quarta-feira, 30 de abril de 2014

Seria isso racismo? (CACP)




Para os Adventistas os livros e escritos da Sra. White são sagrados e por isso os adeptos desse movimento são incentivados à leitura desses sacros escritos. Ellen G. White é venerada pelos adventistas!

Parece-me que a maioria dos membros da Igreja Adventista não conhece certas citações um tanto desconcertantes ensinadas pela Sra. White e pretendemos explicitar nesse pequeno escopo.
Vejamos:
“Mas há uma objeção ao casamento da raça branca com a preta. Todos devem considerar que não têm o direito de trazer à sua prole aquilo que a coloca em desvantagem; não têm o direito de lhe dar como patrimônio hereditário uma condição que os sujeitariam a uma vida de humilhação. Os filhos desses casamentos mistos têm um sentimento de amargura para com os pais que lhes deram essa herança para toda a vida”. (Veja o Livro – “Mensagens Escolhidas – vol.2″ CPB, Sto. André, SP – 1985 nas páginas 343 e 344).
E ainda:

“Todas as espécies de animais que Deus havia criado foram preservadas na arca de Noé. As espécies mescladas que Deus não criou, e que foram o resultado de amalgamas (mistura de raças), foram destruídas pelo dilúvio. Desde o dilúvio, tem havido amalgama (mistura de raças) entre seres humanos e bestas , como pode-se ver … em certas raças de homens”
 (Ellen G White em Spiritual Gifts, Edição de 1864 e tornou a ser publicado em Spirit of Prophecy na Edição de 1870). 
Neste segundo texto, Ellen G White diz que há mistura de raças entre seres humanos e BESTAS.
Eu pergunto:
O QUE SERIAM ESTAS “BESTAS” que ‘cruzam’ com SERES HUMANOS? Será que ao declarar BESTAS Ellen G. White se referia a animais irracionais?
Se for este o caso, a Sra. White fez uma grave confusão, pois até hoje nunca se viu cruzamento de seres humanos com aves, répteis, felinos, equinos… Ou seja, animais. PELO MENOS A CIÊNCIA AINDA NÃO IDENTIFICOU TAL CRUZAMENTO!

Quem ou o quê seriam estas bestas com quem os seres humanos cruzaram? Será que seriam os negros? Ou haveria alguma “raça” nova entre seres humanos e os animais? 
Isso é muito estranho e sério! Essas afirmativas deveriam ser revistas, pois são descontextualizadas e cheias de ranço e preconceito!
A Igreja Adventista precisaria se posicionar diante desse quadro e assumir, se esse for o caso, que foi racista ou que a sua profetisa falhou e foi infeliz em seus comentários. O fato que uma coisa ou outra aconteceu e não dá pra negar as evidências.
É preciso lembrar que pela Constituição Brasileira – Artigo 3 – IV, racismo é um grave crime. Entendo que ao sustentar esse tipo de postura medieval a referida igreja fere os direitos humanos e a constituição brasileira.
Será que não seria o caso dos adventistas virem em público para se desculparem junto à comunidade negra? Afinal de contas, se o Papa João Paulo II pode se humilhar e pedir desculpas pelos erros dos Papas do passado, os adventistas deveriam ter a mesma humildade e reconhecer os erros da sua papisa. Ou será que os Adventistas concordam com E. G. White e acham que os negros são inferiores?
A grande incógnita nisso tudo é: A Sra. White conhecia o teor bíblico de amor, tolerância e misericórdia pregado por Jesus Cristo? Pois na Bíblia está escrito que: “Na verdade reconheço que Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34). Como encarar essas declarações arrepiantes e desprovidas de verdade como sendo inspiradas pelo Espírito de Deus? Como encarar isso como ensinamentos teológicos?
Será que já não basta o que a história nos registra de preconceitos e crimes contra os negros? Como pode a Igreja Adventista do Sétimo Dia, sendo uma igreja moderna, trazer em seu bojo doutrinário esse conceito estranho e tacanho?
Para mim o preconceito racial é inaceitável! Como arrazoar que o branco, ao casar-se com o negro, traria uma carga hereditária desfavorável aos seus filhos? Isso é um impropério sem fundamento científico e muito menos teológico.
Fico feliz que na Bíblia o negro sempre foi respeitado e amado por Deus. Até na hora da crucificação o escolhido para ajudar o Senhor com a sua cruz foi um negro (Marcos 15:21); quando o profeta Jeremias agonizava em um poço (Jeremias 38), Deus usou um negro para ajudá-lo; Salomão recebeu a Rainha de Sabá, que era negra, e Jesus Cristo elogiou a sua sabedoria (1 Reis 10; Mateus12:42)… Assim vemos como o negro é importante para o nosso Cristo. Sem contar que o Salvador da humanidade tinha em sua genealogia pessoas negras (Mateus 1).
O Senhor ama a todos, pois assim nos diz a palavra: Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres (quer negros); e a todos nós foi dado beber de um só Espírito (1 Coríntios 12.13 – parêntese do autor).
Não importa a cor da pele, somos um em Cristo Jesus, mas jamais poderíamos ser um em concordância com os Adventistas do Sétimo Dia.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Reforma da Saúde ou Mito da Saúde? (CACP)




Na década de 1860, a Sra. White se interessou profundamente pela reforma pró-saúde. Antes disso, havia manifestado um interesse limitado pelo assunto. Outros adventistas haviam mostrado interesse, mas a profetisa de Deus ainda não via sua importância. Na década de 1850, um casal adventista, Sr. e Sra. Curtis, começou a estudar a questão das carnes imundas e chegaram à conclusão de que comer carnes imundas era errado. A Sra. Curtis queria deixar de comer carne de porco, mas aparentemente pensou que seria prudente consultar primeiro a profetisa de Deus. A Sra. White respondeu ao casal com um mordaz testemunho de seis páginas. Eis aqui parte do que escreveu: ”Se Deus requer que seu povo se abstenha da carne de porco, Ele o convencerá disso. Ele está tão disposto a revelar a seus honestos filhos qual é o seu dever quanto a mostrar a indivíduos sobre os quais não depositou o encargo de sua obra qual é o deles. Se é dever da igreja abster-se da carne de porco, Deus o revelará para mais de dois o três. Ele ensinará a sua igreja qual é o seu dever.” *71

