sábado, 23 de novembro de 2013

Clichês, bordões ou jargões pseudointelectuais no meio cristão [Parte I] (Tudo é Fé)




Quem nunca ouviu de alguém, em meio a uma conversa que flui para o lado religioso, a expressão "religião não se discute''?
Ou talvez um "Deus olha o coração'', normalmente dito por quem sequer tem afinco na obra e na fé em Deus?
Ou quem sabe o "não julgue para não ser julgado".
Não é raro ouvir isso, não é mesmo?
E o interessante é que, normalmente são expressões ditas por quem não é cristão, não vive uma vida para Deus, com Deus, e usam tais expressões para não permitir que um conceito ou ato errado seja corrigido ou criticado.
Analisando cada um dessas expressões, vemos que por trás da ''beleza'' de mencioná-las, há erros básicos:


1) Religião (bem como futebol e política) não se discute:

   Primeiro que, isto deixou de ser verdade há tempos, pois política é discutível, senão sem informação e discussão sobre o que é viável, todos se tornam meros leigos, fantoches do sistema político. Atualmente só é fantoche quem quer neste meio.
Futebol então, é mais discutido que política ultimamente.
Mas e religião?
Me lembrei de um ocorrido estes dias em que um rapaz mencionou que ele pode fazer o que quiser da vida, pois Deus deu o livre arbítrio, e que ele sendo batizado em uma igreja (não me recordo o nome) já estaria desta forma, salvo. Porém quando lhe perguntei se ele leu o versículo todo do ''tudo é permitido, mas nem tudo convém'', ele simplesmente veio com este jargão "religião não se discute", embora eu seja da mesma religião que ele diz seguir. 

Oras, " Ora, Paulo segundo o seu costume, foi ter com eles; e  por três sábados discutiu com eles as Escrituras...Ele discutia todos os sábados na sinagoga, e persuadia a judeus e gregos." (Atos 17:2 - 18:4). 
Claro que o "discutir as Escrituras'' que Paulo fazia, e que devemos fazer, não tem relação com discutir a ponto de ir contra sua inerrância, ou discutir para forçar a outra pessoa a acreditar.
Afinal, já sabemos que não por força, nem por violência, mas sim pelo Espírito Santo de Deus que a pessoa é convencida da verdade.
Mas a discussão de Paulo era com o intuito de ampliar o conhecimento a respeito das Escrituras e ensiná-las aos outros.
Então, religião, mais especificamente, as Escrituras, pode ser discutida, para poder ser ensinada sim!

2) Deus olha o coração

   Não vou discordar desta afirmativa, pois Deus olha no seu coração para saber onde ele está, no que seu coração tem foco. (1 Samuel 16:7 , 1 Crônicas 28:9))
Se está em bens materiais, no namorado, na profissão.
Pois o coração, segundo a bíblia, deve estar em Deus.
Mas é interessante notar que, normalmente quem menciona isso é alguém que não tem uma vida cristã, então já lança esse jargão ao ar para parecer que é super culto com relação a vontade de Deus, e para parecer que tem o coração que agrada a Deus.
O problema que nem sempre é assim.
Para esta afirmativa, quando feita por alguém que anda fraco na fé e nas obras, há uma resposta simples: Sim, Deus olha o coração. Mas Ele quer que o coração esteja voltado para Ele, sem estar pecando propositalmente, e achar que Deus está contente com o que se encontra no seu coração.
Afinal só boas obras não salva ninguém. E a fé te obriga a fazer obras e andar conforme a vontade de Deus.


3) Não julgueis para que não sejas julgado

E antes que alguém mencione isto para mim ao ler o tópico 1 e 2, já vou explicar a má aplicação do versículo de Mateus 7:1.
Normalmente este versículo é mencionado como forma de coibir o outro de expressar sua opinião sobre uma atitude, palavra alheia. Mesmo que está pessoa esteja tentando mostrar um caminho, uma resposta mais plausível para a situação em questão.
Mas Jesus diz para não julgar conforme a aparência das coisas, mas julgar segundo a reta justiça (João 7:24), ou seja julgar conforme a Palavra de Deus.
O que estiver contra pode ser julgado, exposto o erro para assim ser corrigido.
Afinal como os cristãos poderiam então corrigir o que é mal, já que, em ''teoria leiga'', não se pode julgar nada nem ninguém.
Pode julgar, mas conforme as diretrizes bíblicas.
Não é pra sair ofendendo e discriminando a esmo, mas basear-se nas Escrituras e procurar falar a verdade contida nela é o correto.
O correto é ser humilde, usando a Palavra de Deus para abrir os olhos das pessoas quanto à verdade(1 Coríntios 4:6), para que elas venham a se arrepender dos pecados, buscar o caminho de Deus, mediante a Fé em Cristo.

domingo, 17 de novembro de 2013

O desenvolvimento do Cânon do Antigo Testamento (Milhoranza)


A história da canonização da Bíblia é muito fascinante. À medida que Deus ia revelando sua palavra e o Espírito santo movendo seus profetas, nenhum deles tinha em mente como seu “capítulo” iria se encaixar no plano global do Senhor. E cada um destes capítulos nos mostra o grande amor de Deus pela humanidade e o plano maravilhoso da redenção, que só poderia vir de Deus que fez e sustenta todo universo.

