quinta-feira, 11 de julho de 2013

5 sinais de que você glorifica a si mesmo (Emunah)




É importante reconhecer o fruto de autoglorificar-se em você e em seu ministério. Que Deus use esta lista para lhe conceder sabedoria diagnóstica. Que ele use esta lista para expor seu coração e redirecionar seu ministério.

Autoglorificar-se fará com que você:

1. Ostente em público o que deveria ser mantido em particular.

Os fariseus são um vívido exemplo primário para nós. Porque eles viam suas vidas como gloriosas, eles eram ligeiros em ostentar essa glória diante dos olhos de quem estivesse vendo. Quanto mais você pensa que você já chegou lá, e quanto menos você vê a si mesmo como necessitando de graça resgatadora, mais você tenderá à autorreferência e à autocongratulação. Por você estar atento à autoglorificação, você vai trabalhar para conseguir maior glória mesmo quando não estiver consciente de que está fazendo isso. Você tenderá a contar histórias pessoais que fazem de você o herói. Você encontrará maneiras, em cenários públicos, de falar de atos privados de fé. Por você se achar digno de aplausos, você buscará os aplausos de outros encontrando maneiras de apresentar a si mesmo como “piedoso”.

Eu sei que a maioria dos pastores lendo esta coluna pensarão que nunca fariam isso. Mas estou convencido de que há mais “desfile de piedade” no ministério pastoral do que tendemos a pensar. Esta é uma das razões pelas quais eu acho conferências pastorais, reuniões de presbitério, assembleias gerais, convenções, e reuniões de plantação de igreja desconfortáveis às vezes. Após uma sessão ao redor da mesa, essas reuniões podem se degenerar a um “concurso de cuspe” de ministério pastoral, onde somos tentados a menos do que honestos sobre o que de fato está acontecendo em nossos corações e em nossos ministérios. Após celebrar a glória da graça do evangelho, há demasiado recebimento de glória autocongratulatória por pessoas que parecem precisar de mais aplausos do que merecem.

2. Seja demasiadamente autorreferente

Todos nós sabemos disso, todos nós já vimos isso, todos nós já ficamos desconfortáveis com isso, e todos nós já fizemos isso. Pessoas orgulhosas tendem a falar muito de si mesmas. Pessoas orgulhosas tendem a gostar mais de suas próprias opiniões do que das opiniões dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que suas histórias são mais interessantes e cativantes do que as dos outros. Pessoas orgulhosas pensam que eles sabem e entendem mais do que os outros. Pessoas orgulhosas pensam que conquistaram o direito de serem ouvidas. Pessoas orgulhosas, por basicamente terem orgulho do que sabem e do que fizeram, falam muito sobre ambos. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas fraquezas. Pessoas orgulhosas não falam a respeito de suas falhas. Pessoas orgulhosas não confessam pecado. Então pessoas orgulhosas são melhores em colocar os holofotes sobre si mesmas do que em refletir a luz de suas histórias e opiniões de volta para a gloriosa e completamente imerecida graça de Deus.

3. Fale quando deveria ficar calado.

Quando você pensa que já chegou lá, você é bem orgulhoso e confiante de suas opiniões. Você confia em suas opiniões, então você não está tão interessado nas opiniões dos outros quanto deveria estar. Você tenderá a querer que seus pensamentos, perspectivas e pontos de vista vençam em qualquer reunião ou conversa. Isso significa que você estará muito mais confortável do que você deveria estar com dominar um grupo com sua conversa. Você falhará em ver que na multidão de conselhos há sabedoria. Você falhará em ver o ministério essencial do corpo de Cristo em sua vida. Você falhará em reconhecer suas tendências e sua cegueira espiritual. Você não irá a reuniões formais ou informais com um senso pessoal de necessidade do que os outros têm a oferecer, e você controlará a conversa mais do que deveria.

4. Fique quieto quando deveria falar.

A autoglorificação pode ir para o outro lado também. Líderes que são muito autoconfiantes, que involuntariamente atribuem a si mesmos o que poderia apenas ser efetuado pela graça, frequentemente veem reuniões como uma perda de tempo. Por serem orgulhosos, eles são muito independentes, então as reuniões tendem a ser vistas como uma interrupção irritante e inútil de uma agenda ministerial já sobrecarregada. Por causa disso, ou eles acabarão com todas as reuniões ou as tolerarão, tentando finalizá-las o mais rápido possível. Então eles não lançam suas ideias para consideração e avaliação porque, francamente, eles não acham que precisam. E quando suas ideias estão na mesa e sendo debatidas, eles não entram na briga, porque eles pensam que o que eles opinaram ou propuseram simplesmente não precisa de defesa. A autoglorificação fará com que você fale demais quando você deveria ouvir, e com que você não sinta necessidade de falar quando você certamente deveria.

5. Se importe demais com o que os outros pensam de você.

Quando você caiu no pensamento de que você é alguma coisa, você quer que as pessoas reconheçam esse “alguma coisa”. Novamente, você vê isso nos fariseus: avaliações pessoais de autoglorificação sempre levam a um comportamento de busca por glória. Pessoas que pensam que chegaram a algum lugar podem se tornar hipersensíveis a como outras pessoas reagem a elas. Por você ser hipervigilante, observando a maneira pela qual as pessoas em seu ministério respondem, você provavelmente nem sequer percebe como você faz as coisas por autoaclamação.