O açoite como que a Sra. White tratou a família Curtis leva a especular que ela não era muito inclinada à ideia de que as pessoas chegassem primeiro a suas próprias conclusões teológicas sem a aprovação de Tiago e dela mesma. Isto era insubordinação e teriam que enfrentá-la. Além disso, a Sra. White pensava que seu esposo havia resolvido a questão para sempre alguns anos antes quando publicou um artigo sobre o tema em "Present Truth" (Presente Verdade, revista adventista): ”Alguns de nossos bons irmãos acrescentaram a ‘carne de porco’ à lista de coisas proibidas pelo Espírito Santo e pelos apóstolos e anciãos reunidos em Jerusalém. Mas nós nos sentimos chamados a protestar contra essa decisão, por ser contrária ao claro ensino das Sagradas Escrituras. Poremos sobre os discípulos uma ‘carga’ maior do que pareceu bem ao Espírito Santo e aos santos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo? Deus não o permita. A decisão deles, sendo correta, decidiu a questão para eles, e foi causa de regozijo entre as igrejas, e deveria decidir a questão para nós para sempre.” *72
Quando Tiago disse “nós nos sentimos chamados a protestar contra esta decisão,” o “nós” ao que se referia deve ter incluído sua esposa, a profetisa de Deus. Por isso, os White devem ter-se sentido agravados de que alguns de seus seguidores tenham levantado o tema novamente depois de Tiago ter decidido a questão “para sempre.”
Um amigo da família Curtis, H. E. Carver, nos conduz aos bastidores e explica o que sucedeu: "O irmão e a irmã Curtis se contam entre meus amigos mais íntimos por muitos anos, e como vivemos ao lado um do outro parte do tempo, eu conhecia algumas das circunstâncias relacionadas com as instruções da visão dada mais acima. A irmã Curtis era uma mulher muito conscienciosa (i.e. justa), e tendo-se convencido (muito antes de que o Ancião e a Sra. White fizessem qualquer movimento nesse sentido) de que comer carne de porco era prejudicial, tratou de descartá-la de sua mesa. Isto causou problemas. A irmã Curtis era uma sincera crente na inspiração divina da Sra. White, e pelo extrato [testemunho] que aparece mais acima, parece que deve ter-lhe escrito pedindo instruções, que recebeu como se descreve mais acima, e professamente por meio de uma visão…. o Irmão Curtis disse também que o Pr. White havia escrito em essência o seguinte na parte posterior da carta: ‘Para que saiba nossa posição em relação com esta questão, eu diria que acabamos de consumir um leitão de 200 libras.'" *73
Certamente, teria sido difícil para os White estar de acordo com a família Curtis quando os White acabavam de devorar um leitão de 200 libras! Se os Curtis aceitaram ou não esse testemunho, provavelmente nunca o saberemos. Mas o que sabemos é que a Sra. White cria que quando escrevia um testemunho, Deus estava falando através dela: “Nos tempos antigos, Deus falou por boca dos profetas e apóstolos. Nestes tempos, lhes fala por intermédio dos Testemunhos de seu Espírito.” *74. Não obstante, em questão de poucos anos, a Sra. White estava considerando o tema sob uma nova luz. A próxima vez que deixou que Deus falasse sobre o tema, escreveu: “Jamais deveis pôr em vossa mesa sequer um pedaço de carne de porco.” *75
O que causou esta dramática mudança de Ellen White sobre a reforma pró saúde?
Aprendeu isso estudando a Bíblia? Fora uma visão de Deus? Não exatamente. Os jovens White haviam adoecido de difteria em janeiro de 1863 e nesse tempo os White tiveram a fortuna de encontrar os escritos de um proeminente reformador norte-americano de saúde, Dr. Tiago Jackson. Em meados da década de 1800, a mais destacada instituição médica dos Estados Unidos, caraterizada por reformas na dieta e no tratamento dos enfermos, era administrada pelo Dr. Jackson em Dansville, Nova York. O Dr. Jackson se distinguia por promover uma dieta vegetariana de duas refeições ao dia, “curas de água” (hidroterapia), e um estilo reformado de vestido para mulheres. O neto Arthur White explica a sorte dos White em encontrar o artigo do Dr. Jackson:
“Por sorte – na providência de Deus, sem dúvida – havia caído em suas mãos, provavelmente através de um ‘intercâmbio’ de periódicos com o escritório da Review, ou o Yates County Chronicle, de Penn Yan, Nova York, ou algum diário que o citava, um extenso artigo intitulado ‘Difteria, Suas Causas, Seu Tratamento, e Cura.’ Havia sido escrito pelo Dr. Tiago C. Jackson, de Dansville, Nova York.” *76
Tiago ficou tão impressionado, que reimprimiu o artigo de Jackson sobre a difteria na edição da Review and Herald (revista adventista) de 17 de fevereiro de 1863. Em junho de 1863, Tiago escreveu ao Dr. Jackson solicitando-lhe alguns de seus livros. Aparentemente, Tiago recebeu os livros em algum momento pelo final do verão ou princípios do outono, pois imprimiu um artigo do livro de Jackson "Laws of Life" (Leis da Vida) na edição do Review and Herald de 27 de outubro.
Em agosto de 1864, os White decidiram viajar a Dansville, Nova York, para conhecer o Dr. Jackson. Este foi um passo importante para os White. Quinze anos antes, em 1849, a Sra. White havia assumido uma posição forte contra o uso de médicos por parte do remanescente para seus problemas de saúde: “Se alguém entre vós está enfermo, não desonremos a Deus recorrendo a médicos terrenais, mas recorramos ao Deus de Israel.” *77 Os tempos, contudo, haviam mudado, e quiçá a declaração de 1849 já não se aplicava aos médicos modernos.
Aparentemente, a Sra. White estava impressionada com as reformas que havia presenciado na instituição de Dansville, e ela e o Dr. Jackson se tornaram cordiais amigos. Mais tarde, desenvolveu-se uma relação tão estreita que a Sra. White pôde escrever que foi calidamente recebida como convidada quando visitou o lar do Dr. Jackson: “No mesmo dia, vi o Dr. Jackson em seu lar, e amavelmente me concedeu uma entrevista.” *78
O Dr. Jackson realizou um exame físico na Sra. White. Seu diagnóstico concordou com o do seu médico adventista. Ambos diagnosticaram seus problemas médicos incomuns como histeria. (A histeria é um estado médico que começa tipicamente na adolescência ou começo da fase adulta, e que ocorre mais comumente na mulher. Os sintomas dos ataques histéricos incluem alucinações visuais e auditivas, paralisia de grupos musculares, e falta de resposta a estímulos externos. Por via de regra, os ataques histéricos diminuem à medida que o paciente envelhece, e com freqüência cessam pela metade da vida.)
Conquanto o Dr. Jackson possa ter atribuído suas visões a alucinações, a maioria dos adventistas cria que as visões procediam diretamente de Deus. É interessante notar que a Sra. White começou a ter visões sobre o tema da saúde durante essa época de sua vida. Quando publicou essas visões sobre saúde, as pessoas que estavam familiarizadas com os escritos do Dr. Jackson ficaram pasmas ao ver que a reforma pró-saúde dela se parecia tanto com os escritos do Dr. Jackson. Surgiram tantas perguntas, que a Sra. White se viu obrigada a responder por meio do periódico da igreja:
“Ao apresentar o tema da saúde aos amigos que trabalhavam em Michigan, Nova Inglaterra, e no estado de Nova York, e ao falar contra as drogas e a carne, e a favor da água, o ar puro, e uma dieta adequada, com freqüência comentavam comigo: ‘As opiniões que expressa são muito parecidas com as que os Drs. Trall, Jackson, e outros ensinam em Laws of Life e outras publicações. Acaso leu esse periódico e essas obras?’
“Minha resposta era que não, e que não as leria até que houvesse escrito minhas visões por completo, não se desse que se dissesse que eu havia recebido luz sobre o tema da saúde desses médicos, e não do Senhor.