Algumas distinções importantes
Os três passos mais importantes no processo de canonização
Há três elementos básicos no processo de canonização: a inspiração de Deus, o reconhecimento pelo povo de Deus e a coleção dos livros inspirados. A inspiração cabia ao próprio Deus, mas os dois passos seguintes, Deus os incumbiria a seu povo.
Inspiração de Deus – Deus deu o primeiro passo na canonização da Bíblia, quando ele mesmo os inspirou. O povo de Deus não teria como reconhecer a inspiração de um livro, se Deus mesmo não tivesse dotado os 39 livros que compõem o Velho Testamento, de autoridade divina.
Reconhecimento por parte do povo de Deus – Quando Deus dotava algum livro de autoridade, seu povo o reconhecia. Este reconhecimento ocorria imediatamente pela comunidade para a qual o livro foi destinado. Os escritos de Moisés foram reconhecidos em seus dias (Êxodo 24:3), como também os de Josué (Josué 24:26), os de Samuel (I Samuel 10:25) e os de Jeremias (Daniel 9:2). Este reconhecimento seria confirmado pelos crentes do Novo Testamento e também por Jesus.
Coleção e preservação pelo povo de Deus – O povo de Deus colecionava e guardava sua Palavra. Os escritos de Moisés foram colocados na arca (Deuteronômio 31:26). As palavras de Samuel foram colocadas num livro e o pôs perante o Senhor (I Samuel 10:25). A lei de Moisés foi preservada no templo nos dias de Josias (II Reis 23:24). Daniel tinha uma coleção da lei de Moisés e dos profetas (Daniel 6:13; 9:2). Os crentes do Novo Testamento tinham toda Escritura do Velho Testamento (II Timóteo 3:16), tanto a Lei como os Profetas (Mateus 5:17).
A diferença entre os livros canônicos e outros escritos religiosos
Apesar da importância que alguns livros tinham, assim como: Livro dos justos (Josué 10:13) e o Livro das Guerras do Senhor (Números 21:14), nem todos os escritos eram considerados canônicos.
Os livros apócrifos, escritos após o período do Velho Testamento (c. 400 a.C.), tinham seu valor religioso definido, porém jamais foram delimitadores da fé, doutrina e conduta cristãs, diferentemente dos escritos inspirados e dotados da autoridade divina, pois têm autoridade sobre os crentes.
Nenhum artigo de fé deve basear-se num livro não-canônico, não importando o valor religioso do mesmo.
A verdade transmitida pelos livros inspirados é que constitui o fundamento das verdades da fé.

A diferença ente canonização e categorização dos livros da Bíblia
Tem havido muita confusão quanto à data dos escritos sagrados e sua canonização. A quem defenda que a canonização foi modular. Ou seja, seguindo as datas das seções do Velho Testamento:
  • Lei (c. 400 a.C.)
  • Profetas (c. 200 a.C.)
  • Escritos (c. 100 a.C.)
Porém, algumas seções, assim como os Escritos foram reagrupados diversas vezes desde que foram redigidos e foram aceitos antes mesmo dessas datas e reagrupamentos, como veremos em breve.