É triste, mas frequentemente ministramos o evangelho de Jesus Cristo por causa de nossa própria glória, não pela glória de Cristo ou a redenção das pessoas sob nossos cuidados. Eu já fiz isso. Eu já pensei durante a preparação de um sermão que um certo ponto, colocado de certa maneira, poderia ganhar um detrator e eu já fiquei observando à procura da reação das pessoas enquanto eu pregava. Nesses momentos, na pregação e na preparação de um sermão, eu abandonei meu chamado como embaixador da eterna glória de outro pelo propósito de conseguir para mim o louvor temporário dos homens.

Paul Tripp
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Por Paul Tripp. Copyright © 2013 The Gospel Coalition, Inc. Todos os direitos reservados. Usado com permissão. Original: 5 Signs You Glorify Self.

Paul Tripp é pastor, escritor, e conferencista internacional. Ele é presidente do Paul Tripp Ministries e trabalha para conectar o poder transformador de Jesus Cristo ao dia a dia.

Mas, e Mateus 18? (Bereianos)




Já presenciei diversas situações em que tentativas de exercer a disciplina em pastores e líderes que cometeram faltas em público, abertamente, do conhecimento de todos, foram engavetadas sob a alegação de que os denunciantes ou queixosos não cumpriram antes o que Jesus preceitua em Mateus 18:15, "Se teu irmão pecar contra ti, vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão."

Todavia, esses passos iniciais que Jesus estabeleceu em Mateus 18 têm a ver com irmãos faltosos que pecaram "contra nós" (Mat 18:15-17). Em vários manuscritos gregos antigos a expressão “contra ti” não aparece, o que tem levado estudiosos a concluir que se trata de uma inserção posterior de um escriba. Todavia, existem vários argumentos em favor da sua autenticidade. Primeiro, mais adiante no texto, tratando ainda do mesmo assunto, Pedro pergunta a Jesus: “Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe?” (Mat 18:21). A pergunta de Pedro reflete o entendimento que ele teve das instruções de Jesus quanto ao pecado de um irmão contra ele. Segundo, a expressão “contra ti” aparece na maioria dos manuscritos, ainda que mais recentes. Terceiro, a omissão da expressão nos manuscritos mais antigos pode se explicar pela ação deliberada de um escriba que quis generalizar o alcance das instruções. Por esses motivos, consideramos a expressão como tendo sido originalmente pronunciada por Jesus.

Notemos, portanto, que em Mateus 18 o Senhor não tem em mente os pecados públicos cometidos contra a Igreja de Cristo. O Senhor está tratando do caso em que um irmão pecar "contra mim". Num certo sentido, todos os pecados que um irmão comete acabam sendo contra mim, pois sou membro da Igreja que ele ofendeu. Mas, existem ofensas e faltas que me atingem de forma direta, como indivíduo. É disso que Mateus 18 trata.

Portanto, há que se distinguir duas situações gerais que precisam ser tratadas de forma diferente: aqueles pecados que foram cometidos abertamente e que são do conhecimento público, e aqueles outros que foram cometidos diretamente contra uma pessoa, e que ainda não são do conhecimento público. Os primeiros, os tais pecados abertos e públicos, devem ser tratados imediatamente pela Igreja, e não por indivíduos em conversas privadas. Os segundo, estes sim, exigem o tratamento que Jesus ensina em Mateus 18. Evidentemente, há pecados que se encaixam nas duas categorias e nem sempre é possível distinguir com facilidade o caminho a seguir.

De acordo com Calvino, os pecados abertos e públicos devem ser tratados sem demora pelos conselhos das igrejas, para que os bons membros não sofram uma tentação a mais ao pecado ocasionada pela demora. Calvino apela como prova para a repreensão pública imediata que Paulo fez a Pedro, conforme Gálatas 2:11,14. Paulo não esperou para falar em particular a Pedro. Como o pecado de Pedro, que era a hipocrisia, foi cometido abertamente, Paulo passa a repreendê-lo abertamente, sem demora.

Paulo também orienta Timóteo a disciplinar publicamente aqueles que vivem no pecado: “Quanto aos que vivem no pecado, repreende-os na presença de todos, para que também os demais temam” (1Tim 5:20). Não há aqui nenhuma menção da necessidade de procurar esses faltosos em particular uma ou duas vezes, mas apenas a necessidade de se estabelecer o fato pelo depoimento de testemunhas.

Quando Paulo tratou do caso do imoral de Corinto, um caso que era público, notório e do conhecimento de todos (cf. 1Cor 5:1), pediu a imediata exclusão do malfeitor (1Cor 5:13), lamentando que isso ainda não tivesse acontecido. Quando Ananias e Safira pecaram, mentindo abertamente sobre o valor das propriedades vendidas, ao trazerem diante dos apóstolos a sua oferta, foram disciplinados imediatamente por Pedro, sem que houvesse quaisquer encontros particulares anteriores com eles (At 5:1-11).

As exortações de Paulo para que nos afastemos dos que ensinam falsas doutrinas (Rom 16:17), para que se admoestem os insubmissos (1Tes 5:14), para que nos apartemos dos desordeiros (2Tes 3:6), para que fujamos e nos separemos dos falsos mestres (2Cor 6:17; 2Tim 3:5) sugerem ação disciplinar exercida pela Igreja sobre membros da comunidades que notoriamente são insubmissos, desordeiros, divisivos, falsos doutrinadores. O apóstolo traz uma lista complementar em 1Coríntios: "Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais" (1Cor 5:11). No caso de Himeneu e Alexandre, dois notórios blasfemadores e divulgadores de falsas doutrinas, Paulo os entrega diretamente a Satanás (1Tim 1:20).