“E depois de haver escrito meus seis artigos para How to Live, examinei as várias obras sobre higiene, e me surpreendi em encontrá-las tão em harmonia com o que o Senhor me havia revelado.” *79
Enquanto os membros de igreja estavam ainda discutindo se a Sra. White havia lido Laws of Life antes ou depois de haver publicado seus artigos sobre saúde, a Sra. White decidiu publicar seu primeiro livro sobre a reforma pró-saúde. Mais tarde, esse livro daria lugar a perguntas ainda mais difíceis para a jovem profetisa. O livro, publicado em 1864, se intitulava An Appeal to Mothers: The Great Cause of the Physical, Mental, and Moral Ruin of Children of Our Time [Um Apelo às Mães: A Grande Causa da Ruína Física, Mental, e Moral das Crianças de Nosso Tempo]. Que preciosa luz sobre a reforma pró-saúde havia recebido a Sra. White de parte de Deus para seu povo especial? O propósito do livro era advertir contra os perigos da masturbação!
Seguindo as pisadas do reformador pró-saúde Sylvester Graham, que havia escrito um livro sobre o tema décadas antes, a Sra. White decidiu que os membros de sua igreja necessitavam ser advertidos quanto aos perigos que a masturbação representava para a saúde: “Tendes observado a alarmante mortalidade entre os jovens?” A seguir, passava a explicar como a masturbação estava causando a morte dos jovens.
A Sra. White enumera uma longa lista de doenças supostamente causadas pela masturbação. Além da morte e loucura, ela menciona a epilepsia, visão diminuída, hemorragia pulmonar, espasmos do coração e pulmões, diabetes, reumatismo, sudorese, tuberculose, asma, e mais de uma dezena de outros males. Ela adverte que “o auto-abuso abre a porta para quase todas as enfermidades das quais sofre a humanidade” e que “o auto-abuso é um caminho seguro para a tumba.” *80
Examinemos uns poucos trechos de seu livro: ”Sinto-me alarmada com aquelas crianças . . . que pelo vício solitário estão se arruinando . . . ouvis numerosas queixas de dor de cabeça, catarro, tontura, nervosismo, dor nos ombros e do lado, perda de apetite, dor nas costa e membros. . . e não percebestes ter havido uma deficiência na saúde mental de vossos filhos? . . . A indulgência secreta [masturbação] é, em muitos casos, a única causa real das numerosas queixas da juventude." (págs. 11, 13).
"A condição do mundo é alarmante. Por toda parte que olhemos vemos imbecilidade, nanismo, membros aleijados, cabeças mal formadas e deformidade de toda descrição. . . . Hábitos corrompidos estão dissipando sua energia, e trazendo-lhes enfermidades repugnantes e complicadas. . . As crianças que praticam a auto-indulgência [masturbação] . . . devem pagar a penalidade." (pág. 14).
A Sra. White então descreve o caso de uma criança de dois anos de idade que sofria de epilepsia e paralisia, cujos problemas supostamente eram causados pela masturbação. Ela escreve: “Por meio do uso vigilante de meios mecânicos para resguardar as mãos e cobrir os genitais, etc., o menino se curou depois de um tempo; agora desfruta de boa saúde.” Se estas medidas fossem tomadas hoje em dia pelos encarregados de cuidar da saúde, com toda probabilidade eliminar-se-ia a liberdade, e até poderiam ser encarados por abuso infantil.
De acordo com a Sra. White, a masturbação não só causa a morte e uma ampla gama de doenças físicas, mas também problemas de saúde mental: “Com freqüência, a mente fica completamente arruinada, e tem lugar a loucura.” *85. A Sra. White prossegue:
“Vi uma jovem num povoado de Massachusetts que se havia tornado idiota por causa da masturbação.” *86
“A autora visitou o Massachusetts State Lunatic Hospital [Hospital Estadual de Massachusetts Para Lunáticos]. . . . Nossa atenção foi de súbito atraída pela aparência peculiarmente desfigurada, selvagem, hostil de um jovem com o olhar virado por sobre os ombros. Impressionada com esse aspecto chocante, inquirimos. . . qual seria a causa de sua insanidade. “Vício solitário”, foi a pronta resposta." (pág. 4). *87
De uma perspectiva médica moderna, as afirmações da Sra. White certamente parecem fora de propósito. As investigações médicas do século vinte têm refutado por completo os antigos mitos de que a masturbação conduz à loucura, retarda o crescimento, causa cegueira, etc. As investigações não têm demonstrado nenhum efeito adverso da masturbação nem a curto nem a longo prazo. Os investigadores descobriram que, em média, os que se masturbam não têm maior incidência de enfermidades, problemas de visão, ou loucura do que a população em geral. Tampouco encontraram qualquer diferença na longevidade. Mesmo entre médicos adventistas do sétimo dia, agora há uma crença quase universal de que a masturbação não causa as enfermidades mencionadas pela Sra. White. Em 1981, o Dr. Gregory Hunt avaliou as afirmações da Sra. White sobre masturbação:
“Qualquer um pode ver que estas enfermidades não são causadas pela masturbação. A tuberculose é causada por um germe, uma bactéria específica. Na realidade, o germe que causa a tuberculose foi descoberto pouco depois destes escritos de Ellen White…. Depois de ler estes sábios conselhos, e dando-me conta de que Ellen White afirmava haver sido inspirada para escrevê-los eu diria que há só uma classe de pessoas que continuará crendo que Ellen White é uma verdadeira profetisa. Esta classe de pessoas só podem ser classificadas como idiotas.”
Graham advertia que a masturbação podia conduzir à morte: ”…em alguns casos, aparecem chagas ulcerosas na cabeça, peito, costas e músculos, e às vezes crescem até converter-se em verdadeiras fístulas, de natureza cancerosa, e continuam, quiçá por anos, supurando grandes quantidades de pus repugnante e fétido; e não poucas vezes terminam em morte.” *90
É muito provável que a Sra. White estivesse familiarizada com os ensinos de Graham. De fato, algumas das reformas pró-saúde da Sra. White se parecem muitíssimo com as reformas de Graham. Em 1849, uns 14 anos antes de que a Sra. White tivesse a primeira visão da reforma pró-saúde, Sylvester Graham expunha seus pontos de vista sobre a reforma pró-saúde em seu livro Lectures on the Science of Human Life [Conferências Sobre a Ciência da Vida Humana].
Eis aqui as reformas que propunha: 
• Evitem-se todos os alimentos estimulantes e artificiais; deve-se viver “inteiramente dos produtos do reino vegetal, assim como a água pura.”
• A manteiga deve ser empregada “mui escassamente.”
• O leite fresco e os ovos eram mal vistos, mas não eram proibidos.
• O queijo é permitido somente se for suave e não curado.
• Os condimentos e as especiarias, como a pimenta, a mostarda, e a canela, são proibidos por serem “todos altamente excitantes e esgotantes.”
• O chá e o café, bem como o álcool e o tabaco, envenenam o organismo.
• Os produtos de pastelaria, com exceção das tortas de fruta, contam-se “entre os mais perniciosos artigos que causam aflição aos seres humanos.”
• O sono é preferível antes da meia-noite.
• O sono deve ser desfrutado num cômodo bem ventilado.
• Um banho de esponja cada manhã é muito desejável.
• A roupa não deve ser muito apertada.
• “Todo medicamento, como tal, é mau em si mesmo.” *91
Para os leitores ávidos de Ellen White, as reformas que antecedem soam demasiado familiares. À medida que transcorriam os anos e a ciência médica progredia, as pessoas sem dúvida, começaram a perguntar-se se os conselhos da Sra. White sobre a masturbação procediam de Deus ou de Sylvester Graham. Até Ellen White parece haver deixado de lado o tema mais tarde em sua vida. Apesar de escrever prolificamente sobre o tema no começo de sua carreira, não escreveu uma só palavra sobre o tema nos últimos quarenta anos de sua vida.