Compilação Progressiva dos livros do Velho Testamento
A evidência da coleção progressiva dos livros proféticos
Desde o início, os escritos proféticos eram reunidos e guardados, tidos como inspirados e autorizados por Deus.
  • As leis de Moisés foram preservadas ao lado da arca da aliança (Dt. 31:24-26) e posteriormente no templo (2Rs. 22:8)
  • Josué acrescentou suas palavras no livro da lei de Deus (Josué 24:26)
  • Samuel informou o povo sobre os deveres do rei e escreveu em um livro e o pôs diante do Senhor (I Samuel 10:25)
  • Ezequiel nos informa que havia um registro oficial de profetas e seus escritos no templo (Ezequiel 13:9)
  • Daniel refere-se aos livros que continham a “Lei de Moisés” e os “Profetas” (9:2,6,11)
Esta evidência de coleção progressiva dos escritos dos profetas se confirma pelo uso dos escritos dos profetas antigos feitos pelos profetas que viriam mais tarde.
  • Os livros de Moisés são citados por todo Velho Testamento. Desde Josué (1:7) até Malaquias (4:4)
  • Os livros de Reis citam a vida de Davi conforme narrada nos livros de Samuel
  • Crônicas faz uma revisão da história de Israel desde Gênesis até Reis, incluindo o elo genealógico mencionado apenas em Rute (I Crônicas 2:12-13)
  • Neemias 9 resume a história de Israel conforme registro de Gênesis a Esdras
  • Há referências aos Provérbios de Salomão e ao Cântico dos cânticos (I Reis 4:32)
  • O profeta Jonas recita partes de muitos Salmos (Jonas 2)
  • Ezequiel menciona Jó e Daniel (Ezequiel 14:14-20)
Nem todos os livros são citados em livros posteriores, porém há evidências suficientes para provarmos que existia uma coleção progressiva dos escritos considerados divinos e dotados de autoridade e inspiração.
A evidência da continuidade profética
Durante a coleção dos escritos proféticos, houve uma continuidade dos eventos e profecias narradas pelos seus autores. Os cinco primeiros livros da Bíblia foram escritos por Moisés. O próximo livro é o de Josué, porém vemos que o capítulo final de Deuteronômio narra a morte de Moisés. Por não ser um escrito profético, mas sim a narração de um fato da época, entendemos que não pode ter sido Moisés quem escreveu o final do livro de Deuteronômio. Provavelmente teria sido Josué, já que foi o sucessor de Moisés. E em seu livro o primeiro capítulo continua os eventos imediatos acontecidos após a morte de Moisés. (Josué 1:1).
Juízes retoma a narrativa de onde parou o livro de Josué. Porém este registro só se completou nos dias de Samuel, como podemos observar pela frase “Naqueles dias não havia rei em Israel” (Juízes 17:6; 18:1; 19:1; 21:25). Depois disso a continuidade profética se estabeleceu com a criação de uma escola de profetas dirigida por Samuel(I Samuel 19:20). Desta escola sairiam vários livros que cobririam a história do povo de Israel e Judá no período dos reis e profetas. Vejamos:
  • A história de Davi foi escrita por Samuel (I Samuel), por Natã e por Gade (I Crônicas 29:29)
  • A história de Salomão foi escrita por Natã, Aías e Ido (II Crônicas 9:29)
  • Os atos de Roboão foram escritos por Semaías e Ido (II Crônicas 12:15)
  • A história de Abias foi acrescentada pelo profeta Ido (II Crônicas 13:22)
  • A história do reinado de Josafá  foi registrada pelo profeta Jeú (II Crônicas 20:34)
  • A história do reinado de Ezequias foi registrada por Isaías (II Crônicas 32:32)
  • A história do reinando de Manassés foi registrada por profetas anônimos (II Crônicas 33:19)
  • Os demais reis também tiveram suas histórias registradas pelos profetas (II Crônicas 35:27)
Podemos perceber que os livros de Samuel, Reis e Crônicas não são idênticos aos livros mencionados acima. Nos parece que os livros do cânon do Velho Testamento são pequenos textos tirados de narrativas mais longas, como demonstra a frase “e os demais atos” do rei tal estão escritos no livro tal do profeta tal, isso demonstra claramente a sucessão profética iniciada por Samuel.
Notem que não houve menção a Jeremias, mesmo escrevendo antes e durante o exílio, ter escrito uma dessas histórias. Porém, Jeremias era um profeta, historiador e escritor, como claramente afirma em várias ocasiões: Jeremias 30:2; 36:1-2; 45:1-2; 51:60-63.
Podemos verificar que o último capítulo de II Reis corresponde aos capítulos 39, 40 e 41 e 52 de Jeremias.
Estes são indícios de que ele era responsável por ambos os livros. Mais tarde, no exílio, disse ter acesso aos livros de Moisés e dos profetas. Menciona não só Jeremias, mas também cita a predição do cativeiro no capítulo 25 (Daniel 9:2,6,11). Com base nisso é razoável supor que os resumos dos escritos proféticos tenha tomado a forma dos livros dos Reis. Desta forma, a continuidade profética a partir de Moisés, Josué e Samuel se completaria com as obras de Jeremias.
Durante o exílio, Daniel e Ezequiel continuaram o ministério profético. Ezequiel reconheceu um registro oficial de profetas nos arquivos do templo (Ezequiel 13:9). Ezequiel se referiu a Daniel como um “notável servo de Deus” (Ezequiel 14:14-20). Visto que Daniel possuía cópia dos livros de Moisés e dos profetas, dos quais o livro de Jeremias, podemos presumir razoavelmente que a comunidade judaica no exílio babilônico possuía os livros de Gênesis a Daniel.
Depois do exílio, Esdras voltou da Babilônia levando consigo os livros de Moisés e dos profetas (Edras 6:18 – Neemias 9:14,26-30). Nos livros de Crônicas sem dúvida ele registrou seu relato sacerdotal da história de Judá e do templo (Neemias 12:23). Crônicas está ligado a Esdras-Neemias pela repetição do último versículo de um, como o primeiro versículo do outro.
Com Neemias completa-se a cronologia profética. Cada profeta, desde Moisés até Neemias contribuiu para a crescente coleção de livros, que foi preservada pela comunidade dos profetas a partir de Samuel.
Até agora não existem evidências de que outros livros, houvessem alcançado canonização depois dessa época (c. 400 a.C.)
A evidência de que o cânon do Velho Testamento se concluiu com os profetas
Vimos que toda Escritura hebraica havia sido colecionada ao longo dos anos pelos profetas que Deus havia levantado.
Vimos também que houve continuidade nestes escritos. Cada novo profeta se apoiava na autoridade dos escritos do profeta anterior e juntava seus escritos aos escritos anteriores.
Na época de Neemias (c. 400 a.C.), os profetas já haviam produzido todo cânon hebraico, ou seja, os 24 livros que compõem a Bíblia hebraica.
O Novo Testamento cita praticamente todos os livros do cânon hebraico sem fazer menção a nenhum livro posterior a Malaquias.
Jesus parece colocar parâmetros no cânon do Velho Testamento, quando em Mateus 23:35 faz menção ao sangue de Abel, citando o livro de Gênesis, e mencionando o sangue de Zacarias(filho do sacerdote Joiada), citando o livro de II Crônicas (24:20-22), último livro do cânon hebraico.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O papado é bíblico, extrabíblico ou antibíblico??? (Gilson Soares blog)





