patriarca com os célebres homens de Deus do passado: Abraão, Isaque e Jacó?

Os discípulos de Jesus foram primeiro assim chamados e posteriormente foram tratados como apóstolos. Pergunto: quais as implicações que havia dos discípulos para com o seu Mestre, no caso, Jesus?

O uso no Novo Testamento dessa palavra discípulo implicava numa ligação mais profunda com o mestre do que hoje se dá de um aluno com o seu mestre ou professor. Antigamente, os discípulos não se sentavam só aos pés do mestre, havia um compromisso maior. Mateus 16:24 – “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; 25 - Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. 26 - Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Outros deveres de um discípulo: Lucas 14:26 – “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.27 - E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo.28 - Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?29 - Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,”

Será que os novos apóstolos do patriarca Renê Terra Nova já foram informados das responsabilidades atinentes ao seu novo cargo?

É muito comum gostarmos dos títulos que nos enobrecem, mas é difícil aceitar os compromissos decorrentes. É melhor chegar até o título de bispo ou pastor como disse Paulo e apontou as qualificações pra o exercício do cargo. I Timóteo 3:1 – “ESTA é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2 - Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3 - Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; 4 - Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia 5 - (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?)” 








O pastor Natanael Rinaldi, 80 anos, é sem dúvida um dos maiores apologistas cristãos brasileiros









sexta-feira, 8 de julho de 2011

Deus está em todo lugar? (CACP)





A revista Despertai!, edição de abril de 2011, na página 28 traz um artigo com o título DEUS ESTÁ EM TODO O LUGAR? e desenvolve o seguinte comentário: “Muitas pessoas acreditam que Deus é onipresente, ou seja, que ele está literalmente em todo lugar e em tudo. No entanto, o sábio Rei Salomão fez o seguinte pedido: “Que tu mesmo ouças desde os céus, teu lugar estabelecido na morada”. (I Reis 8.30). Portanto, segundo a Bíblia, Jeová Deus tem um lugar de morada. Salomão se referiu a esse lugar como "os céus".

PR. NATANAEL: Será que o Deus das tejotas é limitado a tal ponto que não possui o atributo da onipresença, e que esteja limitado a um lugar como se fosse um de nós, limitados dentro do nosso corpo físico, sem saber o que ocorre a algumas distâncias de nós?


Pelo que entendemos da declaração de sua revista Despertai! Citada parece mesmo que se trata de um deus estranho esse adorado por essa organização religiosa. 

O que significa a palavra teológica ONIPRESENÇA?


O vocábulo teológico ONIPRESENÇA se refere à natureza ilimitada de Deus ou à sua capacidade de estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Deus não é como os ídolos de pedra dos povos antigos, que estavam limitados a um altar ou templo específico. Deus se revela na Bíblia como o Senhor que está em toda parte. Salmos 139:7 – “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? 8 - Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 - Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 - Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 - Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. 12 - Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;”

O texto bíblico citado de I Reis 8.30 que diz ter Deus tem um lugar para sua morada no céu, impede que Deus não seja onipresente?

Depois de lermos o Salmo 139.7-12 como poderíamos aceitar que pelo fato de Deus ter um lugar para sua morada no céu, ele deixaria de ser onipresente? Muitos outros textos da Bíblia perderiam o seu significado se esse entendimento fosse correto. Como prova do que dizemos destacamos o atributo da onipresença de Deus sem que possa isso ser contestado. O discurso de Paulo em Atenas deixa claro. Diz ele: Atos 17:24 – “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; 25 - Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; 26 - e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação 27 - Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós; 28 - Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração.” Para melhor compreensão do texto lido destacamos o versículo 27 “... ainda que não está longe de cada um de nós”. Não seria óbvio que, para ele não estar longe de cada de um de nós em todo o mundo, só possuindo mesmo o atributo da onipresença é que isto poderia acontecer? E não vemos qualquer problema para Deus considerando que ele é espírito em sua natureza. E como espírito que ele está em todo lugar. Disse Jesus: João 4:24 – “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” 

Não é realmente paradoxal saber que, enquanto as tejotas fazem questão de pronunciar um dos nomes de Deus – Jeová– ao mesmo tempo em que ensinam uma heresia acerca da própria natureza de Deus negando sua onipresença?

