domingo, 12 de maio de 2013

Jesus ensina a orar de joelhos? (Uma contestação à CCB)





Mateus 6: 5, 6

5 – E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.

6 – Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.

          Estas são palavras do nosso Senhor Jesus em seu Sermão do Monte, onde nos mostra que a oração não deve ser um meio para mostrarmos para as pessoas que somos mais santos do que os outros, e sim, um meio de comunicação entre nós e Deus. Pois os religiosos daquela época, os quais Jesus os chama de hipócritas, estavam usando a oração para mostrar que eram mais justos do que os outros.

E Jesus exemplifica com a parábola do fariseu e do publicano, então vamos analisar o exemplo: 

Lucas 18: 9-14

9 – E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros;

10 – Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.

11 – O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.

12 – jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo.

13 – O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo. Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!

14 – Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.

            Ora, há quem diga que o fato do fariseu está em pé (v11), demonstrava que ele estava se exaltando, mas o publicano também estava em pé (v13)! No entanto, ele estava se humilhando. Então não podemos julgar ninguém somente pelo o fato de estar orando em pé, pois, na verdade, foram as palavras pronunciadas que revelaram que o fariseu se exaltou e o publicano se humilhou.

            Mas os adeptos da “oração somente de joelhos” (leia-se CCB) afirmam que Jesus ensinou orar de joelhos, na passagem de Mateus! Mas será que Ele ensinou mesmo? Vejamos o texto: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.” (Mt 6:6) você viu a frase “de joelhos” neste texto? Porque eu não vi! Parece que tem pessoas acrescentando palavras nas Sagradas Escrituras, e isto é um perigo muito grande, pois em Apocalipse há uma advertência muito séria quanto a isto, vejamos: “Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;” (Ap 22:18). É claro que João estava falando do livro “Apocalipse”, mas acreditamos que a advertência serve para toda a Bíblia, já que ela é toda inspirada por Deus!

            Mas no versículo 5 de Mateus, Jesus não disse que os hipócritas se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas? Sim! Só que eles faziam isso para serem visto pelos os homens, ou seja, eles queriam se aparecer, mostrar que eram justos e, por isto, desprezavam as pessoas que não faziam assim! Então, volto a repetir, o que Jesus condenou não foi a posição (em pé), mas a intenção (mostrar que eram justos)!

            Temos a história de Ana, mãe do profeta Samuel, que era estéril e com amargura de alma, orou ao Senhor e pediu-lhe um filho. E a Bíblia revela que ela fez a oração em pé! Vejamos: “Então, Ana se levantou, depois que comeram e beberam em Siló; e Eli, o sacerdote, estava assentado numa cadeira, junto a um pilar do templo do SENHOR.” (I Sm 1.9). Há quem diga que Ana se levantou e foi para o templo orar, e lá ela orou de joelhos. Porém, Ana já estava no templo, pois Elcana estava sacrificando ao SENHOR, e do sacrifício ele dava porções a Penina e todos os seus filhos, mas a Ana ele dava porção dobrada. Eles estavam comendo e bebendo, e Ana apenas se levantou! Se a Bíblia faz questão de falar que ela se levantou, não diria também que ela tinha se ajoelhado, caso isso tivesse acontecido?

            O sacerdote Eli confundiu Ana com uma bêbada! Mas dá para confundir uma pessoa que está de joelhos orando com um bêbado? Se ela realmente tivesse de joelhos, Eli saberia que ela estava orando. Mas como ela estava em pé, sozinha, mexendo com os lábios enquanto todos estavam na mesa bebendo, por isso, é de se compreender porque ela foi confundida com uma bêbada. Eli não tinha atentado para o fato de que naquela mesa tinha uma mulher de Deus que não bebia.

            A Bíblia apresenta também o rei Ezequias orando deitado, e Deus ouviu a sua oração (Is 38:2,3). Abraão falava com Deus estando em pé (Gn 18:22). Jonas estava orando a Deus na barriga do peixe e teve a sua oração respondida (Jn 2:1,2). Portando, se Deus ouviu a oração de Abraão, de Ana, de Ezequias, de Jonas e do publicano, sem fazer-lhes nenhuma correção, e em nenhuma parte das Sagradas Escrituras tem a recomendação que devemos orar somente de joelhos, porque acreditar que Deus só ouvirá a minha oração se eu a fizer de joelhos? E, se Deus só ouve se for de joelhos, como posso cumprir o seu mandamento de orar sem cessar? (I Ts 5:17) É impossível ficarmos de joelhos sem cessar!