INTRODUÇÃO


A igreja católica tem o papa como:

·         Sumo Pontífice.
·         Vigário do Filho de Deus.
·         Infalível Padre.
·         Sucessor de Pedro.
·         Príncipe dos apóstolos.
·         Soberano do Estado do Vaticano.
·         Sua Santidade.
·         Etc.

A doutrina católica sobre o papa é bíblica, extra bíblica ou anti-bíblica?

Bíblica: significa que tem base na Palavra de Deus.
Extrabíblica: significa que, embora não esteja na Bíblia não vai contra o texto Sagrado.
Antibíblica: significa que é uma doutrina que vai contra a Palavra, é considerada uma heresia.


Para saber se ela é bíblica, vamos analisar pela Bíblia.


I – O PAPADO É UMA DOUTRINA ANTIBÍBLICA, PELAS SEGUINTES RAZÕES:


1 – A Igreja Católica ensina que Pedro foi o primeiro Papa.

O catolicismo ensina que Pedro foi o primeiro papa. Mas será que a Bíblia dá margem à esse tipo de ensino?

2 – O que diz a Bíblia

A Bíblia diz que Pedro era presbítero (I Pe 5.1).

A Bíblia diz que Pedro era apóstolo (I Pe 1.1)

A Bíblia diz que Pedro era casado (Mt 8.14)

Um papa não pode casar, então concluímos que o papa não pode ser sucessor de Pedro, pois a ele é negado o casamento.

3 – A Igreja Católica ensina que o papa é o cabeça da igreja

A igreja católica afirma que o papa é o chefe (cabeça) da igreja).

O Concílio Ecumênico Vaticano II em sua Constituição Dogmática “Lumem Gentium” (§22), promulgada em 21 de Novembro de 1964, proclama: “Pois o Romano Pontífice é Pastor de toda a Igreja. Possui na Igreja Poder Pleno, Supremo e Universal”.

4 – O que a Bíblia ensina

Em colossenses 1.17,18 a Bíblia afirma que Cristo é a cabeça da igreja.

Em Efésios 1.22,23 Cristo que é a cabeça deu autoridade à igreja.


5 – A Igreja católica chama o chefe deles de “papa” que quer dizer “pai”.

A palavra “papa” significa “papai” ou “pai”.

Para os católicos o papa é pai espiritual de todos os fieis.

6 – O que diz a Bíblia

Em Mateus 23.7-10 a Bíblia afirma que não devemos chamar a ninguém de “pai”, no sentido espiritual, porque somente um é nosso pai.

7 – A igreja católica chama o papa de sumo-pontífice

Essa expressão mostra que ele é, segundo o catolicismo, o Sumo-Pastor da igreja.

8 – O que a Bíblia diz

A Bíblia afirma lá em I Pedro 5.1-4 que somente Jesus é o Sumo-Pastor.