A maioria dos adventistas de hoje em dia ignora por completo se o livro "Appeal to Mothers" sequer existiu. Era de se esperar que o primeiro livro de uma profetisa sobre reforma pró-saúde fosse uma obra muito importante para os seus seguidores. Contudo, não foi assim! O livro foi descartado já faz décadas. Como muitos outros de seus escritos e muitas de suas visões que se demostraram incorretos, este livro simplesmente desapareceu da vista do público. A diferença do de sua colega, a profetisa Mary Baker Eddy – cujo primeiro livro, Science and Health, publicado em 1875, teve dez milhões de exemplares vendidos – o primeiro livro da Sra. White sobre a reforma pró-saúde foi um fiasco. Esforços posteriores demostrariam ter mais êxito. Com a ajuda de sua equipe de escritores e revisores ela produziu um livro sobre reforma pró-saúde, Ministry of Healing, que ainda se acha disponível hoje em dia. Não é nenhuma surpresa que o tema do “auto-abuso” não vem mencionado no livro. Appeal to Mothers pode ter sido o primeiro livro que desapareceu de publicação, mas não haveria de ser o último….
Referências
[Paginação sempre segundo originais em inglês]
1. Ellen White, Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 35.
2. Ellen White, Testimonies, Vol. 1, p. 13.
3. The People Called Shakers, pp. 152-153.
4. Ronald Numbers, Prophetess of Health, pp. 16-18.
5. Manuscript Releases 17, pp. 96-97, Ms 131, 1906, pp. 1, 4- 6 Ellen G. Wite Estate Washington, D. C. (divulgado em 4 de junho de 1987).
6. Ibid., pp. 95-96.
7. William E. Foy, The Christian Experience of William E. Foy, 1845, pp. 14,15.
8. Ellen G. White, Christian Experience and Views of Mrs. White, 1851, p. 17.
9. Numbers, p. 18.
10. Ibid.
11. Ibid.
12. Tiago White, Word to the Little Flock, p. 22, 1847.
13. Ellen White, Primeiros Escritos, p. 21.
14. Isaac Wellcome, History of the Second Advent Message (Yarmouth, Maine: Advent Christian Publication Society, 1874); Jacob Brinkerhoff, The Seventh-day Adventists and Mrs. White’s Visions (Marion, Iowa: Advent and Sabbath Advocate, 1884), 4-6.
15. Miles Grant, An Examination of Mrs. Ellen White’s Visions, Boston: Published by the Advent Christian Publication Society, 1877.
16. Ibid.
17. Tiago e Ellen White, A Word to the Little Flock, 1847, p. 21.
18. Arthur White, Ellen G. White: The Early Years Vol. 1 -
1827-1862, p. 113.
19. Arthur White, p. 113.
20. Carta da Sra. Truesdail’s de 27 de junho de 1891.
21. Joseph Bates, A Seal of the Living God, 1849.
22. Ellen White, Present Truth, set., 1849.
23. Present Truth, abril, 1850.
24. Ibid.
25. Ellen White, Primeiros Escritos, pp. 64-67.
26. Ellen White, Experience & Views, pp. 46-47.
27. Ellen White, Testimonies, Vol. 1, p. 131
28. Ellen White, MS 34, 1885.
29. “The Story of Ellen White’s Suppressed Testimony,” Limboline, (Glendale, Calif: Church of the Advent Fellowship), 7 de jan. de 1984, pp. 10,11.
30. Advent Herald, 11 de dez. de 1844.
31. Voice of Truth, 19 de fev. de 1845.
32. Joseph Bates, Second Advent Waymarks, 1847, pp. 97-110.
33. Carta de Lucinda Burdick, Bridgeport, Connecticut, 26 de set. de 1908.
34. Miles Grant, An Examination of Mrs. Ellen White’s Visions, Boston: Advent Christian Publication Society, 1877.
35. Ibid.
36. Ellen White, Manuscript Releases, Vol. 5, p. 97
37. Ibid., p. 93.
38. DF 105, de Otis Nichols para Guilherme Miller, 20 de abril de 1846. (Extraída de The Early Years, Vol. 1, pp. 75-76).
39. Ibid.
40. A Word to the Little Flock, 1847.
41. Ibid., pp. 1-2.
42. Present Truth, ago., 1849.
43. Carta 4, 1850, pp. 1, 2.
44. Present Truth, abril, 1850.
45. Present Truth, maio, 1850.
46. Tiago White, AR, ago., 1850, (Early Years, p. 191).
47. George Butler, Review and Herald, 7 de abril de 1885.
48. Carta de Lucinda Burdick, Bridgeport, Connecticut, 26 de set. de 1908.
49. Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 53.
50. D.M. Canright, The Life of Ellen White, cap. 8, 1919.
51. Advent Review, 26 de dez. de 1882.
52. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 63.
53. Bruce Weaver, Adventist Currents, “The Arrest and Trial of Israel Dammon”, Vol. 3, No. 1, 1988.
54. Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845.
55. Ibid.
56. Ibid.
57. Ibid.
58. Ibid.
59. Ellen White, Spiritual Gifts, Vol. 2, pp. 40-41, 1860.
60. Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845.
61. Weaver, Adventist Currents.
62. Spiritual Gifts, Vol. 2, pp. 41-42, 1860.
63. Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845.
64. Miles Grant, An Examination of Mrs. Ellen White’s Visions, Boston: Advent Christian Publication Society, 1877.
65. Bruce Weaver, Adventist Currents.
66. Ellen White, Signs of the Times, 27 de ago. de 1894.
67. Piscataquis Farmer, 7 de mar. de 1845.
68. Ellen White, Manuscript 5a, 1850; julho 1850, de East Hamilton, N.Y.
69. Ellen White ao Irmão e Irmã Haskell, 10 de out. de 1900.
70. Miles Grant, An Examination of Mrs. Ellen White’s Visions, Boston: Advent Christian Publication Society, 1877.
71. Ellen White, Testimonies, vol. 1, p. 206.
72. Tiago White, Present Truth, “Swine’s Flesh,” nov., 1850.
73. H.E. Carver, Mrs. E. G. White’s Claims to Divine Inspiration Examined, 2a edição, 1877.
74. Ellen White, Testimonies, vol. 4, p. 148.
75. Ibid., vol 2, p. 93.
76. Arthur White, Early Years, Vol. 2, p. 13.
77. Ellen White, “To Those Who Are Receiving the Seal of the Living God,” (Tablóide 2), jan., 1849.
78. Ellen White, Advent Review and Sabbath Herald, 27 de fev. de 1866.
79. Ibid., 8 de out. de 1867.
80. Ellen White, Appeal to Mothers, pp. 84,85,90.
81. Ibid. pp. 11,13.
82. Ibid. pp. 14.
83. Ibid. pp. 14,15.
84. Ibid. p. 17.
85. Ibid., p. 27.
86. Ibid., p. 3.
87. Ibid., p. 4.
88. Gregory Hunt, M.D., Beware This Cult, “The Masturbation Connection”, 1981.
89. Sylvester Graham, Lectures to Young Men on Chastity, 1834.
90. Ibid.
91. Sylvester Graham, Lectures on the Science of Human Life, pp. 224-286, 1849.
92. Ellen White, An Appeal to Youth, pp. 61,41.
93. Ellen White, Manuscript Releases, vol. 15, p. 66.
94. Ellen White, Primeiros Escritos, pp. 287-288.
95. D.M. Canright, The Life of Ellen G. White, cap. 10, “A Great Plagiarist”, 1919.
96. A.G. Daniells, Transcrição da Conferência de 1919 Sobre o Espírito de Profecia.
97. Walter T. Rea, “How the Seventh-day Adventist ‘Spirit of Prophecy’ was Born,” p. 1.
98. Fred Veltman, Ph.D., Ministry, nov. 1990, pp. 11,14.
99. Ellen White, Spiritual Gifts, Vol. 3, p. 64, 1864
100. Ibid., p. 75.
101. Book of Jasher, 4:18, 1844.
102. Uriah Smith, The Visions of Mrs. E. G. White, p. 103, 1868.
103. Tiago White, Review, 15 de ago. de 1868.
104. “Amalgamation of Man and Beast: What did Ellen White Mean?”, Spectrum, jun., 1982, p. 14.
105. Ibid., p. 11.
106. Signs of the Times, 8 de jan. de 1880.
107. W.C. White, Mensagens Escolhidas, Vol. 3, p. 452.
108. “Amalgamation of Man and Beast: What did Ellen White Mean?”, pp. 16,17.
109. Ellen G. White, Spiritual Gifts, vol. 1, p. 71.
110. Ellen G. White, Spirit of Prophecy, vol. 3, p. 334.
111. Ellen G. White, Testimonies, Vol. 5, pp. 64,67, Carta 90, 1906.
112. Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, Vol. 3, p. 30.
113. Declaração de Merritt G. Kellogg [março de 1908], The Story, p. 107.
114. Review and Herald, 27 de nov. de 1883.
115. Ellen White, Review and Herald, 26 de jan. de 1905.
116. Ibid., 19 de abr. de 1906.
117. Adventist Review, 19 de nov. 19 de 1992, pp. 8-9.
118. W.W. Prescott, Conferência de 1919 Sobre Ellen White.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Seria a Sra. White o Espírito de Profecia? (CACP)