O próprio Jesus orou em pé na ressurreição de Lázaro:

         Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora. (Jo 11:41-43)

          Observe que antes dele dá a ordem para Lázaro sair pra fora, ele orou ao Pai e agradeceu pelo o fato do Pai sempre ouvi-lo. Há quem diga que Ele não orou, só agradeceu. Mas o que é uma oração? Até onde eu sei, orar é falar com Deus, e Jesus estava falando com Deus! Portanto, Ele estava orando.

Jesus na última ceia, sentado à mesa com todos os discípulos (Jo 13. 28), dá-lhes longas instruções e, depois levanta os olhos ao céu e começa a orar (Jo 17). Ora, se o próprio Jesus orava, tanto em pé, como sentado, e nós devemos ser imitadores de Cristo, então nós também podemos orar assim.

          Portanto, se Jesus fosse contar a parábola do fariseu e do publicano nos dias de hoje, ela seria contada assim:

          “E disse também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros;

Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano.

O fariseu, estando de joelhos, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano que ora em pé.

Cumpro toda a sã doutrina, só oro de joelhos e por isso tenho certeza que minha oração é ouvida...

O publicano, porém, estando em pé, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, dizendo. Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!

Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.” (Lucas 18:9-14, grifo meu)

 
Portanto, Jesus não manda orar de joelhos! Mas ensina que a oração não pode ser um meio de demonstrarmos que somos mais justos do que as demais pessoas. A Bíblia fala que Daniel orava de joelhos, mas não disse que nós também devíamos orar assim. Não quero que você entenda que sou contra a oração de joelhos (eu oro mais de joelhos do que em qualquer outra posição), estou apenas desfazendo o mito que Deus só ouve a oração se a mesma for feita de joelhos. Na verdade, o que importa não é a posição ou o lugar, mas a intenção da sua oração. E quanto as intenções do seu coração, só Deus e você conhecem. Assim sendo, quem te julgar pelo o fato de você orar em pé, está julgando pela a aparência e não segundo a reta justiça (Jo 7:24).


Erinho Vieira Ferreira é diácono da Assembléia de Deus e milita na área da apologética com especialização na CCB (Igreja do Véu)










terça-feira, 7 de maio de 2013

Por que e Para que fazer apologética? (Blog MCA)



"Por causa da falta de ensino sobre a “Apologia” na igreja, não há a percepção da importância que esta faz na vida de um cristão que está inserido na sociedade. Por mais que se possa imaginar a impossibilidade de alguma pessoa, durante uma caminhada na rua, ser abordada e questionada: “Dê razão da sua fé, agora!” ela está numa sociedade que questiona a existência de Deus. Uma seita que vem tomando espaço na sociedade é o ateísmo. Sutilmente as pessoas aderem a esse tipo de pensamento e começam a questionar se realmente há um deus supremo que governa todas as coisas. A sociedade enxerga tanta desgraça, tanta destruição, tanto sofrimento que a idéia é lançada: “Se existisse um deus, porque ele permite tanto sofrimento?” Por mais que a sociedade brasileira se auto-intitule “católica” esse tipo de questionamento, a partir do momento que souberem da existência de um cristão em seu meio, será levantado e precisará ser respondida.


Por mais que seja uma resposta coerente, a sociedade não aceitará a idéia que é apenas a fé o meio para acreditarmos em Deus. A resposta não pode ficar no âmbito abstrato, mas a sociedade quer algo concreto. Esse é o papel do cristão, esse é o papel do “apologista”.

No local de trabalho de um cristão, haverá outros funcionários. Haverá a possibilidade de ter várias religiões. Haverá vários questionamentos das pessoas e, aquele que souber responder, conseguirá conquistá-los. Ou melhor, as outras religiões questionarão o cristão. Para isso, há duas saídas: ou saber responder, ou nunca ninguém descobrir que há um cristão ali! Com certeza esta é inadequada para um cristão, mas a outra só pode acontecer se houver conhecimento do assunto questionado. Mas pode ser afirmado que a “apologética não é feita de algumas maneiras, como por exemplo, pela força, impondo as suas idéias e no negligenciar da fé, guardando-a apenas para si. Mas sim a praticando de modo sadio, sendo fiel aos princípios básicos da fé cristã e traduzir a mensagem para a línguagem/entendimento da pessoa.