9 – As leis canônicas da igreja católica dá ao papa o direito de ser venerado

As pessoas se prostram diante do papa em sinal de veneração.

10 – O que a Bíblia diz:

A Bíblia mostra que Pedro não aceitou quando Cornélio prostrou-se diante dele (Atos 10.25,16).

11 – O papa prega um evangelho diferente do que está na Bíblia

Sabemos que os ensinamentos do papa são os ensinamentos da igreja católica, e é um evangelho diferente daquele que a Bíblia ensina.

12 – O que diz a Bíblia

Quem pregar um evangelho diferente daquele que está na Palavra, inclusive o papa, deve ser, tal evangelho, considerado maldito (Gl 1.8,9)

13 – A igreja católica considera o papa o maior entre eles

Para o catolicismo o papa é o maior, sendo a maior autoridade da igreja.

14 – O que diz a Bíblia

Jesus mostrou que o maior será o menor (Mc 9.33,34)

15 – A Igreja católica toma por base os seguintes textos para a autoridade de Pedro e dos papas

Mateus 16.18,19 para afirmar que Jesus edificou sua igreja sobre e lhe deu as chaves do reino dos céus.

16 – O que diz a Bíblia

A autoridade de ligar e desligar não é dada somente a Pedro, mas a todos os demais apóstolos (Mt 18.18,19)

A palavra não é será ligada, mas terá sido ligado.

17 – Para a igreja católica o papa tem autoridade sobre as Escrituras

Segundo o catolicismo, o papa é o representante de Deus, tendo poder superior às Escrituras.

18 – O que diz a Bíblia

A Bíblia afirma que ninguém pode acrescentar ou subtrair nada da Bíblia (Ap 22.18,19)

19 – A Igreja Católica afirma que o papa é o vigário de Cristo.

O ensinamento do catolicismo é que o papa é o vigário do Filho de Deus. O que isto quer dizer? A palavra vigário procede de dois termos latinos: VICEM GERERE, e significa “fazer a vez de outrem”, “ocupar o lugar de outrem”, “substituir outro”.

Para a igreja católica, neste caso, o papa é o substituto de Cristo, ele faz a vez de Cristo.

20 – O que diz a Bíblia

Jesus deixou bem claro que o seu substituto junto à igreja, aquele que estaria em seu lugar junto da igreja, é o Espírito Santo. Basta a gente ler os capítulos 14 e 16 de João e compreenderemos que o Espírito Santo é quem pode ser considerado o Outro Consolador que veio para estar com a igreja.

Nenhum ser humano pode fazer a vez de Cristo. Nenhum ser humano pode substituir Cristo.

CONCLUSÃO


O papado é uma heresia, portanto é algo antibíblico.

Enquanto a igreja católica mantiver o papa sustentando as doutrinas erradas, continuará sendo um povo distante da verdade do Evangelho.

Pr. Gilson Soares dos Santos

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Bud Wright, fundador da igreja Verbo da Vida, morre (Caleberobson)





Reflexão sobre a vida e morte de Bud Wright e sua relação com o Movimento da Fé

A morte por si só é o resultado direto da desobediência de Adão, pois “assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5:12). Dessa forma, a morte física é uma maldição, e por isso causa tristeza e sofrimento, muito embora para aqueles que estão em Cristo a morte já não existe e sim a vida, a vida eterna.

Mesmo para quem tem a esperança de vida eterna em Cristo Jesus a morte continua causando dor e tristeza, a dor da separação e a tristeza da saudade. Portanto, quer o ser humano seja salvo ou não, está sujeito àquilo que a vida oferece naturalmente como resultado do pecado de Adão, e com Bud Wright não foi diferente, pois adoeceu como qualquer pessoa normal, foi internado como qualquer pessoa normal, teve de ser submetido à tratamento como qualquer pessoa normal, precisou tomar medicamentos como qualquer pessoa normal e morreu como qualquer pessoa normal.

O fato é que não só Bud Wright, mas qualquer pessoa está sujeita às mesmas limitações e desgostos da vida, como crises emocionais, ataques espirituais, dificuldades financeiras, momentos de tormenta, doenças e morte.

Alguém certa vez disse que uma pessoa só é boa quando morre. Talvez isso seja verdade porque quando morremos algumas pessoas ficam com um peso na consciência tão grande por ter tratado o falecido mal em vida e por não ter dito “eu te amo”, “me perdoe” etc. que o que lhes resta fazer é, simplesmente, falar bem de quem partiu. Mas, devemos entender que o compromisso verdadeiro do cristão não é falar bem, mas falar a verdade, pois a Igreja de Cristo – antes de mais nada – deve ser conhecida como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3:15).