Essas evidências levam à conclusão de que, no caso de irmãos que vivem notoriamente em pecado e que cometeram esses pecados abertamente, publicamente, não existe a necessidade de exortação particular e individual antes de se iniciar o processo disciplinar pela Igreja.

Aqui cabe mais uma vez citar o pensamento de Calvino, ao comentar Mateus 18:15. O Reformador mais uma vez distingue entre pecados abertos e secretos e exclama: "Certamente seria um absurdo se aquele que cometeu uma ofensa pública, cuja desgraça é conhecida de todos, seja admoestado por indivíduos; pois se mil pessoas tiverem conhecimento dela, ele deveria receber mil admoestações".

Isso não significa negar aos faltosos o direito de se defender e de se explicar. O pleno direito de defesa sempre deve ser garantido a todos. Todavia, eles exercerão esse direito já diante da Igreja, e não diante de um irmão em particular, de maneira informal.

A determinação de Paulo a Tito, para que ele se afaste do homem faccioso após adverti-lo duas vezes (Tit 3:10-11), pode parecer militar contra o que estamos dizendo acerca do tratamento de pecados públicos. Todavia, é provável que as duas advertências que Paulo menciona já sejam públicas e abertas, pois se trata de homem faccioso, isso é, que promove divisões na igreja pelo ensino de falsas doutrinas. Se as mesmas não surtem efeito, como disciplina preliminar, a exclusão (implícita no mandamento para separar-se) é o passo definitivo e final.

Infelizmente, pela falta de distinção entre pecados públicos e pessoais, concílios e igrejas apelam para o não cumprimento de Mateus 18 em casos de denúncias feitas contra seus pastores, para travar administrativamente processos disciplinares contra os mesmos. Presenciei diversos casos de denúncias feitas contra pastores que haviam cometido faltas notórias e que foram arquivadas por seus concílios sob a alegação de que os passos d e Mateus 18 não haviam sido cumpridos. Todavia, não se tratavam de faltas cometidas contra irmãos específicos, mas de erros públicos, notórios, que afetavam a Igreja de Cristo como um todo.

Augustus Nicodemus é mestre em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom (África do Sul) e doutor em Interpretação Bíblica pelo Seminário Teológico de Westminster (EUA)

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Arrancando o que Deus não plantou (C. H. Spurgeon)




Jesus Cristo proclamou verdades que eram altamente ofensivas e censuráveis aos homens de sua época. Alguns de seus discípulos “amorosos” ficaram muito assustados, sentiram a impopularidade de tais afirmações, se aproximaram de Cristo e disseram: “Tu sabes que muitos (fariseus principalmente) ficaram ofendidos?”


Agora, nossa Salvador, em vez de fazer qualquer pedido de desculpas por ter ofendido aquelas pessoas, tornou a questão muito clara a respeito de quem se ofende com a verdade de Deus, e respondeu com uma frase que é bem digna de ser chamada de um provérbio que não devia ser esquecido pela igreja em todas as eras: “Toda planta que meu Pai celestial não plantou, será arrancada!”


Agora, temos que estar atentos, como Matthew Henry ( 1662 –1714) observou de maneira fundamental certa vez que temos muitos bons e carinhosos, mas muito fracos ouvintes, que sempre estão com medo de que vamos ofender outros ouvintes, como os discípulos se preocuparam naquele dia em relação a Cristo.


Se nunca os ouvintes ficarem ofendidos, será a prova clara de que não temos pregado o Evangelho. Podemos agradar a o homem com discursos que bajulem sua natureza caída, mas estaremos no lado oposto do que é agradar a Deus. Vocês acham que os homens naturalmente vão aplaudir aqueles que fielmente repreendê-los? Se você fizer o coração do pecador gemer e despertar sua consciência, você acha que se ele se apegar ao pecado, ele irá te agradecer por perturbar sua “paz” com seus pecados amados? Nem por isso, na verdade, deve ser nosso objetivo nem por um momento sequer, não ofender, mas testar os homens com a verdade e que eles se ofendam com suas próprias maldades, para que seus corações sejam expostos a suas próprias consciências.


Ao serem ofendidos, irão descobrir que tipo de homens são. Um ministério que nunca arranca, despedaça... não pode ser chamado ministério. Aquele que não sabe como arrancar as plantas que Deus não plantou, pouco entende do que é ser um trabalhador nas vinhas do Senhor.


Nosso ministério deve sempre ser uma matança, bem como também cura. Um ministério que mata toda falsa esperança, frustra todas as crenças erradas, elimina a confiança louca, e ao mesmo tempo treina o mais fraco ramo plantado por Deus com esperança real, trazendo conforto e encorajamento, mesmo para os seguidores mais fracos e sinceros do Cordeiro de Deus.

terça-feira, 9 de julho de 2013

A falsa unidade e o dever de separação (Bereianos)



Em tempos antigos, quando algumas das Igrejas de Cristo começaram a livrar-se do jugo do Papado que pesava sobre seus pescoços, o argumento usado contra a reforma era a necessidade de manter a unidade. "Você precisa ser paciente com esta ou aquela cerimônia e com este ou aquele dogma; não importa quão anticristão e profano. Você precisa ser paciente quanto a isso, 'esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz'".

Assim falou a velha serpente naqueles dias antigos: "A Igreja é una; ai daqueles que semeiam o cisma! Pode até ser verdade que Maria tenha sido posta no lugar de Cristo, que as imagens são adoradas, que vestimentas e trapos podres são reverenciados, e que o perdão é comprado e vendido para crimes de todo tipo; pode ser que a assim chamada igreja tenha se tornado uma abominação e uma moléstia sobre a face da terra; mas ainda assim, ' esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz ', você deve curvar-se, reprimir o testemunho do Espírito de Deus dentro de você, esconder a Sua verdade sob um alqueire, e deixar a mentira prevalecer."