Num artigo da revista “Cristianismo Hoje”, o autor William Craig redigiu um artigo sobre a “apologética” hoje, intitulado “Deus ainda não morreu”, ele diz: “É tarefa da apologética cristã ajudar a criar e sustentar um ambiente cultural onde o evangelho seja ouvido como opção intelectual viável para pessoas que pensam.” (CRAIG, 2008, p. 25) A “apologética” não serve apenas como forma de defender o evangelho, mas também como meio evangelístico. As pessoas poderão, através de uma “apologética” bem feita, perceber que os cristãos são pessoas que pensam, e que não ficam, apenas, na esfera do emocional, deixando todas as respostas para a fé, ou seja, para a área abstrata. A “apologética” pode ter o poder de mostrar um evangelho palpável para a sociedade, saindo de algo místico para uma realidade, ou seja, para a vida que a pessoa vive.

A importância da “apologética”, numa sociedade corrompida, é a válvula de escape para a única Verdade. Não é mérito dela, sendo a heroína, mas daquilo que é defendido e divulgado como algo que se possa pensar. Jesus! A única solução para o Homem. Par qualquer direção que tomarmos algum tipo de dúvida sobre, “de onde eu vim?” ou “para onde vou?” ou “para que estou aqui?” será levantada. As pessoas querem respostas. Mas não querem algo abstrato, figurado, transcendental. Elas precisam de um sentido para a vida, de uma direção, respostas para a sua vida.

Mas podemos pensar que as pessoas, em geral, não querem respostas porque tudo depende das circunstâncias. Nada é absoluto e tudo é relativo. O relativismo é um mal que toma conta como vírus. Para essas pessoas, qualquer resposta dada, relativa à religião, não será levada em conta. A posição de pessoas com esse pensamento será: “depende...”. Willian Craig, no artigo citado acima, faz uma colocação sobre tal pensamento:

A suposição de que vivemos em uma cultura pós-moderna não passa de mito. Na verdade, esse tipo de cultura é impossível; não poderíamos viver nela. Ninguém é relativista quando se trata de ciência, engenharia tecnologia – o relativismo é seletivo, só surge quando o assunto é religião e ética. (CRAIG, 2008, p. 25)

Isto é fato. As pessoas escolhem o que é imutável, em seus pensamentos, e aquilo que é relativo. Como a religião está se tornando algo banal e, como diz o ditado, “religião e política não se discute”, as pessoas deixam de lado. A “apologética”, em casos assim, precisa modificar a pessoa e seu pensamento.

Mas o objetivo deste capítulo não é mostrar as linhas de pensamento que a “apologética” pode enfrentar e suas respectivas refutações. O objetivo é mostrar a importância de tal ato. Como já citado, a sociedade está tomando rumos muito diferentes dos que conhecíamos. As pessoas estão buscando conhecimento através de livros, internet, contato pessoal, mídia. O mundo está se unificando e com isso, todo tipo de idéias estão voando esperando encontrar uma mente para aterrissar.

Para muitos, a fé é algo absurdo de se acreditar, pois envolve fé, o sobrenatural, um livro extremamente antigo, mas o autor Sproul fez uma afirmação muito feliz em contra-resposta a este tipo de pensamento: “Seguir o absurdo é envolver-se não com a fé, mas com a credulidade.” (SPROUL, 2007, p.7) Os cristãos não são ingênuos, e cabe apenas a eles provarem. Provar que a fé não é um salto no escuro, mas “A fé pela qual o Novo Testamento nos chama é a fé enraizada e solidificada em algo que Deus fez de forma clara.” (SPROUL, 2007, p.20) É papel do cristão mostrar isso para a sociedade.

Vamos entrar numa questão muito séria. Se o cristão precisa mostrar a fé para a sociedade, se o cristão precisa mostrar que não é ingênuo, se o cristão precisa mostrar que a sua crença é algo real, não apenas imaginário, e é sustentável por si própria, como fazer isso sem conhecer essa crença e quem a criou? Para ter tal resposta, precisamos olhar para as igrejas. Infelizmente, também, podemos afirmar que os membros não estão sendo preparados, intelectualmente, para defender sua fé com coerência. As igrejas ensinam um conteúdo ralo que, na pratica, não faz muito sentido.