A “Igreja Evangélica Verbo da Vida”, em Campina Grande (PB), perdeu no dia 07 de novembro de 2013 o seu fundador, Bud Wright, chamado em sua denominação de apóstolo. Na nota de falecimento, o site oficial da igreja publicou o seguinte[1]:
Às 07:15h desta manhã de 07 de Novembro de 2013, o Ap. Bud Wright partiu para o Senhor.
Aos 68 anos, ele deixa a sua fiel escudeira mama Jan, um filho, netos, bisnetos, milhares e milhares de filhos espirituais e um grande legado de fé, amor e obediência ao chamado de Deus.
A sua carreira nesta terra terminou, mas o seu grande exemplo e os seus ensinamentos ministrados até o seu último dia de vida (ontem à noite ele ministrou sobre fé no Centro de Cura em Campina Grande-PB) permanecem, fazendo aquilo que o Senhor o chamou para fazer: Libertar o seu povo [...]
O velório será sexta-feira, 08, às 17h aberto ao público, e o culto memorial será realizado domingo, 10 de novembro, às 10h da manhã na Igreja Verbo da Vida sede em Campina Grande-PB, com sepultamento do corpo logo em seguida. (VERBO, online, 07 nov 2013).
Harold Leroy Wright (Bud), casado com Janace Sue Hawkins (Jan), era um norte-americano e fundador do Ministério Verbo da Vida que já estava no Brasil há aproximadamente 30 anos. Nasceu em 7 de março de 1945 em Cullman, Alabama e foi aluno de Kennth E. Hagin no RBTC (Rhema Bible Training Center) entre 1981 e 1983.

Discípulo de Kenneth Hagin, e propagador de suas ideias e ensinos, Bud foi um dos maiores percussores no Brasil da Teologia da Prosperidade, Confissão Positiva, através de seu curso, Rhema, que ao longo dos anos tem sido fortalecida por legiões de seguidores que creem no poder das palavras, que aquele que nasceu de novo tem que prosperar financeiramente, que foi designado por Deus para ser um líder e que a doença não é algo de Deus para a vida dos seus. Os ensinos do Rhema já influenciaram pessoas como André Valadão, Valnice Milhomens, R. R. Soares e Renê Terra Nova.