Este foi o grande sofisma da Igreja de Roma. Porém, quando ela não pôde mais seduzir os homens falando de amor e união, ela passou a usar o seu tom mais natural de voz, e amaldiçoou diretamente, a torto e a direito, de todo coração: e manteve a maldição até que ela mesma expire!

Irmãos, não havia nenhuma força no argumento dos Papistas. Efésios 4:3 insta para que nos esforcemos em manter a unidade do Espírito, mas não nos diz para manter a unidade do mal, a unidade da superstição, ou a unidade da tirania espiritual. A unidade do erro, da falsa doutrina, da tirania dos bispos, pode incluir o espírito de Satanás; não temos nenhuma dúvida disso; mas que esta seja a unidade do Espírito de Deus nós negamos veementemente. A unidade do mal nós devemos demolir com todas as armas que nossas mãos puderem agarrar. A unidade do Espírito, a qual devemos manter e nutrir, é outra coisa completamente diferente.

Lembrem-se que somos proibidos de fazer o mal para que venha o bem. Mas conter o testemunho do Espírito de Deus dentro de nós, esconder qualquer verdade que tenhamos aprendido pela revelação de Deus, refrear-nos de testemunhar pela verdade de Deus e da Sua Palavra contra o pecado e a tolice das invenções dos homens, todos estes seriam pecados dos mais imundos. Não ousamos cometer o pecado de extinguir o Espírito Santo, ainda que seja com a intenção de promover a unidade.

Certamente a unidade do Espírito nunca requer algum apoio pecaminoso; ela não é mantida suprimindo a verdade, e sim apregoando-a por toda parte. A unidade do Espírito tem como sustentação, dentre outras coisas, o testemunho de santos espiritualmente iluminados com relação à fé que Deus revelou em Sua Palavra. Aquela unidade, é uma unidade totalmente diferente que amordaçaria nossas bocas e nos transformaria em gado imbecilmente dirigido, para ser alimentado e depois abatido ao bel prazer de mestres sacerdotais.

Dr. McNeil disse, acertadamente, que dificilmente um homem pode ser um Cristão sério em nossos dias sem ser um controversista. Somos enviados hoje como ovelhas para o meio de lobos. Pode haver acordo? Somos acesos como luminares no meio da escuridão. Poder haver conciliação? Não foi o próprio Cristo que disse, "Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada"? Vocês compreendem como esse é o mais verdadeiro método de esforçar-se para manter a unidade do Espírito; porque Cristo o homem de guerra, é Jesus o Pacificador; mas para a criação de paz duradoura, espiritual, as falanges do mal devem ser destruídas, e a unidade das trevas arrojada em tremor.

Peço sempre a Deus que nos preserve de uma unidade na qual a verdade seja considerada sem valor, na qual princípios deem lugar à políticas, na qual as virtudes nobres e varonis que adornam o herói Cristão tenham que ser completadas por uma afetação efeminada de amor. Que o Senhor possa nos livrar da indiferença para com a Sua Palavra e vontade; porque isso cria a unidade fria de massas de gelo unidas em um iceberg, esfriando o ar por milhas ao redor, a unidade dos mortos enquanto dormem nas sepulturas, lutando por nada, porque não têm parte nem herança em tudo aquilo que pertence aos viventes. Há uma unidade que raramente é quebrada: a unidade dos demônios que, sob o serviço do seu grande mestre e senhor, nunca discordam nem disputam. Protege-nos desta terrível unidade, ó Deus dos céus! A unidade dos gafanhotos que têm um objetivo comum, com a sua glutonaria que arruína tudo ao seu redor; a unidade das ondas de fogo de Tofete, que arrasta miríades para a miséria mais profunda. Disso também, ó Rei dos céus, livra-nos para sempre!

Que Deus perpetuamente nos envie algum profeta que clame em alta voz para o mundo: "Sua aliança com a morte será anulada, e seu acordo com inferno não permanecerá". Que sempre tenhamos alguns homens, mesmo que sejam ásperos como Amós, ou austeros como Ageu, que denunciem sempre de novo qualquer associação com o erro e qualquer acordo com o pecado, e declarem que estas coisas são abomináveis para Deus.

Nunca imaginem que a contenda santa seja uma violação de Efésios 4:3. A destruição de todo tipo de unidade que não está baseada na verdade é uma preliminar necessária à edificação da unidade do Espírito. Precisamos primeiro derrubar estas paredes feitas de argamassa ruim – estes muros cambaleantes construídos pelo homem – para que possa haver espaço para as excelentes rochas dos muros de Jerusalém colocadas umas sobre as outras para uma permanente e duradoura prosperidade.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Adoradores ou consumidores? (Bereianos)



A palavra "evangélicos" tem se tornado tão inclusiva que corre o perigo de se tornar totalmente vazia de significado — R. C. Sproul

Em certa ocasião o Senhor Jesus teve de fazer uma escolha entre ter 5 mil pessoas que o seguiam por causa dos benefícios que poderiam obter dele, ou ter doze seguidores leais, que o seguiam pelo motivo certo (e mesmo assim, um deles o traiu). Em outras palavras, uma decisão entre muitos consumidores e poucos fiéis discípulos. Refiro-me ao evento da multiplicação dos pães narrado em João 6. Lemos que a multidão, extasiada com o milagre, quis proclamar Jesus como rei, mas ele recusou-se (João 6.15). No dia seguinte, Jesus também se recusa a fazer mais milagres diante da multidão pois percebe que o estão seguindo por causa dos pães que comeram (6.26,30). Sua palavra acerca do pão da vida afugenta quase que todos da multidão (6.60,66), à exceção dos doze discípulos, que afirmam segui-lo por saber que ele é o Salvador, o que tem as palavras de vida eterna (6.67-69).