Realmente paradoxal. O próprio Deus disse a Jeremias: "Sou eu apenas Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu o céu e a terra? diz o Senhor" (Jer. 23:23-24). E ainda Deus disse a Jó: "Quem prepara ao corvo o seu alimento, quando os seus pintainhos clamam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?" (Jó 38:41) Jó depois disse: que Deus "anda sobre as ondas do mar" (Jó 9:8); e: "Eis que ele passa junto a mim, e, não o vejo; sim, vai passando adiante, mas não o percebo" (Jó 9:11). Como poderia, portanto Deus encher o céu e a terra e preparar aos corvos que existem sobre a face de toda a terra o seu alimento, e andar sobre as ondas do mar, não importa se estas ondas estão no oceano Atlântico, no Pacífico, ou no Índico, e como poderia passar junto de nós sem que nós o percebêssemos, se Ele não fosse onipresente? O deus que servem as tejotas é um deus estranho e diferente do Deus da Bíblia.






O pastor Natanael Rinaldi, 80 anos, é sem dúvida um dos maiores apologistas cristãos brasileiros

















sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pecados Perdoados ou Pecados Cancelados? (CACP)


Se você, amigo leitor, fosse um cristão evangélico e recebesse a pergunta: você, quando aceitou o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor, teve pecados perdoados ou pecados cancelados? É óbvio que você responderia surpreso: “Mas, qual a diferença entre pecados perdoados e pecados cancelados? Entendo que pecados perdoados e pecados cancelados são expressões sinônimas. Tem o mesmo sentido, segundo a Bíblia”. Biblicamente falando você estaria plenamente correto. 

É o que mostra o Dicionário Vine, p. 867 no verbete PERDOAR:

PERDOAR: “denota, além dos seus significados, “remir” ou “perdoar”: (a) dívidas (Mt 6.12; 18.37,32, sendo estas completamente canceladas); b) pecados (por exemplo, Mt 9.2,5, 6; 12.31,32; At 8.22, “o pensamento do teu coração”; Rm 4.7; Tg 5.15; 1 Jo 1.9; 2.12). Neste último aspecto do verbo, como seu substantivo correspondente significa primariamente a remissão do castigo devido à conduta pecaminosa, a libertação do pecador da pena divinamente – e, portanto, justamente – imposta; em segundo lugar, envolve a remoção completa da causa da ofensa; tal remissão é baseada no sacrifício vicário e expiatório de Cristo.”

O QUE ENSINAM OS ADVENTISTAS

Como é notório entre os que conhecem a história do movimento adventista na América do Norte, o título adventista foi dado em decorrência do que é citado na formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia como O GRANDE DESAPONTAMENTO. A expressão O GRANDE DESAPONTAMENTO é usada no livro Fundadores da Mensagem, editado pela Casa Publicadora Brasileira para caracterizar o fracasso profético de William Miller, que, baseado em cálculos cronológicos com a passagem de Dn 8.14, anunciou, com grande estardalhaço, a segunda vinda de Cristo para 1843. Mudando, depois do primeiro fracasso profético, para 22 de outubro de 1844. Diz o livro: 

“O movimento do advento na América foi originado por homens que estavam desejosos de receber a verdade, quando esta a eles chegasse. Aceitaram-na sinceramente e segundo a mesma viveram, esperando sendo dentro em breve transladados. Depois do grande desapontamento todos caíram em trevas.” (Fundadores da Mensagem, p. 9 - Everett Dick, CPB).
Para que não paire dúvidas sobre o que acima citamos, temos o endosso do escritor Arnaldo Christianini, que afirma:
“E no século XIX, em 1844 surgiu nos Estados Unidos o movimento que, anos depois, teria a denominação de Adventistas do sétimo Dia, de âmbito mundial.” (Subtilezas do Erro, pág. 167)

SAÍDA ESTRATÉGICA


Não era de se esperar que esse movimento religioso chegasse ao fim com esses fracassos proféticos? Sim, era de se esperar. O que houve que justificasse o prosseguimento do movimento adventista?
Para escapar do vexame da falsa profecia surgiu um seguidor de Miller declarou que tivera uma visão corrigindo parte da interpretação de Miller. Chamava-se Hiram Edson que disse ter tido uma visão e passou a explicá-la:

“Vi distinta e claramente que o nosso sumo sacerdote, em vez de sair do lugar santo do santuário celeste, para vir a terra no dia do sétimo mês, ao fim dos dois mil e trezentos dias, entrava naquele dia (22 de outubro de 1844) pela primeira vez no segundo compartimento do santuário e tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes de voltar a terra.” (Administração da Igreja, p. 20, CPB). (o parêntese é nosso)