Willian Craig diz que os evangélicos estão na periferia da existência intelectual. Não há mais pensadores cristãos em nossas igrejas. Não há mais estímulos para ter pessoas que aprofundem intelectualmente no conteúdo da Bíblia. Em contrapartida, a sociedade está cansada de um evangelho barato e com respostas ralas. Craig diz: “...os evangélicos não podem se dar ao luxo de continuar vivendo na periferia da existência intelectual responsável.” (CRAIG, 2004, p.13) Os cristãos se acomodaram em viver suas vidas dentro da igreja, sem se importar com o que acontece na sociedade, sem ouvir os questionamentos da população que clama por respostas. Ainda mais perigoso, os cristãos não sabem responder aos questionamentos porque vivem um cristianismo extremamente introspectivo.

Craig continua dizendo que o cristianismo está sendo bombardeado por pensadores fora da igreja, pessoas que questionam o cristianismo e suas bases. A idéia é que os cristãos são irracionais e antiquados, e vários estudantes, por conseqüência nossos futuros líderes, recebem essa perspectiva. Como no passado, era hora de pessoas, de dentro da igreja, se levantarem e defenderem o que acreditam. Craig faz o alerta: “Os cristãos em geral precisam estar intelectualmente envolvidos. Nossas igrejas estão cheias de cristãos intelectualmente neutros. Como cristãos, a mente dessas pessoas está sendo desperdiçada. Um dos resultados disso é uma fé imatura e superficial.” (CRAIG, 2004, p.14) A verdade é que cristãos estão se voltando cada vez mais para a sua própria igreja. Tem o conhecimento do que está acontecendo fora, mas prefere ter uma vida monástica em sua igreja.

A importância de se fazer “apologética” é a importância de dizer para o mundo que somos seres pensantes. Que sabemos no que acreditamos e podemos nos desenvolver intelectualmente para dar razão da nossa fé. Mas esse empobrecimento intelectual em relação à fé traz conseqüências para o cristão, pois isto pode levá-los ao empobrecimento espiritual. (CRAIG, 2004, p.14) A seriedade disso é muito grande. Futuros líderes que são intelectualmente pobres e espiritualmente fracos.

Por que fazer “Apologética”? Porque para tal atividade é preciso desenvolvimento intelectual e, mais que isso, é preciso conhecer o que se defende. Sproul desenvolve essa idéia quando diz que “Defender a fé da melhor forma que pudermos não é um capricho ou deleite de vaidade intelectual. É a tarefa designada a cada um de nós ao testemunharmos nossa fé perante o mundo.” (SPROUL, 2007, p. 8) Para sermos “apologistas” eficazes é essencial que conheçamos o evangelho. É essencial que tenhamos uma vida verdadeira com Deus. É essencial que tenhamos uma vida de intimidade com o Senhor da Verdade. Ou seja, para o “apologista”, uma vida espiritual sadia é essencial.

É preciso fazer “Apologética” porque a sociedade clama por respostas concretas, pois todos temos uma religião, todos temos deuses. Mas essa religião, esse deus só faz sentido quando o sentido de acreditar nele faz sentido. Para muitos, o fazer sentido é sustentado por sua própria mente, porque o homem precisa ter algo para se segurar, para acreditar. Se sempre há uma religião na pessoa e, por causa disso, todos têm o conhecimento do Deus, através de seus atributos comunicáveis, então quando conversamos, buscamos que a pessoa deixe essa religião e aceite a Verdade. Então, todos precisam de Deus e todos sentem isso, mas alguns veem isso como fraqueza e colocam a razão no lugar de Deus, pois a razão pode ser sustentada, direcionada por eles. O questionamento levantado é que não pode haver apenas uma Verdade, não pode haver apenas uma religião correta. Mas pode sim, pois todos têm acesso a ela e podem aderir; porque a Verdade não se faz democraticamente.

Se a fé cristã for verdadeira, então, por mais coerente que pareça o incrédulo viver sua posição, não consegue nela permanecer. Em algum lugar há uma falha, porque de fato vivemos no mundo de Deus. Pode ser uma falha de lógica, emoção ou simplesmente a ironia do orgulho sem sucesso. O trabalho do apologista é descobrir a tensão entre a descrença e o conhecimento de Deus que todos possuem. (EDGAR, 2000, p.61)

Se o cristão não tiver um conhecimento de mundo, do evangelho, a possibilidade dele descobrir a tensão entre a descrença e conhecimento de Deus no indivíduo será extremamente trabalhoso. Por isso que o evangelho precisa ser defendido: para que o cristão não acabe, enfadonhamente, na periferia da existência intelectual; responder aos questionamentos da sociedade; trazer aqueles que estão perdidos em uma religião que não é a Verdade."

 Autor: Paulo Romão 
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