O Senhor Jesus poderia ter satisfeito às necessidades da multidão e saciado o desejo dela de ter mais milagres, sinais e pão. Teria sido feito rei, e teria o povo ao seu lado. Mas o Senhor preferiu ter um punhado de pessoas que o seguiam pelos motivos certos, a ter uma vasta multidão que o fazia pelos motivos errados. Preferiu discípulos a consumidores.

Infelizmente, parece prevalecer em nossos dias uma mentalidade entre os evangélicos bem semelhante à da multidão nos dias de Jesus. Parece-nos que muitos, à semelhança da sociedade em que vivemos, tem uma mentalidade de consumidores quando se trata das coisas do Reino de Deus. O consumismo característico da nossa época parece ter achado a porta da igreja evangélica, tem entrado com toda a força, e para ficar.

Por consumismo quero dizer o impulso de satisfazer as necessidades, reais ou não, pelo uso de bens ou serviços prestados por outrem. No consumismo, as necessidades pessoais são o centro; e a "escolha" das pessoas, o mais respeitado de seus direitos. Tudo gira em torno da pessoa, e tudo existe para satisfazer as suas necessidades. As coisas ganham importância, validade e relevância à medida em que são capazes de atender estas necessidades.

Esta mentalidade tem permeado, em grande medida, as programações das igrejas, a forma e o conteúdo das pregações, a escolha das músicas, o tipo de liturgia, e as estratégias para crescimento de comunidades locais. Tudo é feito com o objetivo de satisfazer as necessidades emocionais, psicológicas, físicas e materiais das pessoas. E neste afã, prevalece o fim sobre os meios. Métodos são justificados à medida em que se prestam para atrair mais freqüentadores, e torná-los mais felizes, mais alegres, mais satisfeitos, e dispostos a continuar a freqüentar as igrejas.

Esta mentalidade consumista por parte de evangélicos se mostra por vários ângulos. Numa pesquisa recente feita pelo Instituto Gallup nos Estados Unidos constatou-se que 4 em cada 10 americanos estão envolvidos em pequenos grupos que se reúnem semanalmente buscando saída para o envolvimento com drogas, problemas familiares, solidão e isolacionismo. Embora evidentemente muitos estarão em busca de uma oportunidade para aprofundar a experiência cristã e crescer no conhecimento de Deus, a maioria, segundo Gallup, busca satisfazer suas necessidades pessoais. De acordo com a revista Newsweek, 1 em cada 5 americanos sofre de alguma forma de doença mental (incluindo ansiedade, depressão clínica, esquizofrenia, etc.) durante o curso de um ano. E disso se aproveitam os espertos. Uma denúncia contra a indústria evangélica de saúde mental foi feita ano passado por Steve Rabey em Christianity Today. Cada vez mais cresce o marketing nas igrejas na área de aconselhamento, com um número alarmante de profissionais cristãos oferecendo ajuda psicológica através de métodos seculares. A indústria de música cristã tem crescido assustadoramente, abandonando por vezes seu propósito inicial de difundir o Evangelho, e tornando-se cada vez mais um mercado rentável como outro qualquer. A maioria das gravadoras evangélicas nos Estados Unidos pertence às corporações seculares de entretenimento. As estrelas do gospel music cobram cachês altíssimos para suas apresentações. Num recente artigo emStrategies for Today’s Leader, Gary McIntosh defende abertamente que "o negócio das igrejas é servir ao povo". Ele defende que a igreja deve ter uma mentalidade voltada para o "cliente", e traçar seus planos e estratégias visando suas necessidades básicas, e especialmente faze-los sentir-se bem.

Um efeito da mentalidade consumista das igrejas é o que tem sido chamado de "a síndrome da porta de vai-e-vem". As igrejas estão repletas de pessoas buscando sentido para a vida, alívio para suas ansiedades e preocupações. Assim, elas escolhem igrejas como escolhem refrigerantes. Tão logo a igreja que freqüentam deixa de satisfazer as suas necessidades, elas saem pela porta tão facilmente quanto entraram. As pessoas buscam igrejas onde se sintam confortáveis, e se esquecem de que precisam na verdade de uma igreja que as faça crescer em Cristo e no amor para com os outros.

Creio que há vários fatores que provocaram a presente situação. Ao meu ver, um dos mais decisivos é a influência da teologia e dos métodos de Charles G. Finney no evangelicalismo moderno. Houve uma profunda mudança no conceito de evangelização ocorrida no século passado, devido ao trabalho de Charles Finney. Mais do que a teologia do próprio Karl Barth, a teologia e os métodos deFinney têm moldado o moderno evangelicalismo. Ele é o herói de Jerry FalwellBill Bright e de Billy Graham; é o celebrado campeão de Keith Green, do movimento de sinais e prodígios, do movimento neopentecostal, e do movimento de crescimento da igreja. Michael Horton afirma que grande parte das dificuldades que a igreja evangélica moderna passa é devida à influência de Finney, particularmente de alguns dos seus desvios teológicos: "Para demonstrar o débito do evangelicalismo moderno a Finney, devemos observar em primeiro lugar os desvios teológicos de Finney. Estes desvios fizeram de Finney o pai dos fatores antecedentes aos grandes desafios dentro da própria igreja evangélica hoje: o movimento de crescimento de igrejas, o neopentecostalismo, e o reavivalismo político".