O problema da Confissão Positiva, também denominado de movimento da Fé, é apresentado por Hank Hanegraaff da seguinte forma:
O verdadeiro Cristo e a verdadeira fé bíblica estão sendo rapidamente substituídos por alternativas doentias, oferecidas por um grupo de mestres que pertencem ao denominado “Movimento da Fé”.
Este câncer vem sendo alimentado por uma constante dieta que poderia ser chamada de “cristianismo das refeições rápidas” - belas na aparência, mas fracas em substância. Os provedores dessa dieta cancerígena têm utilizado o poder das ondas de rádio e televisão, bem como uma pletora de livros e fitas criteriosa e agradavelmente embalados, a fim de atrair suas presas para o jantar. E os desavisados têm sido chamados a amar não o Mestre, mas aquele que está na mesa do Mestre. (HANEGRAAFF, 1996, p.14)
Ainda, John Ankerberg e John Weldon dizem o seguinte:
O Movimento da "Fé" acredita que a mente e a língua humanas contêm uma habilidade ou poder sobrenatural. Quando alguém fala, expressando a sua fé em leis supostamente divinas, seus pensamentos e expressão verbal positivos produzem uma "força" supostamente divina que irá curar, proporcionar riqueza, trazer sucesso e, de outras maneiras, influenciar o ambiente. (ANKERBERG;WELDON, 1993, p.11)
O problema, no entanto, não é apenas doutrinário – naquilo que se refere à Bíblia, mas também prático. Isso mesmo, pois boa parte daqueles que propagam as heresias da Confissão Positiva (Teologia da Prosperidade / Movimento da Fé) foram vitimados exatamente naquilo que tanto negam e combatem: a doença. Vejamos alguns exemplos:
1)     A. A. Allen, fundador do Vale dos Milagres, morreu de insuficiência hepática causada por alcoolismo; 
2)      A. B. Simpson, líder do movimento da cura pela fé, morreu de paralisia e arteriosclerose; 
3)      Charles Capps, mesmo após ter afirmado: “Eu nego o direito da doença existir no meu corpo, porque eu faço parte do Corpo de Cristo” viu sua esposa contrair câncer. Ao invés de “exercerem” a fé que pregam buscaram socorro na medicina; 
4)      Daisy Osborn, esposa de T. L. Osborne, morreu de câncer, mesmo depois de testemunhar diante de sua congregação que havia sido curada. E T. L. Osborne morreu de uma forma que ninguém sabe explicar ao certo, em casa, muito embora o seu filho tenha dito que “ele não estava com dores e não tinha nenhuma doença”[2]; 
5)      E. W. Kennyon, fundador do Movimento da Fé, faleceu devido a um tumor maligno; 
6)      Fred Price, mesmo após afirma: “Não permitimos doença em nossa casa” viu sua esposa contrair câncer e ser tratada com quimioterapia; 
7)      Gilson, considerado um profeta e professor no centro de Treinamento Rhema em Campina Grande, morreu vítima de câncer; 
8)      Gordon Lindsey, autor da revista “A Voz que Cura” e de mais de 250 livros sobre cura, morreu de problemas cardíacos; 
9)      Edir Macedo, líder da IURD, usa óculos e tem atrofia nas mãos; 
10)  Hobart Freeman, pastor da igreja Palavra da Fé, recusou receber tratamento médico para as suas muitas doenças. Em sua igreja mais de 90 pessoas morreram por também recusar tratamento. Freeman morreu de pneumonia e insuficiência cardíaca grave, cujo quadro se agravou em decorrência de sua perna ulcerada; 
11)  Jack Coe, conhecido pregador americano da prosperidade e cura divina, na década de 1950/60, morreu vítima de poliomielite; 
12)  Jamie Buckingham, escritora de mais de 40 livros sobre prosperidade, morreu do mesmo câncer que afirmou ter sido curada; 
13)  John Alexander Dowie, que mantinha a revista “Folhas de Cura” teve um derrame cerebral e ficou inválido; 
14)  John Wimber, fundador do Vineyard Movement, morre de câncer na garganta; 
15)  John G. Lake morreu de um colapso; 
16)  John Osteen viu sua esposa vítima de câncer e buscou ajuda médica; 
17)  John Wimber, escritor do livro “O Poder da Cura”, morreu de câncer, assim como seu filho também; 
18)  Kathryn Khulmann morreu de problemas cardíacos; 
19)  Keith Greyton, considerado um profeta, morreu de AIDS; 
20)  Kenneth Hagin, conhecido como “A Voz da Cura”, e mentor de Bud Wright, foi hospitalizado numa UTI do coração desde o dia 14 de setembro de 2003 e faleceu de complicações do coração em casa no dia 23 de setembro de 2003, muito embora tenha testemunhado e escrito afirmando ter sido curado de várias doenças, inclusive do coração. A sua irmã morreu de câncer e seu genro, Buddy Harrison, também morreu de câncer; 
21)  Mack Timberlake contraiu câncer na garganta e submeteu-se a tratamento médico; 
22)  R. W. Shambach foi submetido a quatro pontes safenas; 
23)  Ruth Carter Stapleton, conhecida como evangelista e profeta de curas, morreu de câncer ao recusar tratamento médico.
O próprio Bud chegou a fazer a seguinte declaração no Acampamento VV2012, na Segunda-Feira à noite[3]:
Mas, então, alguns podem me perguntar: Por que, recentemente, você ficou doente, Bud? Imprudência minha! Se você comer doce como idiota irmão, diabete pode chegar. Ela mata e vai destruir seus rins e coração. Quase morri duas ou três vezes. Sabe de uma coisa? Se você é gordo(a) é a sua culpa. Se não arrepender e mudar, isso vai matar você. Estou arrependido e por isso tenho confessado: Estou curado!
Sim! É verdade que qualquer pessoa está sujeita a ter complicações de saúde, e o próprio Bud confessou ter problemas nos rins, no coração e diabetes. Porém, a primeira distorção está no fato de que mesmo alguém que cuida bem da saúde também pode adoecer, ter câncer, sofrer e morrer. A segunda distorção está no fato de que mesmo tendo “confessado” e declarado: “Estou curado!”, o Bud não foi curado de sua doença. E isso pode acontecer com qualquer pessoa.

Não adianta tentar, agora, tapar o sol com a peneira e buscar uma série de argumentos e desculpas para se encobrir as distorções ensinadas. Não adianta dizer, como o próprio Hagin disse sobre Jó: ““Você se esqueceu, irmão Hagin, de que Deus deixou Jó doente”. “Não, não foi Ele; foi o diabo quem o fez adoecer”. “Sim, mas Deus lhe deu permissão!””[4]

Ignoram, portanto, casos bíblicos como a cegueira de Isaque (Gn 27:1,2); a doença estomacal de Timóteo (1Tm 5:23); o espinho na carne de Paulo (2Co 12:7-10); e o cego de nascença sobre quem Jesus disse que sua cegueira ocorreu "para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9:1,2), e até o caso do próprio Lázaro, a quem Cristo deixou morrer.