Como se lê, Hiram Edson teve uma visão e segundo ela, Jesus, no céu, mudou de lugar em 22 de outubro de 1844: “... entrava pela primeira vez no segundo compartimento do santuário e tinha uma obra a realizar no lugar santíssimo antes de voltar a terra.” Isto significa que Jesus ao subir ao céu quarenta dias depois da sua ressurreição (At 1.3, 9-11) ficou retido no primeiro compartimento do santuário celestial até 21 de outubro de 1844 e somente em 22 de outubro de 1844 passou para o segundo compartimento para iniciar uma obra. Que obra? A obra do Juízo Investigativo. Lemos na Bíblia sobre juízo executivo que se dará na segunda vinda de Jesus (Mt 25.31-33) e juízo pessoal, quando participamos da Ceia do Senhor (1 Co 11.28) Mas, ensinarem que Jesus está fazendo Juízo Investigativo no céu? Estranhamos esse ensino.Coloca-se dentro do alerta que nos dá o escritor do livro de Hebreus (13.9) "Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas...”

JUIZO INVESTIGATIVO
“A obra do juizo investigativo e extinção dos pecados deve efetuar-se antes do segundo advento do Senhor. Visto que os mortos serão julgados pelas coisas escritas nos livros, é impossível que os pecados dos homens sejam cancelados antes de concluído o juízo em que seu caso deve ser investigado.” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 488, 489)

O livro doutrinário da Igreja Adventista torna esse ensino de EGW mais claro, na procura da distinção entre pecados perdoados e não cancelados, como se fossem situações diferentes no seu significado.

“Todos aqueles que verdadeiramente se arrependeram e pela fé reclamaram o sangue do sacrifício expiatório de Cristo, terão assegurado o perdão. Quando seus nomes forem chamados a julgamento e se constatar que eles estão revestidos pelo manto da justiça de Cristo, seus pecados serão apagados e eles serão considerados dignos da vida eterna.” (Nisto Cremos, p. 418)

É de se indagar: como admitir que quando alguém aceita a Cristo como Salvador único e pessoal – se esse é o caso que ocorre com os adventistas - que eles tenham assegurado o perdão, mas, ao mesmo tempo, admitir que seus pecados não foram apagados e que isso só se dará por ocasião da conclusão desse Juízo Investigativo? 

Quando Jesus disse ao paralítico: “Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados.” (Mt 9.2) ele queria dizer apenas: teus pecados são perdoados, mas não cancelados? Isso se parece muito com o ensino católico do purgatório, pois, depois de cumprir todas as exigências da confissão auricular, fazer penitências, ainda devem os católicos ir ao purgatório para satisfazer a justiça de Cristo. O adventista como não crê no purgatório, admite que a alma do crente adventista ao morrer, dorme no pó da terra. É o chamado sono da alma. Não podem afirmar com Paulo, “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho.” (Fp 1.21) E por quê? Porque só tem perdão a promessa de perdão, mas não tem pecados cancelados.

Toda essa distinção entre pecados perdoados e pecados cancelados, é essencial para o ensino do Juízo Investigativo. Pode um cristão verdadeiro ter pecados perdoados e não cancelados? É óbvio que a Bíblia garante o cancelamento dos nossos pecados quando aceitamos a Jesus como Senhor e Salvador pessoal. 

Diz a Bíblia:

“... o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” (1 Jo 1.7)

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça.” (1 Jo 1.9)

“Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados.” (Ap 1.5)


JESUS - JUIZ OU INTERCESSOR?

Mas, pergunta-se: à luz da Bíblia qual a obra que Jesus está fazendo no céu a partir da sua ascensão mencionada em At 1.9-11? Indaguemos da profetiza adventista Ellen Gould White:

“Quando se encerrar o juizo de investigação, Cristo virá, e Seu galardão estará com ele para dar a cada um segundo a sua obra.” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 489)

Como aceitar o ensino segundo o qual Jesus está ocupado no céu com a obra do Juízo Investigativo e, simultaneamente, aceitar que ele é o nosso intercessor e mediador junto ao Pai? 

“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chagam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” (Hb 7.25)

Como julgar e interceder ao mesmo tempo? Jesus é atualmente nosso advogado e não juiz (1 Jo 2.1) 

"MEUS filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo." (1JO 2:1-2)

Diz mais a Bíblia: 

“Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” (Rm 8.34)

“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles?” (Hb 7.25)

OBRA DA REDENÇÃO INCOMPLETA

Para surpresa dos leitores dos livros escritos por EGW, ela declara que a obra da redenção não está completa. 