Para muitos no Brasil seria uma surpresa tomar conhecimento do pensamento teológico de Finney. Ele é tido como um dos grandes evangelistas da Igreja Cristã, e estimado e venerado por evangélicos no Brasil como modelo de fé e vida. E não poderia ser diferente, visto que se tem publicado no Brasil apenas obras que exaltam Finney. Desconheço qualquer obra em português que apresente o outro lado. Meu alvo, neste artigo, não é escrever extensamente sobre o assunto, mas mostrar a relação de causa e efeito que existe entre o ensino e métodos de Finney e a mentalidade consumista dos evangélicos hoje.

Em sua obra sobre teologia sistemática (Systematic Theology [Bethany, 1976]), escrita pelo fim de seu ministério, quando era professor do seminário de Oberlin,Finney revela ter abraçado ensinos estranhos ao Cristianismo histórico. Ele ensina que a perfeição moral é condição para justificação, e que ninguém poderá ser justificado de seus pecados enquanto tiver pecado em si (p. 57); afirma que o verdadeiro cristão perde sua justificação (e conseqüentemente, a salvação) toda vez que peca (p. 46); demonstra que não acredita em pecado original e nem na depravação inerente ao ser humano (p. 179); afirma que o homem é perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo, sem a ajuda do Espírito Santo, a oferta do Evangelho. Mais surpreendente ainda, Finney nega que Cristo morreu para pagar os pecados de alguém; ele havia morrido com um propósito, o de reafirmar o governo moral de Deus, e nos dar o exemplo de como agradar a Deus (pp. 206-217). Finney nega ainda, de forma veemente, a imputação dos méritos de Cristo ao pecador, e rejeita a idéia da justificação com base da obra de Cristo em lugar dos pecadores (pp. 320-333). Quanto à aplicação da redenção, Finney nega a ideia de que o novo nascimento é um milagre operado sobrenaturalmente por Deus na alma humana. Para ele, "regeneração consiste no pecador mudar sua escolha última, sua intenção e suas preferência; ou ainda, mudar do egoísmo para o amor e a benevolência", e tudo isto movido pela influência moral do exemplo de Cristo ao morrer na cruz (p. 224).

Finney, reagindo contra a influência calvinista que predominava no Grande Avivamento ocorrido na Nova Inglaterra do século passado, mudou a ênfase que havia à pregação doutrinária para uma ênfase à fazer com que as pessoas "tomassem uma decisão", ou que fizessem uma escolha. No prefácio da sua Systematic Theology ele declara a base da sua metodologia: "Um reavivamento não é um milagre ou não depende de um milagre, em qualquer sentido. É meramente o resultado filosófico da aplicação correta dos métodos."

Finney não estava descobrindo uma nova verdade, mas abraçando um erro antigo, defendido por Pelágio no século IV, e condenado como herético pela Igreja, ou seja, que nenhum de nós nasce pecador; o homem, por nascimento, é neutro, e capaz de fazer escolhas para o bem e para o mal com inteira liberdade. Finney tem sido corretamente descrito por estudiosos evangélicos como sendo semi-pelagiano (ou mesmo, pelagiano) em sua doutrina, e um dos responsáveis maiores pela disseminação deste erro antigo entre as igrejas modernas.

Na teologia de Finney, Deus não é soberano, o homem não é um pecador por natureza, a expiação de Cristo não é um pagamento válido pelo pecado, a doutrina da justificação pela imputação é insultante à razão e à moralidade, o novo nascimento é produzido simplesmente por técnicas bem sucedidas, e avivamento é o resultado de campanhas bem planejadas com os métodos corretos.

Antes de Finney, os evangelistas reformados aguardavam sinais ou evidências da operação do Espírito Santo nos pecadores, trazendo-os debaixo de convicção de pecado, para então guiá-los à Cristo. Não colocavam pressão sobre a vontade dos pecadores, por meio psicológicos, com receio de produzir falsas conversões. Finney, porém, seguiu caminho oposto, e seu caminho prevaleceu. Já que acreditava na capacidade inerente da vontade humana de tomar decisões espirituais quando o desejasse, suas campanhas de evangelismo e de reavivamento passaram a girar em torno de um simples propósito: levar os pecadores a fazer uma escolha imediata de seguir a Cristo. Com isto, introduziu novos métodos nos seus cultos, como o "banco dos ansiosos" (de onde veio a prática de se fazer apelos ao final da mensagem), o uso de qualquer medidas que provocassem um estado emocional propício ao pecador para escolher a Deus, o que incluía apelos emocionais e denúncias terríveis do pecado e do juízo.

O impacto dos métodos reavivalistas de Finney no evangelicalismo moderno são tremendos. Seus sucessores têm perpetuado estes métodos e mantido as características do fundador: o apelo por decisões imediatas, baseadas na vontade humana; o estímulo das emoções como alvo do culto; o desprezo pela doutrina; e a ênfase que se dá na pregação a se fazer uma escolha, em vez da ênfase às grandes doutrinas da graça. As igrejas evangélicas de hoje, influenciadas pela teologia e pelos métodos de Finney, acreditando que reavivamentos podem ser produzidos, e que pecadores podem decidir seguir a Cristo quando o desejarem, têm adotado táticas e práticas em que as pessoas são vistas como clientes, e que promovem a mentalidade consumista nas igrejas evangélicas.