"'E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.' (Apocalipse 12:17). Esta profecia aponta claramente que a igreja remanescente reconhecerá…o dom profético. Obediência à lei de Deus, e o espírito de profecia tem sempre distinguido os verdadeiros servos de Deus, e o teste é usualmente dado em manifestações presentes." (Ellen White, Mensagens, pág. 33)
Definição Adventista sobre o “Testemunho de Jesus”:
Testemunho de Jesus = Espírito de Profecia = Ellen White.
Segundo os Adventistas, a igreja remanescente verdadeira tem um profeta, ou melhor, uma profetisa. Este argumento foi introduzido em 1855, e durante muitos anos a igreja Adventista dizia de forma plenamente arrogante, que o dom profético no presente estava ativo na igreja – em outras palavras, um profeta vivo na igreja remanescente. Note cuidadosamente o que Ellen White disse, “o teste é usualmente dado em manifestações presentes.” Depois da morte da Srª. White em 1915, a igreja Adventista ficou em um dilema, pois não tinham mais um profeta vivo. Assim, eles redefiniram sua doutrina, e disseram que Ellen G. White “vive” através de seus escritos – os livros.
O Que é o Espírito de Profecia?
Em I Coríntios 12:7-11 a Bíblia diz que o Espírito Santo é a fonte dos dons espirituais. Um daqueles dons é a profecia (I Coríntios 12:10). Portanto, a frase “Espírito de Profecia” parecer aplicar ao Doador dos dons – o Espírito Santo e não ao recipiente humano que o recebe.
O Espírito de Deus é chamado por muitos nomes na Bíblia. Seria até blasfêmia alguém querer atribuir esses nomes a um mero ser humano.
• Espírito de Sabedoria – Isaías 11:2
• Espírito de Compreensão – Isaías 11:2
• Espírito de Consolo – Isaías 11:2
• Espírito de Força – Isaías 11:2
• Espírito de Conhecimento – Isaías 11:2
• Espírito de temor – Isaías 11:2
• Espírito de Julgamento – Isaías 28:6
• Espírito do Senhor – Miquéias 2:7
• Espírito da Graça – Zacarias 12:10
• Espírito de Súplicas – Zacarias 12:10
• Espírito de Deus – Mateus 3:16
• Espírito do Pai – Mateus 10:20
• Espírito da Verdade – João 14:17
• Espírito de Jesus – Atos 16:7
• Espírito de Santidade – Romanos 1:4
• Espírito de Vida – Romanos 8:2
• Espírito de Cristo – Romanos 8:9
• Espírito de Adoção – Romanos 8:15
• Espírito do Deus Vivo – 2 Cor. 3:3
• Espírito do Filho – Gálatas 4:6
• Espírito da Promessa – Efésios 1:13
• Espírito de Sabedoria – Efésios 1:17
• Espírito de Revelação – Efésios 1:17
• Espírito de Cristo Jesus – Filipenses 1:19
• Espírito de Força – 2 Timóteo 1:7
• Espírito de Amor – 2 Timóteo. 1:7
• Espírito da Graça – Hebreus 10:29
• Espírito de Glória – 1 Pedro 4:14
• Espírito de Profecia – Apocalipse 19:10
O peso da evidência Bíblica indica que o “Espírito de Profecia” só pode se referir ao Espírito Santo. Está fora de cogitação substituí-lo por qualquer ser humano ou escritos deste.
DEFINIÇÃO BÍBLICA DO “TESTEMUNHO DE JESUS”
A palavra, “Testemunho” (marturia no Grego) vem de uma palavra cuja raiz tem vários significados como “testemunhando,” “testemunho,” “testemunha” e “mártir”.
“De Jesus” pode ter dois sentidos:
• O testemunho veio de Jesus. Neste caso Jesus seria a fonte do testemunho.
• O testemunho está sobre Jesus. Ou Jesus é o assunto do testemunho.
Note como João compreendia o significado da palavra “testemunho” (marturia):  “Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.” (João 21:24)
O que João está querendo dizer neste verso é que seu evangelho é um testemunho sobre Jesus. Portanto, evangelho de João é o “testemunho de Jesus.”
Agora, note como João usa "marturia" para descrever o testemunho do crente concernente a Jesus: “Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê, mentiroso o faz, porque não crê no testemunho que Deus de seu Filho dá. E o testemunho é este: Que Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho.” (I João 5:9-11).
Nestes versos nós encontramos que quem acredita em Jesus tem o "marturia", a testemunha ou testemunho de Jesus, nele!