“Remissão, ou ato de lançar fora o pecado, é a obra a efetuar-se.” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 417)

“O sangue de Cristo, oferecido em favor dos crentes arrependidos, assegurava-lhes perdão e aceitação perante o Pai; contudo, ainda permaneciam seus pecados nos livros de registro. Como no serviço típico havia uma expiação ao fim do ano, semelhantemente, antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem, há também uma expiação para tirar o pecado do santuário. Este é o serviço iniciado quando terminaram os 2.300 dias. Naquela ocasião, conforme fora predito pelo profeta Daniel, nosso sumo Sacerdote entrou no lugar santíssimo para efetuar a última parte de Sua solene obra – purificar o santuário.” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 420)

“Pela sua morte iniciou essa obra, para cuja terminação ascendeu ao Céu, depois de ressurgir.” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 492)

Um erro puxa outro erro. Se a expiação de Cristo não está completa, pois lemos “antes que se complete a obra de Cristo para redenção do homem” - perguntamos: quem pode ter certeza de salvação? 

A Bíblia declara que, desde o sacrifício de Cristo no Calvário, os pecados de todo aquele que pôs sua confiança em Cristo foram apagados por completo. Não tiveram que esperar até 22 de outubro de 1844 para receberem o princípio do perdão, nem até o regresso de Jesus para que se complete a obra da redenção. 

A redenção é declarada completa e acabada na cruz uma vez por todas. 
Na cruz, Jesus bradou: (JO 19:30) "Está consumado."

Lemos em Hb 9.11,12:

“Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção.” (o grifo é nosso)

Isso é repetido em Hb 1.3 “... havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à dextra da majestade nas alturas.”

Repetido também em Hb 10.12-14: “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados.”

CONCLUSÃO
A Sra. EGW declara no Juízo Investigativo “os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior.” (O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 484)

“Começando pelos que primeiro viveram na Terra, nosso Advogado apresenta os casos de cada geração sucessiva, finalizando com os vivos. Todo o nome é mencionado, cada caso minuciosamente investigado. Aceitam-se nomes, e rejeitam-se nomes.” ( O CONFLITO DOS SÉCULOS, p. 486) 

Ao invés de referir-se a Jesus como Juiz que presidirá o Juízo Investigativo, ela chama Jesus de “nosso Advogado”. Como poderia Jesus ser ao mesmo tempo Juiz e Advogado presidindo essa obra de Juízo Investigativo? São funções opostas. Juiz sentencia. Advogado, defende.

Afirma então que o julgamento tem a ver com os casos “do povo professo de Deus” e isto desde “cada geração sucessiva”.

Se o Juízo Investigativo está relacionado com o povo professo de Deus e isto desde cada geração sucessiva, então seria o caso de relacionarmos alguns dos santos de Deus que primeiro passaram por este mundo e cujo registro está na Bíblia. 

É só examinar Hebreus 11.4 que se lê acerca de Abel.

“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.”

Perguntamos: Abelnecessita ser investigado?

Agora vamos ver um segundo caso, o de Enoque embora saibamos que ele foi arrebatado para não provar a morte (Gn 5.24):

“Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.” (Hebreus 11.5)

É preciso acrescentar outros nomes como Abraão, de quem se diz que Deus já lhe preparou uma cidade celestial? (Hebreus 11.8-10) Os heróis da fé jamais passarão por esse “Juízo Investigativo” inventado pela Sra. EGW e defendido pela Igreja Adventista do Sétimo Dia.

É só ler Hb 11.13,39: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.” “E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa.”

Cristo mesmo falou sobre este assunto. Ele avisou aos judeus incrédulos que eles veriam Abraão e Isaque e Jacó e todos os profetas no reino Deus e eles mesmos lançados fora. 

“Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, e Isaque, e Jacó, e todos os profetas, no reino de Deus, e vós lançados fora.”
“E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e assentar-se-ão à mesa no reino de Deus. (Lucas 13.28, 29)

“E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” (Mt 19.28)

Poderia Jesus ter assim falado, se antes eles tivessem de passar pelo “Juízo Investigativo” que se iniciaria em 22 de outubro de 1844? 
Paulo falou com confiança referente ao seu futuro, dizendo “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem sua vinda.” (2 Timóteo 4.7,8) 

Se Paulo admitisse esse “Juízo Investigativo” ele teria escrito: “A coroa da justiça me esperará depois que eu tiver passado pelo “Juízo Investigativo” que se iniciará em 22 de outubro de 1844.”

Quanto aos outros apóstolos, seus nomes estão inscritos no fundamento da Nova Jerusalém

“E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.” (Apocalipse 21.14)

Perguntamos: Nomes tão gloriosamente adornados irão para revisão no Juízo Investigativo? Terão que passar por um escrutínio? Certamente que não.




O pastor Natanael Rinaldi, 80 anos, é sem dúvida um dos maiores apologistas cristãos brasileiros







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