Deus pode colocar uma doença sim, e fazer isso para a Sua glória inclusive. Deus pode matar, fazer feridas, castigar e açoitar (Gn 27:1,2; Is 37:36; 1Tm 5:23; Mt 24:38,39; Jo 9:1,2; 2Co 12:7-10).

“Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum deus há além de mim; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro, e ninguém há que escape da minha mão” (Dt 32:39)

Agora, quais os benefícios que o Movimento da Fé tem trazido para o povo de Deus?

John Ankerberg e John Weldon dizem o seguinte:
Considere o Movimento da Fé. Ele trouxe unidade e maturidade - ou divisão e imaturidade - para o corpo de Cristo? Ele trouxe divisão e imaturidade. Por quê? Porque os pregadores da Fé não ensinam doutrina. Pois, se a ensinassem, nem sequer existiria um "Movimento da Fé (ANKERBERG, 1993, p.24)
Isso pode ser facilmente constatado pelos “frutos” deixados pelo curso Rhema do Bud Wright, que dividiu igrejas na cidade de Campina Grande, fragmentou irmãos e por prática e costume corriqueiro se dedicam incansavelmente a assediar os membros de outras igrejas e denominações para que façam o seu curso, Rhema, quebrando princípios éticos, morais e acima de tudo doutrinários da Sagrada Escritura, que alicerçam seus ensinos na “teologia” de Kenneth Hagin, Benny Hinn e Cia.

Por outro lado, concordamos plenamente com Hank Hanegraaff que afirma que apesar deste movimento ser sectário, é também composto por algumas pessoas sinceras, amáveis e que de fato nasceram de novo. Algumas dessas pessoas buscam viver uma vida piedosa em Cristo. Contudo, é difícil viver uma vida bíblica quando os seus alicerces doutrinários não são bíblicos.
Ainda que o Movimento da Fé seja inegavelmente sectário - e que grupos particulares dentro do movimento sejam nitidamente seitas - deve-se salientar que existem muitos crentes sinceros e nascidos de novo dentro desse movimento. Não posso exagerar ao enfatizar esse ponto crucial. Esses crentes, em sua maior parte, mostram-se totalmente alheios à teologia sectária do movimento.
Tenho encontrado pessoalmente diversas pessoas queridas que se enquadram nessa categoria. Não questiono sua fé nem sua devoção a Cristo. Eles integram aquele segmento do Movimento da Fé que, por alguma razão, não compreenderam nem internalizaram os ensinamentos heréticos apresentados pela liderança de seus respectivos grupos. Em muitas instâncias, são novos convertidos ao cristianismo que ainda não se firmaram bem na fé. Mas nem sempre é este o caso. (HANEGRAAFF, 1996, p.43)
De fato é triste termos que experimentar o sabor amargo da morte e a dor causada pela separação daquelas pessoas que amamos e que deixarão um vazio, mas ao mesmo tempo não podemos encobrir a verdade por causa dessa dor.

Apesar disso, devemos observar com bastante atenção os efeitos que o Movimento da Fé tem produzido no meio evangélico e precisamos saber medir com bastante atenção os prejuízos que o mesmo Movimento tem trazido à Igreja, ao povo de Deus.

A minha sincera oração nesse momento é para que o Senhor Deus console o coração da família e de todos aqueles que amavam o Pr. Bud, mas também oro para que Deus use o exemplo da doença desse pastor para abrir os olhos de todos aqueles que acreditam no Movimento da Fé para que vejam com clareza que os ensinos desse movimento são falsos e que mantêm seus seguidores escravos de uma ilusão.

Pr. Robson T. Fernandes





[1] O nosso querido Ap. Bud Wright foi para o Senhor. Disponível em: http://verbodavida.org.br/budejan/budejan-noticias/combateu-o-bom-combate-completou-a-carreira-e-guardou-a-fe-o-ap-bud-wright-foi-para-o-senhor/. Acesso em 07 nov 2013.

[2] MISSIONÁRIO T. L. OSBORN MORRE AOS 89 ANOS. Disponível em: http://mapeamentoespiritual.blogspot.com.br/2013/02/missionario-t-l-osborn-morre-aos-89-anos.html. Acesso em 07 novembro de 2013.

[3] AcampamentoVV2012 - Segunda-Feira Noite. Disponível em: http://verbodavidaguaratingueta.blogspot.com.br/2012/02/acampamentovv2012-segunda-feira-noite.html. Acesso em 07 nov 2013.

[4] E o caso de Jó?. Disponível em: http://verbodavida.org.br/portal/manadiario/e-o-caso-de-jo/. Acesso em 07 nov 2013.
Related Posts with Thumbnails