Como o “testemunho de Jesus” é utilizado em Apocalipse?
“…a seu servo João; o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, de tudo quanto viu.” (Apocalipse 1:1,2).
Neste verso João diz que existem três testemunhas:
1. A Palavra de Deus;
2. O Testemunho de Cristo Jesus;
3. As coisas que ele viu (em visão).
João continua no verso 9: “Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho [marturia] de Jesus.”
Note as duas razões que João dá para sua prisão na ilha de Patmos:
1. A Palavra de Deus;
2. O Testemunho de Jesus.
Indubitavelmente foi o testemunho de João sobre Jesus que resultou em sua prisão.
Veja agora Apocalipse 6:9:  “Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho [marturia] que deram.”
Note que os mártires foram mortos por duas razões básicas:
1. A Palavra de Deus.
2. Seu testemunho [marturia], sobre Jesus.
No contexto do capítulo 12, o testemunho de Jesus claramente refere-se à palavra de testemunho daqueles que “não amaram sua vida em face da morte”:
“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte… E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.” (Apocalipse 12:11,17)
Apocalipse 19:10: “Então me lancei a seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: Olha, não faças tal: sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.”
Este verso nos mostra que João também teve o "marturia", ou testemunho de Jesus. O "marturia" é aqui descrito como o dom de profecia, que é dado para testemunhar sobre Jesus Cristo.
A última referência ao "marturia" é encontrado em Apocalipse 20:4: “Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos.”
Outra vez, como em 6:9, as duas razões para o martírio são dadas:
1. A Palavra de Deus e
2. O testemunho [marturia] de Jesus.
Conclusão
O peso da evidência Bíblica nos mostra sem sombra de dúvida que o “testemunho de Jesus” é o testemunho pessoal do crente e sobre tudo o testemunho “sobre Cristo Jesus”. Longe de serem os escritos da Sr.ª White, os escritores do Novo Testamento preenchem plenamente este requisito no fundo e na forma, pois só ele (o N.T) está repleto sobre o verdadeiro “testemunho de Jesus”. Além Disso, João acrescenta que o testemunho de Jesus é encontrado no coração de todo aquele que aceita e crê em Jesus como o Filho de Deus: “Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê, mentiroso o faz, porque não crê no testemunho que Deus de seu Filho dá.” (I João 5:10)