A relação entre os métodos de Finney e o espírito consumista moderno foi corretamente notado por Rodney Clapp, em recente artigo na Christianity Today(Outubro de 1966): "Ao enfatizar a importância de se tomar uma decisão para Cristo, Charles Finney e outros reavivalistas ajudaram na sacramentalização da ‘escolha’, elemento chave do consumismo capitalista de hoje. O reavivalismo [de Finney] encorajava sentimentos de êxtase e a abertura do indivíduo para mudanças costumeiras de conversão e reconversão" (p. 22).


O Senhor Jesus preferiu doze seguidores genuínos a ter uma multidão de consumidores. Creio que a igreja evangélica brasileira precisa seguir a Cristo também aqui. É preciso que reconheçamos que as tendências modernas em alguns quartéis evangélicos é a de produzir consumidores, muito mais que reais discípulos de Cristo, pela forma de culto, liturgias, atrações, e eventos que promovem. Um retorno às antigas doutrinas da graça, pregadas pelos apóstolos e pelos reformadores, enfatizando a busca da glória de Deus como alvo maior do homem, poderá melhorar esse estado de coisas.


Augustus Lopes é mestre em N.T. pela Universidade de Potchefstroom (África do Sul) e doutor em Interpretação Bíblica pelo Seminário de Westminster. 

Como identificar uma seita (Ministério Batista Beréia)



As Seitas estão em todos os lugares. Algumas são populares e amplamente aceitas. Outras são isolacionistas e procuram se esconder, para evitar um exame de suas ações. Elas estão crescendo e florescendo a cada dia. Algumas seitas causam grande sofrimento aos seus seguidores, enquanto outras até parecem muito úteis e benéficas.

Com a chegada do novo milênio, estão surgindo novas seitas religiosas e filosóficas responsáveis pelos mais absurdos ensinamentos com relação ao final dos tempos. Essa confusão de idéias estão sendo despejadas em cabeças incautas, acabando muitas vezes em tragédias de grandes proporções.

Em 1978, o então missionário norte-americano Jim Jones, foi responsável pela morte de 900 seguidores, na Guiana Francesa, todos envenenados após Ter anunciado a eles o fim do mundo. Um fato interessante desse trágico acontecimento foi o depoimento de um dos militares americanos responsáveis pela remoção dos corpos. Ele disse que, após vasculhar todo o acampamento, não foi encontrado um só exemplar da Bíblia. Jim Jones substituiu a Bíblia por suas próprias palavras.

Em 1993, o líder religioso David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, promoveu um verdadeiro inferno no rancho de madeira, onde ficava a seita Branch Davidian. Seduzindo os seguidores com a filosofia de que deveria morrer para depois ressuscitar das cinzas, derramou combustível no rancho e ateou fogo, matando 80 pessoas, incluindo 18 crianças.

Em 1997, outra seita denominada Heaven’s Gate (Portão do Céu), que misturava ocultismo com fanatismo religioso, levou 40 seguidores ao suicídio. Na ocasião, essas pessoas acreditavam que seriam conduzidas para outra dimensão em uma nave que surgiria na cauda do cometa Halley Bop.

No Brasil também existem muitas seitas e denominações que se reforçam em profecias do Apocalipse. Uma das mais conhecidas, devido ao destaque dado pela mídia, são as Borboletas Azuis, da Paraíba, que em 1980 anunciou um dilúvio para aquele ano.

Em Brasília, encontra-se o Vale do Amanhecer, que conta com aproximadamente 36.000 adeptos. No Paraná, um homem de nome Iuri Thais, se auto-intitula como o próprio Senhor Jesus reencarnado. Fundador da seita Suprema Ordem Universal da Santíssima Trindade, ele parece ter decorado a Bíblia de capa a capa e, com isso, tem enganado a muitos.

Muitas das seitas são conhecidas dos cristãos brasileiros, a saber: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, etc. Mas muitas novas seitas pseudo-cristãs estão chegando ao Brasil e são pouco conhecidas: Igreja Internacional de Cristo/Boston (Igreja de Cristo, no Brasil), Ciência Cristã, Escola Unida do Cristianismo, Meninos de Deus etc.

Quase todas essas seitas refutam a Trindade (com a conseqüente diminuição do Senhor Jesus Cristo), a ressurreição, a salvação pela Graça e contrariam outros princípios bíblicos.

ASPECTOS COMUNS

Existem muitos aspectos comuns entre as seitas que têm se disseminado pelo mundo. É importante que nós saibamos reconhecer suas características, a fim de que não sejamos enganados ou até mesmo desviados da verdadeira fé cristã.

1. As seitas subestimam o valor do Senhor Jesus ou colocam-no numa posição secundária, tirando-lhe a divindade e os atributos divinos como conseqüência.

2. Creem apenas em determinadas partes da Bíblia e admitem como "inspirados" escritos de seus fundadores ou de pessoas que repartem com eles boa parte daquilo que creem;

3. Dizem ser os únicos certos;

4. Usam de falsa interpretação das escrituras;

5. Ensinam o homem a desenvolver sua própria salvação, muitas vezes, sob um conceito totalmente naturalista;

6. Costumam buscar suas presas em outras religiões, conseguindo desencaminhar para o seu meio, inclusive, muitos bons cristãos.

Joaquim de Andrade é diretor executivo do Centro Religioso de Estudos e Informações Apologéticas – CREIA e é pastor da Igreja Batista Ágape, em São Paulo.

sábado, 6 de julho de 2013

12 Mentiras contadas por satanás (Renato Vargens)




As Escrituras afirmam que o diabo é o pai da mentira e que nele não habita a verdade. 

"Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira."(João 8:44) 

Caro leitor, o adversário das nossas almas é astuto e em virtude disso, tem semeado inverdades que se não forem confrontadas poderão trazer sérias consequências àqueles que nelas crerem. Isto posto, segue abaixo 12 mentiras disseminadas por Satanás:

1- O Pecado não existe, ele é um mito inventado pelos religiosos.

2- O inferno não existe. Deus é bom e o no final de tudo salvará todos os homens.

3- Deus não é soberano. Na verdade ele não sabe do futuro, isto porque não o conhece.

4- Cristo não ressuscitou de fato. A história literal da ressurreição é inverídica. 

5- A Bíblia não é a Palavra de Deus. 

6- Jesus não vai voltar para buscar a sua igreja, na verdade, essa volta acontecerá nos corações dos homens, nada além disso.

7- Todos os caminhos levam a Deus. Isso significa que todas as religiões são boas e que todos os deuses são na verdade o mesmo deus.

8- A igreja não presta, você não precisa dela para nada.

9- Todo pastor é safado e desonesto.

10- A salvação é pelas obras.

11- Dê ordens a Deus, determine a bênção, afinal de contas você é o filho do Rei e Ele por obrigação tem o dever de atender suas orações.

12- Cristo quer que você seja rico, próspero e nunca fique doente. Se porventura, você não enriqueceu ou encontra-se doente é porque talvez não tenha tido fé ou está em pecado.

Pense nisso!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

7 Marcas de um falso mestre (Emunah)



Nada enriquece mais o inferno do que falsos mestres.  Ninguém tem maior alegria em atrair as pessoas para longe da verdade, levando-as ao erro. Falsos mestres tem estado presentes em todas as eras da história humana; eles tem sempre sido uma praga e sempre estiveram no ramo da falsificação da verdade. Enquanto suas circunstâncias podem mudar, seus métodos permanecem constantes. Aqui estão sete marcas dos falsos mestres.

#1 Falsos mestres são bajuladores dos homens. 

O que eles ensinam é para agradar mais aos ouvidos do que beneficiar o coração. Eles fazem cócegas nos ouvidos de seus seguidores com lisonjas e, enquanto isso, tratam coisas santas com esperteza e negligência ao invés de reverência e temor. Isso contrasta bruscamente com um verdadeiro mestre da Palavra que sabe que é responsável perante Deus e que, por isso, anseia mais agradar a Deus do que aos homens. Como Paulo diria, “pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Tessalonicenses 2.4).

#2 Falsos mestres guardam suas críticas mais severas aos servos mais fiéis de Deus. 

Falsos mestres criticam aqueles que ensinam a verdade e guardam suas críticas mais acentuadas para aqueles que se apóiam com firmeza no que é verdadeiro. Nós vemos isso em muitos lugares na Bíblia, como quando Corá e seus amigos se levantaram contra Moisés e Arão (Números 16.3) e quando o ministério de Paulo estava ameaçado e minado pelos críticos que diziam que, enquanto suas palavras eram fortes, ele mesmo era fraco e sem importância (2 Coríntios 10.10). Vemos isso mais notavelmente nos ataques viciosos das autoridades religiosas contra Jesus. Falsos mestres continuam a repreender e menosprezar servos fiéis de Deus hoje. Entretanto, como Agostinho declarou, “Aquele que prontamente calunia meu bom nome, prontamente aumenta a meu galardão”

#3 Falsos mestres ensinam sua própria sabedoria e visão. 

Isso certamente era verdade nos dias de Jeremias quando Deus disse “Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam” (Jeremias 14.14). E, hoje também, falsos mestres ensinam a loucura dos meros homens ao invés de ensinarem a mais profunda e rica sabedoria de Deus. Paulo sabia: “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).
#4 Falsos mestres deixam passar o que é de suma importância e, ao contrário, se focam nos pequenos detalhes. 

Jesus diagnosticou essa tendência nos falsos mestres de seu tempo, advertindo-os, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23.23). Falsos mestres colocam uma grande ênfase na sua aderência aos pequenos comandos mesmo quando ignoram os grandes. Paulo advertiu Timóteo daquele que “é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas,  altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Timóteo 6.4-5).

#5 Falsos mestres obscurecem sua falsa doutrina por trás de um discurso eloquente e do que parece ser uma lógica impressionante. 

Assim como uma prostituta se pinta e se perfuma para parecer mais atraente e sedutora, o falso mestre esconde sua blasfêmia e doutrina perigosa atrás de argumentos poderosos e de um uso eloquente da linguagem. Ele oferece aos seus ouvintes o equivalente espiritual a uma pílula venenosa revestida de ouro; embora possa parecer bonita e valiosa, permanece sendo mortal.

#6 Falsos mestres estão mais preocupados em ganhar os outros para a sua opinião do que em ajudá-los e melhorá-los. 
Esse é outro diagnóstico de Jesus quando ele refletiu sobre as normas religiosas dos seus dias. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23.15). Falsos mestres não estão em última instância no ramo de melhorar vidas e salvar almas, mas no ramo de convencer mentes e ganhar seguidores.

#7 Falsos mestres exploram seus seguidores. 

Pedro avisa acerca desse perigo, dizendo: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (1 Pedro 2.1-3). O falso mestre explora aqueles que o seguem porque eles são gananciosos e desejam as riquezas desse mundo. Sendo essa uma verdade, eles sempre ensinarão princípios que satisfazem a carne. Falsos mestres estão preocupados com os bens deles, não com o seu bem; querem servir a si mesmos mais do que aos perdidos; estão satisfeitos em Satanás ter a sua alma contanto que eles possam ter as suas coisas.
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