sábado, 5 de abril de 2014

Outra mensagem? (CACP)




A IGREJA PRECISARIA DE OUTRA MENSAGEM? 
A Bíblia declara: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gálatas.1:8-9).
A “profetisa”, “a pena inspirada”, “o baluarte da verdade” e a “mulher revelação” da Igreja Adventista afirma que agora: “…Outra mensagem deveria ser dada à Igreja”. (Livro “O Grande Conflito” – E. G. White – Ed. Condensada – 1992; Ed. Casa Publicadora Brasileira; pág. 253).
Parece-nos, nos textos acima, que a Bíblia a e profetisa adventista mais uma vez se chocam. O apóstolo Paulo declara que mesmo que um anjo viesse do céu e anunciasse outro evangelho ou uma nova mensagem era para considerarmos como algo maldito e não digno de aceitação. Entretanto, a referida igreja tem nos escritos de E. G. White uma nova revelação para o Cristianismo, pois para eles tudo o que ela escreveu é: “…puro, elevado, cientificamente correto e profeticamente exato”(livro “Sutilezas do Erro”). E ainda: “…plena certeza de que os escritos da Senhora White não foram produzidos por vontade humana. Em suas declarações houve sabedoria sobre-humana (Prof. Victor E. Ampuero Matta – Escola Adventista). Esse é o dorso doutrinário que rege o adventismo – os ensinos da Sra. White. Na verdade poderíamos dizer que os adventistas além de serem “sabadólotras”, praticam a “whitelatria”. Mas será que os adventistas em geral concordam com o que diz e afirmam os seus líderes acerca da inspiração da Sra. White? Será que os membros leigos da Igreja Adventista sabem que os escritos da Sra White são tão sagrados quanto a Bíblia? A problemática que tudo isso envolve é muito séria, pois colocar em pé de igualdade os escritos de EGW com a Bíblia Sagrada é não compreender a verdade do evangelho eterno. Paulo sabendo que gente desse tipo se levantaria declarou:
“Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” (I Coríntios 3:10-11).
- “…por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito…” (I Coríntios 4:6).
- “… edificados sobre o fundamento dos apóstolos (Novo Testamento) e dos profetas (Velho Testamento), sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina” (Efésios 2:20 – parênteses do autor).
Os versículos acima são tão esclarecedores que quase nem precisariam de explicações, mas vamos argumentar alguns pontos para que o leitor fique mais convicto. Veja, o evangelho de Jesus Cristo, não é de qualquer jeito como querem os adventistas, que de um NADA aparecem com uma nova revelação para a Igreja e possuidores da verdade. Para começar, Jesus disse que a Palavra de Deus era a verdade (João 17:17). A Bíblia é o fundamento do Cristianismo verdadeiro e não os escritos de uma profetisa qualquer. Paulo disse que “NINGUÉM PODE LANÇAR OUTRO FUNDAMENTO”, ou seja, os livros de E. G. White não foram e nunca serão fundamentos das doutrinas cristãs, inclusive, nem os escritos de qualquer outro poderiam ser “um outro fundamento”. No Cristianismo não há novas revelações (I Coríntios 2:10), pois Deus já se revelou através de Jesus (Hebreus 1:1). O que temos a fazer é ler, entender e aceitar a Palavra de Deus. Na carta aos Efésios, Paulo deixa claro que o verdadeiro cristianismo é fundamentado nos ensinamentos dos apóstolos e dos profetas, ou seja, no Velho e no Novo Testamento, pois é lá que encontramos as profecias, as doutrinas e os ensinamentos únicos e sublimes de Jesus Cristo. Paulo levava tão a sério o ensinamento passado por ele e os demais apóstolos que, na carta aos Coríntios, declara: “para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito”. É lógico que Paulo estava falando do Velho Testamento que estava escrito e já era considerado sagrado e do Novo Testamento, que em sua época estava quase todo escrito.O meu conselho amigo leitor é que você fique com a Bíblia e não aceite ir além do que Deus escreveu.

terça-feira, 1 de abril de 2014

O sonho "espiritualista" de E.G. White (CACP)



Ela “conversou” com “Tiago White” depois de morto e repetiu o erro do rei Saul, ouvindo conselhos do inimigo de Deus como se fossem uma mensagem inspirada, vinda através de um defunto. Como não há registro de que tenha se arrependido por isso, não é de se estranhar que para a reunião de 1888 da Conferência Geral, Deus já houvesse escolhido novos mensageiros.


Numa carta enviada ao seu filho W. C. White em 12 de setembro de 1881 e arquivada pelo White Estate (*), Ellen G. White afirma que estivera clamando ao Senhor por alguns dias em busca de luz com respeito a seu dever, logo após a morte de seu marido. Certa noite, ela teve um sonho espiritualista**, cuja origem White atribuiu ao Senhor e acreditou que houvesse ocorrido em resposta às suas orações!
Sonhou que estava dirigindo uma carruagem, quando o seu marido, Tiago White, que falecera em seis de agosto, apareceu-lhe e assentou-se a seu lado. Em lugar de repreender e expulsar de sua mente em nome de Jesus aquele mensageiro do mal, a Sra. White tragicamente saudou-o com alegria, dizendo que estava feliz por tê-lo de seu lado mais uma vez, embora soubesse que não poderia tratar-se de seu marido falecido.
Que coisa terrível! Na carta ao filho, ela confessa que teria dito: “Papai”, — era assim que tratava seu esposo — “teria o Senhor me ouvido e deixado que voltasse para junto de mim para que continuemos nosso trabalho juntos?” Então, aquela assombração teria olhado muito triste para ela e dito que “Deus sabia o que era melhor para os dois”! Em seguida, pôs-se a aconselhá-la, como fez com o rei Saul, quando este consultou a médium de En-Dor (I Samuel 28:7-20).
Biblicamente falando, entendemos que o inimigo disfarçado de Tiago White disse a Sra. White que ela e o marido não deveriam ter se doado tanto à causa de Deus, que eles haviam se desgastado fisicamente a troco de nada, que os esforços deles não eram reconhecidos, que suas motivações eram sempre mal interpretadas, que ambos deveriam ter deixado outros fazerem o trabalho…
E então, sugere que ela a partir dali não deveria mais se envolver com tantas reuniões importantes, como fizera no passado, que recusasse os convites para pregações e que descansasse livre de cuidados e preocupações. Que quando tivesse vontade e forças, escrevesse, porque poderia fazer muito mais pela pena do que pela voz.
Em seguida, conforme o relato da própria Sra. White, o espírito olhou para ela de um jeito especial, carinhoso, como Tiago White fazia enquanto vivia, e perguntou: “Você vai fazer o que estou lhe pedindo, Ellen? Não irá negligenciar todos esses cuidados? Deus sabe de tudo, mas esse pessoal da igreja nunca irá reconhecer nossos sacrifícios. Lamento ter-me envolvido tanto, com prejuízo para a nossa saúde… Deus não queria que fizéssemos tudo que fizemos sozinhos.
Devíamos ter ido para a Costa do Pacífico e ter ficado apenas escrevendo. Temos tanta coisa importante para dizer… Você vai fazer o que estou lhe dizendo, Ellen?”
A Sra. White caiu em si e percebeu que era o inimigo quem falava com ela? Não. Pelo contrário, a “mensageira do Senhor” deixou-se enganar por seus sentimentos de desamparo e saudade por causa da viuvez (provavelmente) e acabou por fazer um pacto com aquele que a enganava, apresentando-se como seu marido morto! “Bem, Tiago, agora você vai estar sempre comigo e trabalharemos juntos de novo…”
Era o que o príncipe das trevas queria ouvir! “Sabe, Ellen, eu permaneci muito tempo aqui em Battle Creek. Deveria ter ido lá para a Califórnia, mas eu quis ajudar no trabalho e nas instituições aqui de Battle Creek. Cometi um erro… E você, Ellen, você tem o coração macio e será inclinada a repetir os mesmos erros que eu fiz. Não faça isso! Sua vida deve ser usada na causa de Deus…”
A Sra. White acordou, disse que o sonho lhe parecera muito real e que, por causa dele, não sentia obrigação alguma de ir até Battle Creek. Acreditou que esse sonho, nitidamente contraditório, fosse uma mensagem divina em resposta às suas orações e entendeu-o como uma proibição de participar da reunião da Conferência Geral.
Ouviu a voz do inimigo e pensou que fosse a de Deus, embora as Escrituras afirmem:

“O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles.” (
Levítico 20:27).

“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus.”
 (Deuteronômio 18:10-13).
“Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto. Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (Eclesiastes 9:4-6).

“Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, jamais verão a alva.” (
Isaías 8:19,20).
Se aquela a quem o ADVENTISMO chama de “Mensageira do Senhor” foi incapaz de resistir nessa ocasião a uma aparição satânica, o que dizer dos demais adventistas que têm nela um baluarte? Pense Nisso!

Satanás Personifica a Cristo


“O inimigo está-se preparando para enganar o mundo inteiro por seu poder operador de milagres. Ele pretenderá personificar os anjos de luz, personificar a Jesus Cristo.” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 96).
“Se os homens são tão facilmente transviados agora, como subsistirão eles quando Satanás personificar a Cristo, e operar milagres? Quem ficará inabalado então por suas deturpações – professar ser Cristo quando é apenas Satanás assumindo a pessoa de Cristo, e operando aparentemente as obras do próprio Cristo?” (Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 394. — Eventos Finais, págs. 156-157, 161-162 [versão digital]).
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